A Saga de Ares - Santuário de Sangue escrita por Ítalo Santana


Capítulo 35
Capítulo 33 - A promessa de Lince


Notas iniciais do capítulo

A luta entre Retsu e Lycaon continua em um sangrento confronto. Será que as garras do antigo Lince podem ser mais afiadas do que as garras do Rei Licantropo? Durante a luta contra Lycaon uma emboscada armada por Fobos é revelada e Henry sente a morte se aproximando de dois companheiros e Seiya lamenta a morte do seu amigo. Na Alemanha a cidade de Frankfurt é aquecida pelas chamas do bater das asas de Fênix contra o espirito da Carnificina.



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Capítulo 33 - A promessa de Lince


Cordilheira Pirenéus, Andorra

 Eu serei o seu adversário, Lycaon!

— E quem é você? — perguntou Lycaon.

— Eu sou Retsu, o cavaleiro de prata da constelação de Triângulo.

Mesmo com uma nítida diferença de cosmo entre eles, Retsu se apresentou de forma confiante. Olhar firme e sincero. Sem um pingo de hesitação. Essa expressão chamou a atenção do Rei Licantropo, que mesmo sendo um vil berserker a serviço de Ares, sabia reconhecer a determinação de um homem. Respondendo a coragem do cavaleiro, Lycaon, ainda na forma de meio homem e meio lobo, voltou a sua forma humana trajando sua onyx e elevou o cosmo. Seu elmo, em forma de coroa, se modelou transformando-se em um elmo fechado no formato de uma cabeça de lobo.

— Então você lutará comigo, cavaleiro?

— Não é óbvio? Irei deter você — disse Retsu, elevando o seu cosmo. — Com todas as minhas forças.

Os olhos vermelhos do elmo de Lycaon brilharam e ele estendeu as mãos para a lateral, fazendo surgir do seu cosmo uma espada negra de lâmina curva em cada mão. O vento forte e frio da cordilheira passou entre eles levantando as folhas caídas das arvores e balançando a capa preta de pele de animal de Lycaon.

— Ótimo! — disse o berserker, se inclinando para frente e estendendo os braços segurando firme as duas espadas. — Não faça menos que isso. Dê tudo de si. Vai precisar.

Lycaon correu em direção a Retsu como se fosse um lobo gigante de armadura. Ele saltou contra um tronco em sua lateral e pegou impulso contra o Cavaleiro de Prata, girando a lâmina prestes a partir o cavaleiro ao meio.

Em um rápido reflexo, Retsu saltou para o lado desviando da espada que desceu com toda força abrindo uma fenda no chão, impressionando a Retsu e Alkes, esse bastante ferido, que assistia a luta sentado embaixo de um pinheiro. Retsu então pisou na espada, essa ainda presa ao chão, prendendo Lycaon e tentou atacá-lo, mas o berserker utilizou sua outra espada para bloquear o golpe do Cavaleiro de Prata e o atacou, fazendo com que Retsu desse um salto para trás desviando por poucos centímetros da afiada lâmina.

— Retsu! — gritou Alkes, jogando uma lança de cristal. — Use-a! É feita de Oricalco!

Retsu agarrou a lança e girou no exato momento em que Lycaon atacou com as duas espadas. O choque do golpe fez Retsu dar um passo para trás, mas ele não podia perder a estabilidade de seus braços, caso contrário as duas espadas negras iriam cravar em seus ombros e retalhá-lo.

— Para um garoto tão magro... — Lycaon chutou Retsu no abdômen e atacou novamente com as duas espadas, mas Retsu ignorou rápido o desconforto e ergueu mais uma vez os braços mantendo a lança firme. — Você possui braços fortes. É um cavaleiro de prata habilidoso, mas lhe falta poder.

O cosmo de Lycaon aumentou espantosamente. Mesmo ferido e após perder bastante sangue, o cosmo do berserker parecia crescer cada vez mais. A lança de Oricalco começou a trincar devido à pressão das espadas. Ela não suportaria um novo ataque e Retsu seria partido ao meio. Vendo a falha em sua defesa, o Cavaleiro de Prata elevou o cosmo e segurou a lança com apenas uma mão e concentrou cosmo na outra, liberando um soco poderoso em direção ao rosto de Lycaon, que recuou.

Retsu jogou a lança no chão e fechou os punhos.

— Nós, os cavaleiros de Atena, não podemos depender de armas. Não é meu estilo usar lanças e nem faz parte dos meus golpes.

— Vai usar apenas os punhos? — perguntou Lycaon, sendo provocativo. — Vai morrer no próximo golpe. Tenha certeza.

O chão embaixo de Lycaon ficou negro e ele afundou, desaparecendo como se estivesse pisado em areia movediça. Porém, mesmo fisicamente não estando visível, sua presença não desapareceu da floresta. Seu cosmo continuava ali. Retsu olhava para os lados esperando seu ataque, mas a presença de Lycaon não indicava de onde ele iria surgir.

 Como pretende atacar aquele que seus olhos não podem ver? — perguntou Lycaon falando através do vento.  Deveria ter deixado seu amigo morrer.

 Não diga bobagens! — rebateu Retsu. — Não abandonamos os nossos amigos. Agora apareça Lycaon! Pare de ser covarde e apareça!

 Covarde? Eu? — perguntou o Rei Licantropo, contestando.  Só porque você não consegue me encontrar? Não é que eu seja covarde. O problema é que lhe falta habilidade em me encontrar. Abra seus olhos, garoto...

O cosmo de Lycaon começou a cobrir ainda mais a floresta, que passou a ficar mais escura e com presença de neblina. A temperatura caiu bastante a ponto da respiração de Retsu fazer sair vapor da sua boca, e o vento ficou um pouco mais forte também. O som de corujas, corvos e morcegos podia ser ouvido, dando um efeito sonoro aterrorizante ao ambiente. Toda essa mudança repentina começou a gerar sentimentos estranhos em Retsu. Seu coração ficou mais acelerado, gerando dores no peito e desconforto, levando a ter uma respiração mais ofegante. Não demorou muito para que uma intensa sudorese aparecesse. Ele estava com medo.

Não é que aquele ambiente fosse algo que naturalmente Retsu tivesse medo, pelo contrário, ele não se importaria em andar de noite em uma mata fechada sozinho, mas o cosmo de Lycaon parecia injetar o medo em seu corpo. Ele já não sentia mais a presença de Alkes na floresta e nem o cosmo dos seus amigos. Ele começou então a ter dúvidas se ainda estava na floresta ou se tinha sido levado para uma dimensão paralela. Estava perdendo a noção de realidade e o medo estava lhe arrancando aquilo que era sua maior arma contra Lycaon: a confiança.

 Está com medo, garoto? — perguntou Lycaon, ainda escondido nas sombras. Retsu recuou olhando para os lados cada vez mais assustado. Ele passou a sentir outras presenças escondidas nas sombras lhe observando, além do berserker. — Sim! Você está! Sua mente fraca foi dominada pelo medo. E aqui, na sua frente, se projeta aquilo que em seu coração seria sua fobia.

A neblina se agitou e girou diante de Retsu levantando as folhas secas. Um monstro gigantesco rompeu de dentro da neblina, urrando ferozmente. Com corpo de mulher, cabelos de serpente, grandes asas, uma cauda coberta de escamas, olhos fechados e enormes chifres afiados que emanava um brilho fosco. Seu corpo, assim como sua cauda, também era coberto por escamas.

— Não! Não pode... — Retsu deu passos para trás arregalando os olhos. — Não poder ser! Isso é... Uma górgona!

— Sim! Isso mesmo, garoto. A mesma criatura que matou o seu mestre. — disse Lycaon, alimentando o medo em Retsu. — Ela é o seu maior medo. A causadora da sua dor. A assassina do seu mestre. Mate-a, Retsu! Mate-a! Caso contrário ela matará todos os seus amigos. Igual ela fez com o seu Mestre.

— Não! Isso é apenas uma ilusão. — gritou Retsu, balançando a cabeça como se tentasse acordar de um pesadelo. — Isso não é real!

— Acha que é uma ilusão? Um sonho? Então deixarei que ela mate o seu amigo e assim prove a você o quanto ela é real.

A górgona urrou e avançou rastejando como uma grande serpente alada, passando por Retsu, em direção a Alkes. Retsu cerrou o punho se contendo, mas não podia arriscar a vida do amigo. Tomado pela incerteza e pelo medo, ele girou elevando o cosmo e em um salto disparou um golpe nas costas do monstro, atravessando o peito da criatura que urrou de dor, fazendo o lamento ser espalhar na floresta espantando os pássaros. A górgona tombou em um estrondo e desapareceu nas trevas se desfazendo, mas no lugar onde a criatura tinha caído, havia agora um homem deitado em uma poça de sangue. Retsu arregalou os olhos ao vê-lo.

...

Henry estava em um espaço mais aberto da floresta, onde Shina, Jabu, Nachi e Plancius lutavam impedindo que alguns berserkers rasos seguissem Seiya e os outros. A água da armadura de Taça, que possui habilidades de cura, começou a fazer efeito nos ferimentos de Henry, obtidos na luta em Barcelona contra Hugo, e ele já conseguia ficar em pé. Tudo parecia sob controle, até que Henry sentiu outras ameaças ocultas nas sombras da floresta. Ele notou que havia um cosmo cobrindo a cordilheira, sendo esse cosmo muito maior do que o cosmo de Lycaon.

Henry ia se juntar ao grupo de Shina quando sentiu uma colisão de cosmo vindo de dentro da floresta, onde Retsu, Alkes e Lycaon estavam lutando, e logo após a colisão um grito ecoou fazendo os pássaros voarem espantados. Shina e os outros pararam assustados e olharam para Henry. O vento soprou forte trazendo consigo uma fragrância que Henry conhecia muito bem. O cheiro da morte.

— Henry... Esse grito... — disse Shina temerosa. — Foi do Alkes!

— Sim. — Confirmou Henry.

Jabu aplicou um golpe em um lobo berserker e voltou sua atenção para os outros.

— O que será que...

Jabu se interrompeu quando outro grito ecoou na floresta, mas agora foi um grito de lamentação e dor. Um “não” bastante alto.

— Retsu! — gritou Shina, e correu para dentro da floresta.

Jabu e Nachi iam fazer o mesmo, mas Henry impediu.

— Fiquem aqui! Não estamos sozinhos.

Um novo grupo de berserkers rasos surgiu das sombras

— Eu não entendo. Se eles realmente querem ir atrás de Seiya para capturar a armadura de Atena... — disse Plancius se preparando para lutar. — Por que estão aparecendo justamente aqui?

A pergunta de Plancius fez Henry e os outros refletirem. No começo Henry sentiu que nenhum deles tinha o desejo de matá-los, e achou que estavam ali para tomar a atenção dos cavaleiros enquanto Lycaon perseguia Seiya e os outros dois, mas agora que Lycaon estava ocupado, não fazia sentido os berserkers continuarem ali.

— Eles não querem a armadura de Atena. — disse Henry, concluindo seus pensamentos. Jabu e os outros, ainda lutando olharam rapidamente para ele esperando algo mais. — Isso é uma emboscada. Uma armadilha. Eles estão nos atrasando aqui e não se importam com Seiya que está com a armadura. O que eles querem não está com a gente e nem com Seiya. Está lá, com Lycaon!

— Como assim? — perguntou Nachi.

— Eu não sei! — gritou Henry, com raiva explodindo a cabeça de um berserker com sua chama demoníaca. As chamas azuis estavam carbonizando os guerreiros de Ares, mas eles continuavam avançando até que o corpo virasse cinzas. — Droga!!

...

— Não se importe comigo.

As palavras saíram da boca de Alkes acompanhadas de uma forte tosse com sangue. A górgona não passou de uma ilusão criada para gerar medo em Retsu e desequilibrá-lo. Perdido na realidade e tomado pela dúvida, ele atacou a górgona, mas seu golpe atingiu o peito de Alkes deixando-o bastante ferido e perdendo muito sangue. Retsu ignorou Lycaon e correu para socorrer o amigo, se abaixando ao lado de Alkes e tomando-o no braço.

— Fuja logo! — disse Alkes, se esforçando para falar.

— Não! Não diga isso. — disse Retsu, protestando enquanto queria salvar o amigo. — Eu não vou deixar você morrer.

— Pare! Desse jeito, vamos nós dois morrer. — Alkes empurrou Retsu e caiu no chão. Com falta de ar devido ao impacto da queda, Alkes se virou e colocou a mão no peito. A parte superior de sua armadura tinha sido destruída na luta contra Lycaon e agora sua camisa estava rasgada e ensanguentada. — Me deixe aqui e volte a lutar. Ele está tendo justamente o que ele quer. Tempo. Está anoitecendo rapidamente e você não pode se esquecer do que Eros falou. Lycaon fica mais forte na medida em que a noite se aproxima.

— Eu sei! Mas não posso. — disse Retsu. — Eu prometi ao Aiolia que jamais iria recuar e abandonar um amigo ferido no campo de batalha.

 

 Santuário de Atena - 22 anos atrás - Titanomaquia

Com o retorno dos Titãs do Tártaro, alguns monstros mitológicos ressuscitaram com eles e um desses monstros foi uma poderosa górgona que estava atacando uma cidade aterrorizando as pessoas e petrificando aqueles que se aproximassem dela.

— Consegui segurar!! — gritou Retsu, vestindo a armadura de bronze de Lince. A górgona tinha o atacado, mas Retsu queimou o seu cosmo e conseguiu deter o golpe do monstro. — É agora!! Leo, volte para o Santuário e avise-os sobre o monstro!! Um monstro mitológico desse porte... Um cavaleiro de bronze como eu jamais conseguirei derrotar!! Para acabar com ela, precisa ser um guerreiro com o cosmo muito maior que o meu. Precisa ser um cavaleiro de ouro! Mesmo que eu morra... Salve-se Leo!!

Atrás de Retsu estava um jovem, aparentemente ele tinha treze anos, e estava sendo protegido por Retsu. Ele tinha cabelo loiro curto, olhos azuis e vestia um manto preto que cobria todo o seu corpo.

— Não posso fazer isso. — disse Leo.

— Leo!!

— Minha tarefa é confirmar a execução da missão. Não posso me afastar daqui, além disso, o santuário ordenou a você que acabe com ela. — lembrou Leo. — E isso foi porque eles acreditaram não na “cor” da sua armadura, mas sim na “força” que você tem. O poder de um cavaleiro não é definido pela armadura, mas pelo infinito cosmo que queima dentro de cada um, não é mesmo? Eu não depositei confiança na armadura, e sim em você.

Encorajado pelas palavras de Leo e buscando orgulhar o falecido mestre, Retsu queimou o seu cosmo e afiou as suas garras gerando uma força esmagadora que abateu a górgona.

— O corpo físico de Noesis desmanchou, e o cosmo dele foi herdado por você Retsu. — disse Leo. — Sinto-me honrado por ter acompanhado a luta de dois grandes cavaleiros como vocês.

Chorando, Retsu se levantou e encarou Leo.

— Leo. Por favor... transmita ao Santuário... sobre o meu mestre. — Ele fez uma pausa enquanto lagrimas escorriam dos seus olhos. — Que o meu mestre lutou até o final. E que independentemente da cor de sua armadura, seu cosmo reluziu dourado assim como o dos cavaleiros de ouro!

Leo deu um pequeno sorriso para Retsu.

— Eu sei que eles acreditarão. — disse Leo, retirando o manto negro que cobria o seu corpo e revelando uma armadura de ouro. — Sou eu que vou transmitir o recado.

— Leo...

— Será a palavra de Aiolia, cavaleiro de ouro de leão. — Aiolia colocou a mão na cabeça de Retsu e bagunçou o cabelo do jovem. — Bem, vamos voltar para o Santuário. Será uma volta triunfante, afinal, você acabou com um inimigo lendário. Merecia pelo menos uma estátua não acha? Uma bem maior que a de Perseu.

Retsu ficou sem palavras. Aiolia deu mais um sorriso e deu as costas caminhando em direção ao Santuário. Era um jovem imponente transbordando um poderoso cosmo.

 Na verdade, o Leo... Aiolia tinha sido enviado para derrotar o monstro, mas pensando em mim ele infringiu as regras do Santuário e me deixou lutar no seu lugar. — pensou Retsu, caminhando atrás de Aiolia.  Ele não me julgou pela cor da armadura. Ele me tratou como um cavaleiro e acreditou em mim. Um dia... serei um guerreiro tão honrado quando o meu Mestre ou o Aiolia.

***

Retsu ia dizer mais uma vez que não abandonaria o amigo, mas Shina apareceu correndo em direção a eles, o fazendo ficar um pouco mais aliviado ao vê-la.

— Alkes! — gritou Shina.

— Shina! Cuide dele. — pediu Retsu, se levantando. — Tire a armadura dele e faça a armadura de Taça se montar. A água da armadura tem poder de cura.

— Está bem. — disse Shina, com a respiração ofegante e aparentemente nervosa. — Agora vá!

Retsu se virou e voltou sua atenção para Lycaon.

— Lycaon! Apareça! — gritou ele e elevou o cosmo com bastante intensidade. — Chega de truques! Apareça!

Uma risada ecoou.

 Você é teimoso. O medo evapora rápido em você. — disse o berserker.

Retsu tentava se concentrar para encontrar Lycaon escondido nas sombras, mas não conseguia. De longe, Shina viu algo se mexendo na sombra de Retsu.

— Retsu! Cuidado!

Tarde demais. Lycaon surgiu da sombra de Retsu e atacou com suas garras afiadas rasgando a armadura e as costas do Cavaleiro de Prata, causando um profundo ferimento. As garras de Lycaon ficaram meladas de sangue e ele atacou novamente, mas Retsu desviou do segundo ataque e depois do terceiro, mas a perca de sangue deixou ele um pouco mais lento e acabou sendo pego no quarto ataque. Lycaon agarrou a cabeça do Cavaleiro de Atena e o jogou no chão, partindo o elmo de Retsu ao meio.

Tomado cada vez mais pela adrenalina, Lycaon atacou novamente lançando Retsu contra uma rocha e aplicando um soco em seu peito, afundando-o no rochedo que acabou se despedaçando.

— Não será suas promessas vazias que vão lhe proporcionar a vitória. — disse o berserker se afastando de Retsu e conjurando uma de suas espadas. — Para me derrotar você vai precisar do seu cosmo. Nada mais que isso. Venha garoto! Você vai morrer no próximo golpe.

— Não me subestime. — disse Retsu se levantando e elevando o cosmo. — Eu vou queimar o meu cosmo ao infinito. Até que ele brilhe tão forte quanto o cosmo dos cavaleiros de ouro! Selo dos três mundos!

Retsu estendeu o braço direito e surgiu uma grande estrela de seis pontas, como a estrela de Davi, formada por triângulos dourados adornados com hieróglifos antigos e letras gregas. O hieróglifo no centro da estrela brilhou e vários feixes de luz foram disparados contra Lycaon, prendendo com selos na forma de pequenas estrelas douradas em cada membro do berserker.

— Esses selos que estão presos no seu corpo tem o poder de partir os seus membros. São como lâminas. — disse Retsu, ofegante. — Diga suas últimas palavras!

— Você é ingênuo. — O cosmo de Lycaon se expandiu e rompeu os selos que prendiam o seu corpo. — Sentirá na pele a dor da sua fraqueza. — Lycaon ergueu os braços e formou uma capsula negra entre as mãos. — Morra! Capsula da morte!

A capsula negra explodiu como em inúmeros cristais e seus estilhaços foram lançados contra Retsu, que teve a barreira do Selo dos três mundos rompida. Ao ser pego pelo golpe, Retsu foi envolvido por todos os fragmentos até se encontrar preso dentro da capsula negra, que em seguida emitiu uma poderosa pressão e explodiu. Um dos seus tímpanos foram perfurados e sua armadura de prata foi despedaçada. Desnorteado e sem força, o corpo de Retsu caiu.

— Seu cosmo não ia brilhar tanto quando dos cavaleiros de ouro? — perguntou Lycaon, ironizando.

— Não cante vitória... antes do tempo, Lycaon. — disse Retsu, se levantando, mas bastante ferido e ensanguentado. — Você não destruiu todos os meus selos. Restou um.

Lycaon notou que ainda havia um selo em seu braço direito e esse começou a brilhar e então partiu o braço de Lycaon um pouco acima do cotovelo. O berserker arregalou os olhos e rangeu os dentes ao sentir a dor fumegante e ver o seu braço caindo e o sangue jorrando.

— Eu disse que queimaria o meu cosmo ao infinito! — gritou Retsu, se lançando contra Lycaon.  Garras cortantes de ventania!

As garras de Lince se propagaram no ar como poderosos feixes de luz que atingiram o peito de Lycaon com bastante força, arremessando o berserker e arrancando o seu elmo. Tomado pelo cansaço, Retsu caiu de joelhos com respirações bastante forçadas.

— Ele conseguiu. — disse Shina, ajoelhada sussurrando para Alkes que descansava deitado ao seu lado.

Ela se levantou para ir até Retsu, mas um poderoso cosmo voltou a cobrir a floresta gerando uma pressão tão forte que impedia seus movimentos. Berserkers começaram a sair das sombras e pararam formando um semicírculo. Shina queria gritar algo para Retsu, mas não tinha forças. Estava com medo e o medo estava drenando seu cosmo.

— Vejo que o antigo Lince mantém suas garras afiadas mesmo depois de tantos anos. — disse um berserker, se afastando do grupo. Retsu se esforçou para virar o rosto e então reconheceu o berserker. Ortros. O berserker que ele enfrentou em Barcelona. — Senhor Lycaon, o teatro acabou.

Retsu olhou para frente e viu o Rei Licantropo se levantar e regenerar o braço que tinha sido cortado. Não só o braço foi regenerado, mas também todos os seus ferimentos.

— Mas como? — perguntou Retsu, espantado.

— Nem mesmo um cavaleiro de ouro me derrotaria. — disse Lycaon, e seus olhos ficaram com a esclera, a área branca dos olhos, negra e sua íris vermelha ficou com uma tonalidade mais intensa. Retsu sabia o que aquilo significava. Quando um berserker tem a esclera negra, é sinal de que ele é um dos mais poderosos do exército de Ares. Tão poderoso quanto um cavaleiro de ouro. — Não passou de um “teatro”. Foi tudo por isso...

Ortros se movimentou rapidamente passando o braço no pescoço de Retsu e cravou as garras nas costas, fazendo o seu punho romper no peito do cavaleiro. Retsu arregalou os olhos cuspindo sangue e tendo espasmos. O medo de Shina deu lugar ao desespero e então ela gritou, mas não conseguia dar um passo à frente e acabou cedendo de joelhos. Os olhos de Retsu viraram lentamente até se encontrarem com o dela, que agora estava sem máscara e chorava. Ele tentou falar algo, mandar fugir talvez, mas não conseguia. A dor silenciosa e fria, e o grito entalado na garganta.

Henry apareceu correndo acompanhado de Jabu, Nachi e Plancius, que acabaram sendo pegos pela pressão do cosmo, exceto Henry, mas com ou sem pressão eles ficaram sem reação da mesma forma. Lycaon virou lentamente e olhou para Henry por cima do ombro esboçando um sorriso afiado.

— Câncer.

...

— Shina!! — disse Seiya, ao reconhecer o grito de Shina.

— Um cosmo se apagou. — disse Shun. — Não... Não pode ser.

— Retsu. — disse Eros, de costas para a floresta. Os três estavam no pico da cordilheira esperando por Henry e os outros. Achavam que o ataque dos berserkers era para roubar a armadura de Atena, mas nenhum berserker os perseguiu. — Henry... O que está acontecendo. — perguntou Eros, telepaticamente.

 Fomos enganados. — respondeu Henry, falando com Eros, Seiya e Shun.  Eles não queriam a armadura. Queriam matar Retsu. Voltem! Agora! Tem mais alguém aqui e não é um berserker.

— Mas por que eles queriam Retsu? E quem está aí? — perguntou Seiya.

“Porque vocês já não são mais ameaças para o Senhor Ares.” — disse uma voz imponente vindo do céu. As nuvens ficaram de cor roxa e um cosmo poderoso começou a pairar sob a cordilheira.  “Não agora que a segunda lua vermelha se aproxima.”

 Essa voz... — Shun segurou firme em suas correntes. — Phobos!

— Desgraçado! — gritou Seiya, correndo em direção à floresta. Era como um meteoro cruzando o céu estrelando deixando um rastro dourado.

— Seiya! Espere! — gritou Eros. — Onde ele pensa que vai?

Shun deu alguns passos e olhou para Eros.

— Temos que ir atrás dele.

Eros encarou Shun e acenou com a cabeça e ambos então correram atrás de Seiya, se dirigindo para a floresta.

...

— Por quê?! Por que fizeram isso?! — perguntou Plancius, revoltado.

— Você escondeu o seu desejo de matar, o tempo todo. — disse Henry, para Lycaon. Ele cerrou o punho e conjurou chamas azuis. — Você não vai viver!

Henry correu em direção a Lycaon e saltou com o punho em chamas. Lycaon se virou, sem abandonar a mistura de sorriso perverso e olhar sério, e sem mover um músculo o golpe de Henry foi parado por uma barreira invisível que rebateu o golpe, lançando Henry no chão. A colisão gerou um forte deslocamento de ar, forçando os cavaleiros a levantarem os braços para protegerem os seus rostos.

— Mas o que foi isso? — perguntou Nachi de Lobo.

Uma coluna de cosmo então caiu no centro da floresta, causando uma forte ventania que balançava a copa das arvores e levantava a neve e as folhas secas. Lycaon e os demais berserkers eram os únicos que não demonstravam estarem impressionados e isso chamou a atenção de Henry, que notou que tudo aquilo foi arquitetado desde o início.

Dentro da coluna de cosmo surgiu a sombra de um indivíduo alado descendo como se fosse um anjo imponente. Era como se o céu estivesse se abrindo, ofertando um ser divino como salvador. O “anjo”, porém, emitia um cosmo terrível que trazia desconforto, como se o inferno tivesse cuspido um demônio. Seus cabelos eram negros e seus olhos eram azul claros como o céu ao meu dia. Olhos tão puros para alguém tão perverso. Uma beleza ilusória, uma casca, que escondia algo terrível. As asas em suas costas se abriram e bateram suavemente; eram acinzentadas, cobertas de penas. Os pés, trajando uma onyx negra, encostaram na neve e ele pousou com suavidade.

Com olhar altivo e expressão séria, o anjo negro estendeu a mão revelando uma peça de xadrez branca, com uma serpente púrpura enroscada, que levitou na palma da sua mão.

— Levantar o punho contra os deuses ou tentar nos enganar... — disse o homem. — É um pecado que você carregará cravado em sua alma e mais cedo ou mais tarde será punido por isso. Não adianta fugir ou se esconder. Cedo ou tarde vocês caem na palma da nossa mão.

— E você, quem é? — perguntou Jabu.

— Phobos! — respondeu Henry, cerrando os punhos em sinal de raiva. — O maldito filho de Ares que escraviza os cavaleiros do Santuário através do medo.

— “O deus Phobos veio aqui pessoalmente?” — pensou Plancius. O jovem cavaleiro não tinha forças para suportar a energia negativa que Phobos emanava. Plancius levou a mão a cabeça quando em sua mente começou a surgir aquilo que ele mais temia: a morte dos seus pais. — Que imagens são essas?! — gritou ele.

Todos se viraram assustados vendo Plancius se curvar em lagrimas e tremendo.

— Não existe salvação para pecadores como vocês. — disse Phobos. — É um mal que atinge até mesmo aquelas pessoas que você ama. — Phobos abriu a outra mão e revelou outra peça de xadrez. Um peão branco ornamentado por cristais azuis. A peça que representa Plancius. — Seus pais moram em Toronto. Estou certo? — a pergunta de Phobos despertou Plancius do transe e o jovem olhou para o deus do medo com os olhos arregalados e cheios de lagrimas. Seu coração acelerado implorava para que Phobos não dissesse que aquelas visões não eram simples visões, mas ele tinha que perguntar. Não podia permanecer na dúvida.

— O que foi... — as palavras pareciam rasgar a sua garganta. — O que foi que você fez? Por favor, não me diga que você...

— Eles estão mortos. — disse Phobos, sem um pingo de arrependimento na voz. — Como punição pela sua traição.

Plancius arregalou os olhos estarrecido e foi tomado por uma forte dor em seu peito, se misturando aos seus sentimentos de raiva, frustração e desespero. Seus olhos ficaram cheios de lagrimas e não demorou a serem derramadas. Plancius queria vingar os seus pais, mas ao mesmo tempo não tinha forças para isso. Queria simplesmente gritar no fundo de sua alma liberando toda a dor que sofria. Ainda de joelhos, ele deu um soco no chão gritando, mas sua mão tocou  em algo frio escondido debaixo da neve e ele segurou.

— Phobos, eu...

— Phobos!! — gritou Seiya, entrando na floresta e partindo para cima do deus, pegando todos de surpresa, com o cosmo concentrado em seu punho.

O jovem Plancius relaxou ao ver Seiya correndo. Lycaon se colocou na frente de Phobos para impedir Seiya, mas o cavaleiro de ouro repeliu o berserker com um chute, o lançando para dentro da floresta, e disparou um soco contra Phobos que parou o golpe com a palma da mão, deixando cair a peça de xadrez que representava Shina. 

— Impressionante, Seiya! Seu cosmo cresce cada vez mais.

— Estou alimentando ele com o desejo de matar você, Deimos e Ares! — gritou Seiya, elevando o seu cosmo e pressionando o deus. Phobos também elevou o seu cosmo para deter o punho de Seiya e essa colisão de cosmo causou um forte tremor, fazendo o solo rachar.

— Todo esse ódio contra os deuses voltará contra vocês. — disse Phobos. — Veja o que sua desobediência está trazendo aos seus companheiros. — Phobos olhou para o lado, para os pés de Ortros, onde estava o corpo de Retsu, morto com um golpe no peito. Seiya ficou incrédulo ao ver o corpo do amigo ali, caído no chão, com os olhos abertos, ainda molhados de lagrimas, e repleto de ferimentos. — Os pais do jovem Plancius também morreram. Então Seiya, quem vai ser o próximo? Será o seu irmão, Shun? — perguntou Phobos á Shun, que chegou correndo acompanhado de Eros. — Ou serão os seus filhos, Cavaleiro de Peixes? — Voltando a sua atenção para Seiya, o deus do medo olhou nos olhos do cavaleiro e viu a pessoa que Seiya mais ama. — Ou a sua irmã, Seiya? Seika, não é? Saiba que ela está sendo caçada nesse momento. Tenho certeza que Nyctea e Hugo vão encontrá-la.

— Eu prometo Phobos — disse Seiya, cerrando os dentes. — Toque um dedo na minha irmã e tenha certeza que vou caça-lo até os confins do Olimpo e te matarei. — Seiya recuou com o punho e aplicou outro golpe, mas Phobos era bastante ágil e o contra-atacou liberando uma rajada de cosmo que fez Seiya recuar. — Eu vou deter você!

Seiya estava preste a atacar quando as arvores que circulavam a área onde eles estavam foram incendiadas por chamas azuis, formando um círculo de chamas.

— Eu vou ter que interromper essa briguinha de vocês... — disse Henry, de cabeça baixa e cerrando o punho. — Não consigo ficar aqui parado enquanto eu vejo esse desgraçado se divertindo com o sofrimento dos outros, mas fica contendo esse sorriso sínico que eu sei que quer dar. — Henry ergueu a cabeça e seus olhos estavam em um tom de castanho avermelhado. — Eu achava que a raça humana era um lixo, mas já percebi que eu me enganei. Você é mais perverso do que os bandidos que mataram a minha família. Você mata por orgulho. — Os dois punhos de Henry ficaram tomados por chamas. — Odeio pessoas como você! Foda-se se é um deus.

As chamas cresceram e o calor aumentou.

— Henry! Você vai queimar todos aqui. — Advertiu Eros. — Contenha suas chamas.

— Não! — disse Henry, ignorando o conselho do amigo. — Eu quero que ele faça a mesma coisa que ele fez com Seiya e os outros. Phobos!! — as chamas aumentaram com o grito de Henry. — Olhe nos meus olhos e me diga qual é o meu maior medo!

Phobos enrugou o cenho surpreso com a postura de Henry, mas não o respondeu. Furioso, o Cavaleiro de Ouro de Câncer correu em direção ao deus do medo na velocidade da luz, passando por Seiya e os berserkers, pegando o deus de surpresa.

Henry colocou as mãos na cabeça de Phobos e o puxou, encostando violentamente suas testas. Agora estando frente a frente e olhando nos olhos do deus, os olhos de Henry brilharam com cosmo. 

— Olhe nos meus olhos seu desgraçado e leia a porcaria da minha mente! — gritou o Cavaleiro de Ouro. — Diga-me qual é o medo que eu tenho!

Phobos segurou Henry pelo pescoço e o ergueu.

— É isso o que você quer? Então está bem. Me mostre o seu maior medo para que eu possa destruir a sua alma. Os olhos de Phobos brilharam e ele entrou na mente de Henry, procurando um resquício que seja de medo.

Mas a única coisa que Phobos encontrou foi algo que parecia ser um quarto pequeno com paredes de tijolos, teto de madeira, telha acinzentada e um chão de barro preto com poça de água acumulada. No canto do quarto havia uma criança encolhida, com medo e com fome. Usava roupas sujas, estava descalço, fedendo e bastante magro. Era Henry. O jovem Henry estava com as mãos na cabeça porque era atormentado ouvindo os gritos dos seus familiares mortos.

“Isso é... Então esse é o medo dele?” — perguntou Phobos.

Não. Essa é uma parte do meu passado.” — disse Henry, surgindo ao lado de Phobos.  “Esse garoto com medo, sou eu. Minha família está morta e eu matei os assassinos, mas fui capturado por outros bandidos, espancado e trancado aqui, passando fome por vários dias. Eu bebia a água do esgoto e vomitava depois, mas só saia uma água amarga porque meu estomago estava vazio. Nesse dia eu senti medo. Muito medo. Achei que ia morrer.” — ele olhou para Phobos.  Mas ai... — uma luz dourada entrou no quarto e brilhou na frente do amedrontado Henry. Era a urna da armadura de ouro, que em seguida se abriu e revelou a armadura de câncer. O cosmo da armadura envolveu Henry, fazendo ele se sentir forte, protegido e acolhido.  “A armadura me abraçou nesse momento. A luz da armadura, o meu mestre, eliminou todo o medo e insegurança que havia em mim. Desde então eu não amo ninguém. Apena visto essa armadura para deter homens como você e como aqueles que mataram a minha família. — O quarto sumiu e tudo virou um vazio. Tudo ficou escuro, deixando apenas Phobos e Henry evidenciados na escuridão.  Não importa quanto você seja forte ou se você se acha um deus digno de respeito. Você é um bosta que se diverte da desgraça dos outros. — Henry ficou frente a frente com Phobos.  Você pode se divertir agora, atingindo aqueles pobres miseráveis que amam todo mundo, mas quando eu voltar do Tártaro, porque eu vou voltar, irei derrotar você.

Phobos sorriu e seus olhos brilharam e então tudo se despedaçou e desapareceu. Voltando a realidade, Phobos aplicou um soco em Henry lançando o dourado contra uma arvore e a derrubando, causando um barulho estrondoso na floresta.

— Você bate igual a uma mocinha. — disse Henry, se levantando. — Parece um monte de bosta lutando.

— Insolente! — gritou Phobos estendendo a mão para Henry. — Desapareça!!

Phobos estendeu a mão e disparou uma chuva de milhares de esferas negras contra Henry, mas o Cavaleiro de Ouro ergueu o braço direito e abriu uma fenda.

Ondas do inferno!!! o golpe de Phobos foi engolido pela fenda que dá acesso a colina do Yomotsu e em seguida Henry estalou os dedos aumentando as chamas das arvores e formando uma capsula de chamas demoníacas entre suas mãos. — Não consegue ser mais rápido? — pergunto Henry, zombando.

Henry ia atacar, mas Plancius se levantou e lançou contra Phobos o objeto gélido que ele tinha pego antes. A lança de Oricalco que Alkes tinha dado a Retsu, mas que o Cavaleiro de Prata jogou no chão dispensando a lança. A arma cristalina voou em direção ao deus, mas Phobos a interceptou com um dedo e a despedaçou.

— Atacando um deus?! — o cosmo de Phobos se expandiu.

— Por que eu temeria feri-lo? — perguntou Plancius, tomado de raiva. — Você matou minha família! O que eu devo temer agora? Que você os reviva e os mate novamente?

Lycaon surgiu das sombras e avançou contra Plancius com as garras mirando a garganta do jovem cavaleiro, mas Eros se lançou na frente e parou as garras de Lycaon usando uma rosa negra.

— Vamos acabar logo com isso, Eros. — disse Henry. — Eu vou queimar os outros.

“Guarde suas chamas, Henry!”  disse uma voz. Henry parou e ergueu a sobrancelha. — “Deixe para queimar quando Atena estiver salva. Temos muito o que lutar ainda”

No largo espaço entre Seiya e Phobos surgiu um arco dimensional distorcendo o espaço e de dentro saiu Kastor, trajando a armadura de ouro de Gêmeos e uma longa capa branca presa na ombreira de sua armadura.

“Não importa quanto cavaleiros caiam daqui até o final dessa guerra.” — ecoou uma voz no céu. As nuvens trovejaram e um raio desceu no centro da área, próximo a Kastor, levantando uma nuvem de poeira e neve. — Outros cavaleiros se levantarão contra as ambições de Ares! — O vento girou ao redor da nuvem de poeira e a dissipou, revelando um jovem vestindo a armadura de ouro de leão e com uma capa branca presa na ombreira de sua armadura.

— Jake! Kastor! — disse Seiya, surpreso.

Lycaon olhou para Phobos esperando uma ordem.

— Senhor?

— Deixe-os. — Phobos se virou e acendeu o cosmo. Uma fenda dimensional se abriu e ele entrou nela. — Eles vão se arrepender aos poucos. O sofrimento da amazona de Ophiucos e do Cavaleiro de Coroa Boreal foi apenas o começo. Vou matar todos aqueles que vocês amam e por fim, matarei vocês. — Os berserkers seguiram Phobos entrando na fenda. — Amanhã é o Grande dia, cavaleiros. Não resta mais tempo para vocês. O Senhor Ares terá sua ascensão no Trono da Terra e o feitiço que restringe o poder dos berserkers se romperá.

A fenda se fechou e o cosmo de Phobos desapareceu.

Shun correu até Shina, que estava cuidando de Alkes, e pediu para que ela fosse até Retsu e deixasse que ele e Eros cuidassem do Cavaleiro de Taça. Shina olhou para Shun e sem dizer uma palavra, apenas com o olhar, ela agradeceu. Ela foi até Retsu e o abraçou. Seiya observou de longe o sofrimento de Shina e cerrou o punho por não poder fazer nada. Ele caiu de joelhos diante de uma árvore e deu um soco no tronco. Kastor e Jake tiraram o elmo e ficaram em silêncio, em respeito ao companheiro morto. Eros deixou Alkes aos cuidados de Shun e foi até Henry que estava sentado e de cabeça baixa encarando seu próprio elmo.

— Está melhor dos seus ferimentos? — perguntou Eros.

Henry se levantou o colocou o elmo na cabeça.

— É... estou. — disse ele, respirando fundo. — Temos que partir.

— Sim. — Eros olhou para a lua. — Não temos muito tempo.

A noite se encerrava com um clima frio e triste, mas não poderiam se dar ao luxo de ficarem de luto por muito tempo. Mesmo cansados eles teriam que caminhar até a França durante o resto da noite e quando amanhecesse.

— Temos que enterrá-lo. — disse Henry, se aproximando de Shina. — Vamos ter que partir e devemos no mínimo dar a ele um enterro digno.

Shina enxugou as lagrimas e acenou com a cabeça concordando. Ela segurou Retsu no braço e se levantou caminhando em direção ao paredão da cordilheira.

— Shina. — disse Seiya sussurrando, ao ver Shina levando o seu amado nos braços.

Os cavaleiros a seguiram em silencio até chegarem à cordilheira. Jabu e Nachi ajudaram a cavar uma cova e Shina deitou Retsu com bastante cuidado. Para eternizar o corpo do companheiro, Plancius envolveu o corpo de Retsu em um tipo de esquife de gelo e então cobriram com terra. Seiya então cravou uma cruz de madeira improvisada com o nome de Retsu.

— De acordo com a mitologia grega — disse Shina, parada diante da tumba. — Após a morte de Pirene, amante de Hercules, ele teria erguido uma tumba à altura de seu amor. — Ela ergue a cabeça e olhou para a cordilheira. — A cordilheira Pirenéus, onde repousa sua amada. — Ela enxugou as lagrimas e se afastou. — Vamos! Lamentaremos pelos mortos quando essa guerra acabar.

Seiya e os outros colocaram seus elmos e seguiram Shina em silêncio. Eros, que era um dos últimos caminhando, olhou para trás e estalou os dedos, fazendo centenas de rosas vermelhas cobrirem o tumulo.

— Descanse em paz. — Sussurrou ele.

—...—


Alemanha – Frankfurt

Hysminai, o espírito da carnificina, foi enviado por Ares para a Alemanha na missão de matar Ikki de Fênix. Ele o encontrou na cidade de Frankfurt e ao que parece o Lendário Fênix também aguardava a chegada de algum berserker enviado por Ares para exterminá-lo. O que Ikki não esperava é que seria um dos Espíritos da Guerra, aqueles que estão acima dos berserkers e que acompanham Ares liderando os desastres mais sanguinários.

Uma luta intensa foi iniciada entre Ikki e Hysminai, mas mesmo o alto nível do Espírito da Guerra não parecia ser o suficiente para fazer o Fênix recuar.

— O Senhor Ares está bastante interessando em saber de uma coisa, Fênix — disse Hysminai, pousando a alguns metros de distância de Ikki. A praça ainda estava em chamas, mas aquilo parecia não os incomodar. — O que você tanto procura? Passou tanto tempo escondido, restringindo seu cosmo, mas porque só agora você resolveu se revelar?

— Se ele quer tanto saber, por que mandou um subordinado até aqui ao invés de vir pessoalmente? — perguntou Ikki, com uma expressão séria e com o seu cosmo em chamas.

Hysminai deu um sorriso abafado por debaixo do seu elmo em forma de crânio que cobria o seu rosto.

— Você tem uma língua bastante ferina.

— Eu tenho uma pergunta e gostaria de fazê-la à Ares. — disse Ikki. — Mas acho que pode ser feita a você. Onde está a Onyx divina de Ares?

— Então é isso o que você tanto procura? — as garras de Hysminai cresceram. — Ousado você, Fênix, mas tolo também. Apenas o Senhor Ares e a deusa Afrodite sabem onde a Onyx divina do deus da guerra está. Perguntar isso a mim ou a qualquer outro subordinado é inútil.

Ikki fechou os olhos e suspirou.

— Temia que me desse uma resposta dessa. — O cosmo de Ikki se acendeu em chamas. — Então você não me serve de nada.

— Vai se arrepender por ser tão tolo.

Hysminai preparou suas garras e partiu em direção a Ikki, mas o Fênix abriu suas "asas" e também correu em direção a Hysminai. O choque gerado no encontro dos seus punhos abriu uma cratera, destruindo a fonte, e então eles foram jogados para o alto. O cosmo de Ikki queimava com bastante intensidade para acompanhar o nível de Hysminai, mas talvez Ikki não pudesse suportar por muito tempo. O espírito da carnificina era um excelente lutador e não seria fácil derrotá-lo. Em um momento de descuido, Hysminai agarrou no braço de Ikki e o lançou contra a parede de um prédio. Ikki, porém, não demorou a se levantar ainda mais forte e avançou contra Hysminai. Com o punho em chamas ele elevou o seu cosmo.

— Sinta o bater das asas infernais! Ave Fênix!!  Ikki estendeu a mão e criou uma rajada poderosa de chamas em forma de Fênix

O golpe flamejante rasgou o caminho em direção ao Espírito da Guerra, mas Hysminai desviou do ataque com facilidade.

— E ainda dizem que você é poderoso. — zombou Hysminai. — Uma piada, eu percebo. Até um dos inúteis berserkers seria o suficiente para dar cabo de você.

Ikki ficou surpreso ao ver que seu golpe não surtiu efeito. Hysminai correu até o Cavaleiro Lendário e se lançou contra ele.

— Eu te mandarei para o inferno com as suas próprias chamas. — disse Hysminai, preparando suas garras. — Presas bestiais!

Milhares de garras demoníacas foram lançadas contra Ikki que tentou desviar, mas acabou sendo pegou em cheio pelo golpe e tendo sua armadura danificada. O ataque lançou Ikki para o alto e em seguida caiu rasgando o concreto.

— Entendeu agora Fênix a sua situação? Nós, os Espíritos da Guerra, somos a classe mais poderosa do exército do senhor Ares. Estamos apenas abaixo dos deuses da guerra. Somos superiores aos berserkers. — Hysminai saltou e pousou com força nas costas de Ikki, afundando-o e abrindo uma cratera. — Fiquei sabendo que os berserkers falharam em matar Seiya e os seus amigos, e agora tem um bando de idiotas vindo para a Alemanha querendo se encontrar com Thanatos para irem ao Tártaro. Tolos! — sorrindo, Hysminai segurou Ikki pelo cabelo e o levantou. — Quando chegarem ao castelo de Hades o que eles vão encontrar é um dos Espíritos da Guerra esperando por eles. Seu irmão e todos os outros vão morrer, Ikki. Pode ter certeza! — ainda segurando Ikki pelo cabelo, Hysminai deu início a uma sequência de socos, fazendo o Cavaleiro de Atena cuspir sangue. — Vocês são patéticos. — o subordinados de Ares girou e lançou Ikki com bastante força contra o chão. — Diga Ikki, o que você iria fazer ao encontrar a Onyx do Senhor Ares? 

— Não é obvio?! — disse Ikki, se esforçando para se levantar. — Eu irei destrui-la ou selá-la. Seria uma arma a menos para aquele desgraçado usar na luta que se aproxima.

— Luta? — Hysminai caminhou até Ikki, mas parou ao notar que o cosmo do Cavaleiro de Atena estava aumentando ao invés de diminuir. — mas o que é isso? Acabei de espancá-lo, mas ele consegue se levantar com tamanho poder?  pensou. — Por acaso fala dessa suposta luta entre Ares e Atena?

— Exatamente!

— Bobagem! Humanos não podem entrar no Tártaro! É um lugar que pertence apenas aos deuses e Thanatos jamais iria se aliar aos cavaleiros. Os mesmos cavaleiros que humilharam ele nos Eliseos. — o cosmo de Hysminai se elevou. — Os seus amigos vão fracassar, assim como você fracassou.

— Não conte vitorias tão precipitadamente sobre a nossa luta, pois ela ainda não acabou!! Enquanto o fogo da vida queimar em mim, eu me levantarei quantas vezes forem necessárias. — disse Ikki, ao elevar o cosmo.

— Ora, seu... — o cosmo de Hysminai crescia tanto quanto o de Ikki. — Então irei apagar esse fogo que arde em você! Receba o meu golpe e vá para o outro mundo. Presas bestiais!!

O Espírito da guerra avançou contra Ikki desferindo milhares de golpes cortantes com suas garras. Ikki contra-atacou com o mesmo nível de intensidade, desferindo socos poderosos envolvidos pelo seu cosmo flamejante. A colisão de seus ataques gerava um estrondoso deslocamento de ar e uma poderosa pressão, que não só causava dano em seus corpos como também no ambiente ao redor.

Em uma de suas investidas, o espírito da guerra desviou do punho de Ikki e segurou em seu braço, girando-o e lançando contra uma sequência de casas. Apesar do arremesso, o Cavaleiro de Atena não sofreu qualquer dano, pois criou uma barreira em volta do seu corpo.

— Incrível, Fênix. Pelo menos você é resistente. Eu ficaria decepcionado se eu matasse você tão fácil quanto se mata um inseto.

Ikki dissipou a barreira e avançou contra o Espírito da Guerra. Seu punho envolvido por chamas foi bloqueado pela barreira cósmica de Hysminai. A colisão formou uma onda de fogo que se alastrou pelos lados.

Com a outra mão livre, o subordinado de Ares tentou desferir um golpe com suas garras, mas Ikki se afastou e o golpe cortante de Hysminai atingiu o solo abrindo fendas profundas e arremessando destroços para todos os lados. Ikki desviou das rochas usando suas asas e aplicou um chute no peito do Espírito da Guerra, fazendo com que o subordinado fosse lançado para trás rasgando o solo. E em seguida girou aplicando um segundo chute em direção ao rosto do subordinado de Ares, mas Hysminai se teletransportou e surgiu por cima de Ikki.

As garras demoníacas foram disparadas mais uma vez. Ikki girou e rebateu com o seu Ave Fênix, gerando um poderoso choque de golpes, mas o “Ave Fênix” não foi o suficiente e a concentração dos golpes se voltou contra o Cavaleiro de Atena, lançando-o com força contra o solo.

O Espírito da Guerra então desceu e cravou suas garras na perna de Ikki. O cavaleiro de bronze urrou de dor e foi lançado contra um bloco de concreto nos escombros de um dos prédios que desabou. Ikki tentou se levantar mais uma vez, mas notou que uma das ferragens estava fincada em sua perna e outra em seu abdômen e ele não conseguia se mexer.

Hysminai começou a gargalhar vendo a situação de Ikki.

— Que patético. Qual o problema Ikki? Não consegue se mexer? A poderosa Ave Fênix não consegue bater suas asas? Permita-me lhe dar uma mãozinha. — Hysminai se aproximou e cravou as garras na barriga de Ikki, abrindo-a. Ikki gritou e se contorceu de dor, mas aos poucos a dor foi passando e ele já não sentia mais o seu corpo. Tudo estava formigando. — Vou arrancar as suas entranhas e levarei a sua cabeça ao senhor Ares. Eu, Hysminai, serei para sempre lembrado por ter matado o Cavaleiro de Fênix, mas pode ter certeza de que farei isso de uma forma que você não volte mais a vida.

Hysminai cravou suas garras no peito de Ikki e arrancou o coração do cavaleiro, espremendo-o entre os dedos depois.

— Adeus, Ikki! — disse lambendo as garras. O espírito sanguinário começou a cortar os membros de Ikki e por fim cortou a cabeça. Segurando-o pelo cabelo. — É lamentável que deuses e exércitos tenham caído diante de um homem tão fraco!

Mas para a surpresa de Hysminai, os olhos de Ikki se abriram pouco tempo antes de sua cabeça e seu corpo esquartejado se tornarem cinzas. Os restos de Ikki se uniram tomado por chamas e uma coluna de fogo se formou.

— Impossível! — gritou o espírito. — Você não pode...

— Você já deveria saber. Não importa quantas vezes você mate uma fênix, ela sempre volta das cinzas e ainda mais poderosa. — a coluna de fogo se abriu e revelou Ikki sem ferimentos, sem danos em sua armadura e com um cosmo ainda mais poderoso. — Não posso morrer, não enquanto demônios como você estiverem andando na Terra impunemente. A fênix imortal reviverá quantas vezes for necessário, até que a paz seja mantida.

— Isso é falácia! — gritou Hysminai elevando o cosmo. — A paz jamais será mantida! Não passa de uma utopia. Dessa vez irei despedaçá-lo e espalhá-lo em dimensões diferentes para que nunca mais você volte à vida. Presas bestiais!!

— O mesmo golpe não funciona duas vezes contra um cavaleiro. — O cosmo de Ikki crescia junto com as chamas que consumia a cidade e com apenas uma mão estendida Ikki parou o golpe de Hysminai. Atrás do Cavaleiro de Atena surgiu um par de asas diferente e seu cosmo cresceu ainda mais. — Tenho que admitir. Seu nível de poder é superior ao de um Cavaleiro de Ouro. Mas ainda assim você não é rival para mim. Se para derrotar alguém como você eu tiver que queimar o meu cosmo além do sétimo sentido... — Ikki rebateu o golpe do Espírito da Guerra e expandiu o seu cosmo. — Então eu elevarei o meu cosmo até o 8º sentido.

Hysminai recebeu o próprio golpe e foi arremessado para o alto. Ao se levantar, o seu elmo se partiu ao meio e sua ombreira direita foi despedaçada.

— Desgraçado! Mesmo tendo um poder superior ao de um Cavaleiro de Ouro... Por que você não lutou com todas as suas forças?  

— Que graça teria matar você com a mesma facilidade que se mata um inseto?! Vamos acabar com isso, Hysminai! — Ikki elevou o cosmo e estalou os dedos formando um círculo de fogo ao redor. O Espírito da Guerra tentou atravessar o círculo, mas as chamas se ergueram e se transformaram em uma muralha de fogo, impedindo o avanço. — Essas chamas são as chamas eternas do inferno. Não são chamas normais que você possa atravessar. Antes que você morra eu vou lhe dizer uma coisa... Nós, os Cavaleiros de Atena, sempre cumpriremos o nosso dever em protegê-la e auxiliá-la na proteção da Terra. Poseidon e Hades tentaram dominar a Terra, mas foram derrotados. Com Ares não será diferente. Agora... — o cosmo de Ikki se elevou. — Seja consumido por essas chamas e tenha sua existência irrelevante apagada!

— Miserável!

Ikki saltou batendo suas asas e com os dois punhos em chamas eles estendeu os braços disparando um turbilhão de cosmo flamejante. O turbilhão envolveu o Hysminai e o comprimiu gerando uma poderosa explosão que se ergueu como uma coluna de fogo e se expandiu varrendo toda a praça. A coluna de fogo foi então desfeita e o corpo Hysminai caiu carbonizado.

— Shun...

Cansado e com respiração ofegante, Ikki desabou no chão e imagem cósmica das asas de sua armadura divina sumiram, voltando então a sua forma normal.

—...—


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Notas finais do capítulo

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— Grupo da fanfic no facebook: https://www.facebook.com/groups/562898237189198/

Também pode falar comigo no Whatsapp. Caso queira entrar em contato basta me mandar um recado: 81 97553813

Próximo capítulo: Após saber do fracasso de Deimos em Asgard, Ares envia um homem ao Santuário para levar Deimos de volta á Roma. Na França, os cavaleiros reunidos fazem importantes revelações sobre a guerra e sobre onde está Thanatos.

Capítulo 34: O feitiço de Hécate. A Bruxa da lua.

1° Nota: Hello friends! Me chamem de Nikki-Yuno — pelo menos esse era meu nome de perfil quando tinha uma conta aqui no Nyah. Sou estudante de Jornalismo e estou fazendo uma pequena parceria com Ítalo na produção dos capitulos. Eu já fiz algumas cenas, como a luta de Seiya contra Ápis, uma parte da luta de Atena contra Deimos e boa parte da luta em Asgard, mas nos últimos dias tive o prazer de escrever 80% do capitulo. Fiquei emocionada com o capítulo e torço para que vocês sintam a mesma emoção.

Com a permissão de Ítalo dei inicio a criação da fic que vai se passar após Ares — sim vai ter *-* — e só posso adiantar que vamos ter mais do Tio Poseidon e a história gira em torno de um garoto Canadense que possui um certo segredo.

Ate o próximo capítulo.

2° Nota: Enfim... todo mérito de hoje para a Yuno kkkkk. Estou de férias e tirei algumas semanas pra descansar, mas já to começando a estudar de novo porque o próximo período vai ser intenso. kkk a Yuno topou escrever boa parte do capítulo, sendo que nas outras vezes sempre foram cenas rápidas. Amei as lutas e as descrições. Espero que vocês tenham gostado. Abraço!!

Não esqueça de deixar a sua opinião ;) sua critica é sempre bem vinda e é ela que incentiva a fic.



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