Uma tristeza indefinida alocava-se em meu peito, posso dizer que nunca me senti assim em toda a minha vida. Não consigo nem ao menos expressar ou até mesmo gritar, parece que isso estava me afundando e o pior é que a culpa era toda minha.

Desde que eu me inscrevi nessa loucura de seleção, desde que vi Maxon pela primeira vez, a única coisa que sei fazer é afasta-lo de mim. Tenho ciência de que hoje, é meu ultimo dia próximo a ele. Era claro que ele me mandaria embora, ele havia me alertado de que eu precisava conquistar sua confiança, mas depois de hoje cedo, com certeza ele estava magoado e com toda razão do mundo. Fechei meus olhos com força, tentando apagar toda aquela cena, mas isso só fez com que tudo piorasse, eu conseguia vê-lo, seus olhos tão expressivos, me mostravam o quão magoado e decepcionado estava. Ele se sentiu traído e tenho que confessar que isso estava me matando aos poucos. Eu podia suportar qualquer coisa, conseguia viver sem Aspen, conseguia ficar sem comer por dias, até mesmo ficar sem meus irmãos e pais, mas não conseguia suportar a dor de vê-lo sofrer por minha causa.

Demorei muito tempo para perceber que amava Maxon, e mesmo assim eu não consegui demonstrar, minhas ações sempre mostravam o contrario agora eu o havia perdido. Eu não importava com a coroa, não me importava com o que o rei pensava sobre mim, nem se eu seria uma três ou uma oito. Mas queria muito ter Maxon, queria poder voltar no tempo e mostra-lo o quanto eu o amava. Não podia culpar Aspen nesse momento, ele apenas fez o que achava certo.

*** Flash back ***

- Meri, Eu te amo! – Ele disse, enquanto tentava se aproximar.

- Eu também Aspen... – Suspirei, eu não acredito que teríamos que passar por aquilo novamente. – Mas não como antes, você sempre será meu primeiro amor, será sempre meu amigo, mas nada mais será como antes.

- O que fizeram com você? – Ele se exaltou, seu rosto expressava toda a sua dor e angustia.

- Você fez Aspen! – Baixei a cabeça tentando colocar as ideias em ordem, eu não queria magoá-lo, mas nesse momento eu estava ficando sem paciência. – Você me abandonou naquele dia em nossa casa na arvore, você me fez vir para cá. Eu nunca quis isso, eu nunca quis me apaixonar por Maxon, mas aconteceu!

- Não é possível?! – Ele estava incrédulo, mesmo assim deu um passo em minha direção, coloquei a mão em seu peito para pará-lo, sem muito sucesso. – Como você pôde ter esquecido todos os nossos momentos? Todas as promessas? Todos os beijos?

- Aspen... – eu sussurrei, mas ele não deixou concluir aquela frase, juntou seu corpo ao meu, passou sua mão por minha nuca e me puxou, colando nossos lábios. Eu tentava me soltar, mas sua mão só me pressionava mais e mais.

- América? – a voz rouca invadiu meus ouvidos, fechei os olhos sem acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Aspen me soltou, olhou para mim com os olhos arregalados, virei-me para Maxon e vi seus olhos brilhando, algumas lagrimas saiam sem que ele pudesse segurar. Era quase palpável sua decepção, meu coração se despedaçou naquele momento, tenho certeza de que o dele também. Ele balançou a cabeça e saiu do quarto, eu não tive reação, apenas cai no chão e deixei que toda a dor que estava sentindo sair em formato de lagrimas, gritos e soluços.

*** Fim***

Eu não sabia nem em qual momento minhas criadas chegaram, muito menos quando Aspen foi embora. Lucy, Anne e Mary estavam sentadas no chão, me embalaram e diziam coisas que não fazia sentido para mim. Eu só pensava em Maxon e como eu havia perdido tudo em questão de minutos. Eu tinha que respirar, precisava sair daquele quarto. Sem ao menos dizer nada, me levante e caminhei porta a fora, pude ouvir Anne dizer:

- Deixem-na. Ela precisa espairecer, quando quiser irá nos contar.

Eu sorri minimamente, havia criado um laço, um amor que levaria para sempre comigo. Elas eram as únicas amigas que eu tinha, juntamente com Marlee. Foram elas que me ajudaram no plano de reconquistar Maxon. Senti mais algumas lagrimas rolarem por meu rosto, caminhei até a porta que ia para o imenso jardim, mas assim que olhei para o “nosso” banco, um soluço surgiu e mais lagrimas caiam, meu peito doía e a sensação que eu tinha era que meu peito se encolhia cada vez mais. Corri sem destino.

Não aguentava mais essa dor, abri uma porta da qual nunca tive acesso, ou nunca tive interesse de entrar, eu não sei ao certo, mas o enorme piano em minha frente fez com que qualquer detalhe, ou qualquer outra coisa além dele fosse irrelevante.

Eu não era a melhor pianista da minha família, mas também, não era como se eu não tocasse extremamente mal. Apenas era mediana. Sentei no banco, passei levemente as mãos pelas teclas, fazendo um enorme barulho. Sorri levemente ao ouvir aquele tão conhecido som, eu me sentia em casa. Fazia um bom tempo que não tocava e ao menos cantava.

Fechei os olhos sentindo as teclas sobre as pontas dos meus dedos, o som leve da introdução surgiu, eu me sentia mais leve, e com certeza aquela musica explicava exatamente o que eu estava sentindo.

“ Let’s get old together
(Vamos envelhecer juntos)

Let’s be unhappy forever
( Vamos ser infelizes para sempre)

Cause there’s no one else in this world
( Porque não há mais ninguém neste mundo)

That I’d rather be unhappy with
(Com quem eu preferiria ser infeliz)

Let’s be exposed and unprotected
(Vamos ficar expostos e desprotegidos)

Let’s see one another when were weak
(Vamos cuidar um do outro quando ficarmos fracos)

Let’s go separate ways in the night like two moths
(Vamos nos separar à noite como duas Mariposas)

But no that your flying home to me.”
(Mas sei que você voará para casa, para mim.)

Maxon havia me irritado no começo, tentando me mostrar que não era aquele ser superficial que eu imaginava, ele me mostrou ser além do que eu queria, no começo eu pensava que minha resistência fosse por Aspen, mas hoje eu posso afirmar que era por medo. Puro medo de não ser o que ele precisava, de no final dessa seleção ele descobri que qualquer uma delas era perfeita para ele, ou de que no final ele não me amasse, mas não... Ele estava ali, ele sempre soube o que quis, sempre disse que esperaria o tempo que fosse desde que no final eu fosse dele.

“ I was born thinking it would all be dreaming
( Nasci pensando que tudo seria um sonho)

But I no that I wouldn’t be happy that way
(Mas sei que eu não seria feliz desse jeito)

You wear me out with frustration and heartache and anger
( Você me cansa com frustração e sofrimento e raiva)

But we wait for the wave just to wash it away”
( Mas esperamos a onda só para que ela enxague)

Ele enfrentou seu pai por mim, fez uma festa de Halloween por minha causa, e mesmo assim eu não acreditava no seu amor, senti raiva quando ele passou a se encontrar mais com a Kriss, ciúmes ao vê-lo com Celeste, mas acima de tudo, eu era a culpada. Se eu tivesse me entregado de corpo e alma para ele, se eu tivesse lhe contado sobre Aspen, ou até mesmo lhe dito o quanto o amava, talvez, tudo tivesse acabado bem. Ou pelo menos ele estaria aqui, mas não, eu tinha que fazer tudo errado.

“ Don’t say nothing
( Não diga nada)

Just sit next to me
( Apenas sente-se ao meu lado)

Don’t say nothing
(Não diga nada)

Shhh
(Shhh)

Just be, Just be, Just be”
( Apenas seja, Apenas seja, Apenas seja)

Eu queria falar com ele, explicar o que realmente tinha acontecido, pedir perdão por tudo o que fiz, dizer que apesar de saber que vou ser expulsa de seu coração, eu o amava. Era o que eu deveria fazer, mas eu simplesmente não conseguia. Com certeza, ele não olharia em minha cara, e bem eu não suportaria ver aquele olhar novamente. Senti alguém sentar ao meu lado, não precisei abrir os olhos para saber quem era, sua presença era tão intensa que eu saberia que era ele, mesmo no meio de um batalhão de pessoas.

“ Let’s let go together
( Vamos deixar rolar juntos)

Let us unfold one another
( Vamos nos reveler um ao outro)

And watch all the little things once drew me to you
( E observer todas as pequenas coisas que um dia me aproximaram de você)

Eventually get on my nerves”
( No fim das contas me irritarem)

Maxon estava ali, sentado ao meu lado. Minha voz falou quando ele secou a lagrima que teimosamente caia. Provavelmente, ele estava sentado de frente, olhando para mim. Mesmo assim eu não conseguia abrir os olhos, eu apenas continuava a cantar, bom pelo menos eu tentava. Eu sabia que meu pequeno refugio logo acabaria, e teria que encarar Maxon, mas eu não estava preparada para ser mandada embora, e não estava preparada para olhar em seus olhos e saber que eu o tinha perdido para sempre.

“ I wear you out with frustration and heartache and anger
( Eu canso você com Frustação e sofrimento e raiva)

But we wait for the wave just to wash it away
( Mas esperamos a onda só para que ela enxague)

Don’t say nothing
( Não diga nada)

Just sit next me
( Apenas sente-se ao meu lado)

Don’t say nothing
( Não diga nada)

Shhh
(Shhh)

Just be, Just be, Just be”
( Apenas seja, Apenas seja, Apenas seja)

Abri lentamente meus olhos, piscando repetidas vezes. Minha visão embaçada, várias lagrimas caiam sem que eu pudesse controlar, um soluço profundo saiu e eu pigarreei tentando disfarçar. Tentando ser forte. Maxon nunca lidou bem com mulheres chorando, e bem eu não queria ficar aqui por pena.

“ When your sick of the everyday
(Quando você estiver farto do cotidiano)

When your tired of my voice
( Quando você estiver cansado da minha voz)

When you tell me
(Quando você me falar que)

You’ll walk out that door
( Que vai sair pela porta)

That’s when I no that you’ll stay”
( É quando eu saberei que você vai ficar)

Ele se aproximou mais, passou seu braço pela minha cintura, colando a lateral do meu corpo ao seu. Fechei meus olhos apreciando sua aproximação, ele colocou uma mecha que havia soltado do coque, atrás da minha orelha.

“ Don’t say nothing
( Não diga nada)

Just sit next to me
( Apenas sente-se ao meu lado)

Don’t say nothing
( Não diga nada)

Just be, Just be
( Apenas seja, Apenas seja, Apenas seja)

Just don’t say nothing
( Apenas Não diga nada)

Just sit next to me
( Apenas sente-se ao meu lado)

Don’t say nothing
( Não diga nada)

Just be, Just be, Just be
( Apenas seja, Apenas seja, Apenas seja)

Don’t say nothing
( Não diga nada)

Shhh”

As lagrimas rolavam livremente e sem nenhum controle por meu rosto, eu não tinha mais controle de meu corpo, terminei a musica no mesmo momento em que ele me puxou mais para o seu corpo, virei e passei meus braços por seu ombro, coloquei meu rosto na curva de seu pescoço, chorava e soluçava, muitas coisas passavam pela minha cabeça ao mesmo tempo. Maxon alisava minhas costas, fazendo com que eu fosse me acalmando. Respirei fundo, puxei o ar e me soltei de Maxon, me afastei o suficiente para olhar para ele, que me deu um leve sorriso, sua mão pousou em minha bochecha.

- Porque chora, Querida?

- Eu fiz tudo errado! Eu te perdi para mim mesma, eu deveria ter te dito antes. – eu me levantei tentando clarear as ideias.

- O que você quer falar, que já não foi dito? – Ele também se levantou.

- Eu amo você! – eu disse de uma só vez, ele olhou surpreso – eu acho que sempre amei, entendo que você terá que me mandar para casa, mas eu precisava te dizer.

Maxon continuava olhando para mim, sem que eu o deixasse responder, virei e sai dali o deixando de boca aberta. Voltei ao meu quarto, minhas criadas não estavam lá, peguei minha mala e comecei a colocar todas as minhas roupas de qualquer jeito, eu já não chorava mais.

Eu sabia o que tinha que fazer, sabia que agora eu pelo menos tinha falado, eu poderia pegar minha dignidade e ir embora. Fechei a mala e quando me preparava para ir de uma vez por todas, a porta do meu quarto abriu lentamente, revelando uma rainha calma e extremamente elegante.

- América querida, posso falar com você por um instante?

- Claro Majestade. – Depositei minha mala no chão e sentei em minha cama.

- Você vai embora? – ela disse surpresa.

- É a melhor coisa a fazer, Maxon não me merece! – eu disse cabisbaixa.

- Você deveria deixa-lo escolher, mas se não quiser, eu entenderei. Só aguarde o Jornal Oficial, Clarkson mandou todas se aprontarem que daqui a duas horas estaremos ao vivo.

- E a senhora veio até aqui para me avisar? – olhei em duvida a fazendo gargalhar alto.

- Não, vim apenas te dizer que você tem minha torcida desde o inicio.

Senti meus olhos se arregalarem enquanto ela simplesmente se virou e foi embora, me deixando embasbacada.

***

As meninas haviam caprichado no meu ultimo vestido, ele era justo de um ombro só, sua cor creme realçava minhas curvas, mas os detalhes em dourado por todo ele era o que o deixava extremamente elegante. Anne fez uma trança torcida na lateral e Lucy fez uma maquiagem leve, deixando meus olhos em evidencia. Se May estivesse aqui diria que eu estava parecendo uma princesa. Eu sorri com o pensamento, e tinha que concordar, eu nunca estive tão bela em toda minha vida. As meninas sorriram verdadeiramente para mim, eu apenas pude retribuir.

Logo era a hora de encontrar com a família real, eu desci lentamente a escada e caminhei até o pequeno estúdio dentro do Castelo, alguns guardas estavam parados na porta e Aspen era um desses. Sorri levemente, mostrando a ele que estava tudo bem, eu nunca poderia ficar com raiva de Aspen. Ele havia feito muitas coisas ruins para mim, mas foram tantas boas também, que acabava cobrindo as ruins. Ele movimentou a boca me pedindo desculpas, eu apenas balancei a cabeça dizendo que estava tudo bem, seria sempre assim, ele sabia o que eu estava pensando só com o olhar. Vi seus ombros relaxarem, e um sorriso genuíno aparecer.

Eles abriram passagem e pude ver Maxon sentado no mesmo lugar de sempre. Seus olhos encontraram com os meus, ele estava serio, mas mesmo assim levantou a mão até a orelha. Nosso código continuava em segredo, e apesar de eu não entender o que estava de fato acontecendo, retribui o gesto. Olhei em volta e pude ver Kriss sorrindo e Celeste, bem Celeste sendo ela mesma. O rei levantou e disse:

- Senhorita América venha até aqui. – seu tom me fez estremecer, já imaginava que a essa altura ele soubesse de Aspen. Meu peito subiu e desceu lentamente, conforme eu tentava respirar.

Olhei para a rainha que sorriu me encorajando, eu sentiria falta de seus olhares de aprovação, seu sorriso amável e até mesmo das brigas. O rei ergueu a mão para me ajudar a subir no palco, e assim que eu estava ao seu lado, a segurou para que eu não a tirasse dali. Meu coração martelava pesadamente em meu peito. Maxon então se levantou e caminhou até onde estávamos, como uma segurança nunca antes vista, ele se postou ao lado de seu pai e sorriu para mim.

- Eu o rei de Ileia declaro o fim da Seleção. – sua voz se fez presente, eu olhei em duvida para Maxon que apenas sorriu. – Tenho a honra de apresentar a nova princesa de Ileia... Senhorita América Singer.

Eu olhei pasma para Maxon, que abriu seu sorriso mais ainda. Eu até tentei dizer alguma coisa, porém, minha visão escureceu, antes que pudesse cair no chão, senti seus braços me segurarem.

***

Abri meus olhos lentamente, tentando me acostumar com a claridade do quarto, que por um acaso não era o meu. Sentei na cama e vi Maxon cochilando na cadeira ao lado, o dia foi cansativo e extremamente emocionante com certeza isso o esgotou. Acarinhei levemente seus cabelos, o que fez com que despertasse. Seus olhos brilharam quando encontraram- se com os meus, e o sorriso que ele me deu foi mais que perfeito, mas foi a sua voz que me deixou estonteante.

- Você nos deu um baita susto, América.

- Desculpe. – eu sussurrei. – Acho que foram muitas emoções para um dia só.

- Tenho que concordar com você. – ele bufou cansado.

- Eu continuo sem entender o que aconteceu. – eu disse o encarando.

- Você é a escolhida!

- Sim, essa parte eu entendi. Mas como isso aconteceu? Eu estava crente de que iria ser expulsa daqui.

- Eu te disse uma vez que por você seria capaz de enfrentar um mundo, e bem, hoje eu tive um obstáculo pessoal para enfrentar, mas aqui estou eu. – ele disse

- O que te fez mudar, Maxon? Eu vi o seu olhar, vi o quanto você estava magoado.

- Sim, eu acho que ainda estou – ele sorriu fraco e continuou – eu já estava decidido sobre você, e quando te vi com ele, achei que você não me queria mais. Apesar de ter te visto quebrar ali em minha frente, eu acreditava que você não me amava, foi por isso que eu sai, eu passei em meu quarto, peguei minha câmera e fui para o jardim. Eu estava revendo todas as fotos que eu tirei, e talvez, um dia você entenda o que se passou quando eu vi suas fotos, eu não podia desistir de você América, não quando você estava aqui.

Meus olhos estavam cheios de lagrimas novamente, eu abri a boca para falar, mas ele então continuou.

- Eu estava indo em direção ao escritório do meu pai, para avisá-lo sobre minha decisão, quando eu o encontrei. – ele riu sarcástico – eu não acreditei que ele fosse capaz de falar comigo, mas ele foi, e apesar de isso me consumir eu preciso confessar. Aspen te ama, ele faria qualquer coisa para te ver feliz, inclusive assumir seu erro. Aspen me disse “ Maxon, talvez eu perca meu emprego hoje, mas isso de fato não me importa, desde que eu possa me retratar com ela. Ela realmente te ama, talvez, eu esteja sendo um idiota por estar falando isso para você, mas eu já a fiz sofrer demais, para me calar desse jeito”.

- Aspen foi atrás de você? – eu disse surpresa

- Sim, foi ele quem me indicou o local onde você estava. E não me arrependo, nunca ouvi uma voz tão doce e linda como a sua, mesmo que você estivesse chorando tanto.

- Você foi ótimo hoje em me consolar, apesar de que eu estivesse chorando por sua causa.

- Hey, não tenho culpa de ser tão charmoso e lindo! – Ele disse me fazendo rir.

- Mas vamos falar sério agora América, eu deveria fazer isso amanhã na recepção oficial, mas nunca seria tão verdadeiro quanto agora. – ele então se levantou e com cuidado me tirou da maca me fazendo ficar em pé, para logo se ajoelhar em minha frente. – Eu prometo que a partir de hoje nenhuma lagrima sua cairá por mim, além das de felicidades. Prometo me esforçar para te fazer feliz todos os dias da minha vida. Prometo pensar em você em cada momento do meu dia, prometo que antes de qualquer decisão tomada, te deixarei a par da situação. Prometo nunca mentir e nem mesmo esconder nada de você. Prometo que te amarei eternamente, então Senhorita América Singer você aceita ser minha esposa? Aceita ser minha princesa?

E lá estava eu derramando litros de lagrimas novamente, e bem dessa vez era de felicidade. Eu não precisava responder, ele sabia a minha resposta, mesmo assim me ajoelhei, o abracei e o beijei ternamente.

- Desde que você seja meu e de que eu não tenha que te dividir com ninguém. – eu disse sorrindo.

- Eu sou seu América! Desde o primeiro dia em que te vi!

Eu não precisava de mais nada, apenas de Maxon. Se ele estivesse comigo, eu não ligaria em ser a futura rainha, ou ser um oito. Desde que no fim ele fosse meu!