*Parte 2 de 2*

POV Jade West

Beck tinha acabado de sair e sem me dizer onde ia, o que eu achei ridículo. Primeiro ele fala comigo sobre coisas que supostamente ninguém sabe, e depois sai sem me dizer onde vai. Urg, isso é muito estúpido! Mas, o mais intrigante de isto tudo, é que ele soube aquelas coisas todas sobre mim e eu não faço ideia de como ele fez isso porque é realmente difícil encontrar coisas sobre isso…

Será que ele me está investigando? Porque um profissional com certeza que conseguiria encontrar coisas sobre mim e…No que eu estou pensando? Beck nunca me faria alguma coisa assim, pelo menos eu acho que não. Mas e se…Ele me está investigando? Para que ele faria uma coisa assim? Isso não vai-lhe dar nada, que dizer, se ele realmente fizer isso eu ficaria muito zangada com ele.

Suspirei, afastando esses todos pensamentos sem sentido. Sentei-me no sofá e liguei a televisão em algum canal de fofoqueiras. Não tinha nada para fazer. Faltavam só quatro dias para o casamento, o que me trazia um pouco de felicidade. Eu já tinha quase tudo pronto e agora só tinha que esperar até aquele dia, no qual eu poderia ser a garota mais feliz do mundo, mas isso só poderia acontecer se Beck me amasse, ou seja, é impossível isso acontecer.

Depois de ficar algum tempo a ver televisão, ouvi a campainha tocar. Quem será desta vez? Affs. Levantei-me e fui abrir a porta…Eram Cat e Tori. Para que eu realmente abri a porta?

– Oiiii! – Gritou Cat abraçando-me.

– Solta-me, idiota! – Resmunguei e ela riu.

– Tanta felicidade de nos ver, hein? – Falou Tori e eu revirei os olhos.

– Muita felicidade. – Murmurei.

– Nós temos que te contar cada coisa! – Falou e eu suspirei, preparando-me para ouvir coisas de sentido, vindas de Cat.

– E isso é obrigatório? – Perguntei e Cat sorriu largamente.

– Sim, isso é obrigatório e vamos para a sala sentar-nos porque os meus pés doem. – Suspirou, puxando-me a mim e á Tori para a sala. - Começo eu a contar as novidades. – Sorriu.

– E se eu não quiser ouvir as tuas novidades? – Perguntei e ela deu de ombros.

– Podes sair de aqui. – Bufei e ela riu.

– Então, tudo foi assim. – Respirou fundo. – Na semana passada, chegou o meu primo de Roma e ontem nós fomos a uma discoteca e…

– O que o teu primo estava a fazer em Roma? – Interrompeu Tori.

– E isso importa? – Elas olharam para mim.

– Sim! – Falaram em uníssono e eu revirei os olhos. O que nisso é importante?

– Pelo que parece, ele conheceu uma garota pela internet e ele mudou-se para lá, e eles estiveram como uns quatro anos juntos, mas depois houve lá algum problema com o ex dela e eles terminaram e ele voltou para América. – Respirou fundo. – E como eu estava dizendo, nós saímos juntos e Robbie estava lá e quando nos viu juntos, eu juro que ele teve um ataque de ciúmes! – Riu.

– E o que isso tem de interessante? – Perguntei, fitando-a.

– Isso quer dizer que ele ainda sente alguma coisa por mim! – Respondeu sorrindo.

– Isso quer dizer que todas as garotas lhe deram um fora e ele que voltar contigo, Cat. – Falei e ela revirou os olhos.

– Não! Ele realmente sente ainda alguma coisa por mim, Jade. – Murmurou emburrada.

– Okay, okay! – Levantei as mãos em rendição. – Tu é que sabes!

– É a minha vez! – Tori sorriu animada. – Tudo começou semana passada, quando fui despedida. – Murmurou.

– Foste despedida? Da empresa do meu pai? – Perguntei com os olhos arregalados.

– Sim… - Suspirou. – Aquelas quarentonas me odeiam. Elas acham que eu visto-me de um jeito demasiado provocativo e acabaram por mudar alguma coisa que prejudicou um pouquinho algum contrato e eu fui despedida. – Deu de ombro. – Mas, tudo bem. Vamos ao que interessa. Ontem, eu e o André fomos ao nosso primeiro encontro oficial! – Sorriu.

– E de quem foi a primeira iniciativa? - Perguntou Cat.

– Uh…Do André? – Murmurou confusa.

– Há! Deves-me 50 dólares, Jade. – Bufei. E eu pensava que ela se tinha esquecido disso.

– Pensei que te tivesses esquecido disso… - Resmunguei.

– Sobre o que estais a falar? – Perguntou ainda confusa.

– Nada que te importa. – Respondi e ela revirou os olhos.

– Chegou a tua vez, Jade. – Falou Cat.

– Eu não tenho nada a dizer. – Menti.

– Claro que não, Jade. Conta logo! – Falou Cat e eu bufei.

– Eu não tenho novidades a contar, a não ser pelo fato de que estou apaixonada por Beck. – Elas me olharam boquiabertas. – O quê!?

– E ele sabe? – Perguntou Cat e eu assenti.

– Sabe. – Murmurei.

– Ownt. – Falaram as duas e eu revirei os olhos.

– Isso é tão fofo! – Falaram em uníssono.

– Isso não é fofo. – Retruquei.

– É sim. – Murmurou Cat.

– E…Ele também te ama, não é? – Falou Tori e eu olhei para o chão.

– Ah, quase isso. – Murmurei.

– Tu não pareces muito feliz, Jade. – Sussurrou.

– Ele ainda não me disse que me amava. – Falei e depois olhei para elas.

– Oh. – Falou Cat e eu assenti.

– Uh-hum. – Suspirei. – O que eu faço? – Perguntei.

– …Eu não sei. – Falou Cat.

– Eu tampouco. – Murmurou Tori.

– E se ele não me ama? – Perguntei olhando para elas.

– Ei, eu tenho a certeza de que ele te ama, Jade. – Cat sorriu.

– Eu acho que não. – Respondi.

– Deixa de ser pessimista, West! – Resmungou Tori.

– Desculpa, mas é inevitável! – Murmurei.

– Porquê? Todos sabemos que lá no fundo ele te ama, Jade. – Cat sorriu.

– Não mesmo. – Bufei. – Eu tenho a certeza que não.

– Oh, Deus…Deixe de ser pessimista, Jade. Eu tenho a certeza de que Beck te ama e que vocês serão felizes para o resto das suas vidas! – Riu.

Eu suspirei e deixei de prestar atenção nas coisas bobas que elas falavam, mas elas pareceram não entender isso porque não reclamaram comigo. Depois de umas duas horas elas foram embora e eu fiquei sozinha. Não tinha notícias nenhumas de Beck porque o seu celular se tinha estragado…

Suspirei e deitei-me no sofá, mudando de canal a cada três segundos. Eu não tinha absolutamente nada para fazer…Eu queria que Beck estivesse aqui e me dissesse que me amava. Deus, nunca nenhum garoto me disse que me amava. Ele seria o primeiro. Isso seria algo maravilhosamente perfeito, mas também seria bom demais se fosse realidade. Eu tenho quase 50% de certeza de que ele não me ama.

Senti os meus olhos pesados e em algum tempo eu já os tinha completamente fechados e estava adormecendo. Abri os olhos e percebi que não estava na sala, e sim no quarto. Como eu vim até aqui? Uh, que estranho eu não me lembrar de fazer isso.

– Bom dia, dorminhoca. – Ouvi uma voz. Beck. Era impossível eu confundir a sua voz.

– Ah, oi. – Murmurei, bocejando. – Como eu vim parar aqui? – Perguntei, e essa pergunta soou um pouco estúpida.

– Quando cheguei, tu estavas a dormir no sofá e eu te trouxa para cá porque pensei que o sofá seria um pouco desconfortável. – Deu de ombros, e voltou a sua atenção para o portátil.

Suspirei. – Okay.

Ele nem sequer reagiu. Eu acho que isto é por minha culpa. Porque eu disse que o amava. Foi difícil não dizer isso quando ele não quer entender isso. Bufei e me deitei novamente na cama, meio que zangada comigo mesma.

– Beck? – Chamei.

– Sim, Jade… - Murmurou e eu suspirei.

– Onde estavas? – Perguntei.

– E isso importa-te? – Perguntou e eu bufei.

– E se eu responder que sim? – Perguntei. Isto eram perguntas demais, na minha opinião.

– Nesse caso, talvez, eu te responda a isso. – Suspirei.

– Isso realmente importa-me, Beck. – Murmurei e o ouvi rir.

– Eu estive a preparar uma surpresa para ti. – Mesmo odiando surpresas, sorri.

– Eu odeio surpresas. – Falei.

– Eu sei… - Revirei os olhos. Se ele sabe isso, para que me faz uma surpresa?

– Então qual é a necessidade de fazer uma surpresa, Oliver? – Perguntei e ele riu.

– Eu garanto-te que iras gostar dessa surpresa, Jade. – Sorri. O que isso poderia ser?

– Como podes ter tanta certeza? - Sentei-me na cama.

– Vais ver a surpresa, Jadey. – Riu.

– É só Jade, idiota. – Murmurei.

Sorri e voltei a deitar-me na cama, imaginando o que poderia ser essa surpresa.

POV Beck Oliver

A surpresa da Jade já estava pronta. Só faltava chegar até ao local onde seria a surpresa. Esta noite tudo tinha que ser perfeito, porque seria um momento muito especial para mim e para Jade. Mais para a Jade do que para mim, mas mesmo assim seria um momento muito especial para nós dois.

– Beck, já me podes dizer sobre o que é a surpresa, não? – Perguntou pela milésima vez.

– Não sei, eu acho que não. – Respondi e ela bufou.

– Mas porque não? – Resmungou e eu sorri.

– Eu já disse, porque é uma surpresa. – Respondi e ela revirou os olhos.

– Tu já disseste isso milhares de vezes! – Reclamou e eu dei de ombros.

– Eu sei, mas tu não paras de fazer a mesma pergunta, Jade. – Falei e ouvi-a suspirar.

– Okay, o que eu tenho que fazer para receber a merda dessa surpresa? – Perguntou irritada.

– Tens que estar muito bonita e pronta às 20.30. – Respondi e ela fez uma careta.

– Eu tenho que esperar mais quatro horas até isso? – Perguntou e eu assenti.

– Isso é muito tempo, Beck. – Respondeu e eu suspirei.

– Ah, eu não quero saber disso. – Falei. – Eu vou esperar até aí para te entregar a surpresa.

Ela revirou os olhos, mas concordou comigo. Esperou pacientemente e uma hora antes das 20.30, começou a arrumar-se. Uma hora depois ela já estava pronta, e como sempre, estava linda…Perfeita, eu diria.

Saímos de casa, e eu dirigi até um restaurante pouco conhecido em Los Angeles. Primeiro, Jade ficou muito surpreendida por onde eu a levei, mas nós não íamos ficar exactamente aí. Levei-a até ao cimo do prédio, onde estava tudo preparado.

– Uau. – Falou Jade, boquiaberta olhando para tudo o que eu tinha preparado. – Eu tinha muitas espectativas de que poderia ser a surpresa, mas um jantar romântico estava muito longe delas.

Sorri. – Gostas-te? – Perguntei e ela assentiu.

– Eu amei. – Riu. – Isto é perfeito.

– Fico muito feliz por isso. – Sorri para ela.

– Uh, Beck…Para que é isto tudo? – Perguntou.

– Mais tarde Jade, mais tarde. – Respondi e ela sorriu.

– Eu acho que posso esperar. – Falou suspirando.