Show Me Love - After The War (Rony e Hermione) escrita por Amanda Karla


Capítulo 35
Capítulo 35 – Tudo começa a fazer sentido


Notas iniciais do capítulo

Estão curtindo a história? Preciso saber a opinião de vocês... Acham que devo levar a história para um outro rumo... Ou estou no caminho certo? Quero ouvir vocês....



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Todos ficaram entusiasmados com a recuperação surpreendente de Hermione e ao longo dos dias ela foi ficando cada vez melhor e não teve nenhuma recaída em seu quadro de amnésia. O namoro com Rony voltou ao normal, mas tinha uma coisa que ela ainda queria esclarecer. Porque Mafalda havia tentado separá-los? E desde o acontecido ela mal pisava em casa alegando treinamento intenso no Ministério da Magia.

— E Mafalda? Nunca mais a vi por aqui. – disse Hermione ao sentar na cama de Gina.

— Ela mal aparece, acho que está com medo de que eu possa fazer alguma coisa com ela, com relação a esta história. – disse Gina.

— Será?

— Tenho certeza. Mas, mamãe disse que ela falou que ainda esta semana vai embora porque o treinamento já está quase concluído. A sorte dela é que mamãe não sabe de nada disso que aconteceu.

— Mas ela não vem nem pra dormir?

— Ela dorme, mas chega tarde e sai cedo. E come fora sempre. Então está difícil de vê-la. Ela é bem esperta.

— Hum entendi...

— Mas e a senhorita... Aproveitando que agora está recuperada?

— Como assim?

— Ah, Mione... Estava um saco ver você e Rony afastados. Rony não consegue viver mais sem você.

— Nem eu sem ele... É estranho, mas, me lembro dessa fase que estava com “amnésia”, mas, era como se não fosse eu entende? Eu fala com vocês e falava com ele... Mas não era a namorada, sabia que “não era a namorada dele”, mas mesmo assim sentia uma posse, um ciúme... E vê-lo afastado, às vezes até sem me visitar me angustiava, faltava alguma coisa, só não sabia dizer o que era.

— Foi estranho mesmo... Mas que bom que você está bem novamente.

— Pois é... Mas, mudando totalmente de assunto, e seu noivado? Tanta coisa aconteceu e nem conversamos sobre isso direito.

— É minha amiga, estou tão feliz... Harry tem sido tudo o que sempre sonhei... E tem me surpreendido cada vez mais essa relação paternal com Teddy...

— Isso é verdade, é lindo de ver!

— Pois é, ele tem estado tão focado em ser essa figura paterna, logo ele que quase não teve referência...

— Mas deve ser justamente por isto...

— Eu sei, mas, deve ser complicado também... Mas estou muito feliz e sei que ele será um bom pai para nossos filhos.

— Nossos? Quantos filhos pretende ter?

— Ah, não sei... Uns dois ou três... – falou Gina sorrindo – Você sabe que já estou acostumada com família grande.

Hermione gargalhou.

[Na sala]

Harry e Rony estavam com Teddy e o pequeno já começava a dar os primeiros passos sem a ajuda do padrinho.

— Olha isso Rony, já anda sozinho!

— Ei rapaz! Vem pro tio Rony! – E Teddy saiu da direção do padrinho e foi em direção ao ruivo.

— T-Ti R-Rony – dizia sorrindo e andando de forma cambaleante.

— Isso aí rapaz, vem...

Nesse momento Gina e Hermione desciam as escadas e observavam a cena. Trocaram olhares lembrando da conversa que tiveram a pouco, sorriram e continuaram observando a cena.

Teddy viu as duas no alto da escada e gritou:

— Dinda!

Os dois olharam assustados para cima e viu Gina com os olhos de lágrimas ao lado de Hermione. Elas se juntaram a eles e Gina pegou o pequeno Teddy no colo.

— Hum... Quer dizer que já aprendeu a me chamar não é? Vai derreter a dinda, sempre que fizer isso... – todos sorriram.

— Mione, esqueci de te avisar... Hoje Jorge me pediu para que eu desse um pulinho lá na loja pra dar uma força para ele... – disse Rony.

— Tudo bem, sem problemas... Podemos até mais tarde nos encontrarmos lá e sairmos pra espairecer um pouco.

— Por mim tudo bem... Vocês também podem vir – disse Rony para Harry e Gina.

— Melhor não... Acho que vocês estão precisando de um tempo sozinhos e mais, vou levar Teddy para Andrômeda. Então, fica para outro dia. – disse Harry.

E assim aconteceu, Rony foi à loja de logros e passou o dia com Jorge e Angelina trabalhando. Hermione passou o tempo com Harry, Gina e Teddy. Já estava no fim da tarde quando Hermione se despediu dos amigos e aparatou no Beco Diagonal.

Algumas lojas começavam a abrir novamente depois da guerra, mas o movimento ainda não era como o de anos atrás. Talvez o comércio precise de mais algum tempo para se recuperar depois desta guerra terrível que o mundo bruxo passou. Mesmo assim, a loja de logros mantinha-se em funcionamento e agora com Jorge mais animado, tinha tudo para ser uma das empresas mais rentáveis do local.

Hermione entrou na loja e ela estava ainda mais bonita que da última vez que havia estado lá, podia ver Rony atrás do balcão e Jorge e Angelina repondo os produtos nas prateleiras. A morena foi até a direção do balcão e Rony ficou animado ao vê-la.

— Olha só quem apareceu! Que saudades meu amor! – disse Rony ao sair do balcão, abraçar a namorada e beijá-la.

Jorge apareceu e falou:

— Ei mocinho, já para o trabalho, nada de namoro na hora do expediente!

Rony estirou a língua e Hermione sorriu.

— Estou brincando, podem se agarrar à vontade... – completou.

Hermione ficou vermelha e se soltou do ruivo.

— Ei, ele falou brincando!

— Eu sei, mas, não quero atrapalhar o serviço de vocês...

— Não atrapalha não...

— Pelo visto o trabalho aqui está muito bom, parabéns, a loja está muito melhor que antes! – disse Hermione.

— Pois é, precisávamos dar uma renovada – disse Jorge.

— Conseguiram – respondeu a morena.

— Rony, aproveita que já terminou a arrumação do balcão e pode ir, está liberado.

— Mas e as caixas...

— Não tem problema, amanhã arrumamos, vai aproveitar o início da noite um pouco, depois eu vou com Angelina.

— Então tudo bem... Vamos aproveitar antes que ele mude de ideia – disse Rony piscando para Hermione e sorrindo.

— Eu vou fingir que não ouvi isso Sr. Ronald Weasley! – brincou Jorge.

— Deixa eles Jorge! – falou Angelina sorrindo.

E os dois saíram em busca de um bom lugar para jantar e espairecer um pouco. Foram colocando o papo em dia e a sensação era de que Hermione estava cada vez mais recuperada. Até que depois de um tempo de caminhada escolheram um restaurante bastante aconchegante. Foram recebidos por um duende que os encaminhou a mesa.

— Rony, este restaurante parece ser muito “chique”, vamos gastar uma fortuna aqui...

— Não se preocupe, hoje é por minha conta e também precisamos comemorar a sua recuperação!

Hermione tentou retrucar mas o namorado não deixou. Em seguida o duende perguntou:

— O que desejam, Sr. E Srª...?

Rony apressou-se em dizer:

— Weasley!

— Certo, o que desejam, Sr. E Srª. Weasley?

Nesse momento Hermione ficou muito envergonhada, era estranho ser chamada de Weasley.

— O que me indica?

— O prato do cheff tem bastante saída.

— Então ficaremos com este, tudo bem para você Mione? – A morena concordou.

O duende anotou o pedido e saiu para providenciar o pedido.

— Hum... Quer dizer que sou um Srª Weasley agora? A pancada deve estar me afetando novamente, não lembro de ter mudado meu status de relacionamento recentemente...

— H-Hum... Bem, é que o duende não sabe não é... Ele que veio com o papo de Sr. E Srª. – disse Rony gaguejando.

Hermione gargalhou e falou:

— Estou brincando com você seu bobo!

Rony suspirou aliviado e sorriu.

— Bom, só nos resta aguardar... E então, curtiu o lugar?

— Sim, aqui é lindo! Como descobriu este lugar?

— Foi ideia do Jorge.

— Hum... Cunhadinho acertou em cheio hein!? Adorei! – Rony sorriu satisfeito.

— Mas que droga!

— O que foi?

— Nada...

— Ronald!

— Tudo bem, preste atenção, seja discreta...

— Certo. – disse a morena de forma atenta e assustada.

— Olhe disfarçadamente para seu lado direito, em direção à porta.

Hermione fez o gesto de forma minuciosa e viu Mafalda na porta de entrada do restaurante.

— Mafalda! O que ela faz aqui?

— Não tenho a mínima ideia... Na verdade, não queria que ninguém que conhecemos nos visse aqui, queria que fosse algo especial... O que será que faz aqui?

E de repente os dois ficaram surpresos com a pessoa que entrou logo em seguida.

— O quê!? – espantou-se Hermione.

— O que foi? – perguntou o ruivo.

— Você já viu quem entrou com ela?

— Não, daqui está um pouco ruim, tem um bruxo na frente. Quem é?

— Alberto.

— O quê!? Espera olha pro outro lado, disfarça!

Os dois tentaram disfarçar olhando para o outro lado, Hermione fixou o olhar no reflexo do vidro de um quadro que estava na parede próxima e pôde acompanhar onde os dois iriam se sentar.

— Já podemos olhar, eles foram para o outro lado – disse Hermione.

— Ufa! Mas que coisa estranha, de onde será que os dois se conhecem?

— Não tenho a mínima ideia, mas isso é estranho...

— Daria tudo pra saber viu!?

— Eu também, Gina falou que Mafalda está estranha depois de tudo que aconteceu... – Hermione iniciou a conversa meia desconfortável.

— Pois é... Eu mesmo já tentei esclarecer as coisas, mas, é difícil vê-la... – continuou meio sem jeito.

— Pelo visto, não é só o Ministério da Magia que tem tomado o tempo dela...

— Pois é...

— Queria ser uma mosquinha para poder ouvir a conversa, mas eles estão longes demais...

— Wow! Lembrei de uma coisa!

— O que foi?

— Jorge fez um novo protótipo daquela invenção dele, as orelhas extensíveis.

— Sério? Interessante, mas orelhas vão chamar muita atenção aqui no restaurante.

— Mas aí que está, não são orelhas, agora foi isto que ele me deu – disse Rony puxando uma pequena caixa de plástico do bolso da calça.

— Coube tudo aí dentro?

— É que não são orelhas, agora é um Bandinho (é um inseto que lembra uma mancha de fungo esverdeado dotada de olhos, embora quando se assuste ele fuja com suas numerosas perninhas finas) a diferença é que este não fede – disse sorrindo.

— Jorge não tem mesmo o que inventar mais! E funciona?

— Aí é que está... Ele me deu para testar. Ainda não tive tempo.

— Então vamos testar agora!

— Senhores Weasley? –disse o duende interrompendo a conversa e chegando com a comida.

— Hum... Parece estar delicioso... – disse a morena tentando disfarçar.

— Bom apetite – o duende deu um sorriso, assentiu com a cabeça e se retirou.

— Vamos testar agora Ron, o que precisa fazer?

— Bom, só preciso usar a varinha e conjurar um feitiço, o nome é “Avante” e direcionar para onde quero que ela pouse... O que eles falarem vai ser ouvido aqui na caixinha.

— Que engenhoso, o que estamos esperando? Vamos tentar!

— Tudo bem... – Rony olhou para os lados desconfiado para se certificar que ninguém estava vendo esta maluquice e puxou a varinha das veste, apontou para o Bandinho e falou: Avante!

O inseto bateu as asinhas e planou no mesmo lugar.

— Bom, deu certo, ela ligou. Agora vou direcioná-la até a mesa. – E com um gesto sutil na varinha de forma discreta em cima da mesa ele foi direcionando o inseto espião, logo já estava na mesa deles.

— Calma, não coloca tão na frente deles, coloca ela próxima da parede perto daquelas flores.

Rony seguiu a orientação da namorada e a caixinha já captava algumas coisas.

— Uau! Funciona! – espantou-se Hermione – Dá pra aumentar?

— Sim, espera... – E Rony aumentou o volume da “caixinha auto-falante mágica”.

“Você me meteu na maior encrenca Alberto... Isso não é justo!”

— Do que será que estão falando? – perguntou Rony e Hermione fez sinal pra ele fazer silêncio.

“Você foi muito tola, eu te pedi algo simples e você se enrolou toda.”

“Não era tão simples assim.”

“Era sim, eu mesmo já fiz algo do tipo e tive muito mais sucesso que você.”

“E agora, como estão as coisas? Vai conseguir retomar o plano?”

“Retomar? Está maluco? Não vou continuar com isso!”

“Deixa de ser trouxa Mafalda, agora que ficou mais fácil você vai desistir?”

“Quem disse que ficou mais fácil, soube hoje que a situação mudou.”

“Como assim mudou? O que houve?”

“Houve uma melhora no quadro.”

“Sério? E aí, sem sequelas? Está tudo como antes?”

“Sim, foi o que me disseram.”

“Droga, era pra ter demorado um pouco mais!”

— Que conversa estranha...

— Shiii, presta atenção! – repreendeu Hermione.

“Você foi tola Mafalda, teve a oportunidade nas mãos e deu para trás. Mas tudo bem meu amor, vamos ver de outro jeito.”

“Não sei porque me chama de meu amor, você nem me ama de verdade, caso contrário não me pedia pra fazer estas coisas... Não sei porque me iludo contigo.”

“Você sabe que ela mexe comigo... Mas você é quem me entende de verdade...”

“Que conversa mais torta, não justifica em nada nossa situação.”

“Vai me colocar contra a parede agora? Você mesma falou que também tinha curiosidade de saber como seria com ele.”

“Pois é, mas, me arrependi, acho que confundi as coisas.”

“Eu tenho certeza do que quero, o que temos é legal, mas... Você me entende né...?”

“Por estas coisas que me diz, é que eu venho hoje te dizer que estou saindo fora.”

“Você não pode fazer isso!”

“Já fiz Alberto, cansei deste jogo... E não vou ficar mendigando amor não! Nem dele, e muito menos por você, que só fez usar meu momento de fragilidade!”

E ao dizer isso Mafalda fez menção de se levantar e Alberto segurou seu braço.

“Ei, calma...Espera, não é assim... Eu curto você...”

“Mas não é mais do que o amor que você sente pela Hermione!”

Essa declaração abalou o casal que ouvia toda a conversa do outro lado do restaurante. Como assim? Como Mafalda poderia ter sido capaz de tentar afastá-los, ainda mais em um momento complicado como aquele? Agora tudo começava a fazer sentido, fora Alberto que havia criado toda esta confusão.

Rony furioso ia levantar da mesa e ir em direção a Alberto e Hermione o segurou.

— Não Rony! Fica aqui!

— Como acha que vou conseguir ficar aqui depois de ouvir tudo isso?

— Calma, temos que pensar em alguma coisa, mas, não podemos fazer isso agora. Vai, tira este inseto de perto deles e vamos embora.

— E nossa comida?

— Pede pra embalar para viagem...

Rony retirou o “inseto espião” de perto dos dois, em seguida falou com o duende para embalar a comida, ele pagou (retrucou o pedido de Hermione de dividir a conta) e rapidamente saíram de lá.

— Estou furioso, como Mafalda foi capaz de fazer isso com a gente?

— Você não entendeu? Ela é apaixonada por você.

— Isso que não dá pra entender...

— Olha, Alberto foi muito sacana em se aproveitar dela desse jeito. Não estou tirando a culpa dela, também estou furiosa, mas esse comportamento dele me surpreendeu ainda mais...

— E agora, o que vamos fazer?

— Por enquanto nada. Vamos ver o que eles vão tentar de agora em diante e quando pudermos ver uma falha no plano, atacaremos.

— Certo... Agora, o que me deixou mais triste, é que queria que esta noite fosse especial... E eles estragaram tudo...

— Não estragaram não. Ainda é cedo, agora temos comida – disse sorrindo e levantando a embalagem com a comida do restaurante – podemos ir para outro lugar.

— Para onde?

— Confia em mim?

— Sim.

— Então se prepara que vamos aparatar.

E aparataram.


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Notas finais do capítulo

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