O Amante escrita por Allie Blake


Capítulo 9
Sem inspiração para títulos...


Notas iniciais do capítulo

Vick Santos é o nome da amante que nos deu nossa segunda recomendação.

Obrigada Vick... ^♥^



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Conforme Sasuke se afastava, Sakura tentava controlar as emoções que a tomavam. Como pudera levá-lo para a sua cama tantas noites sem conhecer de fato a real natureza de seu caráter? Imaginara-o quieto, gentil, suave, e não o tipo de homem que ordena e exige mais do que ela poderia dar. Fora por isso que o preferira entre outros candidatos a serem seus amantes. Como poderia imaginar que o temperamento sutil e calado do Sr.Uchiha mascarasse um caráter forte que a fazia irritar-se mais e mais a cada minuto?!

Detestava ser manipulada! Talvez algum bem viesse, afinal, da fuga de Oliver com Emily, imaginou. A loucura de seu sobrinho a fizera ver aspectos do temperamento de Sasuke que ignorava por completo. Agora podia ver-se livre dele sem nenhum constrangimento ou contrição.

Sakura endireitou-se ainda mais na cadeira, olhou pela janela e observou o assaltante que a atacara na noite anterior. Agora que o via à luz do dia, percebia que não passava de um pobre rapaz. Mas ele a assustara um bocado! O bandido encontrava-se com as mãos amarradas e presas à sela do cavalo que montava. E aprecia estar implorando a Sasuke que não o entregasse às autoridades.

Mesmo sem querer, Sakura acabou sentindo pena. O rapaz, com certeza, seria enforcado por seus crimes, provavelmente cometido por impulsos da juventude dos quais ele não pensara nas consequências. Exatamente o tipo de impulso que a levara ao altar com Kakashi Hatake.

Pelo menos ela sobrevivera a seu erro e aprendera com ele. Sakura forçou-se a desviar o olhar e percebeu que o hospedeiro se aproximava.

— Já temos um quarto pronto para a senhora, Lady Haruno— ele informou,indicando-lhe a escada. — Não é um primor como eu gostaria que fosse, porque sei quanto gosta daqui, mas é um cômodo tranquilo nos fundos da casa. Se pretender descansar, não será de forma alguma perturbada com ruídos vindos da rua.

— Obrigada senhor. — Ela abafou um bocejo. — Acho que preciso de fato dormir um pouco.

Mesmo antes de partir de Bath, Sakura não tivera um bom dia e agora mal podia manter os olhos abertos, tão cansada se sentia.

— Um cavalheiro muito agradável, esse Sr. Uchiha — comentou o hospedeiro, enquanto acompanhava Sakura até o quarto. — Imagino que, com certeza, ficará satisfeita por recebê-lo em sua família.

— Família?! — ela estranhou. Seriam seus sentimentos por Sasuke assim tão transparentes?

—Sim, com o casamento de seu sobrinho e a irmã do Sr. Uchiha... — O homem sorriu, tentando parecer gentil e agradável. — A senhora e o Sr.Uchiha engendraram a união dos dois?

Sakura conteve a vontade de rir.

— Não, não. Muito ao contrário.— O hospedeiro pareceu não entender o que ela dizia.

— Ah, então eles vão se casar por amor. Olhe, nem posso dizer que esteja surpreso com isso, sabe? Afinal, a moça me pareceu bastante afetuosa para com seu sobrinho, prestando absoluta atenção a cada palavra dele.

Como ela, um dia, prestara atenção a cada respiração de Kakashi Hatake, Sakura pensou aborrecida. Ainda uma vez avaliou o que poderia ter atraído a vivaz Srta. Uchiha para seu calado sobrinho Oliver, a não ser a fortuna que ele possuía.

Chegaram ao quarto, o último do longo corredor, e o hospedeiro abriu aporta e virou-se, sorridente.

— Aqui estamos! Quer que eu mande minha senhora preparar um bom desjejum?

Sakura sentia o estômago revirar só de pensar em comer. Ainda mais porque o cheiro da comida já preparada para outros hóspedes parecia estar por toda parte.

— Apenas chá e torradas, por favor — pediu. — Não costumo dormir bem quando como muito.

— Chá e torradas, então. Muito bem. — O hospedeiro sorriu. — Minha esposa vivia comendo apenas isso quando estava grávida, sabe? Não suportava nem o cheiro nem o gosto de mais nada.

Quando percebeu o que acabara de dizer, o pobre homem ficou mais vermelho do que uma beterraba.

— Chá e torradas — repetiu, sem graça. — Chá e torradas. Vou mandar prepará-los de imediato, senhora. Ah, e não deixe de tocar a sineta se precisar de algo. — Tenho certeza de que estarei bem confortável — Sakura assegurou. — Como sempre, aliás. — E entrou no quarto, pensando, aflita:

Ele não quis dizer nada além do que falou. Não poderia ter desconfiado...

Era estranho. Sabia que o homem não poderia ter desconfiado de nada. Era ridículo pensar que pudesse, mas a observação que ele fizera, de alguma forma fizera-a sentir seu estado como mais real, mais palpável. Seu filho crescia em seu ventre. A criança pela qual esperara tanto tempo e que desejara tanto. De certa forma, analisava, era bem melhor estar grávida agora do que ter tido um filho de Kakashi, pois esse bebê não traria consigo toda a carga de ambição e mau caráter da família Hatake. E seria seu. Apenas seu. Uma criança que ela criaria com amor e carinho.

Podia esquecer tudo que lhe acontecera nos últimos dias, às emoções fortes que vivera intensas e contrárias porque agora se imaginava brincando com seu filhinho. Poderia, finalmente, sentir toda a alegria de ser mãe. Poderia olhar para a sua carinha linda e... E ver os belos, intensos, negros olhos de Sasuke Uchiha ali refletidos.

അഅഅഅഅഅഅഅ

Sakura despertou devagar. No banco em que se encontrava ao lado da porta, Sasuke lutava para não adormecer. Chegara havia pouco e viera até o quarto para avisar Sakura de que partiriam em breve. No entanto, ao encontrá-la profundamente adormecida, não tivera coragem de acordá-la. Preferira sentar-se na única cadeira que aquele modesto aposento possuía e deixara-se ficar ali, embevecido, olhando para Sakura com olhos profundamente apaixonados. E, então, ela despertou e o viu.

Naquele primeiro instante, o olhar de Sakura o fixou com uma expressão que parecia prometer tudo, em especial amor. Mas Sasuke sabia, bem no fundo de seu coração, que não devia deixar-se enganar pelo brilho daqueles olhos tão verdes e lindos.

Podia até enganar-se, já que estava cansado, com sono, parcialmente fora de seu estado normal. Mas muitas coisas eram apenas fantasia em seu romance com Sakura Hatake, ou como preferia ser chamada desde que seu marido veio a falecer, Sakura Haruno. Assim, em segundos, ela acordou por completo e sentou-se na cama, já com expressão mudada.

— O que está fazendo aqui? — protestou de pronto. — Há quanto tempo está sentado aí?

Era difícil para Sasuke precisar o que havia na voz dela talvez medo ou inquietação ou hostilidade. Podia levantar-se, dar-lhe uma resposta hostil também, porém se sentia cansado demais para isso.

— Não fique tão alarmada — preferiu dizer. — Eu estava apenas vigiando seu sono. Estou aqui há menos de meia hora. Ia acordá-la, mas você estava dormindo tão tranquila que achei melhor não perturbá-la. — Ele preferiu omitir a imensa vontade que sentira de deitar-se ao seu lado e dormir também, sentindo o calor de seu corpo. Afinal, se acordasse e o visse ali, Sakura, com o temperamento que possuía, poderia facilmente ter-lhe mordido as orelhas. Mas teria valido a pena, Sasuke pensou.

Sua resposta calma pareceu tranquilizá-la. Ela esfregou os olhos e se espreguiçou. Sasuke sentiu seu corpo reagir de imediato ao vê-la assim, tendo na memória as lembranças das manhãs em que haviam acordado juntos e ficado lado a lado, sentindo apenas o prazer de estarem sob as mesmas cobertas.

Ergueu a mão para soltar o colarinho que, de repente, parecia perturbá-lo de maneira insuportável. Sakura ainda o olhava, mas agora sem a ternura de quando despertara e sem a irritação que sobre viera depois.

— Conseguiu colocar aquele rapaz atrás das grades? — perguntou ela.

— De certa forma, sim. — Sasuke preparava-se para mais uma discussão. — Pelo que vejo, olhou bem para ele, para notar que ainda era jovem. Mal tinha barba, o pobre coitado. E a sua pistola nem estava carregada.

Sakura percebeu algo de estranho na voz de Sasuke e indagou, desconfiada:

— Você o deixou ir?!

— Não. Claro que não. O rapaz cometeu um crime grave, aliás, mais de um. Assustou e roubou muitas pessoas nos últimos tempos. Mas não tive coragem de deixá-lo ser enforcado por isso.

— Muito bem. Então, o que fez?

— O regimento local estava fazendo um recrutamento, e eu dei uma opção ao nosso jovem amigo para que escolhesse entre ser entregue às autoridades ou alistar-se na Infantaria Real. Estão precisando de qualquer homem que se ofereça, já que o general Wellington quer colocar um ponto final, de uma vez por todas, nas ambições desse tal Bonaparte. E o rapaz teve bom senso suficiente para escolher o Exército.

Sakura deixou a cama num átimo e se aproximou de Sasuke, impetuosa, dando-lhe a impressão de que o atacaria. Ele até se preparou para defender-se do golpe, mas, surpreso, viu que ela passava os braços por seu pescoço. E recebeu um beijo completamente diferente de todos os que Sakura já lhe dera.

Os outros beijos, leves, provocantes ou profundos, sensuais ou ferozes, ardentes, haviam estado todos ligados à paixão que sentiam um pelo outro. Esse, porém, tinha um intrigante ar de inocência, no qual Sasuke sentiu um sentimento mais profundo.

Um calor agradável passou-lhe pelo corpo, deixando-o aliviado e feliz. E, quando Sakura se afastou, parecendo tão chocada quanto ele pelo que fizera, Sasuke respirou fundo e perguntou ainda incerto:

— Por que fez isso?

Ela deu-lhe mais um beijo, mas agora na testa. — Foi... Por você ser um homem de bom coração e muito sábio - explicou.

Se fosse de fato sábio, ele teria controlado a pergunta que acabou fazendo e que vinha já fazia alguns dias atormentando-o:

— Se sou assim tão bom, o que a deixou tão ansiosa por se ver livre de mim?

Sakura afastou-se como se Sasuke lhe tivesse dito algo terrível. Parecia vulnerável como ele nunca a vira. Havia dor e arrependimento nos olhos dela, e Sasuke sentiu-se culpado por ter provocado seu sofrimento. Mas precisava saber a verdade, pensou, e aquela poderia ser sua única chance de obter uma resposta honesta de Sakura. Por isso insistiu:

— Imaginei que tivéssemos um acordo. E tudo parecia estar indo tão bem! Então, de repente, recebi a sua carta, terminando com o nosso romance. Não acha que mereço uma explicação, pelo menos?

— Merece mais do que isso, Sasuke, mas eu não posso lhe dar mais nada. — Sakura pressionou os lábios, pensando bem no que iria dizer e prosseguiu: — Minha decisão nada tem a ver com você. Quero dizer, você não tem culpa de nada. Acho que eu deveria ter explicado melhor em minha carta.

O tom de compaixão que sentia na voz dela o irritou.

— Não sou uma criança, Sakura. Não precisava mentir para poupar meus sentimentos.

— Homens! — ela exclamou, aborrecida. — Vocês são todos iguais, sabia? Acham que são o centro de tudo!

— Muito bem, se não sou eu o problema, então, o que é? Já que você admitiu que mereço uma explicação dê-me uma que faça sentido!

Sakura encarou-o por longos momentos, em silêncio. E a grande paciência de Sasuke já estava no limite quando ela decidiu dizer:

— Está bem. Talvez você seja o problema, sim, mas não da forma como imagina. Nunca pensou que eu pudesse ter me apegado demais a você enquanto estivemos juntos?

Se estivesse em pé, Sasuke, com certeza, teria caído sobre a cadeira diante daquela revelação. Não, nunca considerara tal possibilidade e poderia nem acreditar nela agora, mas o olhar de Sakura e a impressão do beijo que acabara de dar-lhe ainda o perturbavam, como tentando provar-lhe que ela dizia a verdade.

— Não entendo — ele murmurou. — Por quê... Sua afeição por mim seria um problema?

Sakura meneou a cabeça, começando a se exasperar.

— Talvez você não seja tão sábio quanto imaginei, afinal — comentou. — Diga-me, o que sentiu quando recebeu a minha carta?

— Bem, eu... — Sasuke não estava costumado a colocar seus sentimentos em palavras. Quanto mais profundos eles eram, mais dificuldade tinha para expressá-los.

— Ficou feliz? — ela insistiu apressada, querendo deixar sua indagação mais clara para ele.

Sasuke apenas negou com a cabeça.

— Pode não acreditar — Sakura arrematou, agora num sussurro. — Mas eu também não estava feliz quando escrevi aquela carta.

Ela se afastou até a janela e ficou olhando para os campos muito verdes que a paisagem lá fora oferecia. Continuou em tom dolorido:

— Não tive alternativa. Nosso rompimento pode fazer-nos sofrer agora; mas imagine quanto mais sofreríamos se tivéssemos de nos separar daqui a um mês, ainda mais no envolvimento em que nos encontrávamos...

Da forma como ela colocava a situação, sua decisão fazia sentido, porém Sasuke não conseguia aceitá-la. Na verdade, vendo-a ali, junto à janela, sua suave silhueta definida pela claridade do dia, seus cabelos iluminados pela luz do sol, ele se indagava por que, em nome de Deus, tinham de se separar.

അഅഅഅഅഅഅഅ

Ainda olhando para os campos, Sakura indagava-se se Sasuke acreditaria no que dissera. Sofrera, de fato, ao escrever aquela carta de despedida. Mesmo tendo se esforçado muito para manter seu relacionamento com Sasuke em termos livres, sem compromissos, passara a gostar de seu amante muito mais do que deveria. E, quanto mais tempo ficasse em sua companhia, mais difícil seria para ambos dizerem-se adeus quando a temporada terminasse e tivessem de voltar às suas vidas normais, como fora acertado no início de seu romance.

Mas Sasuke Uchiha não era tolo. Era apenas calado, reservado, sério. Porém jamais tolo. E, quieto como era, prestava atenção a tudo que se passava ao seu redor. Muito mais até do que um homem que gostasse de rir, brincar, falar. Se Sakura desse a ele tempo suficiente para pensar, Sasuke poderia perceber que ela estava ocultando algo, e algo de suma importância.

Lembrando-se de tudo que estava em jogo ali, Sakura respirou fundo e endireitou os ombros. Teria muito tempo no futuro para olhar para trás e lamentar-se. No momento precisava manter-se firme a fim de não estragar seu futuro.

— Bem, então agora você entende — disse, voltando-se para encará-lo. — Nós dois temos bom senso e responsabilidade suficientes para percebermos quando um romance não pode mais dar certo. Meu sobrinho e sua irmã são ainda jovens demais para poderem reconhecer que a sua fuga pode ter sérias e terríveis consequências para ambos. Portanto, agora que já descansamos, acho que devemos seguir nossa viagem para conseguirmos alcançá-los antes que atinjam a Escócia.

Sasuke assentiu e levantou-se. O assunto sobre seu relacionamento com Sakura já estava colocado de lado.

— Conheço minha irmã muito bem e sei que ela e Oliver não poderiam ter deixado Gloucester muito cedo — disse. — Ela sempre dorme demais pela manhã. Portanto, já nos adiantamos bastante. Com sorte, o tempo vai continuar bom e poderemos alcançá-los.

— Não. "Nós" não vamos alcançá-los em parte alguma — Sakura corrigiu muito séria. Imaginava que deveria ter sido mais esperta e ter partido dali antes que Sasuke voltasse, mas o cansaço a vencera. — Por favor, continue sendo o homem sensato que demonstrou ser até agora e volte para Bath depois de dormir um pouco. Pretendo continuar viagem sozinha.

Sasuke encarou-a por momentos, avaliando suas palavras. Depois observou:

— E quem é você para falar em sensatez? — Passou os dedos por entre os cabelos, num gesto que lhe era peculiar, e, sem deixar de olhá-la, prosseguiu: — Não aprendeu nada com os acontecimentos de ontem à noite? Se insistir em perseguir Emily e Oliver, precisa de mim a seu lado.

— É claro que aprendi com o que houve ontem, mas, ao que me parece, não da mesma forma que você. No futuro, cuidarei para não andar desarmada por lugares desertos e de madrugada. Ao chegarmos a Gloucester, vou procurar um negociante de armas e comprar pistolas para Ned e para o Sr. Hixon. Isso o satisfaz?

— Não. — Sasuke começava a se irritar com aquela teimosia de Sakura. — Há muitos outros perigos numa estrada que duas pistolas não poderiam enfrentar. Como tempestades, enchentes, problemas com a carruagem ou com os cavalos. Seu criado não passa de um rapazola sem muita força, e o seu cocheiro já está bem velho. Não consigo entender por que insiste em não querer a minha companhia.

Sakura sentiu um aperto no estômago. Não podia deixar que Sasuke ficasse muito tempo a seu lado e começasse a meditar demais sobre seu rompimento. Pensava rápido, tentando encontrar uma resposta que colocasse um ponto final naquela discussão, mas ele falou primeiro e sua voz já estava calma novamente:

— Não provei ser útil? — Sasuke deu um pequeno sorriso irônico.

— É claro que sim, mas...

Ele se aproximou e colocou suavemente dois dedos sobre seus lábios. O gesto não seria suficiente para calá-la, mas a fazia lembrar-se do toque gentil, carinhoso dele em outras partes de seu corpo, e parecia tirá-la da realidade.

— Por favor, não complete seu elogio com algo desagradável — pediu Sasuke. — Eu vou com você e não há nada que possa fazer para me impedir. Tenho um cavalo e dinheiro suficiente para a viagem, e, se não permitir que siga em sua carruagem, eu o farei por minha conta e risco. Prometo não atrapalhá-la em nada e estarei sempre presente se houver necessidade da minha ajuda para qualquer coisa.

Sasuke deixou de tocá-la.

— Agora, podemos, por favor, agir como adultos que somos? — pediu. — Temos um objetivo em comum e conseguiremos alcançá-lo com mais facilidade se juntar nossas forças.

Sakura respirou fundo. Reconhecia que ele tinha razão, porém não pretendia ceder. Na verdade, não o queria por perto porque não desejava pensar nele, vê-lo, sentir que ainda o amava. Mas, apesar de tudo, tinha de concordar com Sasuke.

— Está certo — murmurou, embora a contra gosto. — Vamos seguir juntos até encontrarmos Emily e Oliver. — Sakura esperava do fundo do coração, que isso não demorasse muito a acontecer.

O sorriso antes incerto de Sasuke abriu-se apenas um pouco mais.

— Não fique séria desse jeito, então — sugeriu. —Não vai ser tão ruim quanto pensa. Prometo.

Sakura olhou-o, um tanto desconfiada. Cada hora que passava em companhia de Sasuke colocava em maior risco seu futuro e seu coração.

— Será apenas por mais alguns dias — ele insistiu, erguendo-lhe o queixo com dedos suaves. — Então, vai poder ficar livre de mim. Nesse meio-tempo, dou-lhe minha palavra de honra que me comportarei da melhor forma possível.

Sakura engoliu em seco. Sentia uma vontade imensa de acariciar-lhe o rosto, de mostrar-lhe quanto ainda o queria. E não era o comportamento dele nos próximos dias que a preocupava, mas o seu próprio...


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Notas finais do capítulo

Dúvidas? Perguntas?
Não se acanhem, podem falar.
Bjjsss... ^♥^



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