Será que ele realmente estava muito cansado? — pensou Felicity com resquício de otimismo. Queria tanto fazer amor com o seu marido, que chegava a doer o ventre.


Oliver a olhou como se desvendasse seus mistérios. A sobrancelha arqueada sugestivamente.

— Amanhã é sábado Felicity, eu não trabalho, é dia de descanso. Lembra? Posso passar a noite inteira me perdendo no calor do seu corpo e no conforto de seus braços. — Era uma promessa de prazer que ela não poderia recusar.

— Heróis não descansam, Ollie. — Era uma afirmação triste, real. Necessária.

— Mas eu posso sonhar pelo menos com um dia calmo, sem crimes e criminosos. Um pai de família tem o direito de sonhar, meu amor. — E a beijou cortando o diálogo que ele sabia, não levaria a nada, agora o desejo dele era levá-la pra cama, debaixo de seu corpo, perde-se nela entre gemidos de prazer.

A voz soou convidativa e suplicante, as palavras ecoando como um poema:

— Me desnudo de corpo e alma pra você, te ofereço meus lábios para que mate sua sede de amor com beijos molhados, me reinvento por você, não pense em nenhum minuto de que quando estou com você eu quero descansar, são nos seus braços que eu encontro a paz, não me negue isso. — E ela não negou. Beijou-lhe com desespero, língua tocando língua, mãos deslizando nos corpos, ele estava ereto demais, excitado demais, ansioso demais, apaixonado demais... por ela. Somente por ela, sua esposa!

Chegaram ao quarto loucos de desejos, cada peça foi removida com carícias, cada parte do corpo beijado com excitação e loucura. Fôlego entrecortado, movimentos sublimes, era o amor em sua forma mais apaixonada, Oliver pintava com seus beijos o corpo de Felicity, uma tela nua, alva... umedecida por seus beijos molhados e sua língua ousada. Ela gemeu, ele grunhiu, unindo desejo e provocação naqueles sons.

Oliver beijou-lhe a mão, beijando o dedo onde a aliança de casamento estava, Felicity se perdeu em lembranças, nas palavras dele, inclinando-se em uma expressão torturada de prazer. Lembrou de Oliver a sua frente, lhe jurando amor eterno com a voz embargada de emoção e sentimentos:

"— Jamais a deixarei ou lhe darei as

costas. Onde

fizer seu lar, terei o meu. Porque, sem

você, não há lar. Onde você

morrer eu morrerei. Que Deus me trate

com toda a severidade se qualquer coisa

além da morte nos separar."

(Maisey Yates)

E naquele momento, ela desejou beber as palavras diretamente de sua boca, provar o gosto dos sentimentos naqueles lábios e saciar a sede de amor que crescia em seu interior. Amou-o ainda mais depois de trocar os votos de casamento. Amava-o ainda mais naquele momento que ele a estava matando de prazer. Ele era o seu lar.

Gritou quando Oliver moveu a mão por sua coxas, tocando sua umidade, Felicity tremia de antecipação. Ela gemeu, sentiu o corpo flutuar quando ele penetrou-a com os dedos. Oliver beijava-lhe os seios que turgiram excitados, ávidos pelo toque e pela língua dele, sugando e lambendo os mamilos rijos, passou a ponta da língua em seu pescoço, trilhando um caminho úmido até a boca. Felicity o arranhava, cravando as unhas em suas costas, suas coxas. Querendo fundir seu corpo ao dele, misturando alma e coração. Tentação e provocação.

A ereção dele tocava pulsante em sua barriga, ele pegou sua mão, fazendo com que percorresse por seu corpo e levando direto ao membro ereto, olhou-a com uma carícia visual, sensual. Insuportavelmente sexy. Ela gemeu seu nome pausadamente, repetidamente, intensificando o prazer.

— Tá sentindo? O meu coração quer você. Tá sentindo? O meu corpo grita por você. Implora por você. — A voz rouca acariciava e provocava. E ela sentia no toque do seu corpo, ela sentia no som de seu coração acelerado. Ela sentia em seu próprio corpo molhado por ele.

Sim , ela sentia! Tudo. De forma gloriosa e sensual.

Os olhos brilhavam com desejo e luxúria.

— Agora! — Ela sussurrou as palavras. — Agora, me ame agora! — O tom foi suplicante e exigente.

Trocaram um beijo longo e demorado, Oliver a penetrou de modo vagaroso, delicado... Amando-a com pureza. O ritmo foi sutil, gentil, saboreando o momento, dançando com seus corpos em movimentos, sincronizados. Suspiros mudos, gemidos loucos, palavras desconexas. Faziam amor com doçura e ternura em cada toque romântico, o orgasmo atingiria a plenitude. O clímax aproximava devagar, os corpos convulsionavam, deliravam. Oliver abriu a boca em um gemido rouco. Mudo. Felicity beijou seus gemidos. Uma investida mais forte, mais profunda, seu corpo pesando sobre o dela, sentiu a textura de sua pele nua e na escuridão do quarto contaram estrelas sem olhar pro céu. Gemeram juntos, gritaram juntos ao alcançarem o infinito, mergulhando no desejo ardente, urgente.

Respirações cortadas, corpos cansados, Oliver abraçou sua esposa colocando a mão sobre o coração que tanto amava. Batia apressado. Feliz. Corpos e corações saciados.

Oliver puxou o cobertor e cobriu a nudez de ambos, ainda estava ofegante de tanto amor. De tanto amar. Embriagado pelo aroma de Felicity.

— Agora Sra. Queen, vamos dormir, literalmente. — Beijou-lhe a testa antes do roçar leve de lábios, ela sorriu bocejando, adormeceram, abraçados e apaixonados.

Mavi Alexandra dormia em seu quarto, Einstein dormia no sofá da sala, e marido e mulher dormiam um nos braços do outro.

Seu lar.

A vida em família era maravilhosa.