Uma outra história escrita por Sorvete de Limão


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Ahhhhhhh finalmente!! O Nyah! finalmente voltou!! Estava com abstinência!!
Então pessoas, capítulo fresquinho pra vocês!!
Adorei esse capítulo então gostem também!
Boa Leitura!!
PS: LittlePop Eaton aqui está a música No Better da Lorde como você pediu! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/492365/chapter/16

Go all the way / Have your fun, have it all / This will take you down / Get through the days / Do your thing, do it well / This will take you down

O primeiro convidado que chegou foi a mãe de Piper e Silena, Afrodite e seu acompanhante Ares. Era ela que estava conversando com minha mãe no almoço de boas-vindas que teve quando chegamos. Seus cabelos eram louros e sedosos, seu vestido era divino e suas joias eram caras e finas. Ares já era diferente com cabelos castanhos escuros curtos e um rosto forte. Estava usando uma camiseta vermelha, calça preta e um casaco de couro. Era até bonito, com um estilo jovial. Piper me contou que ele é um tenente do exército americano. Medo.

Roupa Afrodite: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=121756563&.locale=pt-br

Eles entraram e Afrodite nos viu, abriu um sorriso cintilante e veio até nós. Nos abraçou e beijou a bochecha de cada uma.

– Meninas! Vocês estão lindas! Annabeth você está uma moça tão bonita, eu me lembro de quando você era pequenininha. Mas por favor, não pense que sou velha! – e riu. Rimos também. – Agora vou cumprimentar os donos da casa. Com licença. – e saiu. Passando um braço em volta do de Ares.

– Ares é o pai de vocês? – perguntei para Piper e Silena.

– Não. Somos irmãs por parte de mãe. – explicou Silena. – Meu pai é um vendedor de chocolate e o pai de Piper é um ator.

– Ah legal. Eles se casaram?

– Nossa mãe se casou só com o pai de Piper. Meu pai e ela só namoraram. Minha mãe não teve nenhum problema em criar nós duas sozinha. Até porque ela sempre teve ajuda dos outros empregados e questão econômica nunca foi um problema. Ares é só o namorado dela.

– Hum legal.

–É.

– Ai credo! Que papo chato! Vamos dançar e eu estou sabendo que um monte de amigos do Percy vai vir, então vão ocupar suas bocas! – disse Thalia nos empurrando para a sala.

Sally tinha contratado um DJ.

Pra falar a verdade aquilo era mais para a gente do que pra eles. Eu e as meninas começamos a dançar. Não percebi, mas a campainha soou muitas vezes e a festa foi ficando cada vez mais cheia. Rachel, Zoe, Hazel, Bianca, uma garota de cabelos castanhos longos, uma garota de cabelos louros, e duas com cabelo castanho chegaram, não sabia quem era, mas estavam com a gente, então deviam ser conhecidas.

Estava meio ocupada dançando então não percebi quando a maioria das meninas tinha saído, olhei em volta e vi a maioria se agarrando com algum menino aí. Falando nisso, procurei o Percy e lá estava ele rodeado de um monte de mulheres acho que eram as tias dele ou coisa do tipo, porque elas apertavam as suas bochechas e davam abraços esmagadores. Resolvi salvá-lo, fui discretamente até a cozinha, pegar um copo de refrigerante. Percy olhou para trás e agradeceu com o olhar.

– Tia May eu tenho que sair agora. Sim, eu estou bem. Não precisa fazer outro bolo de frutas. É sério eu estou legal. – Percy se desgrudou da tia May, veio até mim e se postou ao meu lado.

– Bolo de frutas?

– É aquilo é horrível e ela já me mandou uns cinco e aquele treco é repugnante.

– Porque? – disse me segurando para não rir.

– É cheio de frutas secas e tem um gosto ruim e... – ele me olhou e comecei a rir. – Eu não acredito que você está rindo de mim. Acho que vou pegar uma fatia do bolo da tia May para você experimentar.

– Não precisa! Não precisa!

– E aí quer dançar?

– Claro. – ele pegou na minha mão e me levou até a pista de dança/sala de estar. E obviamente começamos a dançar.

Não existia mais nada ali, só nós dois dançando. Eu olhei para ele e ele olhou para mim, cheguei mais perto dele e coloquei meus braços em volta do seu pescoço e ele passou seus braços na minha cintura, quando percebi o que estava fazendo seus lábios já preenchiam o meu. Sua língua pediu espaço e eu cedi. Ficamos assim por um bom tempo meu pulmão gritava por ar, mas não iria parar um beijo tão bom. Só então a parte sã da minha cabeça, percebeu e me alertou de que estávamos em uma festa que nossos pais deram e que eles estavam ali. Parei o beijo e recuei.

– O que foi? – ele me olhou confuso.

– Sabe foi sua mãe que deu essa festa, se ela vê a gente aqui...

– Calma, ela deve estar cumprimentando os convidados.

– Mas isso é segredo e ninguém sabe e ninguém pode saber.

– Sinto muito pombinhos, mas uma pessoa já sabe. – Thalia apareceu do nada, cruzou os braços e nos olhou reprovadora. – Que é isso povo? Vocês ficaram e não me contaram? Ah não pera vocês acabaram de ficar, então... – Ela me olhou e olhou Percy, me olhou de novo e depois olhou de novo para Percy, nós dois estávamos vermelhos um brilho de compreensão apareceu em seus olhos e ela arregalou os olhos. – MEU DEUS! – ela gritou e nós dois corremos e tampamos sua boca com nossas mãos.

– Thalia fica quieta! – disse Percy. Mas ela mordeu o dedo dele.

– EU NÃO ACREDITO NISSO!

– Thalia fica quieta! - repeti

– Eu não posso ficar quieta! Eu não sei o que deu em vocês, mas vocês são primos! PRIMOS! – E bateu seus dedos no braço. – Do mesmo sangue!

– Ah sério Thalia pensei que fôssemos primos de consideração. – disse Percy revirando os olhos.

– Viu? Viu? – Thalia apontou o dedo para Percy e o olhou como se ele tivesse acabado de se entregar, o que ele fez mesmo.

– Thalia calma! – peguei seu braço e a arrastei, com Percy na cola. Subimos até o segundo andar até a salinha perto do meu quarto. Thalia se sentou no sofá.

– Expliquem-se. – disse Thalia. Contamos toda a história e Thalia ouvia atenciosamente, não nos interrompeu em nenhum momento. Quando terminamos ela levantou.

– Eu ainda não acredito nisso, mas... Sem problemas, é legal até, não vou contar pra ninguém o segredinho de vocês. – ela disse e saiu da sala.

– Não se preocupe Thalia é de boa, não vai contar pra ninguém. – ele me puxou pela cintura e antes que me desse um beijo. Thalia apareceu na porta e gritou:

– Estou de olho hein? – levantou a mão e apontou para os olhos dela e depois pra gente, deu um sorriso e foi. Nós dois sorrimos e continuamos o que estávamos fazendo.

_____________________________________________________________________________

Quando acordei o sol queimava minhas pernas, as cortinas estavam entreabertas e todos os raios de sol estavam vindo pra mim. Levantei e fechei as cortinas tentei dormir de novo, mas já estava desperta. Fiz minha higiene matinal, botei qualquer roupa e desci. Todos os empregados estavam trabalhando em limpar a casa. Eu realmente me impressionava com aqueles empregados eles trabalhavam silenciosamente, era um pouco arrepiante.

– Bom dia Lisa! – disse entrando na cozinha.

– Bom dia querida! Como foi a festa ontem?
– Ué Lisa, você também estava aqui né?
– Se você não se lembra senhorita Annabeth eu estava bem aqui na cozinha.

– Ah é! Nossa Lisa eu tenho que te parabenizar a comida estava muito boa.

– Hum sei, acho que sua boca estava ocupada com outra coisa. – ela disse isso e virei um pimentão. E ela ainda riu. – Minha filha eu sei de tudo que acontece nessa casa.

– Então vai lá Lisa. Mais alguém sabe?

– Não, acho que todo mundo estava ocupado comendo, bebendo ou dançando pra se preocupar com vocês.

– Que bom né?

– É. – Ela me serviu waffles e suco de morango. Enquanto eu estava comendo comecei a pensar em tudo que tinha acontecido nessas últimas semanas: mudança, acidente, coma, essas coisas. Tudo isso parecia que tinha acontecido há muito tempo atrás e me sentia velha e cansada. Então meus pensamentos mudaram para outra coisa: a casa que estava hospedada. Sabia que ela era enorme, mas nesse tempo em que estou aqui nunca a conheci por inteira. Credo. Isso era vergonhoso. Sabia que minha mãe queria ver as casas comigo hoje, mas ela ainda estava dormindo então eu podia andar por aí. Terminei a comida e fui para fora.

Parei e fiquei admirando a casa. A parede era branca como marfim, o sol batia de um jeito que parecia que a parede, na verdade eram raios de sol compactados. As janelas brancas e a varanda brilhando. O jardim bem cuidado e o barulho da água molhando as plantas mais atrás. Cheguei até a ouvir passarinhos cantando. Decidi que ia explorar aquela casa. Como se fosse a primeira vez que passasse pela soleira da porta, entrei e subi as escadas. O primeiro andar era o quarto de Zeus e Hera, e o de Jason. Duas portas. Uma janela que ia do chão até o teto e algumas plantas. Subi as escadas, no segundo andar era o meu quarto, a salinha e o quarto da minha mãe. No terceiro andar ficava o quarto de Thalia e outro quarto. Em todos os andares tinha janelas grandes iguais ao do primeiro andar. Mas também tinha um alçapão que eu só percebi agora. Abri a porta e...

Esperava sair muita poeira, mas na verdade saiu um cheirinho de lavanda. A escada era bem cuidada e era de madeira clara. Subi e vi um quartinho. Tinha uma cama bagunçada e muitas coisas na prateleira, livros, fotos e CDs. Uma TV de LED, uma Xbox, um Blu-ray e muitos DVDs. Parecia aqueles quartos que você chama seus amigos, ou primos e fica brincando o dia todo. Podia imaginar os meus primos e seus amigos subindo aqui enquanto, eu a excluída morava do outro lado do país. Olhando assim dá até dó, mas nunca pensei muito neles. Na prateleira ao lado da cama, vi várias fotos de Thalia, Nico, Percy e Bianca. Vi fotos deles ao lado de outras crianças que nunca vi, e outras que reconheci que andavam com a gente na escola. Apesar de estar a pouco tempo por aqui, nunca imaginei que a amizade entre eles era tão antiga e tão forte. Me senti uma intrusa. Não havia fotos minhas e nunca fui chamada para subir ali. Apesar de ser da família, não me sentia assim. As crianças sorridentes ao lado de meus primos pareciam ser mais íntimas deles do que jamais fui nem mesmo com Percy ou com Thalia. Por algum motivo as lágrimas vieram e saí correndo dali. Desci para o meu quarto e me joguei na cama, fiquei ali até dormir.

_____________________________________________________________________________

Acordei com minha mãe me balançando com raiva.

– Annabeth! Annabeth! Acorda!

– Oi!- Disse e me levantei.

– Você esqueceu do nosso compromisso?

– Que compromisso? Ah as casas!

– É as casas, temos 10 minutos pra sair de casa! – Me levantei num pulo, e ela saiu reclamando. Botei uma roupa apresentável, escovei os dentes, dei um jeito no cabelo, passei um batom e saí correndo. Minha mãe já estava me esperando com uma bolsa pequena nos ombros, colocando os óculos e com a chave do carro na mão.

Roupa Annabeth: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=122937211&.locale=pt-br

Roupa Atena: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=122942089&.locale=pt-br

– Vem! Vem! Estamos atrasadas! – Ela estendeu a mão e colocou nas minhas costas. – Lisa estamos saindo!

– Vocês vão vir pro almoço? – gritou Lisa.

– Não! – minha mãe virou pra mim. – Hoje vamos almoçar no restaurante preferido de Annabeth. – Ela se virou para mim sorrindo e eu retribuí o sorriso. Quando vinha pra cá, as vezes íamos almoçar em um restaurante no centro. Entramos no carro de minha mãe e fomos para o centro. Ok, todo mundo pode pensar: Nossa é só um restaurante. Mas para mim, mesmo com oito anos de idade aquilo não era só um restaurante. Aquele lugar era o meu pedacinho do céu dentro da caótica e barulhenta Nova Iorque, só de lembrar já me sentia quentinha e feliz. Sempre serviam alguma bebida quentinha antes da refeição se você quisesse, eu, independente de dia, noite, sol, chuva, almoço ou janta, sempre, sempre pegava o chocolate quente, porque o chocolate quente que eles servem lá não é desse mundo. E não era só por causa do chocolate quente, além da comida ser maravilhosa. O ambiente era calmo e feliz, aquele lugar que as famílias vão para comemorar o fato de a sua filha ter ganhado o campeonato de soletração, ou o filho ter gabaritado o teste mais difícil de matemática da escola. Simples, aconchegante e familiar. Uma das melhores lembranças que eu tenho de Nova Iorque. Apesar de ser no centro quando eu entrava lá não ouvia nada, nenhuma buzina, sirene de ambulância, de polícia ou conversas alheias, só as risadas e conversas na nossa mesa, da nossa família.

Nem percebi quando minha mãe parou em frente a um prédio elegante. Ela sorriu animada e nervosa ao mesmo tempo e eu também. Descemos do carro e minha mãe cumprimenta o corretor, fico ao lado dela e vejo um garoto de cabelos escuros estranhamente familiares ele vira, mas não me vê entra em um carro e vai embora. Mas eu o reconheci e aparentemente morava naquele mesmo prédio: Peter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

HAHAHAHAHA! Gostaram? Amaram? Odiaram? Reviews, reviews, reviews, recomendem, favoritem, sintam-se a vontade tortinhas de limão!! *----* Aceito criticas e sugestões de músicas e capítulos!
Beijos e cócegas,
Sorvete de Limão.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma outra história" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.