Lílian Evans escrita por Elisa Carvalho


Capítulo 2
Expresso de Hogwarts




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Quase sete anos haviam se passado desde o dia em que os Evans receberam a visita de Minerva MacGonagall. O Sol nascia para o mesmo jardim cuidado, quase completamente coberto pelas flores Lírio e Petúnia e iluminava a cor verde-esmeralda das janelas dos Evans, e penetrava sorrateiramente a cozinha que mudara completamente a que fora na noite em que o Sr. Evans tentara contar a piada sobre O camponês sem um polegar.
No entanto Lílian continuava lá, no momento adormecida, mas não por muito tempo, sua mãe Angelina acordara e foi sua voz aguda que produziu o primeiro ruído do dia.
– Acorde! Não podemos nos atrasar! Levante-se!
Lílian acordou assustada, sua mãe chamando-a outra vez.
– Apure querida! Não temos a manhã inteira! – sua mãe gritou, Angelina era ruiva, com olhos muito verdes, era baixa e magra.
– O quê? O que aconteceu? – murmurou Lílian ainda sonolenta.
– Ande depressa, precisamos chegar em King Cross ainda cedo.
Essas palavras foram como uma poção energética para Lílian, a mesma se levantou depressa resmungando.
– Estamos atrasados? Eu não posso me atrasar, sou a Monitora-chefe agora.
– Eu sei, eu sei querida e fico muito feliz por isso. Não estamos atrasados, não se preocupe – Lilian sentiu-se aliviada – Mas se você continuar se enrolando, aí sim que nós vamos estar atrasadíssimos.
Lílian pegou a roupa que já tinha deixado na noite anterior em cima da cabeceira, e foi direto para o banheiro.

– Bom dia meu Lírio – disse o pai da garota quando a mesma sentou-se à mesa para tomar café da manhã, seu pai tinha cabelos negros e era quase careca. Tinha olhos escuros, era bastante alto e corpulento – Quer pudim? Sua mãe que fez, eu mesmo que pedi para ela fazer, é o seu favorito.
– Ah, obrigada papai. Não precisava.
– Claro que precisava, é o seu último dia das férias com a sua família – disse Alberto com um tom de voz triste.
– Ela não merece nem um grão de arroz! – Disse Petúnia enquanto descia as escadas, Petúnia não mudara quase nada em sete anos, continuava magra, baixa e com cara de cavalo. Tinha cabelos negros e olhos escuros – Se ela gostasse mesmo de nós, não iria para essa escola de anormais.
– Começou tarde, hein Petúnia? Até me admiro que não tenha me acordado as 3 horas da madrugada para simplesmente me chamar de aberração! Até parece que está começando a gostar de mim. – Comentou Lílian numa falsa voz de surpresa.
– Começarei a gostar de você quando aquele seu amigo anormal decidir lavar os cabelos. – disse Petúnia calmamente.
– Está cada dia melhorando o seu senso de humor, estou até vendo uma corzinha em você, decidiu parar de ser uma barata asquerosa?
– Olha Evans, se você pensa...
– Ótimo, ótimo, vamos logo para a Estação de King's Cross – interrompeu o pai das meninas – Petúnia, se você quiser ir vai ter que se comportar.
– Essa aberração que vai ter que se comportar! – disse Petúnia cuspindo as palavras – E sim, eu vou!
– Vamos logo família! – Apareceu Angelina na escada, logo atrás de Petúnia que quase caiu de susto com a voz de sua mãe.
– Ótimo, vamos, sem mais delongas! – disse o marido de Angelina.
Todos entraram para o carro depois de finalmente conseguirem pôr todas as malas no porta-malas.
– Estou preocupada com Plinque, aquela coruja é realmente lerda mas ela bateu o Record nessa última entrega. – comentou Angela.
– É, ela está demorando sim mas ela é extremamente cuidadosa, então tenho certeza de que está bem.
– Tomara Lílian, tomara – disse a mãe de Lílian – Depois dessa história que você me contou sobre Você-sabe-quem, acho que nem as corujas se safam dele.
Todos dentro do carro começaram a rir, exceto Angelina.
– Não vejo graça na situação, vocês realmente não estão entendo a noção do perigo, ele é realmente sem sentimentos.
– Nós sabemos, amor – Disse Alberto com uma certa preocupação na voz – Mas a Plinque com certeza está a salvo, passar na mesma hora e no mesmo local em que Você-sabe-quem está, é um azar inacreditável.
– Não me refiro só a Plinque, Alberto, não me refiro só a Plinque. – disse Angelina desesperada.

Depois de quase duas horas dentro do carro, a família Evans finalmente chegou à estação de King's Cross, Petúnia tentou esconder a ansiedade em passar pelo portal entre a plataforma 9 e 10 e, pelo alívio dela, ninguém percebeu.
– Meu Lírio, você vai comigo, você Angelina vai com Petúnia.
– Certo, certo – falara a esposa dele.
Lílian e Alberto foram em direção ao portal e ao em vez de baterem com tudo nos tijolos, eles se viram no Expresso de Hogwarts. Lílian olhara em volta, estava tudo exatamente igual desde o primeiro dia em que botara os pés naquele chão, ainda apresentava o mesmo chão manchado, os mesmos trilhos encardidos e em cima deles se via o mesmo trem preto com detalhes vermelhos que logo, como sempre, iria incendiar a estação com a sua fumaça. Lílian se lembrou quando tinha onze anos, que fora a primeira vez que viu aquele lugar, e com um sentimento de nostalgia seus olhos se encheram de lágrimas. Lílian viu uma mão se mexendo em sua frente e logo saiu do transe, e então percebeu que aquela mão pertencia a Tiago Potter. Tiago tinha um rosto magro, cabelos negros, olhos castanhos esverdeados, era um pouco musculoso e usava óculos redondos.
– Ah, é você Potter, arrogante como sempre – disse Lílian.
– Arrogante? Mas... mas o que eu fiz?
– Nasceu.
E então Lílian virou-se para seu pai que conversava com Petúnia.
– Papai, me ajuda a carregar as minhas malas?
– Elas já estão guardadas lá, a sua mãe arrumou tudo para você enquanto você estava falando com seu amigo.
– Ele não é meu amigo – Lílian disse revirando os olhos.
– Tudo bem – disse seu pai mostrando um sorriso aliviado, e puxou-a para um abraço – Tchau meu Lírio, sentirei saudades.
– Eu também, mas estarei de volta antes de você notar – a garota soltou-se do abraço do pai e foi em direção a irmã, que estava contemplando o ambiente – Petúnia, eu... eu sentirei saudades.
– É, tchau
Lílian puxou-a para um abraço, que a outra não retribuiu mas também não se soltou, o que significava alguma coisa.
– Tchau mamãe, sentirei saudades! – disse Lílian enquanto tirava os braços ao redor de Petúnia.
– Ah filha, eu também – disse ela em um tom de voz triste – Juízo filha, tome cuidado e me escreva sempre que puder.
– Certo – e beijou-a no rosto.
Lílian entrou no trem, procurando por Dorcas Meadowes e Marlene MacKinnon por todos os lados, e sem querer bateu em alguma coisa sólida, Lílian sentiu um perfume agradável que nunca tinha respirado antes e, dando um passo para trás viu em quem bateu, em sua frente estava Tiago Potter, bagunçando o cabelo e sorrindo devido a situação.
– Cuidado por ande anda Ruivinha, já pensou se você chegasse tão perto de outra pessoa? Eu teria que dar uma lição nela.
– Meu nome não é Ruivinha, seu prepotente.
– Tudo bem então, Lírio.
– Como... como é que você soube desse apelido?
– Não pude deixar de ouvir a conversa entre você e o seu pai.
– É falta de educação escutar a conversa dos outros, sabia? Mas já era de se esperar vindo de você.
– Eu estava por perto, foi impossível não escutar, meu Lírio.
– Ótimo Potter, agora sai da minha frente.
– Não antes de você aceitar sair comigo.
Lílian sentiu seu rosto queimar e no momento estava vermelho de tanta raiva.
– EU NUNCA VOU SAIR COM VOCÊ, DESISTE IMBECIL! AGORA SAÍA JÁ DAÍ SE NÃO QUISER TER ALGUMA PARTE DO CORPO QUEIMADA GRAVEMENTE!
Praticamente o trem inteiro se virou para ver o que estava acontecendo.
– Ora, ora, ora. Vocês começaram cedo, deveriam estar com saudade então. – Apareceu Sirius Black com ar de riso, Sirius tinha cabelos negros e ondulados que chegavam até o ombro, olhos azuis, era alto e um pouco musculoso, mais que Tiago.
– SE FORMOU A DUPLA DINÂMICA PARA INFERNIZAR A MINHA VIDA, ERA TUDO QUE EU PRECISAVA!
– Era tudo que você precisava? – perguntou Tiago levantando uma sobrancelha.
Lílian apontou a varinha para o braço de Tiago.
Expelliarmus! – ordenou Lupin e a varinha de Lílian voou da mão da menina – Não é assim que vamos resolver isso, Tiago e Sirius saem já do caminho de Lílian.
– Ah, pra que acabar com a nossa festa, Aluado? – perguntou um Black chateado.
– Cala a boca e sai do caminho, Black – disse Lupin enquanto entregava a varinha de Lílian a ela.
Tiago e Black entraram no vagão que estava logo atrás deles.
– Obrigada Remo – agradeceu Lílian.
– Não por isso – disse Lupin. Remo Lupin tinha cabelos loiros escuros, olhos castanhos claros, era do mesmo tamanho que Black, sempre usava roupas remendadas, era magro e se via algumas cicatrizes em seu rosto. – Sou o Monitor-chefe agora, você também?
– Sou sim, eu sabia que você também seria – Lílian disse com um sorriso no rosto. Lupin sorriu – Estou indo para o gabinete dos Monitores, vem junto? Estamos atrasados POR CULPA DO POTTER. – disse Lílian.
– Vamos.
– Até logo, meu Lírio! – gritou Tiago de dentro do vagão.
Lupin começou a rir.
– Como foram as férias? – perguntou Lílian.
– Divertidas, o Potter, Black e Pettigrew ficaram lá em casa. E as suas?
– Legais também, fiquei um mês na praia e o resto em casa.
– Que mania estranha dos trouxas de irem à praia durante as férias.
Lílian e Lupin finalmente chegaram no gabinete dos Monitores.
– Vocês deveriam ter mais responsabilidade, Monitores-chefes não podem chegar atrasados. – Falou um homem corpulento e quase careca.
– Me... me desculpa Sr. Wolder, teve uns alunos que trancaram a nossa passagem para cá. – explicou Lílian.
– Se explicou demais, e sabe o que significa quando uma pessoa se explica demais? – O Sr. Wolder aproximou-se do rosto de Lílian – SIGNIFICA QUE A PESSOA ESTÁ MENTINDO!
Lílian sentiu respingos de saliva no seu próprio rosto.
– Eu disse, para os monitores responsáveis – Wolder apontou para alguns alunos de dentro do gabinete – Para começarem a patrulhar o trem e castigar quem merecer ser castigado, depois de duas horas já podem sentar-se em um vagão, começando pelos monitores da Grifinória, quem são?
– Nós. – Lupin se manifestou.
– Ótimo, o que estão esperando? VÃO! – gritou o Sr. Wolder.
Lílian e Lupin saíram do trem.
– Bom senso é bom de vez em quando – comentou Lupin.
– Concordo, mas é só esse ano que vamos ter que aturar ele.
– Nem dá para acreditar, né? Último ano em Hogwarts. Vai fazer falta.
– Pois é, Hogwarts é como uma casa para mim. – disse Lílian em um tom de voz triste – Oi Dorcas, oi Marlene!
– Oi Lily e Remo, que saudades! – disse Dorcas. Dorcas Meadowes tinha cabelos negros e cacheados que chegavam até o cotovelo, tinha olhos acinzentados que lembravam o céu em um dia de tempestade, era do tamanho de Lílian, não tão grande nem tão baixa, e ela tinha alguns quilos à mais.
– Oi gente! Pensei que tinha se esquecido de nós, Lílian! – disse Marlene.
– Eu que pensei que você tinha se esquecido de mim. A Plinque não chegou até agora com a sua resposta! – disse Lílian.
– Eu respondi a sua carta faz uma semana, ora! – Marlene MacKnonn era um pouco maior que Lílian, tinha cabelos extremamente lisos e eram loiros, praticamente brancos, que chegavam até o ombro, seus olhos eram castanhos avermelhados e seu corpo tinha lindas curvas.
– Aquela coruja é mesmo lerda, uma hora ela aparece. – disse Lílian rindo.
Uma fumaça marrom e um cheiro horrível incendiou o trem.
Bomba de bosta! – exclamou Lupin.
Lílian e Lupin correram em direção onde jogaram a bomba.
– POTTER! JÁ ERA DE SE ESPERAR! – berrou Lílian.
Se a fumaça não estivesse tapando tanto a visão, Potter iria perceber que o rosto de Lílian estava tão vermelho quanto o cabelo.
– Oi Ruivinha! Joguei essa bomba de bosta como presente de boas-vindas para a nova Monitora-chefe da Grifinória!
– VOCÊ VAI FICAR LUSTRANDO TROFÉUS DUAS HORAS SEGUIDAS DURANTE UMA SEMANA! – berrou Lílian.
– Desde que a detenção seja com você Lily, Eu limparia todos os banheiros de Hogwarts. – disse Potter enquanto bagunçava os cabelos.
– NÃO JOGUE MAIS NENHUMA BOMBA DE BOSTA!
Lílian saiu antes que Potter dissesse mais alguma coisa.
– Moleque! É, você mesmo! Sai do corredor se não quiser ganhar uma detenção! – explodiu Lílian com um garoto de 11 anos.
A patrulha de Evans foi como uma terapia para ela, culpando crianças que não tinham culpa, quando terminou foi para o vagão em que estavam Dorcas e Marlene.
– Já não era sem tempo. – disse Marlene.
– Comprei quatro varinhas de alcaçuz para você, pegue. – disse Dorcas, estendendo uma mão com várias varinhas de alcaçuz.
– Obrigada Dorcas, estou realmente com fome.
As meninas estavam conversando animadamente durante a viagem, até que chegou uma coruja, ela era cor de mel, não tão grande nem tão pequena.
– Plinque! – exclamou uma Lílian alegre.
– Até que enfim. – Disse Marlene.
Plinque pousou no colo de Lílian, a mesma acariciou o pescoço da coruja que começou a piar animada, Lílian logo pegou a carta que a coruja estava guardando e desenrolou-a.

Lily,

Fico feliz que você virou Monitora-chefe, meus parabéns! Sei que é o seu sonho desde os 13 anos. Minhas férias também estão divertidas, eu e minha família fomos ver o Maior Novelo de Lã do Mundo pela terceira vez, esses trouxas são realmente criativos! Não vejo a hora de voltar para Hogwarts, estou morrendo de saudades.
Com amor,
Lene

Lílian botou a carta do seu lado e olhou para Marlene e começou a rir.
– O quê?! – perguntou Dorcas.
– Tantas coisas para fazer e Lene foi visitar o Maior Novelo de Lã do Mundo.
Dorcas acompanhou Lílian na risada e Marlene fechou a cara.
– Acho melhor nós trocarmos as vestes. – sugeriu Marlene tentando desviar de assunto.
– Sim, sim... Tem razão. – concordou Dorcas, se recuperando da risada.
As três meninas se levantaram dos bancos e foram em direção aos vestiários.
– Ande logo Dorcas! – exclamou Lílian – O trem já vai parar e vai ser difícil encontrar uma carruagem desocupada!
– Tudo... tudo bem, estou indo. – berrou Dorcas de dentro do vestiário.
O trem apitou.
– Ótimo, tudo o que eu precisava era de uma carruagem cheia de pessoas chatas. – reclamou Marlene.
– Estou pronta! VAMOS! – pediu Dorcas.
Lílian, Dorcas e Marlene saíram do trem com dificuldade pois todos estavam apressados para pegar uma carruagem desocupada. A estrada estava cheia de carruagem escuras que andavam sozinhas.
– Alunos do primeiro ano por aqui! Alunos do primeiro ano, não se acanhem! – Lílian ouviu uma voz rouca vindo do lado esquerdo da estrada.
– Oi Lily! – disse um rapaz logo atrás de Lílian, a mesma se virou e avistou um rapaz com cabelos oleosos e negros que chegavam até os ombros, dando a impressão que eram uma cortina, os olhos eram escuros e opacos, ele era pálido e demonstrava uma cara parecida com medo.
– Ah, oi Snape – e Lílian logo se virou de costas para o rapaz.
–Você... você – Severo Snape pigarreou – Não quer ir na mesma carruagem que eu?
– Não, Snape – disse, e logo foi para a carruagem que estava Dorcas e Marlene.
– Voltou a ser amiga daquele Sonserino? – perguntou Marlene com uma voz de desprezo.
– Não, eu nunca mais vou ser amiga dele. – disse uma Lílian abalada e decidida.
A viagem foi divertida, as três garotas conversaram muito sobre as matérias, e antes que perceberam já estavam em frente à porta do castelo de Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

É a minha primeira fanfiction e espero que tenham gostado. Peço que recomendem ela, já que essa é a minha única rede-social e quase nunca falo com alguém. Estou disposta a receber qualquer crítica ou algo do tipo. Obrigada e tchau!



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