O silencio era devastador, qualquer sinal de barulho, era mandado a dar um passeio, fora do palácio.. Passos eram ouvidos vindos do segundo andar. Pelos minutos que se seguirão, cogitei seriamente em sair correndo.

—Maninho, eu estava mesmo precisan..

O olhar de Maxon fez Giovane se calar.

—Maxon, querido, vou procurar Nicolleta. Sabes que vinho não é exatamente seu forte. E com a adega que vocês tem aqui, seria um desastre..

Daphane saiu cantarolando, creio que não saltitava por pura educação.

—Bem, vejo que não estava tão doente assim para não aparecer na reunião, Giovane. – Maxon falou, friamente.

—Vejo que não ouve reunião para você, Maxon. - Giovane devolveu no mesmo tom.

—Não, não. Na verdade nosso pai, pediu para sair com Nicolleta e Daphane.

—Ah claro, isso é mais importante que administrar o pais.

—A culpa não é minha se nosso pai deseja assim.

Eu ficava passando o peso de uma perna para a outra, continuava descalça não arriscaria colocar os sapatos e fazer algum barulho.

—America, se importaria de esperar um momento? Maxon e eu precisamos conversar. Pode voltar a seu quarto, encontro você lá e..

—Não, não. America você fica! Sim, Giovane conversaremos no seu quarto. - Foi mais uma ordem, do que um pedido resolvi que era melhor não retrucar - Espere aqui no corredor.

Andei de um lado pro outro. As coisas estavam ruins demais, para desobedecer e voltar ao quarto.

Lá dentro do quarto, a "conversa" começou civilizada. Mas com o passar do tempo tive que intervir. Coloquei a mão na maçaneta.

—Ora Maxon! Ela é parte da Elite. Eu vou escolher uma esposa. Posso sair com quem eu quiser. Tenho tanto direito de passar algum tempo com ela quanto você!

—Você é egocêntrico. Só o que importa é seu orgulho. E America o feri, quando diz que me ama.

—Você é meu IRMÃO! Não peço que me ame, mas caramba. Você é meu irmão. America não me fere, pelo contrário, ela tem sido uma grande amiga. Não me importo com quem ela ame agora. Mas, sim com quem ela vai amar no final.

Só então entrei, fechei a porta e respirei fundo.

—Maxon, Giovane.

—America. - Falaram juntos.

Se tensão fosse um gás inflamável, jogando um fósforo naquele quarto, resultaria em um incêndio no castelo todo.

—America, eu gostaria de falar com você. - Maxon olhou para Giovane e completou : A sós.

—Sim, sim.

—Podem ficar aqui. Vocês tem muito o que conversar. - Giovane foi em direção a porta - Ei, America lembre-se: O que importa é ser feliz.

Saindo, deixou nada mais que silencio para trás.

—America. - Maxon, praticamente sussurrou. Então em seu tom de voz normal, retomou - Sabe eu estou cansado. Isso se tornou tão repetitivo. Desde do começo senti algo por você, não nego. Sinto coisas conflitantes que me deixam maluco. E muitas das vezes duvido que alguma seja tão real quanto meu amor por você. Então algo acontece. Uma nova rachadura se abre. Tudo e tudo de novo. Brigas, mentiras, dúvidas.. Mas eu estou disposto a tentar toda vez que você tem certeza. Mas, e depois?

—Você me acusa de dar falsas esperanças ou de me afastar, é isso? Mas, quem se entrega em pequenas porções é você! Você pergunta "E depois?", Aprenda: EU NÃO SEI O QUE VEM DEPOIS! Ninguém sabe, essa é a graça da vida. Cometo idiotices sim! Mas eu arco com as consequências. E você? Viva Maxon! O mundo, não espera você acordar. Você tem que saber viver!

—Você falando isso? Quando veio para cá estava tão infeliz quanto um cachorro, abandonado e ferido. Viver? É me entregar em atos estúpidos e me afastar de quem eu amo? Não obrigado, eu realmente não quero, não preciso e não sei fazer isso.

—Você é uma criança. Se não ESTÁ AGINDO COMO UMA!

—America, você sabe as coisas que já ouvi ou vi? Não esqueça que eu sou! Não brinque comigo. Sou capaz de..

—Fale ! Oh, não deveria ir perguntar ao rei antes de responder? Até quando ele vai controlar você? Até quando você vai ser controlado?

Senti as lágrimas queimarem mas não daria a vitória a elas, não choraria, não ali.

—Tudo com você é assim? - Maxon estalou os dedos, enfatizando a frase. - Um impulso? Não temos como mudar tudo.

—Mas podemos tentar. Dias vem e vão, atitudes podem ser mudadas e erros reparados.

—Nada cai do céu, já deveria ter aprendido isso.

Soltei uma risada sarcástica.

—Aprendi cedo demais até. As vezes penso, que quem erra em relação a nós sou eu sabe? A Seleção virou sua desculpa para tudo. Desde de nosso primeiro beijo aprendo a cada dia que é difícil ter você. Nunca planejei amar você, só aconteceu. As vezes penso na vida que teria lá fora..

—É isso o que você quer? Uma vida lá fora?

Não percebi o momento que nos aproximamos, mas estávamos a 3 centímetros um do outro.

—O que você quer? - falei, colocando a mão em seu peito.

#POV MAXON

—Pai, olhe. - Falei apontando os fatos do mapa. - Leger o fez, depois do ataque ao acampamento nortista. Eles saíram de lá, mas estão mais próximos do castelo.

—Ah sim, você diz que eles podem estar na floresta agora? - Falou ele debochando, fazendo todo o conselho rir das minhas hipóteses.

Uma criada entrou na sala e entregou um bilhete ao meu pai.

—Ah sim. Maxon, Nicolleta lhe chama para um passeio. Vá fazer algo de útil e deixe os adultos trabalharem.

Sai praticamente bufando de lá. Nicolleta me aguardava do lado de fora, e para minha surpresa Daphane a acompanhava.

Com uma conversa rápida, decidimos ir visitar a adega do palácio. Comemos queijos e tomamos bons vinhos.

—Okay, Nicolleta essa já é a terceira taça. Já está na hora de parar..

—Ai Daphane, pare. Maxon me faça favor sim? Leve-a AGORA se possível.

—Vamos Daphane, deixe ela se divertir.

Estendi o braço, chamando Daphane, ela aceitou sem hesitar.

Quando saímos da adega virei para trás e vi Nicolleta silabar sem som um: "Obrigado." 

Sorri.

***

Por fim eu e Daphane acabamos nos acertando e relembrando o passado.

—Corrida até seu quarto?

—Você sabe que eu não dispenso um desafio. - Falei disparando na frente.

Era bom ter a minha amiga Daphane de volta.

—Para manter as aparências? - Parei e estendi o braço novamente.

Então dobramos o corredor para meu quarto, ai meu olhar caiu sobre America, descalça? Então Giovane saiu do quarto vestindo o palito.

A raiva dominou meus punhos, mas a tristeza e a dor encheram me coração.

—Maninho, eu estava mesmo precisan..

Lhe lancei um olhar tão durou, que até Giovane se calou.

—Maxon, querido, vou procurar Nicolleta. Sabes que vinho não é exatamente seu forte. E com a adega que vocês tem aqui, seria um desastre..

—Bem, vejo que não estava tão doente assim, para não aparecer na reunião, Giovane.– Falei friamente.

—Vejo que não ouve reunião para você, Maxon. - Giovane devolveu no mesmo tom.

—Não, não. Na verdade nosso pai, pediu para sair com Nicolleta e Daphane.

—Ah claro, isso é mais importante que administrar o pais.

—A culpa não é minha se nosso pai deseja assim.

Percebi que America estava nervosa. Mas ela tinha certa culpa. Que Diabos ela estava fazendo ali?

—America, se importaria de esperar um momento? Maxon e eu precisamos conversar. Pode voltar a seu quarto, encontro você lá e..

—Não, não. America você fica! Sim, Giovane conversaremos no seu quarto. -Falei com certa autoridade, esperava não ser duro demais. - Espere aqui no corredor.

—Ora Maxon! Ela é parte da Elite. Eu vou escolher uma esposa. Posso sair com quem eu quiser. Tenho tanto direito de passar algum tempo com ela quanto você!

—Você é egocêntrico. Só o que importa é seu orgulho. E America o feri, quando diz que me ama.

—Você é meu IRMÃO! Não peço que me ame, mas caramba. Você é meu irmão. America não me fere, pelo contrário, ela tem sido uma grande amiga. Não me importo com quem ela ame agora. Mas, sim com quem ela vai amar no final. - Ele tinha razão. Quem America amaria no final? Ela já mudara de opinião tantas vezes. Ela amava outro antes de me amar. Poderia amar outro depois de mim?

America entrou, meio pálida

—Maxon, Giovane.

—America. - respondemos juntos.

—America, eu gostaria de falar com você. A sós.

—Sim, sim.

—Podem ficar aqui. Vocês tem muito o que conversar. - Giovane foi em direção a porta- Ei, America lembre-se: O que importa é ser feliz.

Saindo, deixou nada mais que silencio para trás.

—America. - Sussurrei, estava nervoso. Passei as mãos no cabelo, de algum forma isso sempre me acalmou. Retomei - Sabe eu estou cansado. Isso se tornou tão repetitivo. Desde do começo senti algo por você, não nego. Sinto coisas conflitantes que me deixam maluco. E muitas das vezes duvido que alguma seja tão real quanto meu amor por você. Então algo acontece. Uma nova rachadura se abre. Tudo e tudo de novo. Brigas, mentiras, dúvidas.. Mas eu estou disposto a tentar toda vez que você tem certeza. Mas, e depois?

—Você me acusa de dar falsas esperanças ou de me afastar, é isso? Mas, quem se entrega em pequenas porções é você! Você pergunta "E depois?", Aprenda: EU NÃO SEI O QUE VEM DEPOIS! Ninguém sabe, essa é a graça da vida. Cometo idiotices sim! Mas eu arco com as consequências. E você? Viva Maxon! O mundo, não espera você acordar. Você tem que saber viver!

—Você falando isso? Quando veio para cá estava tão infeliz quanto um cachorro, abandonado e ferido. Viver? É me entregar em atos estúpidos e me afastar de quem eu amo? Não obrigado, eu realmente não quero, não preciso e não sei fazer isso.

—Você é uma criança. Se não ESTÁ AGINDO COMO UMA!

—America, você sabe as coisas que já ouvi ou vi? Não esqueça que eu sou! Não brinque comigo. Sou capaz de..

—Fale ! Oh, não deveria ir perguntar ao rei antes de responder? Até quando ele vai controlar você? Até quando você vai ser controlado?

Percebi certas lágrimas se alojarem em seus olhos, mas ela não recuou. E eu também, já estava chateado demais com tudo. Ver America saindo do quarto de Giovane foi a gota da água.

—Tudo com você é assim? Um impulso? Não temos como mudar tudo.

—Mas podemos tentar. Dias vem e vão, atitudes podem ser mudadas e erros reparados. - Vi certa determinação em suas palavras.

—Nada cai do céu, já deveria ter aprendido isso.

America soltou uma risada sarcástica. Ela viu coisas piores que eu.

—Aprendi cedo demais até. As vezes penso, que quem erra em relação a nós sou eu sabe? A Seleção virou sua desculpa para tudo. Desde de nosso primeiro beijo aprendo a cada dia que é difícil ter você. Nunca planejei amar você, só aconteceu. As vezes penso na vida que teria lá fora..

—É isso o que você quer? Uma vida lá fora? - Perguntei com medo da resposta.

—O que você quer? - Ela colocou a mão em meu peito.

Um toque tão suave. Uma pergunta tão inocente.

"O que eu quero?" — Pensei.

Então com tudo o que poderia ser dito, falei a que mais tinha certeza.

—Você.

Então agarrei sua cintura e a ergui de modo que ficamos no mesmo nível de altura. America passou as mãos em meus cabelos.

Nossos olhos concordaram em uma coisa que indiscutivelmente nós dois queríamos.

Nosso beijo foi um dos mais certos. Paixão e esperança se misturavam em um único encaixe perfeito de nossos lábios. E nosso nós estava lá, enfraquecido quem sabe? Mas continuava lá.