A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 44
Capítulo 43


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem, tudo bem. Eu já sei. Explico tudo nas notas finais. Agora deliciem-se com a maratona final de "A Filha do Diretor".
Bom, gente. Nesse capítulo vocês saberão mais um pouco da história do Peter. Vão descobrir parte do motivo de tanto sentimento de vingança. Preparados? Aguenta coração!
Boa leitura!



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– Tudo bem, talvez você tenha exagerado um pouco. Mas a ideia foi boa.

– Ruby, eu estraguei tudo.

– Talvez. Mas ainda tem chance dela querer ajudar vocês. Ela pode se arrepender. Sei lá.

– Seu otimismo me espanta.

– Se não formos otimistas, não termos esperança de que as coisas podem melhorar. E, se não fosse pelo meu otimismo, vocês estariam sendo enganados pela Chloe até agora.

– Tudo bem, nisso você tem razão.

– Eu sei. - Ela riu. - Agora eu tenho que voltar ao trabalho. Não esquece o que eu te falei: converse com a Chloe.

Como se isso fosse muito fácil.

Eu até tentei falar com ela… Ela bateu a porta na minha cara. Pois é, eu nem cheguei a entrar na casa dos Cooper. Eu sabia que não funcionaria, de qualquer forma. Acho melhor deixar a conversa com Sarah.

Ainda sobre Chloe, me sinto culpado. Soube há poucas horas que eles terminaram, e não foi por Anthony. Ele ainda não está falando comigo. Eu também não falaria. Quer dizer, eu coloquei a mãe dele num hospital, peguei a garota que ele gostava e agora terminei seu quase namoro. Alguém, por favor, me dê um tiro. Certo que ela estava enganando todo mundo, ajudando a acabar com a nossa vida e que, talvez, até tenha contribuído para colocar a tia Sally no hospital, mas ele estava feliz. Às vezes, é melhor viver numa boa ilusão do que numa má realidade. Sou prova viva disso.

Sarah disse que eu deveria tentar falar com Alysson. Talvez agora ela esteja mais calma. Já se passaram 2 meses. Ela pode ter reconsiderado tudo, pode ter percebido que eu não sou tão ruim. Que toda essa história não é tão ruim. Talvez…

Agora que eu parei para pensar, minha vida está cheia de incertezas, transbordando de “e se”, “talvez” e “pode ser que”. Eu das coisas e, ao mesmo tempo, não sei de nada.

Uma coisa que eu sei: lembram da vez em que eu estava com vontade de quebrar a cara de um tal de Lucca por ele andar demais coma Alysson? Bom, eu estou prestes a quebrar a cara de outro desgraçado pelo mesmo motivo. Acho que esse todo mundo já conhece. Aliás, eu já quebrei a cara dele uma vez. Kyle Stevens. Esse cara parece um parasita. Não larga do pé da Alysson. Mas que coisa!

– Você vai acabar matando ele só com o olhar - disseram atrás de mim. Me surpreendi ao ver Zac.

– Ele está pedindo - respondi. - Eu sei que ele só faz isso para me irritar.

– Você não devia dar atenção às coisas que ele faz. Se ele ver que está conseguindo o que quer, vai continuar fazendo.

– Pode ser. - Dei de ombros. - Como vão as coisas com a Lilyan? Tem conseguido domar a fera?

– Na verdade, ela terminou comigo há duas semanas.

Tudo bem, essa me surpreendeu.

– Como assim terminou com você?

– É que… - Pigarreou. - Quando a sua tia sofreu o acidente, eu queria falar com você, ver como ela estava, ter notícias, sei lá. Isso foi algumas semanas depois do acidente. É, eu só soube bem depois. Enfim, ela não me deixou vir falar com você, mas nunca me disse o porquê. Teve uma hora que eu cansei disso. Não nasci para receber ordens de namorada. Daí a gente brigou e, bem, Lilyan não gosta de meios termos.

– Sinto muito por isso. Sei que você gostava mesmo dela.

– É, mas eu não iria colocar as vontades de uma garota acima de uma amizade. Você está passando por um momento difícil. Não vou virar as costas para você, só por que a Alysson te deu um fora. Antes de tudo, eu sou seu amigo.

– Ainda assim, não me sinto bem estando envolvido no término de vocês. Eu queria mesmo que vocês dessem certo. Mas obrigado, cara.

Ele deu dois tapas no meu ombro e me perguntou como estava a tia Sally. Eu o deixei a par de todo o estado dela, e aproveitei para contar todo o lance do Peter. Não tenho mais o porquê esconder isso de ninguém, uma vez que já causou todo o estrago que tinha que causar.

Apesar de ter conversado com ele, preferi que Zac não ficasse muito comigo na hora da aula. Não por ingratidão, mas porque eu realmente não queria causar nenhum problema para ele. O namoro dele já tinha terminado por minha causa, não queria que ele perdesse as amizades também, porque, bem, James não tem falado comigo.

Voltei para casa sozinho, como nos outros dias. Eu realmente achei que ficaria assim até chegar em casa, mas uma ruiva apareceu no meu caminho.

– Scott Miller! - ela exclamou.

– Ah, não. Minha paciência com você já acabou, Paris. - Continuei andando e passei por ela.

– Eu não dar em cima de você, Scott. Eu quero te ajudar.

– Aham… Sei - ironizei. - Você só se importa consigo mesma.

– Tenho respostas para muitas de suas perguntas - ela disse, me seguindo.

Ouvi a voz da Ruby na minha cabeça:

“Use-a.”

Eu não devia, mas…

– Tudo bem - cedi. - Posso chamar a Sarah? Ela também está envolvida nisso.

Ela pareceu pensar por um tempo. Suspirou antes de responder.

– Claro. - Deu um sorriso claramente falso. É óbvio que Paris não gostou da ideia, mas eu me recuso a ficar sozinho com ela.

Liguei para Sarah, como disse que faria. Pedi que ela fosse o mais rápido possível para a minha casa. Não expliquei bem o que era, apenas disse que era sobre Peter.

Comecei a caminhar, seguido por Paris. Quando chegamos, o carro de Sarah já estava parado em frente a minha casa.

– O que ela faz aqui? - Sarah perguntou.

– Ela é a resposta para nossas perguntas - respondi.

– E você vai acreditar no que ela disser?

– Você tem outra ideia?

– E se ela tiver sido enviada por Peter? Você sabe que pode ser armação, certo?

– Gente, eu ainda estou aqui - Paris lembrou, mas ninguém deu muita importância.

– Eu acho que devíamos ouvi o que ela tem a dizer - argumentei. - Pode ser que faça sentido.

– É claro que vai fazer sentido! Você acha que Peter é idiota?

– Ei! - Paris gritou. - Vocês podem me dar um segundo da atenção de vocês? - Nos calamos. - Obrigada. - Pigarreou. - Bom, Scott, Já estava na cara, mas como você é meio lento, eu explico. Eu só estava com Peter, porque ele disse que poderia me dar o que eu queria, no caso, você. - Tudo bem, essa garota é completamente maluca.– Mas é óbvio que ele só fez aquele monte de promessas porque precisava da minha ajuda. Ele não pode me dar o que eu quero, ninguém pode. Por isso, eu não tenho mais porque ficar do lado dele.

– E você espera que a gente acredite que, só por isso, você resolveu fazer um ato de caridade e nos doar informações, assim, sem mais nem menos, sem nenhum preço? - Sarah disse.

– Quem disse que não tem preço? - Paris rebateu e suspirou antes de continuar. - Peter já me humilhou muito e nunca pagou pelo que fez. Acho que já passou da hora dele se ferrar nessa vida. E é esse o meu preço. Quero que vocês acabem com a raça dele.

– É - Sarah começou. - Não posso negar que Peter te tratava feito um animal. Lembro bem disso. Mas ainda não estou totalmente convencida.

– Vamos ouvir, pelo menos - quase implorei.

Sarah bufou em descontentamento, mas acabou concordando. Entramos em casa, em seguida, e sentamos no sofá.

– Por onde eu começo? - Paris pensou em voz alta. - Ah, já sei! Scott, suponho que você já saiba que a sua amiguinha aí já trabalhou para o Peter.

– Sei - respondi.

– Sabia também que ela ajudou a planejar aquilo que fizemos com a Alysson no aniversário de 15 anos dela? Ela só não foi até o final porque descobriu que ela era a filha do diretor.

– Não é esse tipo de coisa que queremos saber, Paris - Sarah disse com desgosto.

– Tudo bem. Desculpa - a ruiva pediu com um grande sorriso no rosto. - Conhecem o Ethan, certo? Então, ele só ficou com você, Sarinha, para poder te controlar. Mas não é que ele acabou gostando de você de verdade? Isso estragou todo o plano. Esses homens são muito fracos. O Enzo tinha o mesmo propósito, mas não foi bom o suficiente para te segurar. Se tivéssemos recrutado o James… Mas Peter se negou o tempo inteiro. Achou realmente que seus cachorros imprestáveis conseguiriam alguma coisa. Coitado.

– Você vai ficar falando o dia todo, ou vai nos dar um informação útil? - Paris sorriu uma última vez.

– Já que insiste. Vamos pular, então, a parte “Sarah” da história. Chloe Jones é informante do Peter, assim como Ross era. Está bom pra vocês?

– Boa tentativa - eu disse. -, mas já sabíamos disso.

– Nada mal - elogiou Paris. - Vejo que Sarah não perdeu o jeito. Enfim, aposto que isso vocês não sabem: o motivo da vingança de Peter.

– Ah, finalmente estamos chegando a algum lugar! - Sarah exclamou. - Conta logo!

– Vocês não sabem mesmo? - Negamos com a cabeça. - Eu juro que falei isso brincando. Eu achei mesmo que vocês soubessem. Nossa! Como vocês são lerdos.

– Tudo bem, chega de insultos por hoje. Se não for falar, é melhor sair por onde entrou - ordenei. - Eu realmente não estou com tempo nem paciência para esse tipo de coisa.

– Ui! - Paris ergueu as mãos me sinal de rendição. - Acho que alguém está nervosinho - disse e riu. - Vamos lá. A história resumida de Peter.

– Paris, não estou com muito tempo para suspense desnecessário - eu disse, já irritado.

– Tudo bem. Foi mal. Eu só queria me divertir um pouco. Fala sério, a lerdeza de vocês é hilária!

– Paris, você disse que queria me ajudar - eu comecei. Tenho que usar as armas que tenho, e são poucas. - Então, ajude. Prometo que a recompensa será boa.

Eu tenho vontade de me dar um soco só por ter tido a cara-de-pau de ter dito isso na frente da Sarah.

Paris mordeu o lábio inferior, enquanto me avalia com o olhar, o que me incomodou bastante até. Mas eu fiz o possível para que ela não percebesse.

– Tudo por uma boa causa - ela disse. - Eu sei que vocês descobriram há pouco tempo sobre a traição da Marie, mãe da Alysson, e sobre o chifre do nosso querido diretor, John Cooper, pai da amável Aly. - Assenti. Eu não tinha certeza de que a Sarah sabia, mas parece que a Alysson ainda confiava nela nessa época. - Então, é só ligar uma coisa a outra. É bem simples, na verdade. O cérebro de vocês que é subdesenvolvido. É só pensar mais abertamente, imagine. É um coisa tão óbvia que chega a ser ridícula.

– Eu ainda não entendi - falei.

Paris revirou os olhos e fez um barulho parecido com rosnado, demonstrando tédio.

– Meu Deus, vocês vieram com defeito de fábrica só pode. Isso vai me custar mais caro do que eu pensei.

– Scott - Sarah me chamou. A olhei, ela tem os olhos arregalados. - Peter tem um caso com a Marie.


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Notas finais do capítulo

O que acharam disso, hein? Alguém desconfiava? Ah, e o porquê de Ethan ter ficado com a Sarah. Estavam me perguntando isso direto nos comentários. Agora já sabem. No fim, não era o "fim do mundo" que vocês pensavam.E aí, o que acharam da Paris fazendo algo de útil da vida?
Bom, aviso super rápido aqui:
"A de Alana", a próxima história que eu vou postar aqui no Nyah! e no Wattpad, será adiada para a próxima segunda-feira, dia 13/10. Ok? Ok.
Então, sobre o atraso: eu fiquei sem internet ontem a noite e a madrugada toda. Realmente não teve como postar. Me desculpem.
Beijos de amora :*



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