Broken Crown. escrita por Paula Greene


Capítulo 8
Capitulo 8 - Swan Song.


Notas iniciais do capítulo

- Regina não é mais tão inocente.
— Henry investiga sobre o passado e descobre um presente escondido.
— Regina tenta esconder as coisas do filho, mas ele é mais espero do que ela pensa.
— Ela tem um momento de fraqueza e decide se abrir.
— Henry descobre mais sobre sua marca e ganha um presente inesperado.



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Regina foi até o quarto de Henry crente de que seria ela a dar uma bronca. Entrou pedindo aos guardas que sempre a acompanhavam que ficassem ao lado de fora, era difícil pra ela fazer algo sem que os cachorros do marido a perseguissem. Ele dizia ser para a segurança dela, mas ela duvidava muito disso.

Henry estava sentado na cama, mas logo saltou quando a viu, ele trazia um embrulho nas mãos que por mais que tenha tentado não conseguiu esconder a tempo.

– Henry. – Ela disse se aproximando. – O que você esta fazendo? O que esta escondendo ai?

Mas o menino não permitiu que ela visse, saltou por cima dos móveis correndo dela. Aquela cena lembrava muito uma outra que ela tinha vivido no passado, mas felizmente conseguiu reprimir esse pensamento.

– Henry desça já daí. – Disse em tom autoritário, mas era impossível conseguir com que o garoto cooperasse. – Ou vou mandar chamar seu pai.

Aquilo sim fez com que o garoto desse atenção a ela. Ele ficou paralisado em pé em cima de uma das estantes mais baixas. Ele desceu cuidadoso e ela logo pode reconhecer o embrulho.

– Você esteve mexendo nas minhas coisa?

– Me desculpe... Eu estava procurando outra coisa e encontrei isso e achei muito legal... – Ele desembrulhou a espada e deu golpes incertos no ar. – Posso ficar com ela?

Regina fitou a espada na mão do garoto, o aço branco estava intacto assim como o punho com fios de ouro. O desenho talhado na espada não havia sido modificado pelos anos, ela ainda continuava tão linda como no dia em que tinha sido forjada. O cisne parecia encará-la enquanto ela olhava-o, silenciosa.

– Mãe?

– Eu não quero ver isso na minha frente, Henry. – Disse sem tirar os olhos da espada. Seus pensamentos viajaram anos atrás quando ainda era jovem. Lembrar ainda machucava.

– De quem ela é? – O garoto perguntou inocentemente.

– O que você estava fazendo nas minhas coisas? – A espada estava escondida para que Robin não a encontrasse. Era a espada de Emma que Regina havia mandado concertar e quando ficou pronta a garota já havia partido, mas Regina não conseguiu se livrar dela. No primeiro ano de sua partida, as vezes quando sentia muito a falta da amiga Regina se levantava no meio da noite e segurava a espada na mão pedindo em silêncio que a garota voltasse. Mas nunca aconteceu, seus pedidos nunca foram ouvidos.

– Estava procurando pistas.

– Pistas?

– Sim. – O menino voltou a enrolar a espada no embrulho e se sentou no sofá. – Sobre a minha marca, essa aqui. – Ele puxou a manga da camisa e mostrou a imagem tão conhecida pra mãe.

– Henry eu já lhe disse. – Ela se sentou ao lado do menino, aquela altura já tinha se esquecido da bronca que tinha a dar. – Você nasceu com ela.

– Então porque a Salvadora tem uma igual?

Regina ficou ereta, não sabia como responder aquela pergunta, não sabia como Henry sabia daquela informação que ela fez questão de esconder de todos. Ninguém que ela conhecia sabia que Emma e Henry tinham a mesma marca e nem podiam saber. Robin principalmente nunca poderia saber.

Sua respiração ficou pesada e ela o olhou com indignação, tentou esconder pois sabia que com essa atitude somente deixaria o menino mais curioso e ela conhecia bem o filho que tinha, quando algo entrava em sua cabeça era difícil de arrancar. Exatamente como a amiga que ela um dia achou ter tido.

– Henry. Do que você esta falando?

– Você sabe do que eu estou falando, olha pra você ficou toda nervosa.

– Henry... – Ela respirou fundo e segurou o braço do menino. – Eu preciso que você me prometa que nunca irá falar sobre isso novamente.

– Mas mãe...

– Henry. – Ela disse mais seriamente, não queria machucá-lo, mas precisava que ele entendesse Robin nunca poderia saber daquilo.

– Se você me contar eu prometo não contar a ninguém. – O garoto tinha aquele olhar decidido e ela sabia que seria uma guerra perdida não importava o que ela fizesse e de certa forma sabia que ele estava certo, afinal, era a vida dele.

– Filho... Você não entenderia.

– Tente. – Ele disse e voltou a encarar a marca no pulso. – Por favor, mãe.

Ela respirou pesadamente, ainda não estava pronta pra falar a respeito disso pois sabia que todos os seus fantasmas reapareceriam e ela temia não ter forças suficientes para mandá-los embora.

– Espere... Você ainda não me disse como sabe que a senhorita Swan possui uma marca como a sua.

Henry revirou os olhos.

– Você esta mudando de assunto, mas tudo bem, ela me mostrou.

– Te mostrou? Ela esta aqui? – Regina não podia acreditar no que ouvia, isso não podia ser verdade, ela não podia estar ali.

– Senhorita Swan? Tipo, cisne? – Ele se levantou deixando Regina totalmente estática. – A espada é dela não é? Mãe o que você esta escondendo de mim?

Ele pegou a espada e passou os dedos pelo cisne talhado no punho. Nenhum dos dois estava tendo as respostas que queriam.

– Henry, sente logo aqui. – Regina disse já perdendo a paciência.

– Eu a encontrei hoje. – Henry explicou a mãe tudo sobre o porto, como foi até lá com Grace porque o pai dela, o Jefferson havia dito que o Pirata e a Salvadora ia atracar na cidade. Contou que a mulher usava aquele símbolo como um estandarte no navio e que quando ele perguntou a ela a mulher lhe mostrou o punho com a marca.

– Ela viu a sua?

– Não, papai chegou bem na hora em que eu ia mostrar.

Regina suspirou aliviada, pelo menos não teria de explicar isso a ela. Talvez conseguisse coagir Henry a não procurar mais a senhorita Swan e esquecer esse assunto assim não teria que vê-la e isso facilitaria muito as coisas.

– Sua vez. – A voz do garoto a despertou.

– Você merece saber a verdade. – Disse. – Mas a verdade é que eu não sei.

Henry não pareceu acreditar, ele baixou a cabeça decepcionado.

– Mas vou te contar tudo o que eu sei e você me promete deixar esse assunto quieto. Ok?

– Você vai ter que ser convincente. – Ele se sentou e cruzou os braços, era adorável, Regina nunca entendeu como Henry podia ter o mesmo sangue do rei seu marido.

– Certo... – Ela lhe contou da época em que conheceu Emma. - Ela era só uma caçadora de recompensas...

Henry ouviu atentamente a toda a história.

– Então tem esse feiticeiro... Ele é o único que sabe a razão de tudo isso, mas eu nunca fui capaz de perguntar...

– Porque mãe?

– Eu tive medo de saber a verdade, que dizer, tive medo de que ele me confirmasse a verdade. Eu era muito jovem Henry.

O menino a encarava tristemente.

– Eu não entendo. Que verdade era essa?

Regina sorriu, seus olhos já estavam marejados, mas ela lutava contra as lágrimas.

– Esse vai ser nosso segredo, certo? – Henry confirmou com a cabeça, ansioso para saber mais. – Quando Emma partiu eu... Eu descobri algo que me perturbou durante toda a vida... Algo que eu achei que não conheceria... Quando ela se foi eu descobri que a amava Henry...

O menino arregalou os olhos. Nunca em sua vida imaginou que estaria naquela situação. Assistiu as lágrimas caírem dos olhos de sua mãe sem poder fazer nada para ajudá-la.

– Mãe... Ela não amava você também? Porque você se casou com o meu pai? Porque vocês não ficaram juntas.

Regina balançou a cabeça melancolicamente, falar sobre aquilo a estava matando, os fantasmas a estavam matando.

– Eu não pude... Eu... Eu não pude dizer a ela que também a amava.

Henry soltou a espada e a abraçou, era só o que podia fazer... Depois disso jurou que não tocaria mais naquele assunto, pois não podia suportar ver sua mãe chorando.

– Você tem o direito de saber a verdade, o nome do feiticeiro é Rumpelstiltskin. – Ela disse depois de alguns minutos de silêncio conseguiu se recuperar se repreendendo por chorar daquela maneira na frente do filho. Ela se levantou e pegou a espada que lhe trazia tantas lembranças, grande maioria boas lembranças. – Tome, fique com ela.

Henry sorriu pegando a espada e assim que Regina saiu ele foi atrás de Grace, precisava encontrar esse feiticeiro e precisava falar com a Salvadora. Muitas coisas a fazer e pouco tempo antes do anoitecer e um rei de quem se esconder.


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Notas finais do capítulo

Não revisei, beijos.