Impossible escrita por Bebê Panda


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Heeeey! Tudo bem?
Desta vez eu postei rápido, né? Maaas, nem sempre poderei postar tão rápido, kaaay?
Boa leituraaaa!



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POV Jade West

Acordei com o toque do meu celular. Olhei para o relógio que estava em cima do meu criado-mudo, que marcava as 8 da manhã. Que criatura decide telefonar-me tão cedo? Defenitivamente alguém que se cansou de ter uma vida monotóna e decidiu suicidar-se, mas como não tinha suficiente coragem, decidiu me acordar muito cedo para que eu tivesse o prazer de fazê-lo. Peguei o celular e olhei no visor que era. Oh, quase acertei. É a Cat.

O que foi, Valentine!?– Resmunguei.

É assim que se cumprimenta a sua melhor amiga, Jade?– Falou e eu bufei.

Tudo bem, desculpa. Oi Cat! Tudo bem? O que te fez telefonar-me a esta hora da manhã, minha querida amiga?– Perguntei, fazendo um tom de voz muito infantil e irritante.

Também não é preciso exagerares, né?– Falou e eu revirei os olhos.

O que queres?– Perguntei e ouvi um longo suspiro vindo dela.

Eu lembrei-me de que faltam três dias para o teu casamento!– Gritou e eu bufei.

Oh, eu não sabia disso! Obrigada por me lembrares disso! Agora já acabaste!?– Perguntei, tentando manter a calma.

O quê!? Não, claro que não!– Ela riu. - Eu estava aqui pensando em que deverias fazer uma despedida de solteira e...

Para quê?– A interrompi.

Uh... Para quê se fazem despedidas de solteira. Jadelyn!? Para dizer adeus ao teu estado solteiro, né? Para quê mais poderia ser!?– Falou.

Ah, não. Obrigada pela tua preocupação, mas não.– Respondi.

Porquê não?– Resmungou.

Porque não quero fazer isso e nem quero pensar em nada relacionado com o casamento!– Falei.

E... Porquê não? Tu e Beck brigastens? Não há mais casamento!? O meu Deus! Como isso aconteceu!?– Okay, de vez em quando eu me surpreendo muito com a imaginação da Cat.

Não, Cat. Nós estamos bem, mas pensar em coisas do casamento me deixa levemente estressada e eu não quero ficar irritada com qualquer coisa estes últimos dias que eu ainda não estou casada.– Falei.

Eu posso organizar tudo, se esse é o problema...– Murmurou e eu sorri.

Não é isso, Cat. Agradeço muito a tua preocupação, mas eu estou bem. Nos falamos depois!

Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, eu desliguei na sua cara. Isso foi meio que feio da minha parte, mas também ela mereceu isso porque me acordou às 8 da manhã. Coloquei o meu celular de volta ao criado-mudo e voltei a deitar-me na cama. Olhei para o lado e vi que Beck estava a dormir profundamente... Ele não acordou com o toque do meu celular? Nem com a minha conversa com aquela ruiva chata? Isto só pode ser uma mentira! Como ele não acordou? Affs, a vida é muito injusta comigo.

Suspirei e fechei os olhos, tentando voltar a dormir, porque ainda é muito cedo e Beck está a dormir e eu nem sequer tenho com quem falar. Mas o Universo deve estar contra mim, porque senti como alguma coisa subia em cima de mim. É a Angela... Como ela entrou aqui? Eu pensei que Beck a tivesse deixado na sala. Será que isso importa agora? Não, claro que não...

– Angela deixa de mover-te. - Resmunguei, como se ela me fosse entender, coisa que é impossível de acontecer.

E foi quase isso que ela fez, porque ela deixou de andar em cima de mim e começou a andar em cima de Beck. Quando ele acordar e vê-la em cima dele ficará muito irritado, e ficará ainda mais irritado se Angela o acordar... Mas quem se importa?

– Jade, o teu animal de estimação não para de se mover... - Murmurou.- É, eu sei. - Murmurei de volta.

– Faz alguma coisa com ela. - Pediu e eu ri.

– O que queres que eu faça, Oliver? - Perguntei abrindo os olhos e encarando o teto.

– Sei lá... Por exemplo, oferecê-la a alguém necessitado. - Murmurou e eu revirei os olhos.

– Já devias ter superado o fato de que ela vai ficar connosco, Beck. - Resmunguei e ele riu.

– Desculpa, mas é dificil superar o fato de que eu terei que compartilhar-te com um gato. - Eu ri, sentando-me na cama.

– Então, se tivermos filhos como vão ser as coisas? - Perguntei e ele abriu os olhos.

– Isso é diferente. - Respondeu.

– É quase o mesmo. - Falei. - Porque, eu terei que passar a maior parte do tempo com eles e não terei quase tempo para ti, mas agora que temos Angela ela será como uma filha para mim. - Falei e ele revirou os olhos.

– Realmente queres discutir as diferenças de ter um gato e eu filho? - Perguntou.

– Não! - Respondi. - Mas eu não entendo qual é o teu problema com ter um animal de estimação em casa. - Murmurei.

– Eu já disse que não te quero comparir-te com ninguém. - Falou, se sentando na cama e eu bufei.

– Deixa de ser possessivo. - Resmunguei e ele riu.

– Eu não sou possessivo. - Falou.

– Não é o que parece, Oliver. - Falou.

– Eu só sou possessivo quando se trata de ti. - Ele sorriu e eu revirei os olhos.

– Okay, okay... - Murmurei. - Agora que os dois estamos completamente acordados, o que achas em me levar a tomar o pequeno-almoço à Starbucks? - Perguntei e ele suspirou pesadamente.

– Não podes ir sozinha? - Perguntou.

– Posso, mas aí posso conhecer algum garoto pelo qual me irei apaixonar profundamente e depois te deixarei no altar, portanto tu vens comigo. - Falei e ele riu.

– Que história mais engraçada, Jade... Alguma vez pensas-te em te tornar escritora de livros com um final triste e sádico? - Perguntou e eu neguei.

– Esse fim não foi trágico. - Respondi e ele sorriu de canto.

– Só se for do teu ponto de vista, porque eu acho esse final completamente triste. - Falou e eu dei de ombros.

– Eu não me importo. - Murmurei.

– Enfim, vais-me levar a tomar o pequeno-almoço ou eu terei que morrer de fome? - Perguntei e ele sorriu.

– Em quinze minutos tens que estar pronta. - Respondeu e eu sorri.

– Eu acho que esses quinze minutos são muito pouco para eu me preparar. - Murmurei.

– Eu não me importo, e se quando passarem quinze minutos tu não estiveres pronta, eu vou sem ti. - Falou.

– Nesse caso tras-me um café... - Pedi e ele riu.

– Anda, levanta porque a ideia foi tua. - Falou e eu ri.

– Eu mudei de ideia e agora quero passar o dia inteiro na cama a dormir. - Falei.

– E eu não estou incluído nos teus planos? - Perguntou e eu neguei rapidamente. - Uh, as coisas não funcionam assim. - Murmurou.

– Então como as coisas funcionam? - Perguntei.

– Se tu não fores por vontade própria, eu te obrigarei a ir. - Respondeu e eu ri.

– Como se conseguisses obrigar-me a alguma coisa, Beck. - Falei.

– Isto é um desafio? - Perguntou sorrindo de canto.

– Talvez... - Murmurei. - Quem sabe, né?

– Vamos, Jade... Eu dou-te meia hora, okay? - Eu suspirei e assenti.


[…]

– Eu vou querer um café preto e waffles. - Falei à garçonete que nos atendeu.

– Eu vou querer o mesmo. - Falou Beck.

– Já lhes vou trazer os seus pedidos. - Falou a garçonete sorrindo para nos dois.

– Eu acho que as garçonetes não deveriam levar saias e vestidos tão curtos como uniforme de trabalho. - Murmurei.

– E posso saber porquê não? - Perguntou Beck, encarando-me confuso.

– Porque às vezes com o comportamento que têm e ainda mais como o uniforme diminuto parecem umas vadias. - Respondi e ele riu.

– Isso é tão cruel da tua parte. - Murmurou.

– Ninguém lhes deu permisso para olhar para o meu futuro marido. - Sorri.

– Deixa de ser ciúmenta. - Falou e eu ri.

– Missão impossível. - Murmurei e ele sorriu. - O que vamos fazer depois de tomar o pequeno-almoço? - Perguntei e ele deu de ombros.

– Não sei, eu não tinha pensado em nada. - Respondeu.

– Ah, que triste... - Murmurei. - Deverias ter pensado no que poderiamos fazer hoje, mas não... Eu sempre tenho que planear tudo. - Falei e ele riu.

– Se quiseres podemos ir à praia. - Falou e eu revirei os olhos.

– À praia? E se passo demasiado tempo exposta ao sol e fico da cor do ketchup? - Perguntei e ele riu.

– Também podemos passar o dia inteiro em casa a ver televisão. - Falou e eu suspirei.

– Tenho a certeza de que dizes isso só porque tens vergonha de sair a lugares públicos comigo. - Falei e ele sorriu de canto.

– Vais ter uma resposta para todas as coisas que eu irei propor? - Perguntou e eu sorri.

– Talvez. - Sussurrei.

– E eu devo considerar o teu talvez como um sim, não é? - Perguntou e eu assenti.

– Como adivinhaste? - Perguntei fingindo surpresa e ele riu.

– Nesse caso não vou propor mais nada do que poderiamos fazer hoje. - Falou e eu suspirei.

– Isso soou tão triste. - Murmurei e ele riu.

– Aqui estão os vossos pedidos. - Falou a mesma garçonete de antes, entregando-nos os nossos pedidos e sorrindo para Beck.

– Vês? Eu disse que com a atitude que têm, várias de elas se parecem a vadias. - Falei e a garçonete fez uma cara de ofendida e saiu. Beck riu.

– Isso foi meio que grosso, não achas? - Perguntei e eu neguei.

– Não, eu não acho isso. - Respondi.

– Claro, é impossível tu achares o mesmo que eu, já que tens sempre que discordar de aquilo que eu digo. - Eu ri.

– Deixa de ser chato e como os teus waffles. - Falei.



POV Beck Oliver

Depois de que tomamos o pequeno almoço, Jade decidiu que deveriamos ir para casa e passar o resto do dia no sofá, abraçados e a ver filmes de terror ou séries que ela escolha. A parte boa disso tudo é que ela me incluiu nos seus planos, porque conhecendo-a, ela poderia ficar zangada comigo porque as garçonetes ficam a olhar para mim... Como se isso fosse culpa minha.

Para a minha infelicidade, Angela teve que ficar conosco na sala. Não que eu não goste do fato de que Jade decida ter um animal de estimação, mas eu não gosto da ideia de que ela irá perder muito tempo com esse animal. Tempo que ela poderia passar comigo, mas se é isso o que ela quere, eu tenho que aceitar isso.

– Affs, estou entediada... - Falou Jade e eu revirei os olhos.

– A decisão de ver filmes o dia inteiro foi tua, Jade. - Falei e ela bufou.

– Mas a ideia foi tua. - Falou e eu ri.

– Ninguém te mandou seguir a minha ideia. - Murmurei.

– Idiota! - Resmungou.

– Ah, tudo bem... O que eu preciso de fazer para que deixes de estar entediada? - Perguntei e ela sorriu de canto.

– Não sei... - Murmurou, olhando para algum ponto fixo no chão.

– Oh, isso é uma atividade do mais interessante, West. - Falei e ela revirou os olhos.

– Sim, demasiado interessante. - Murmurou indiferente.

– Se quiseres, podemos sair a passear com Angela à praia e perdê-la no meio da areia. - Falei.

– Não! Eu já disse que Angela fica e se eu disse isso, é porque isso vai acontecer. - Falou e eu levantei as mãos, em sinal de rendição.

– Tudo bem, não vou propor mais nada que tenha Angela no meio. - Murmurei.

– Perfeito. - Sussurrou.

– Eu realmente não sei o que podemos fazer, já que com certeza a minha ideia de ir à praia será recusada e...

– Isso mesmo! Vamos à praia! - Jade sorriu.

– Que eu me lembre, quando eu te propus isso antes, tu disseste que não querias ir para não ficar muito exposta ao sol e para não ficares vermelha da cor do ketchup. - Falei e ela riu.

– Sim, mas quando eu disse isso eu não pensei que ver filmes de terror fosse tão entediante. - Falou e eu ri.

– Eu vou-me trocar e depois tu te vais trocar e vamos à praia. - Falou entregando-me a Angela e caminhando até às escadas.

– Porquê ela quere ficar contigo? - Perguntei, olhando para Angela.

[…]

– Eu quero ficar longe da água. - Falou Jade e eu revirei os olhos.

– Então para quê viemos à praia se nem sequer queres ir para perto da água? - Perguntei confuso.

– Eu quis vir à praia para mostar a todo o mundo o incrivelmente sexy que eu sou. - Respondeu.

– Pensei que quizeste vir à praia porque estavas entediada. - Falei.

– Pensas-te mal, Beck. - Murmurou e eu suspirei.

– Sinto muito por ter pensado errado, minha querida Jade. - Ela riu.

Depois de que passamos algumas horas na praia, Jade se cansou e decidiu que vir à praia foi uma ideia horrível e, como sempre, me culpou a mim. Por isso, voltamos para casa e como Jade estava incrivelemente insuportável, eu fui para o escritório tratar de alguns documentos da empresa do meu pai enquanto Jade brincava com Angela.

Desta vez, eu não me importei com o fato de que Jade estava a brincar com Angela. Eu acho que já estou começando a superar o fato de que Jade decidiu ficar com Angela para sempre, ou pelo menos até quando aquela bola de pelo branca morrer o que provavelmente demorará uns longos anos a acontece.

Já faltavam três dias para o meu casamento com Jade e eu me sentia um pouco nervoso em relação a isso. Eu acho que estou mais com medo de que alguma coisa corra mal, porque Jade é imprevissível e pode mudar de ideia de se casar no último momento, coisa que eu espero que não aconteça.

Mas também existe o fato de que a pessoa que quere a morte de Jade está mais perto do que eu espero, porque como foi descrito nas cartas, essa pessoa quere matar a Jade depois do nosso casamento. Eu terei que ter muito cuidado e não deixarei Jade sozinha nem por um segundo depois de que estejamos oficialmente casados. Eu não posso correr o perigo de perdê-la. Eu nunca me perdoaria se alguma coisa se passasse com ela, simplesmente não me poderia perdoar por alguma coisa assim.

E também tenho que começar a tentar não brigar nem discutir muito com Jade, porque eu não quero que aconteçam brigas que acabem com Jade bebeda e eu me sentido muito culpado por isso... Será que Jade tinha dor de cabeça hoje de manhã e por isso ela estava a ficar irritada e farta com todas as coisas?

Ouvi batidas na porta do escritório e dirigi o meu olhar até há porta. Era Jade.

– Beck? Pensas abandonar este escritório hoje e vir passar tempo comigo? - Perguntou.

– Pensei que estivesses ocupado com Angela. - Falei e ela riu.

– Ah, deixa de ser chato e supera o fato de que Angela fica conosco. - Falou caminhando até mim.

– Eu já estou começando a superar isso, okay? Hoje deixei-te quase duas horas para brincares com ela... - Murmurei. - E por falar em Angela, porquê não estás com ela? - Perguntei e ela suspirou, sentando-se no meu colo.

– Ela meio que me mordeu e eu fiquei zangada com ela. - Falou olhando para o ecrã do meu portátil. Eu ri.

– Como ela te conseguiu morder com aqueles dentes minúsculos? - Perguntei e ela deu de ombros.

– Eu é que sei. - Sussurrou. - Só sei que doeu.

– Sim, deve ter doido muito. - Falei e ela revirou os olhos.

– Sim, doeu muito! - Resmungou e eu ri. - O que significam estes esquemas todos? - Perguntou encarando-me.

– Tu nunca entenderias o que são. - Falei e ela bufou.

– Estás a chamar-me indiretamente de estúpida? - Perguntou levantando uma sobrancelha.

– Não, mas eu não quero ocupar a tua cabeça com estas coisas que não te importam e nem te interessam. - Falei e ela suspirou.

– Eu odeio quando brigamos e discutimos. - Murmurou.

– É, eu também odeio isso. - Falei e ela suspirou e depois me encarou.

– Promete que nunca mais vamos brigar? - Pediu.

– Eu não te posso prometer isso, mas acho que podemos tentar fazer isso. - Sussurrei e ela sorriu.

– Isso já é alguma coisa. - Sorriu e se inclinou para beijar-me.

Foi um beijo lento e calmo, e como eu sentia falta de beijar a Jade. Estes últimos dias pelas nossas brigas e discussões nem tivemos tempo para isso e hoje ela acordou com um humor estranho que me impediu de fazê-lo.

– Eu acho que deveriamos repetir esta última coisa mais vezes. - Falei quando nos separamos por falta de ar. Ela riu.

– E depois de isto, eu é que sou a pervertida. - Murmurou voltando-me a beijar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Amaram?
Digam o que acharam sobre o capítulo num review!
Xoxo!