Hogwarts em Novos Tempos escrita por rosalie weasley


Capítulo 14
Capítulo 14 - Perigo


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeee lá vai mais um cap, e quem estiver disposto por favor dê uma olhadinha na minha outra fic... é bem maluca, mas vai ser divertida prometo

ps: mais de 1500 leitores e chegando perto dos 2000!! huhu que sucesso, só espero que esse sucesso passe pros reviews hehe

bjusss



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A sala era escura e sombria, a umidade do ar era tão pesada que o único cheiro que se podia sentir era o de mofo. Cinco pessoas em trajes negros sentavam-se em torno de uma velha mesa corroída. Dois deles eram jovens e cadavéricos, ela com cabelos negros presos numa trança evidenciando ainda mais seu rosto magro e moreno, nele o que chamava atenção eram os olhos azuis que não pareciam pertencer ao resto da formação de sua face inexpressiva, os lábios finos formavam quase uma linha de modo tenebroso. Duas eram mulheres idosas que não se assemelhavam em nada além da expressão nefasta e dos cabelos brancos. E o último, porém mais assustador, era um homem de meia idade moreno e troncudo sentado à cabeceira da mesa.

-Deveríamos prosseguir pai – a garota falou.

-Não Karina! – ele vociferou – Enquanto as crianças estiverem vivas não seguiremos.

-Por que eles são tão importantes? – o rapaz inquiriu.

-O maior erro do primeiro Lord das Trevas foi fazer alarde de seus planos antes de eliminar quem podia derrubá-lo.

-Então não seria mais lógico matar Harry Potter e seus amigos primeiro? As crianças não me parecem importantes.

-Eles são só um pouco mais novos que você Simon. – a mulher idosa que estava sentada ao lado do rapaz meneou a cabeça em zombaria – Primeiro eles, então os pais vão estar tão abalados que nem terão condições de reagir! Eu sei o que é perder um filho... – a sombra de uma emoção chegou à face rígida dela, mas logo estava recomposta – Além do mais a jovem já provou que é uma adversária forte, talvez os outros sejam como ela, e eles são muitos, temos que eliminá-los sem levantar suspeitas.

-Os dementadores não podem mais voltar à escola, seria arriscado demais e eles são estúpidos demais para tomar cuidado - o homem falou.

- Os centauros nojentos estão vigiando a floresta como nunca, eles não sabem por onde entraram, mas não podemos nos dar ao luxo de falhar esperando ter outra chance sem que os pivetes estejam mais protegidos. – a outra senhora disse – Iremos pegá-los todos juntos, ou...

-Ou? – Simon perguntou

-Ou os faremos vir até nós. – a mulher completou gloriosa.

-E pensar que eu tive a miss Hogwarts e o garoto Potter tão perto! – Karina cerrou os punhos batendo com força na mesa.

-É, mas você disse que outros chegaram, você não poderia dar conta de quatro sozinha.

-Eu temo que não, mas se vocês não tivessem ido atrás de Simon todos juntos poderiam ser quatro a menos agora. – ela se lamentou.

-Pelo menos agora nós sabemos que uma é vidente. – o rapaz disse –Você tem certeza, não é?

-Eu já presenciei visões antes e pude ver a aura dela, é uma pena que eu não estivesse perto o bastante para ouvir o que ela disse, mas isso foi bom visto que ela sendo uma sensitiva poderia me denunciar.

-Ela é poderosa?

-Ela é sensitiva, como eu disse, acho que ela não sabia, ou pelo menos os outros não sabiam e tomaram um susto, e ela pode ser poderosa sim, mas não acho que sua força se aplique a feitiços a aura dela não transpareceu isso. Quem me preocupa são os outros dois...

-Os garotos? – o pai dela perguntou.

-Não exatamente, o mais novo não me assusta apesar de ter uma força interior acima da média... – ela parou de falar e suas mãos tremeram levemente – Mas o outro casal, a miss e o mais velho me fizeram recuar, eu creio que mesmo que os outros dois não tivessem chegado eu não teria coragem de atacar aquele casal sozinha.

-Eles tem auras poderosas? – a outra mulher perguntou.

-Não Cassandra, eles não tem Auras Poderosas, até porque eu não sou um medidor de força! – ela franziu o nariz com desgosto, mas continuou agora voltando a tremer – Eles têm uma aura só, uma aura compartilhada, eu nunca vi isso, e também não consegui observar diretamente já que aquele brilho dourado quase me cegava...

-O que isso significa?

-Eu não sei Cassandra, mas é algo que não me deixa feliz tenha certeza, nunca vi um brilho tão grande...

-É uma pena que você não consiga nos ver também para termos um elo comparativo, Karina. Eu não entendo essa limitação dos seus poderes.

-Eu também não entendo pai, mas me parece que vocês são cobertos por um véu ou algo assim.

-Veremos se com Ludovick e Susan você terá sucesso já que não os conhece – Simon falou.

-Quando eles virão? – a moça sorriu.

-Em três ou quatro semanas eles terão todas as varinhas. – ele respondeu, os olhos azuis faiscaram com algum prazer secreto no que dizia.

Karina passou os dedos magros na sua varinha de carvalho, um leve pesar nos olhos.

-Sei que você gosta da sua, mas não se lamente, as varinhas dos Dragões Lendários serão de grande ajuda. – Simon disse reprovando a atitude da garota.

-Certo. – ela respondeu secamente.

-Boris você acha que temos de nos preocupar com as varinhas deles? - Simon voltou-se para o homem mais velho, certamente ele era uma espécie de líder, pois a postura do rapaz tomou um ar subserviente que não condizia com a arrogância anterior.

-Não vejo porque, todas são do Beco Diagonal, nada que se compare ao que teremos em breve.

-Então oito crianças... - Simon lançou um olhar desafiador à mulher que disse que eles eram pouco mais jovens que o rapaz – Sendo que uma delas é vidente, um é forte acima da média, e dois são... Anormais?

-Na verdade são nove. Não se esqueça do outro garoto que estava com a Weasley no dia do ataque dos dementadores, e qualquer um que esteja com eles deve ser eliminado. Devemos esperar que todos sejam fortes, afinal se só nessa amostra de quatro deles encontramos tanto poder os outros podem não ser comuns. - O homem respondeu.

As duas mulheres idosas se levantaram sincronizadamente, seus passos eram fortes quando saíram do cômodo sem dizer uma única palavra. Karina também deslizou para fora com um gesto de cabeça pra o pai... Ela não iria dormir como as outras duas, iria concentrar seus esforços em descobrir o que significava duas pessoas dividindo uma mesma aura.

 “Não pode é sinal de fraqueza, ou de parasitismo, eu senti força muita força, algo descomunal...”

Ela se sentou na velha cama empoeirada, era desconfortável, mas logo ela seria como uma princesa... Uma princesa com luxo, riqueza e poder inigualáveis na Terra, e ninguém poderia menosprezá-la, as pessoas cairiam aos seus pés, os rapazes duelariam por ela... Sorriu e se mirou no espelho, soltou a longa trança negra, seu aspecto ainda não era bom, mas de cabelos soltos parecia mais jovem, vinte ou vinte um anos no máximo.

“Rapazes? Qual deles eu escolheria? Um tão bonito quanto o que vi mais cedo certamente, ele deve ter o que? Dezessete? Dezoito? Se for o último caso é só um ano mais novo que eu... Mas papai nunca me deixaria ficar com ele pra mim... um Potter!... E tem a miss Hogwarts é claro... Auras gêmeas, mesma aura... Merlin! Almas gêmeas! É claro, mas é algo mais... eu já vi pessoas que se amavam antes e não é assim. Será que sem a miss ele iria gostar de mim?”

Karina apagou a varinha que era a única coisa que iluminava o cômodo, o ambiente caiu na penumbra.

“De uma coisa eu tenho certeza: ELA será a primeira a morrer! E eu mesma farei isso.”

Seus pensamentos vagaram pela escuridão, primeiro ela, sim primeiro a garota bonita, depois a vidente, não era bom ter uma sensitiva contra si, mas ela desconhecia os outros.

 “E se os outros forem diferentes também? Bem ela teria que vê-los primeiro, seus poderes não atravessavam as paredes encantadas de Hogwarts.”

Bateu o travesseiro que trouxera de sua casa levantando uma nuvem de poeira grossa, estar ali era terrível... Mas era um local estratégico, e ninguém ia ali jamais, era necessário permanecer.

-Simon, sobre as varinhas eu quero que você me diga exatamente como elas ME ajudarão. Que elas são poderosas eu sei garoto, mas o quanto e como?

-Meu Senhor sabe o quanto a pureza de sangue é importante, então serei breve. Não pode haver sangue mais puro do que o que originou uma espécie e esse é o caso dos sete Dragões Lendários. Os primeiros de todos os que existem, cujas fibras dos corações foram incorporadas as sete varinhas que Susan e Ludovick trarão para o senhor.

-Quais eram esses dragões?

-Reza a lenda que eram das sete espécies mais importantes hoje denominadas: Meteoro-Chinês, Chifres-Longos Romeno, Dorso-Cristado Norueguês, Verde-Galês, Negro das Ilhas Hébridas, Olho-de-Opala e Rabo-Córneo Húngaro.

-Isso é ótimo, mesmo que eu não tenha a varinha das varinhas, perdida há muito tempo... Eu terei o que há de mais poderoso.

-Certamente meu senhor.

Na sexta-feira junto com o Profeta Diário Linete Krum recebeu um pequeno frasco de um liquido perolado.

-Maysa vem comigo! – ela agarrou a mão da outra e as duas entraram na primeira porta aberta que encontraram.

-Line, vamos nos atrasar! Eu tenho aula de Runas Antigas e...

-Temos tempo ainda, veja isso – ela tirou o frasco de dentro das vestes e o destampou, a fumaça que subiu do frasco tinha forma de espirais e para Maysa cheirou a maresia e algo como chá de hortelã... Era uma poção do amor.

-Merlin! Você não desistiu dessa idéia idiota?

-Preciso que você ponha isso na água dele durante o treino de quadribol.

-Eu?

-Eu não posso chegar perto das coisas dele e depois ser vista me agarrando com ele, alguém podia desconfiar que eu ministrei a poção do amor. Você vai fazer isso por mim?

-Eu..

-Por favor? Por mim?

-Tudo bem. Eu faço.

Linete rumou para o campo com Maysa em seus calcanhares. As duas se sentaram na arquibancada, Richard e Hugo foram os primeiros a chegar para o treino.

-Espionando Line? – Richard perguntou.

-Oh! Eu não Rich! – ela fez cara de ofendida – Maysa veio dar uma olhadinha no Lucas... Entende?

Mah olhou chocada para Linete, não sabia nem quem era Lucas.

-Mesmo? – ele perguntou meio incrédulo.

- É sim – ela respondeu meio corada, os outros interpretaram como pura vergonha é claro.

-Bem de qualquer forma, eu não acho que Thiago vá deixar vocês assistirem ao treino, afinal são nossos próximos adversários. – Hugo falou tentando ser cordial.

-É claro que ele não vai! É um treino grifinório! – Rose segurava sua dragonbolt sorrindo para as garotas amigavelmente, mas seu tom era imponente e sério.

-Eu pensei que o capitão mandasse no time... Não uma artilheirazinha qualquer! –Linete disse.

Rose somente sorriu, prendeu os cabelos num rabo de cavalo e respondeu:

-Eu garanto que é exatamente isso que ele vai dizer “linda Linete”- ela disse sarcástica e saiu para levantar vôo, Thiago vinha chegando e lhe jogou um beijo que ela recolheu rindo.

-Ela teve a maior pontuação do ano passado Krum, não acho que minha irmã seja uma artilheirazinha – Hugo seguiu Rose para o campo de cara amarrada para a oriental.

-Pisou na bola, heim Line? – Richard disse – Ah, lá vem o capitão. Maysa olha lá o Lucas... – ele apontou um garoto de cabelos castanhos que saia do vestiário.

Mah olhou para ele, não achou uma definição melhor do que “ursinho de pelúcia” uma graça de garoto realmente, mas Linete não devia ter feito aquilo. Richard ainda a encarava, pra responder ela murmurou algo entre dentes.

Thiago caminhava meio desconcertado pela presença delas ali, Maysa observou ele colocar suas coisas ao lado das de Rose e a olhar novamente, bem, “olhar não era bem a palavra” ela pensou, “admirar era mais apropriado”. Afastou esses pensamentos para colocar o plano de Linete em prática antes que não fosse mais capaz.

- Ei Potter! Você me dá um pouco dessa água? - ela gritou já descendo a arquibancada em direção a ele. Thiago fez que sim com a cabeça. – Obrigada, eu estou morrendo de sede.

-De nada... desculpe não lembro seu nome.

-Lohan, Maysa Lohan.

-Certo Lohan, olha vocês duas não podem ficar aqui sabe?

-Eu... Você podia dizer isso a Linete? Ela é teimosa.

-Tudo bem. – Thiago encarou a garota um instante, tendo pena por ela ter que aturar o tipo de ataque que Linete costumava ter, uma garota simpática devia ter amigas melhores, foi até Linete com esse pensamento.

-Oi Thi – ela falou antes que ele pudesse articular qualquer coisa.

-Oi – ele respondeu seco – Você sabe que esse é um treino grifinório, não sabe?

-Sua artilheirazinha fez questão de lem...

A expressão de Thiago mudou ao som do desprezo que ela empregou na palavra, ficou rígida e suas mãos se crisparam em forma de punhos, não houve tempo parar Linete concluir a frase.

-Senhorita Weasley pra você. Agora levante a bunda daí e saia do nosso treino!

-Mas...

-AGORA KRUM!

-Certo – Linete viu Maysa fazer um gesto significativo com a cabeça, devia ter conseguido então não precisava se preocupar,Thiago viria até ela depois.

-Me desculpe Potter- Maysa já sentia remorso, e se desculpava por ter colocado a poção que provavelmente destruiria aquele relacionamento, na água dele.

Thiago sorveu um grande gole de água, tentando acalmar a agitação dentro de si, Linete o observou quase na saída do campo.

-Ótimo! Ele já bebeu! Vou ficar no salão principal esperando!

Maysa olhou para Rose mergulhando no ar, o arrependimento corroendo sua alma, saiu sem querer ver mais nada, e correu para o primeiro banheiro que encontrou.
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Thiago segurou a garganta com as duas mãos e sentiu um embrulho no estômago. Do nada a imagem de Linete lhe veio a cabeça. Seu coração pareceu falhar e ele precisou se sentar.

Rose olhou para Thiago do alto e se assustou, o namorado estava sentado com a cabeça entre os joelhos, ela cortou o céu como uma flecha para se sentar ao seu lado. Será que aquele era o começo da profecia? Será que as pessoas que queriam vê-los mortos tinham dado um jeito de atacá-lo?
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Thiago viu a imagem de Linete novamente “ridícula” foi tudo que ele pensou enquanto seu coração acelerava devagar, para entrar num ritmo alucinado quando sentiu o cheiro delicioso de Rose. Abriu os olhos, a expressão dela era de medo. Ora, Rose Weasley com medo? Que coisa fantástica!

 Ele fez uma cara divertida tocando a maçã do rosto branco dela com carinho.

-Eu amo você. – ele falou, “como poderia não amá-la? ’’ ele se perguntou.

Rose lhe sorriu, mas ainda estava preocupada, Thiago segurou as mãos dela entre as suas sem tirar os olhos dos dela, aqueles olhos que sempre o hipnotizavam, olhos impossíveis para ele, como os dele eram para ela, ele tentava acalmá-la agora.

-Como eu vivi tanto tempo sem você? – ele escorreu os dedos pelo pescoço dela para lhe beijar com carinho.

-Eu amo você, mesmo, de verdade – ela falou desenhando cada ângulo do rosto perfeito dele com os dedos, então sorriu e disse – Acho que não teremos treino hoje, certo?

-Claro que teremos – ele se pôs de pé, estendendo a mão para Rose.

-Thiago você tem certeza que está bem eu tive...

-Medo? Por que? – ele perguntou e ela meneou a cabeça – Não tenha, eu vou estar sempre com você, SEMPRE. Eu estou perfeitamente bem.

Rose e ele subiram para o treino, ela sempre conferindo se ele estava realmente bem. O time nunca fora tão bom, se conheciam bem e sabiam cada jogada decorada, a comunicação não verbal era excelente e tudo que era improvisado saia perfeito.

Linete esperou em vão. Depois de quarenta minutos entrou no seu quarto batendo a porta com força.

-O que você fez? – ela apontava para Maysa acusando-a.

-Está doida? Fiz exatamente o que você queria!

Linete caiu sentada, ela mesma vira Thiago beber da água.

-Como a poção falhou? – ela perguntou num tom mais ameno.

Maysa se surpreendeu, ficou mais aliviada e feliz. Foi até seu malão com uma leve idéia dos motivos porque a poção falhara. Procurou algum tempo localizando a resposta num livro antigo.

-O que? –Linete perguntou ansiosa.

-“O amor incondicional, a alma gêmea perfeita, corações realmente presos não podem ser abalados por nenhuma poção do amor, elas são apenas artifícios ilusões” – ela citou o livro - Thiago a ama, e ele é forte o suficiente para resistir a poção, não que seja fácil, ele provavelmente passou mal hoje...

-Ele a ama então? Tanto assim?

-Só você que não vê isso Line!

-Eu não vou desistirl.

-Você está sozinha então. Sabe o quanto é raro um amor dessa dimensão? – Saiu antes que ela mesma azarasse Linete.

-Então eu não posso atingir o coração certo? Bem eu não preciso do coração dele... é claro! – ela tinha uma idéia, as coisas iam ser fáceis dessa vez, porque aquilo não envolvia o amor de Thiago.


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