Love Is A Beautiful Fear escrita por LeeH


Capítulo 4
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Eaí pessoas? Aí vai mais um capítulo pra vcs
Bom, pra quem ainda não leu os primeiros capítulos de The One, aqui estão:

*1 e 2 (não é a tradução oficial, mas dá pra ler) ~~> https://www.facebook.com/groups/110621275792521/227101517477829/
*3 (esse é tradução oficial) ~~> https://www.facebook.com/groups/110621275792521/230792520442062/

Bom, sem mais, aqui está o capítulo 7! XD



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Maxon me faz correr cada vez mais, e a cada passo sinto o desespero tomando conta dos meus membros. Estamos muito longe do castelo e, consequentemente, de qualquer abrigo.

Sinto minhas pernas tremerem, mas as forço para correr cada vez mais, ignorando as dores nos pés por causa do salto alto que, me lembrando agora, eu deveria ter tirado. Corremos por tanto tempo, e Maxon sempre me incentivando a correr mais, até que avistamos o castelo. A entrada, por onde viemos, está tumultuada, cheia de guardas e rebeldes guerreando. A cena é tão horrível que me deixa paralisada por alguns segundos.

Maxon me puxa pela mão para o outro lado, me forçando a correr novamente. Ele corre as mãos por o que parece ser apenas a parede do castelo e parece procurar algo urgentemente. Logo a parede magicamente se abre e dentro há uma escada. Maxon me puxa novamente para dentro e me faz descer as escadas rapidamente. Ele fecha a "parede" e vem atrás de mim.

Paro quando chego ao fim da escada. É um abrigo, não tão seguro quanto o real, mas acho que pode nos proteger por ora. Sento-me em uma das camas do lugar e rapidamente tiro os sapatos. Não sinto meus dedos. Coloco meus pés descalços no chão e a dor é intensa. Respiro profundamente. Já estou cheia de tudo isso. Dessa guerra, dessas invasões. Nunca posso ter um momento de tranquilidade.

Maxon se senta ao meu lado em silêncio. Não olho para ele. Estou imersa em meus pensamentos. Por que o Rei permite que a guerra continue, sendo que sabe qual é a solução? Ele poderia estalar os dedos a qualquer minuto e tudo isso iria acabar. Bom, eu não poderia esperar mais de um homem que agride seu próprio filho. Tudo isso me deixa cada vez mais furiosa e mais furiosa, e exausta por que eu não aguento mais nada disso. Não aguento ter que tentar agradar a todo mundo, agradar o público, agradar ao Rei, agradar a Maxon. Não aguento ter que dividi-lo com Kriss. Não aguento ter que fingir que estou bem com as responsabilidades que virão com o cargo apenas para me sentir um pouco mais segura. Não aguento mais essa guerra. Não aguento ter que ver Aspen pelo castelo e detestar o fato de ainda sentir algo por ele. Não aguento mais ter que fingir que não estou preocupada com ele agora.

Sem perceber, começo a chorar. Tento reprimir algumas lágrimas, pois não quero que Maxon ache que sou uma pessoa fraca, mas elas caem insitentemente. Não estou triste; só estou cansada.

Maxon pega minha mão delicadamente, e espero pelo turbilhão de perguntas que sei que ele está louco para fazer, como "você está bem?" "no que está pensando?" "por que está chorando?". Espero que ele fique apreensivo por não saber lidar muito bem com mulheres em prantos, o que me faz rir mentalmente. Mas ele não tem nenhuma das reações que imaginei. Ele simplesmente me abraça e eu enterro meu rosto em seu pescoço.

Ele me abraça de forma protetora, como se, com isso, pudesse acalmar todos os meus pensamentos que ele mesmo não sabe quais são. E ele realmente acalma. É quando percebo que cada gesto, toque, supresa ou beijo de Maxon tem um significado enorme. É como uma linguagem que só nós sabemos, só nós falamos. Sinto o cheiro de sua pele, e é tão bom que eu não quero ter que sair dali nunca mais. Maxon passa uma das mãos pelas minhas costas delicadamente e a outra pelo meu braço exposto. Seus toques me fazem arrepiar de leve. Meus pensamentos me fazem ruborizar, e agradeço mentalmente que ele não esteja vendo meu rosto agora.

Não sei quanto tempo ficamos abraçados, mas em algum ponto nos deitamos na cama. Deito em cima de seu peito, com seus braços protetores ainda ao meu redor. Ouço seu coração bater constante, e me embalo em seu ritmo até cair no sono.

Acordo com o som da "parede" se abrindo. Apenas abro os olhos, mas não me levanto pois simplesmente amo estar abraçada com Maxon. A imagem de um guarda aparede na saída e vem se aproximando de nós, descendo as escadas.

– Eles estão aqui! Avise o Rei - a voz diz para um outro guarda que está na porta.

Reconheço a voz, mas desejo com todas as forças que eu esteja enganada.

– Senhorita America - Aspen diz nos olhando abraçados, tentando manter sua voz firme.

– Soldado Leger - digo, com um pingo de culpa rondando pelo meu corpo.

Aspen nos analisa, com um olhar ferido, e para os olhos em Maxon que ainda está dormindo. Eu me sento na cama e olho para Aspen. Seu olhar para Maxon é odioso, e eu não sei bem o que fazer.

– Já pode voltar para seus aposentos - Aspen diz, dando as costas para mim e saindo.

Não vou atrás dele. Mesmo se eu quisesse, não poderia deixar Maxon ali. Droga! Eu odeio essa situação. Odeio ter que me dividir para os dois. Odeio ter que tomar uma decisão, pois ela parece muito difícil para mim. Tudo o que eu faço acaba magoando um ou ambos. Respiro frustradamente e acordo Maxon.

Ele levanta, ajeita o paletó, pega minha mão e meus sapatos que estão no chão e me guia até meu quarto. O castelo está uma bagunça total. A palavra Nostistas vem a minha cabeça. Eles devem ter vindo atrás dos diários. Vejo vários criados arrumando o castelo. O trabalho deles exige muita força. Força pra fingir que nada aconteceu e voltar a seus afazeres. Isso me lembra de Lucy. Será que ela está bem? Como estarão minhas criadas?

Nós paramos em frente ao meu quarto e Maxon apenas me olha. Seu olhar parece triste, e eu não sei que tipo de coisas ele está pensando. Antes que eu possa pensar em fazer alguma coisa, ele se inclina e beija minha testa tão delicadamente que parece temer que eu desapareça. Fecho os olhos por alguns instantes.

– Sinto muito por fazê-la passar por tudo isso - ele sussurra com os lábios ainda encostados em minha testa.

Antes que eu possa responder algo, Maxon se vira e sai andando. Fico algum tempo o observando. Então decido entrar em meu quarto.

A visão que tenho não parece real. Nem todo o castelo estava tão bagunçado e revirado quanto meu quarto. Eles provavelmente acharam que os diários estariam comigo. O que me faz pensar, se eles são capazes de invadir as seguranças do castelo, ameaçando sua própria vida por essa causa, o que mais deve estar escrito naquele diário? A curiosidade faz com que eu fique inquieta. Não posso, mas tenho que saber o que mais está escrito naqueles diários.

Logo minhas criadas entram para arrumar meu quarto. Lucy esta um pouco abalada pelo ataque, mas se recusa a descansar quando eu sugiro. Ignoro as repreensões de Anne quando começo a ajudá-las a arrumar tudo. Quando acabamos, peço para que elas desçam e me deixem sozinha por alguns instantes. O dia ainda nem terminou e aconteceram tantas coisas... Aquele aviso intimidador do Rei Clarkson, os conselhos da Rainha Amberly, os momentos sempre mágicos com Maxon, o ataque repentino e o olhar de dor de Aspen.

Aspen, Maxon, Rei Clarkson e Rainha Amberly. Quatro pessoas que me incentivam a fazer coisas diferentes. Duas torcem para que eu fique e duas torcem para que eu desista. Sei o que quero. Mas às vezes me sinto sufocada. Deito-me ainda com as roupas do almoço e permito-me esvaziar minha mente e relaxar por poucos segundos. Acabo caindo no sono.

Durmo por mais tempo que gostaria, pois quando acordo já está escuro e com certeza todos já foram dormir. Me levanto para trocar de roupa. Entro no banheiro, coloco uma camisola simples e volto para a cama. Quando saio do banheiro, vejo a sombra de uma pessoa em meu quarto. Penso em gritar, mas logo reconheço a silhueta. Como não reconhecer depois de anos nos encontrando no escuro?

– Sou eu Meri - Aspen sussurra.

– Eu sei.. Só me assustei. - digo, me sentando na cama - Não ouvi você entrar.
Ele se senta ao meu lado em silêncio, fitando suas mãos que estão em cima das pernas. Não sei bem o que dizer. Não conversamos desde quando achei que tinha sido eliminada. Tivemos uma briga, e agora não sei bem o que sinto por ele. Mas ainda me importo, e não quero deixa-lo.

– Bom... Você veio aqui por um motivo. - digo, finalmente quebrando o silêncio.

– É... - Ele diz, como se tivesse acabado de se lembrar. - Queria falar com você Meri.

– Sobre...? - digo, temendo o que sei que ele irá falar.

– Sobre nós - Aspen sussurra, olhando para a porta, se certificando que ninguém está ouvindo.

– O que tem "nós"?

– Meri.. - Aspen se vira para mim e olha em meus olhos - Não quero desistir de você. Você é a única pessoa pela qual sei lutar. Mas não sei mais o que você pensa... Tudo parece muito confuso agora.

– E está muito confuso... - sussurro mais para mim mesma.

– Eu quero que você seja sincera comigo... - ele me olha com um olhar ferido.

Sinto um arrepio percorrer minha espinha. Não quero magoá-lo, mas tenho que dizer a verdade à ele. O problema é que nem eu mesma sei qual é a verdade.

– Você o ama? - Aspen me pergunta, fitando o vazio.

Engulo em seco.

– Amo - digo, quase inaudível, mas sei que ele ouviu pois ele confirma com a cabeça.

– Você me ama? - dessa vez ele olha pra mim, como que suplicando para que a resposta seja sim.

– Aspen, eu não sei - digo, e é a verdade - Eu ainda sinto algo por você, mas não sei bem dizer o que é. Ainda me importo, e não quero deixá-lo ir... Mas, ao mesmo tempo...

– Ao mesmo tempo tem ele - Aspen diz, dando ênfase a palavra "ele", com um ódio indescritível. - Ele atrapalhou tudo Meri! Ele não ama você de verdade...

– Você não o conhece Aspen... Está deixando sua visão ser comprometida pelo ciúmes!

– E como você pode ter certeza que não está deixando a sua visão comprometida por simplesmente estar apaixonada?

– Por que eu o conheço! Sei quem ele é, e sei o que ele sente.

– Como pode saber se ele não diz isso para as outras?

Fico em silêncio.

– Como pode saber se ele não está mentindo pra você, Meri? Me diz?

Apenas olho para ele, meus olhos cheios de lágrimas. Não posso ter certeza, mas preciso confiar em Maxon, e sei que ele já me deu motivos para confiança. Mesmo assim, com as perguntas insistentes de Aspen batendo em minha cabeça, começo a sentir aquele medo novamente. Medo de perdê-lo. De vê-lo com outra... Medo, porque eu o amo com tudo o que tenho. Começo a chorar.

– Meri... - a voz de Aspen soa mais suave - Sinto muito, mas... Bom, eu acho que deveria ir embora.

– Com certeza - digo, fria.

Me levanto para acompanhá-lo a porta. Quando Aspen já está do lado de fora, ele se vira para mim e suspira.

– Apenas não desista de mim tão fácil... Eu não vou desistir de você.

– Tudo bem, Aspen - digo, e fecho a porta.

Deito-me e deixo toda a tristeza e cansaço me embalar. Choro até, por fim, cair no sono.


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Notas finais do capítulo

Esse ficou maiorzinho ^^
O que acharam?? Gostaram? Odiaram?? Sugestões??
Comentem pleeeeeeeeease!!!
Até o próximo ;D



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