Keep Calm and Try to not Kill Him escrita por ApplePie


Capítulo 24
Capítulo 21 - Aviso: Problemas familiares causam muita raiva


Notas iniciais do capítulo

Hello Muchachas do meu coração!
OOHHH MEU DEUS!! O-MEU-DEUS! Eu ganhei outra recomendação!! *--* Quero agradecer á fofa da “Yummi Yagami” por ter feito uma recomendação tão linda!!! Muito obrigada mesmo, suas palavras me fizeram saltitar pelo quarto e sorrir como uma retardada ;) Muito obrigada, flor *-* Capítulo dedicado a você =)
E quero agradecer à “Yuumi Yagami” (novamente) e à “Sophie Lockwood” por terem favoritado minha história!
Eu apresento a vocês: a treta da família Mollerain!
I hope you enjoy,
Kissus



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Angeles NightWalker

Chester corre como o Pernil que ele é. Pude escutar as risadas de Jake atrás de mim, mas ignorei e fui atrás dele. Também ignorei a surpresas das pessoas de verem um cara do tamanho de Chester correndo de uma baixinha como eu.

Ah, se eles soubessem do que eu sou capaz.

Amaldiçoei meus estúpidos sapatos e taquei-os em qualquer lugar do navio, descalça pude correr melhor. Eu estava carregando uma garrafa de bebida que tinha pegado do quarto em que eu estava com Jake e o segurava na mão direita.

Se eu tivesse uma boa mira, eu já teria atirado no Chester, mas como eu nunca tive uma boa mira, saí correndo mesmo atrás dele.

Vi medo em seu olhar. Ele era a minha presa. Me senti como um leopardo bad ass.

Até que meu plano foi frustrado por dois seres chatos.

— Angel, acalme-se — implorou Derek.

Yuki correu para meu encontro e conseguiu tirar a garrafa da minha mão. Bufei, essas pessoas aí que ficam atrapalhando meus planos, viu.

Depois fomos jantar e eu percebi que estava muito feliz. Mesmo Allan querendo me matar por fazer ele sabotar um navio que custa mais do que seu corpo vendido no mercado negro, eu estava feliz. Olhei para Jake e vi que ele estava realmente feliz também.

Ao terminar de jantar, Jake me convidou para um tour no navio quando eu comecei a perguntar as diferenças entre esse navio e o Titanic, já que Yuki e Chester foram dançar, Derek foi paquerar algumas meninas do navio e Ash e Allan foram se desculpar com o comandante por ferrarem com o navio dele.

Em algumas vezes, ficamos em silêncio, mas não um silêncio desagradável. Eu estava bem satisfeita com isso. Eu ainda não sabia o que tinha acontecido lá no quarto direito. Não podia parar de lembrar no hálito de Jake: abacaxi com hortelã.

Parei para pensar em tudo que passamos juntos e não pude esconder o sorriso do meu rosto, passamos por muitas coisas e eu não me arrependo de nada.

Meus pensamentos foram dispersados quando vi o pai de Jake andar em nossa direção com duas pessoas ao seu lado. Quando eles chegaram perto o suficiente para eu os reconhecer, congelei ao lado de Jake. Ele ainda não tinha notado, é claro que não.

Mas quando seu pai pronunciou os nomes, eu percebi que ele também havia parado subitamente. Minha mãe foi a primeira olhar para mim, seus olhos quase se encheram da água. Tive vontade de gritar, se ela estivesse tão triste assim, porque não ficou de frente a frente com meu pai. Eu vi que meu pai tinha me percebido, mas parecia como se eles quisessem acreditar que não era eu. Eu ainda os encarava.

— Ah, Jake, quero que conheça dois colegas meus. Por mais que tenham outro negócio, somos bem próximos. Quero que conheça Robert e Sarah Mollerain. Robert e Sarah, esse é meu filho Jake e sua amiga Angeles.

Eles me olharam em choque ao perceber que não era um engano.

— Angeles?!

— Oi pai, oi mãe.

Meu pai reganhou a compostura e ficou com uma expressão séria, enquanto a expressão da minha mãe era sofrida.

— Pai — começou Jake — pode pegar uma bebida para mim, por favor?

Sr. DarkShadow entendeu o recado e saiu sem dizer mais nada. Jake segurou minha mão como se ele quisesse dizer que ele estava do meu lado. Segurei a vontade de sorrir, afinal não tinha vontade de mostrar meu sorrisos para meus pais.

— Olá, Angeles — minha mãe começou suavemente — como tem andado?

— Bem, e mais importante fazendo o que eu quero, afinal é minha vida.

Minha mãe mordeu os lábios de nervosismo e vi que estava machucada pelas minhas palavras.

— Olá, Sr. e Sra. Mollerain — disse Jake.

— Ah, olá Jake — minha mãe falou — ouvi muito de você — e sorriu.

— Sr. Mollerain, há algum problema? — Jake perguntou.

Já vi onde isso vai dar.

— Na verdade sim.

— E qual é?

— Robert — minha mãe implorou — não comece.

Ele olhou para mim, fundo nos olhos.

— Eu estou olhando para ele.

Jake tinha uma expressão de choque que se contorceu numa de raiva. Minha mãe balançou a cabeça negativamente. Eu dei de ombros.

— Desculpa, se eu não fui a sua filha perfeita — respondi friamente — mas eu não podia ligar menos para sua patética reação às minhas ações.

— Não ouse falar assim comigo, mocinha — meu pai disse — eu sou seu pai...

— Ah — levantei a voz — então agora você é meu pai? Se eu me lembro bem, você foi aquele que me deserdou. Eu sou Angeles NightWalker, não Angeles Mollerain.

— Eu ainda sou seu pai...

— Não, vocês não são meus pais, pais de verdade não deserdam seus filhos, pais de verdade não obrigam seus filhos a fazerem escolhas que eles não querem...

— Chega disso, chega de você!

— Diga-me papai, alguma vez seus pais obrigaram você a tomar conta da empresa? Ou então te ameaçaram a te deserdar?

Meu pai estava furioso comigo, mas eu não ligava. Eu queria que ele visse o que ele fez e queria que ele se arrependesse amargamente.

— E você — disse, virando para minha mãe — ao invés de se levantar para sua filha, você tomou o lado dele. Muito obrigado, mãe.

Minha mãe começou a chorar, mas eu não terei dó dela. Eles não tiveram dó de mim quando eu saí de casa com três malas imensas chorando, correndo nos braços de Allan. Eles não tiveram dó de mim quando eu tive problemas para ir para Londres.

Então eu não terei dó deles.

— Eu me arrependo pelo que seu pai fez, Angi — maldito apelido que meus pais deram — mas eu não posso ir contra as decisões dele.

— Bem, então, Sr. e Sra. Mollerain, eu acho que estamos conversados. Espero que tenham uma vida brilhante pela frente sem uma filha problemática como eu para cuidar.

Minha mãe abriu a boca para falar alguma coisa, mas um olhar de meu pai a fez calar a boca. Ela era muito fraca para ir contra meu pai. Revirei os olhos.

— Então — Jake disse, me surpreendendo — parece que vocês realmente vão deixar sua filha irem embora uma segunda vez.

Ele bateu palmas.

— Estou estupefato, e eu pensando que meus pais eram horríveis.

— O que disse, mocinho? — meu pai começou.

— O que o senhor ouviu muito bem. Você fez sua filha sofrer, você acha que ela precisa ser como um cachorrinho que tenha que vir sempre aos seus pés e beijar seu sapato, mas deixe-me esclarecer algo: ela não é um animal de estimação, ela é um ser humano, sua filha, e se é assim que você trata sua filha, imagino como trata seus amigos. Eu, particularmente, não sei como meu pai foi ser amigo de alguém como você.

Meus pais estavam em choque. Diabo com isso, EU estava em choque. Quase nunca vi Jake tão sério e com tanta raiva. Eu ainda estava segurando sua mão e apertei ela um pouco, como dizendo que estava agradecida. Jake retribuiu o aperto.

— Robert — minha mãe disse, me fazendo ficar mais surpresa ainda — o jovem está certo — ela tomou um fôlego, como se sua coragem pudesse se dissipar a qualquer hora — por favor, Robert, eu sou sua esposa, e SEI o quanto você sente falta de Angeles. Pare de tentar criar uma filha perfeita, porque ela é perfeita do jeito que ela é. Eu não quero perdê-la de novo.

Meu pai estava meio desconfortável. Talvez porque ele sabia que isso demoraria anos para eu perdoá-lo ou talvez porque seu orgulho o estava roendo por dentro, mas enfim ele cedeu. E para completar o dia “Surpreenda a Angeles”, ele me deu um abraço e disse que ele sentia muito.

Bipolar?

Só um pouquinho.

Depois eu fiquei conversando com a minha mãe. Ela me disse que meu pai brigava demais comigo mais pelo fato de eu lembrar muito o pai dele. Que – outra surpresa – não era nenhum pouco como a família dele. Era um homem bom e que vivia brigando com ele também. Depois que o vovô morreu – antes de eu nascer – meu pai mudou muito. Ficou mais frio e queria mandar em tudo e em todos.

É claro que isso não justificava tudo. Ele me magoou e muito, mas era melhor eu deixar isso e seguir em frente do que ficar com remorso. Desde pequena ele me chamava de problema – às vezes como elogio e às vezes não – então não liguei quando ele disse aquilo mais cedo, meu pai, assim como eu, tinha fuzil curto e sempre falava antes de pensar.

Outra coisa que percebi foi que ele achava que eu tinha pegado o nome NightWalker e ido para Londres para esquecer deles, outro motivo que o levou a ser tão grosso comigo. Sempre pulando para piores suposições, não é, pai?

Sim, eu tinha ido para Londres, mas porque eu queria. Não para fugir deles. Foi uma escolha e uma bem feita.

— Bem — disse Jake — acho que já tivemos muito para uma festa só.

Eu ri junto com ele.

— Acredito que sim.

— Você os perdoou?

— Bem, sim, mas é um pouco mais complicado que isso — disse, suspirando — vai levar um tempo.

— Não se preocupe — ele sorriu de novo — tudo vai ficar mais fácil.

Assenti sem falar nada e junto com Jake esperei a festa acabar olhando para as estrelas sem dizer mais lada. Apenas sentido a leve brisa e vendo o reflexo da lua na água.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, esperam que tenham gostado. Comentem, favoritem ou recomendem, por favor ;)
O próximo capítulo postarei só na quinta ou na sexta, me desculpem por não postar mais cedo, é porque eu tenho reposição de aula essa semana inteirinha =(
Até lá,
Byebye