Atraída por um Darcy escrita por Efêmera


Capítulo 27
Adeus, Darcy — Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Eu quero dizer que o final dessa nossa fase está chegando. Eu sei, todo final vem com um draminha, mas suspeito que estão muito acostumados com isso, principalmente porque eu adoro casais complicados. Desculpem, não consigo evitar.
E fiquem atentos que em breve (eu juro que em breve porque minha inspiração voltou com tudo, digitei esse capítulo em quatro - QUATRO - horas maravilhosas, então pretendo aproveitar minhas férias para trabalhar para vocês apesar do meu TCC estar bem nas minhas costas) teremos o que vocês mais me pediram nos comentários (e não, não foi sexo, vocês sabem que não foi!).



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Eu poderia dizer que havia tido uma ótima noite de sono, mas estaria mentindo. A realidade é bem amarga e, como estava virando um costume, não havia conseguido dormir um segundo sequer. Não sei se era medo ou algo pior, poderia ser até curiosidade mórbida, mas o fato é que a ideia de que possivelmente a tal Anne chegaria naquele dia havia me feito ficar acordada por mais tempo do que gostaria. No entanto, diferente dos outros dias, me mantive trancada no quarto o máximo que consegui, até que não era mais aceitável fazer isso, já havia preocupado demais aquela família que havia me aceitado com tanto carinho. Então, quando saí do quarto e estava caminhando em direção à escada, encontrei a Sra. Darcy que também deixava seu quarto.

— Oh, Lizzie, que bom que você vai se juntar a nós — disse Maggie ao se aproximar para me abraçar.

— Sinto muito por ter preocupado a todos — tentei falar, mas ela me parou.

— Nada, sempre estarei aqui para cuidar de você como a filha que quero que seja um dia — ela disse e meu coração se apertou.

Eu sorri em resposta, embora meu sorriso não tenha chegado aos olhos; aquilo me feria de tal forma que se fosse algumas horas atrás eu não teria conseguido conter as lágrimas ameaçadoras, mas agora estava determinada a parecer mais forte do que realmente era. Para disfarçar, tentei mudar de assunto.

— Bom, acordei faminta, um pedaço de bolo e uma pouco de chá com leite me faria muito bem.

Maggie deve ter acreditado na minha desculpa, porque sorriu e me puxou para o andar inferior. Assim que chegamos à mesa de café da manhã, na sala de jantar, nos deparamos com o Sr. Darcy, Georgiana e meu pai que pareciam estar no meio de um assunto bem interessante uma vez que Georgie estava inclinada em direção ao pai. Ao nos notar, todos levantaram seus rostos para sorrir para gente, minha amiga bem mais entusiasmada que todos os outros.

— Lizzie, você não vai acreditar na novidade que tenho para contar!

— Eu acho que não tenho escolha além de ouvir — falei tentando sorrir.

— Papai me deu autorização para ir para os Estados Unidos passar uns meses com Richard! — Ela disse, o sorriso tomando quase seu rosto todo. Eu sorri em resposta enquanto me sentava.

— Eu disse? — O Sr. Darcy falou, sério. — Eu pensei que estava dando autorização para você ir para Cambridge, a universidade aqui da Inglaterra, estudar como todo jovem normal, com condições financeiras estáveis e com muito tempo disponível, iria desejar. Sinto-me enganado. Querida, o que fizemos de errado na educação dessa menina?

— Não sei, Sr. Darcy, talvez devêssemos ter aberto mão dela logo ao nascer. Administrar duas crianças me pareceu algo bem trabalhoso — Maggie comentou, seu semblante parecendo lamentar. Georgiana sorriu mais abertamente.

— Mamãe, foi você, não foi? Que maravilhoso! — Ela praticamente bateu palmas e eu admirei tudo aquilo enquanto pegava uma fatia de bolo.

— Porém não esqueça, querida, você terá que se matricular em pelo menos um curso de extensão. E ficar em um apartamento seguro. Tenha certeza de obedecer minhas ordens ou nunca mais terá autorização para nada semelhante, então aproveite a oportunidade com sabedoria. Você sabe que sempre estou por dentro de tudo o que acontece na minha família — disse o Sr. Darcy e dessa vez ele parecia realmente sério, embora suas feições fossem bem mais suaves.

— Claro, papai, tenha certeza de que não irei desobedecer! — Georgie falou em resposta, parecendo o anjo que quase sempre parecia (ou seja, já sabia que ela ia aprontar alguma).

— Quando você pretende ir, Georgie? — perguntei antes de levar um pedaço de bolo aos lábios.

— Em duas semana ou um pouco mais. Ainda não falei com Richard, mas sei que precisamos começar a nos preparar para fazer a matrícula o mais rápido possível. O melhor disso tudo, Lizzie, é que serão meses!

 — Que maravilhoso, Georgie, estou muito feliz por você! — sorri com entusiasmo; embora minha vida estivesse uma droga, eu estava sinceramente feliz por minha amiga. Ela merecia.

— Oh, Lizzie, nunca estive tão feliz! 

Então, quando eu menos esperei, ela se levantou e saiu correndo; não precisei de mais para saber que estava indo ligar para Richard para contar a novidade.

— Bom, querida, estou fazendo isso porque você e Fitzwilliam pediram, mas espero não me arrepender da minha decisão. Vamos, Richard, precisamos conversar antes que você tenha que ir para o seu trabalho — falou o Sr. Darcy e, juntamente com meu pai, deixou a mesa.

Eu ainda estava digerindo aquilo tudo quando a ficha caiu…

— Darcy pediu para Georgie ir para Harvard?

— Sim, ele disse que seria uma ótima forma de despertar nela o desejo de estudar — falou Maggie enquanto se servia de um pedaço de torta.

— Mas eu pensei…

— Bem, Lizzie, eu posso parecer bem distraída, mas eu entendo que Georgie e Richard estão em um relacionamento à distância, poucos teriam ignorado uma vez que o casal não é nada discreto. Exceto por meu marido, claro, ele anda bastante ocupado com o trabalho. Mas essa ignorância não vai durar muito tempo, suponho, uma vez que ele colocará seguranças de olho em Georgiana enquanto ela estiver longe de casa. — Maggie começou, me olhando. — Então, quando Fitzwilliam trouxe isso até mim, eu primeiro pensei que seria uma péssima ideia, mas ele me convenceu que essa seria a melhor forma de incentivar Georgie a ter algum curso superior, ainda que seja apenas de extensão.

Ainda era tudo meio confuso para mim. Darcy ajudando Rich e Georgie a ficarem juntos…

— Mas ela não teria que estar matriculada ou ter uma graduação?

— Ah, sim, mas nem todos os cursos exigem tanta burocracia — respondeu Maggie. — De qualquer forma, ela não terá dificuldade em se matricular mesmo nos que exigem. Há poucas coisas que o dinheiro não compra, ainda mais quando se é filha de um Duque. O marketing que isso traz para a universidade, ainda mais sem precisar pagar por isso. Poucas universidades perderiam essa chance.

— Hm, entendi. Espero que Georgie aproveite essa oportunidade. E, quem sabe, decida se matricular por lá em algum curso — eu disse e Maggie riu.

— Oh, não pensaria em algo do tipo. Tenho certeza que em pouco tempo ela vai se cansar e pedirá para voltar, apenas tenho esperança de que curse um ou dois cursos de extensão, isso já será suficiente para mim, afinal seria bem mais do que ela pretende fazer até o momento.

Eu ri, não pude evitar. Depois disso continuamos conversando sobre o baile de Natal, Maggie me passando todos os detalhes que considerava relevantes; o que quer dizer tudo. Então, quando estávamos satisfeitas, Maggie anunciou que teria algumas coisas para fazer e eu tomei o meu caminho para retornar ao meu quarto, temendo encontrar Darcy em algum momento no percurso. Por sorte não o encontrei, mas me deparei com Georgie praticamente saltitando pelo corredor em direção ao seu quarto.

— Lizzie!

Ela praticamente gritou quando me viu. Não, espera, ela realmente gritou.

Eu sorri em resposta.

— Você ainda não ligou para ele?

Ela riu.

— Claro que liguei, ficamos conversando por um tempo até que ele decidiu vir aqui para planejarmos tudo. Precisamos escolher tanta coisa, desde o curso que irei fazer até o lugar que irei ficar. Sem essas coisas definidas papai jamais me deixará ir, tenho certeza. Precisarei comprovar toda documentação e, claro, ele com toda certeza irá mandar alguém me verificar lá, então preciso cuidar muito bem de tudo.

Eu ri, ela conhecia bem o pai que tinha.

— Bom, então vou para o meu quarto para que vocês decidam em paz.

— Não, não, você não vai! — Georgie me bloqueou e me arrastou em direção ao seu quarto. — Precisamos da sua ajuda.

— Não sei como poderei ajudar! — protestei tentando fugir o mais rápido possível.

— Em tudo! — Exclamou Georgie. — Três cabeças pensam melhor que duas.

Bem, nisso ela tinha razão.

De qualquer forma não adiantava protestar. Fazia relativamente pouco tempo que morava com os Darcy, mas havia uma coisa que eu já havia percebido: se Georgie e Maggie queriam, elas conseguiam!

Entrei no quarto de Georgie e ela logo correu para seu notebook, abrindo e começando a pesquisar sobre a Cambridge norte-americana. Depois de um tempo, e de alguns resmungos, ela finalmente admitiu que o lugar era bem aceitável, mas que era nada comparada à Cambridge inglesa.

 — Temo que seria bem mais interessante se Richard estivesse na Inglaterra, mas o que podemos fazer? Além disso, vai ser bem legal não ter meus pais de olho o tempo todo.

— Mas seu pai irá colocar alguém na sua cola — apontei e ela bufou.

— De qualquer forma dá para despistar um segurança se eu trabalhar arduamente nisso, mas nenhum ser humano é capaz de fugir da minha mãe — Georgie disse e rimos.

Estávamos assim, rindo e pesquisando, quando Richard chegou. Corri para abraçá-lo de forma adequada, uma vez que durante a véspera de Natal ele estava ocupado demais para me dar atenção.

— Você soube, Lizzie, meu tio vai entregar Gê à minha proteção.

— Eu não iria tão longe… — resmunguei e ele riu.

— Bom, espero que não, acredito que não sou capaz de tamanha responsabilidade. Afinal, quem pode segurar essa garota? — Ele disse e eu não consegui segurar, ri, tendo ele se juntando a mim logo em seguida.

— Vocês realmente gostam de rir às minhas custas, o que é péssimo — Georgie resmungou e voltou à sua pesquisa. Eu corri para a minha amiga e a abracei, embora ela não tenha se virado para mim.

— Você deveria aceitar, estará longe demais e por muito tempo para que eu possa fazer isso — falei e fiz beicinho na esperança de que ela sentisse pena de mim.

Bom, era isso que eu queria, jamais pensei que Richard viria com uma ideia absurda.

— Por que você não vem, Lizzie? Há muitos cursos interessantes e, embora você pudesse fazê-los aqui, é muito bom para o currículo ter vivência internacional. Acredito que não terá problema uma vez que teríamos apenas que incluir você nos arranjos que serão preparados para a Gê.

Embora aquilo tivesse sido inesperado, eu ainda consegui esboçar um sorriso.

 — Bem… eu não acho que poderia…

Richard pareceu surpreso com minha resposta.

— E por que você não poderia?

Eu suspirei.

— Richard, nem todos têm as condições financeiras que vocês têm. E apesar de eu viver nesta casa, estou aqui de favor, não pertenço a esse meio — apontei e era fácil pensar nisso agora, embora passasse a vida correndo atrás de um cara que pertencia a um meio bem acima do meu.

Eles tiveram a gentileza de se calar sobre isso, mas por pouco tempo, claro.

— Eu não acho que precisa ter condições financeiras excepcionais, Lizzie. A matrícula não é cara, e considerando que nossa moeda vale mais que o dólar sairá ainda mais barato. Somado a isso tem o fato da Georgie estar indo, então você só ficaria com ela, economizando na hospedagem. Além disso, acredito que sua mesada seria suficiente para viver lá assim como é aqui, já que os Darcy estarão cuidando da Gê, consequentemente de você.

É, ele tinha muitas coisas para apontar, mas elas ainda não eram suficientes para mim. Olhei para Gê tentando encontrar uma desculpa em seu rosto, mas ela apenas olhava para a tela do notebook e eu me perguntava se estava realmente vendo alguma coisa ou fingindo me ignorar. Eu sei, poderia apenas dizer que não queria ir, mas Richard estava certo e isso seria ótimo para meu currículo, afinal era Harvard… e vivência internacional. Quem sabe até me ajudaria a decidir o que eu iria fazer da minha vida depois que me formasse.

— Eu ainda tenho outros obstáculos, você sabe — comecei, mas ele me parou.

— Que obstáculos poderia existir? A faculdade? Você poderia simplesmente pedir uma dispensa de alguns meses, não vejo problema nisso.

— Não, não é a faculdade.

Richard me olhou por um momento e, então, como em um passe de mágica, parecia que havia entendido tudo. E ele não guardou sua compreensão por muito tempo, dando vazão a tudo o que pensava.

— Você não deve organizar sua vida ao redor de um cara, Lizzie. Se me permite o uso da palavra, é ingênuo demais.

Eu fiquei vermelha, em uma mistura de raiva e vergonha. Ambos de mim.

— Eu não estou organizando minha vida ao redor de um cara! — protestei, mas todos sabiam que era mentira.

Richard riu.

— Você está e sabe disso. — Eu tentei abrir a boca, mas ele me parou. — A prova disso é que já passou todo esse tempo e ainda não sabe o que quer fazer da sua vida. Está esperando Darcy decidir, não é?

Eu poderia falar alguma coisa. Poderia falar um monte de coisa e ainda assim não seria verdade. Então Richard tornou, se aproximando ainda mais e segurando minhas mãos.

— Lizzie, minha amiga, você é dona da sua vida e não deve permitir que ela gire em torno de alguém. Amar é uma coisa linda, maravilhosa — ele disse isso e olhou para Georgie sorrindo, depois de novo para mim. — Mas isso não deve interferir na nossa profissão, ela precisa ser decidida a partir do que realmente desejamos para nós.

— Mas eu não sei o que quero fazer — lamentei e Richard sorriu em compreensão.

— Percebi isso, Lizzie, mas você já parou para pensar seriamente nisso? Fez algum curso de extensão ou de férias para saber se gostaria de algumas áreas? Pesquisou sobre cada profissão? — Eu neguei tudo e ele tornou, sempre aquele sorriso-Richard-irritante, a face da condescendência. — Você tem tanto potencial, mas está se perdendo atrás de um homem. E uma mulher de verdade jamais fica atrás de um homem. Ela, se muito fica, é ao lado.

Sabe um tapa na cara? Bem, isso foi um. E doeu até a minha alma. Eu estava vermelha de vergonha, principalmente porque aquilo estava sendo dito na frente de Georgie. E por mais que ela fingisse ignorar, eu sabia que estava escutando tudo.

Tentando fazer alguma piada da situação, eu sorri e falei.

— Isso foi tudo você tentando me convencer a ir junto?

Ele gargalhou. Alto.

— Sei ser persuasivo quando quero — ele disse, mas parecia mais que isso. 

— É, você sabe — respondi me juntando ao seu riso fácil. Depois disso olhei para Georgie, que parecia surpreendentemente despertar justamente naquele momento de sua pesquisa.

— As coisas podem ser realmente confusas, não faço ideia que local escolher para morar mesmo que por apenas poucos meses — falou Georgie e Rich sorriu.

— Não perca seu tempo se preocupando com esse tipo de coisa, Gê, podemos só colocar um agente imobiliário para procurar por esse tipo de coisa e depois você só precisará avaliar dentro das opções que ele apresentar. Caso a gente não encontre um local legal nessas duas semanas, podemos só ir e você fica em um hotel até que tudo esteja pronto.

Georgie suspirou.

— Você não entende. Precisamos de um lugar antes de irmos, papai precisará inspecionar — ela apontou, parou por um momento, depois tornou. — Não ele realmente, mas qualquer pessoa que ele tenha por lá. O homem não me deixará ir sem um local estável, seguro e confortável para ficar. Tenho certeza que ele irá conseguir um apartamento no mesmo prédio para os seguranças dele, então, se tiver tempo para isso, ainda colocará câmeras espalhadas em todas as direções que eu possa tomar.

Eu e Richard lançamos olhares um tanto duvidosos para ela.

— Tá, essa última parte foi bem exagerada, mas não seria eu se não dissesse. Enfim, que curso vocês acham que eu deveria fazer?

Então, depois disso, ficamos algum tempo discutindo sobre os cursos que tinha disponível. Foi preciso muita discussão para que Georgie reduzisse a lista para três, então mais algum tempo até que ela finalmente optasse por Administração. Comum, porém bem útil quando você é herdeira de uma grande empresa.

Com Georgie tendo decidido o que fazer, e querendo ficar sozinha com Rich, eu aproveitei a primeira chance que tive para sair do quarto e ir em direção ao meu. Ainda faltava algum tempo até a hora do almoço, então eu usaria aquele tempo para pensar um pouco sobre a minha vida. E, quando me refiro à minha vida, estou querendo dizer em Darcy. Eu sei, era uma idiota, e só em pensar nisso me vinha à mente tudo o que Richard havia me dito. Por mais que ele tenha dito que havia falado tudo apenas para me convencer, eu sabia que não era verdade e que ele realmente queria dizer aquilo. E de alguma forma eu via que Georgie parecia de certa forma concordar com ele, já que não havia dito nada. Eu estava tão presa a Darcy assim?

Tá, eu sei, nem era para fazer esse tipo de pergunta, afinal até eu sei a resposta. Então, sim, Richard tinha razão e eu estava me comportando como uma garota ingênua fazendo minha vida girar em torno de um homem. E ainda mais um homem que me deixava à margem, nunca declarando o que realmente sentia por mim. Além disso, ele mesmo havia dito que não sabia se poderia me amar, mas ao mesmo tempo havia declarado que amava a tal da Anne. Sendo assim, que diabos eu estava fazendo da minha vida?

Foi difícil e até um pouco confuso por um tempo, mas pude ver o quanto estava errada sobre algumas decisões que havia tomado. E, por mais que não fosse tomar outra decisão naquele momento, pelo menos consegui organizar minha mente para o que viria a seguir. E assim, tendo ao menos organizado um pouco a minha mente, tomei um banho e me vesti para almoçar junto com toda família.

Eu estava chegando na sala onde fazíamos nossas refeições quando ouvi algumas vozes do outro lado da grande porta que separava os cômodos. Talvez Georgiana ainda estivesse tão animada que não podia se controlar? Bem, era possível. Eu sorri para isso e entrei radiante na sala de jantar, afinal meus problemas eram nada em comparação à felicidade da minha amiga.

Mas, então, parei em choque no momento em que entrei no còmodo, não tendo me preparado para o que iria encontrar.

— Quem é essa garota? — uma voz perguntou muito - muito - alto, fazendo todos pararem de falar e olhar na minha direção. 

Todos. E quando digo todos quero realmente dizer todo mundo, inclusive a garota loira que estava sentada ao lado de Darcy, bem no meu lugar, e que antes o olhava com adoração. Um olhar que era muito do retribuído. E, por mais que doesse admitir, ela era linda demais para que qualquer garota, principalmente eu, pudesse chegar a ter chance de competir.


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Notas finais do capítulo

Eu tenho amado tudo nesse capítulo, principalmente porque enviar o Richard para longe foi a melhor coisa que fiz, pois ele só volta para dizer umas verdades para chocar. O que vocês acharam disso? Rich merece um beijo ou um soco?
Bem, o que vocês acham desse anjinho loiro que apareceu? Pensam que ela trará algum problema para nossa Lizzie ou ela está apenas tornando a situação pior do que realmente é?
Bjs, eu amo vocês ♥