Love Is A Beautiful Fear escrita por LeeH


Capítulo 11
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Minhas fofuras!! Gente to mto feliz... (acho que to vendo coelhos na Lua por um Maxon da vida real kkkk a Ana Beatriz sabe kkk)
Vcs são tipo, perfeitas, nossa vou morder vcs >
Amei escrever esse, tipo, amei mesmo.
Espero que vocês amem tanto quanto eu!!!
Sem mais, aí esta!!



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– Por que você acha que foi culpa sua? - Maxon me pergunta, limpando minhas lágrimas que caem violentamente.

Respiro fundo. Há uma briga dentro de mim para que eu conte tudo para Maxon, mas um argumento ganha de todos. Preciso mostrar que ele pode confiar em mim. Então eu conto. Conto sobre o bilhete, sobre como pedi ajuda a "um guarda" para que ele me trouxesse os livros para que eu criasse um plano para acabar com as castas. Conto sobre o que li no livro e sobre o sorriso do rei durante o almoço. Conto até sobre Daphne no Salão das Mulheres, embora isso seja irrelevante.

– Por que fez tudo isso? - ele me pergunta, se ajoelhando na minha frente.

– Eu entrei em pânico - digo, começando a chorar novamente - Entrei em pânico porque não queria te perder, Maxon. Eu amo você, eu tinha que fazer alguma coisa, mas não pensei que isso traria consequências pra você. Eu estava preparada para enfrenta-las sozinha, mas não estava pronta pra ver você passar por isso de novo Maxon. E é tudo culpa minha. Eu sinto muito. Me perdoe Maxon. Eu te amo demais, não aguento vê-lo sofrer por minha causa. Por favor me mande embora... - não consigo falar mais.

Cubro meu rosto com as mãos e choro ainda mais. Inclino meu corpo para frente e consigo sentir meus joelhos em contato com meus braços. Choro e soluço, buscando ar para respirar mas isso parece inútil. Sinto os braços fortes de Maxon ao meu redor, me confortando. Isso torna a situação toda ainda mais ridícula, porque eu que deveria o estar confortando, e não o contrário. Choro mais ao lembrar o quanto deve estar sendo doloroso para ele me abraçar agora, com as suas costas ainda doendo muito, mas não tenho forças para afastar seus braços de mim, nem para parar de chorar.

– Eu não seria capaz de te mandar embora - ele sussurra ao meu ouvido enquanto eu choro - America, se você quer eliminar as castas, podemos trabalhar juntos. Eu aguento as punições de meu pai. Eu aguento tudo por você, America. Aguento por que eu a amo. - ele ergue meu rosto para que eu possa olhar em seus olhos. Maxon passa os dedos em meu rosto, limpando minhas lágrimas que não param de cair - Se você não quer me ver sofrer, então por favor não me faça a mandar para casa. Não me faça ficar longe de você, America, por que essa é a unica coisa que eu não aguento.

Olho para seus olhos castanhos e vejo que eles estão mareados. Nunca vi Maxon chorar, e só agora percebo que o medo dele de me perder é tão grande quanto o meu de perdê-lo. Estamos ambos dispostos a aguentar as consequências que ficar juntos provocará. A unica coisa que não aguentamos além de ver um ao outro sofrer, é ficar separados.

Então eu tomo a iniciativa de beijá-lo. Beijo-o com tudo o que tenho, com todo o amor que sinto por ele, como se, com o beijo, eu pudesse tirar dele toda a dor que ele está sentindo. O corpo dele estava agora contra o meu, sua mão baixa em minhas costas, me segurando para ele. Passo minhas mãos em seus cabelos, deixando-os bagunçados. Não quero que o beijo acabe, porque uma vez que ele acabar, teremos de encarar a realidade novamente e toda a insegurança, incerteza e medo que ela traz. Então não paramos o beijo. Ao contrário, ele fica cada vez mais apaixonado e intenso. Paramos apenas para respirar, e Maxon cola sua testa na minha e permanecemos de olhos fechados, apenas respirando o mesmo ar.

– America - ele sussurra e eu quase me perco com o som de sua voz, baixa mas ainda firme - Prometa que vai ficar.

Abro meus olhos e o vejo me encarando, ainda com nossos rostos muito próximos.

– Prometo - digo, acariciando seu rosto - Ficarei em quanto você ainda me quiser - e imediatamente me lembro de Kriss e sinto uma onda de insegurança correr pelo meu corpo.

Maxon passa as mãos em meus braços e sinto essa onda diminuir até sumir totalmente. Ele se tornou meu porto seguro, uma âncora que me prende ao solo em meio a tempestade e cada vez mais sinto que preciso dele.

– Eu te quero para sempre - ele diz, sorrindo.

– Então ficarei para sempre.

Maxon sorri e beija minha testa delicadamente, como se temesse que eu quebrasse e sussurra com os lábios ainda em minha testa.

– Eu amo você

Não consigo deixar de sorrir. Nunca me canso de ouvi-lo dizer isso para mim.

– Eu também amo você - sussurro de volta e o envolvo cuidadosamente em meus braços.

Ficamos ali abraçados, não sei quanto tempo. Ele se encosta na parede e eu encosto minha cabeça em seu peito ouvindo as batidas de seu coração. Firmes, constantes e aceleradas. Sei que meu coração também bate acelerado quando estou perto dele. Consigo ouvir meu próprio coração bater no mesmo ritmo que o dele. De alguma forma, ouvir seu coração bater me traz tranquilidade e eu me permito relaxar enquanto o sinto acariciar meu braço com uma mão e com a outra brincar com meu cabelo. Fecho meus olhos e caio no sono.

Acordo com Maxon me chamando, dizendo que nos atrasaremos para o jantar. Saímos do quarto após restirarmos todos os vestígios que estivemos ali. Maxon me leva até meu quarto silenciosamente segurando minha mão. Paramos em frente ao meu quarto, ele beija minha bochecha e me agradece por o ter ajudado.

Envolvo meus braços em seu pescoço e o abraço o mais cuidadosamente que consigo.

– Precisamos bolar um plano, rápido. - sussurro em seu ouvido.

– Mais tarde falaremos sobre isso - ele sussurra de volta e em seguida beija novamente minha bochecha e sai.

Entro em meu quarto e encontro Lucy e Mary agitadas e prontas para me arrumar para o jantar. Anne logo entra com meu vestido. Elas me arrumam rapidamente e eu fico observando suas mãos habilidosas mexendo em meu vestido e meus cabelos.

Logo fico pronta para o jantar e desço rapidamente. Quando chego, falta apenas Elise para que o jantar seja servido. Maxon já esta sentado ao lado da Rainha e de Daphne com um terno cinza e gravata azul. Ele me vê e sorri e eu retribuo. É horrível ter que olhar para o Rei e fingir que nada aconteceu, quando ele fez algo terrível que, só de pensar, me da vontade de levantar daqui e socar o mais forte que conseguir a cara dele. Ele evita meu olhar, talvez apenas porque me detesta, e agradeço mentalmente por ele fazer isso por que não sei se conseguiria suportar ele olhando para mim.

Elise chega e o jantar é servido. Jantamos em silêncio a maior parte do tempo, Kriss e Elise conversam de vez em quando e eu tento prestar atenção na conversa apenas para manter minha mente ocupada.

– Você o verá hoje? - Elise pergunta.

– Sim... Ele me levará para passear hoje pelo castelo - Kriss responde e me encara, apenas se certificando que eu ouvi.

Sinto a raiva subir mas apenas sorrio para ela, o mais falsamente que consigo. Imediatamente me arrependo de ter ouvido a conversa. Onde esta a Kriss que se dispôs a conversar abertamente e pacificamente comigo no passado? A competição esta cada vez mais acirrada. A pressão pode fazer as pessoas se transformarem, ou apenas se revelarem.

Respiro fundo e volto minha atenção para Maxon que esta conversando com Daphne. Ele me olha de canto de olho a tempo de me ver despedaçando por dentro. É muito difícil, insuportavel, ter que lidar com Kriss e Daphne ao mesmo tempo. Maxon volta o olhar para Daphne e discretamente mexe em sua orelha.

Retribuo quando ele olha para mim.

Assim que o jantar acaba, me levanto e saio rapidamente porque não aguento nem mais um minuto disso. Chego em meu quarto e minhas criadas estão lá esperando por mim. Sem pensar, começo a me trocar e coloco uma camisola azul simples que elas fizeram para mim como presente. Após isso, custa muito fazê-las saírem do meu quarto e, assim que elas saem, ouço as familiares batidas na porta. Eu havia me esquecido que ele viria hoje. Corro para abrir a porta.

Maxon abre um sorriso ao me ver, então seu olhar baixa pelo meu corpo todo e é quando me lembro que já me troquei para dormir. Sinto meu rosto esquentar enquanto abro caminho para que ele entre. Demora um tempo para que ele saia de seu "transe" e entre no quarto, totalmente corado. É engraçado vê-lo assim por minha causa, mas sei que estou tão corada quanto ele. Pego um roupão azul que faz par com a camisola e fico de frente para ele, enquanto ele evita me olhar por alguns segundos.

Após um tempo ele pigarreia.

– Desculpa aparecer tão tarde - ele diz.

– Eu que te devo desculpas - digo - Esqueci que você viria.

– Esqueceu que eu viria? - ele pergunta, com as sobrancelhas arqueadas.

– É, bem... - começo a andar até a cama e me sento - Eu esqueci porque estava com a cabeça muito cheia.

Ele assente e depois se senta ao meu lado. Ficamos em silêncio por alguns segundos.

– Foi muito difícil ter que encarar seu pai depois de hoje. - digo, enquanto mexo em minha camisola.

– Eu sei... - ele respira fundo - Sinto muito fazê-la passar por tudo isso - ele me olha ferido.

– Maxon - passo a mão pelo seu rosto.

Ficamos em silêncio novamente, apenas apreciando a companhia um do outro. Maxon passa as mãos em meu rosto e cola a testa na minha. Quanto mais tempo passo com ele, mais quero ficar com ele. Porque quando estou com ele, os desafios parecem fáceis, as montanhas parecem pedras no caminho, as inseguranças somem e tudo se encaixa. Quanto mais fico com ele, mais tenho certeza de quero lutar para passar o resto da minha vida com ele. Quando ele esta aqui eu nem mesmo entendo como posso ainda ter dúvidas, porque ele desfaz todas elas com apenas um toque, um olhar que diz tudo sem nenhuma palavra. Após um tempo assim, ele se afasta um pouco e sorri.

– O que foi? - pergunto.

Ele balança a cabeça.

– Já te vi com vários vestidos e roupas diferentes e você fica linda em todas elas - ele diz se aproximando um pouco mais, mas sem tirar os olhos dos meus - Mas nunca imaginei que é quando você está mais simples, que você fica mais linda.

Apenas sorrio e selo nossos lábios, por que por mais que eu tente, jamais conseguirei dizer coisas tão bonitas quanto as que ele me diz. Então me lembro de uma coisa, e me afasto subitamente.

– O que foi? - é a vez dele perguntar, e ele me olha confuso.

– Você vai ver Kriss hoje, não vai? - digo, mas não dou chances para ele responder - Você vai se atrasar.

Levanto-me e vou até o piano, ficando de costas para ele. Não demora muito para que eu o sinta atrás de mim.

– America - ele diz, então eu me viro e ele esta muito perto de mim. Maxon passa as mãos em minha cintura. - Sabe por que eu vim aqui hoje?

Apenas o encaro, esperando a resposta. Ele muda uma das mãos para meu rosto.

– Por que eu quero que você tenha certeza que só existe você para mim, e que eu te amo. Eu sabia que você logo descobriria que eu veria Kriss hoje. Mas é que já faz um tempo que eu não a vejo, e ela esta começando a desconfiar. Meu pai me pressionou a sair com as outras selecionadas também, e eu tenho que fazer isso. Então eu vim aqui, só pra poder dizer pra você não se importar com isso, porque eu amo você e não há espaço para mais ninguém - ele aproxima nossos rostos - Só quero que você se sinta segura em relação a nós.

– Eu amo você Maxon - as palavras escapam de minha boca.

Ele sorri e me beija, mas esse beijo não dura o tanto que eu gostaria. Eu o acompanho até a porta, ele beija minha testa e sai.

Ele só queria que eu não tivesse dúvidas. Ainda sorrio quando me deito e demoro para dormir, apenas pensando e sonhando acordada sobre, se nosso plano, que ainda não existe, der certo, minha vida será muito diferente. Embora tudo isso ainda me assuste um pouco, depois de hoje, sei que Maxon fará tudo para que eu me sinta segura em relação a nós. E eu mal posso esperar para passar minha vida ao lado dele. Mas para isso, tenho que descobrir exatamente onde Aspen se encaixa em minha vida.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Espero que tenham gostado, sinceramente!
Eu gostei de escrevê-lo ^^
QUERO MUITOS COMENTARIOS PLEASE!!!!
Até o próximo! Bjos



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