Oh Shit, Castiel! escrita por Yoko Kurosaki


Capítulo 3
Interfone dos infernos!


Notas iniciais do capítulo

Uma semana e uns dias sem postar, putsssss *ok, podem me matar lskdmsld

Mas uma coisa é verdade: em todos esses dias eu me sentia mais culpada ainda por demorar pra postar tanto, eu juro que tentava mas tem muita gente que usa esse pc, aí fica difícil :c

Enfimmm, tô aqui, mozõesss ♥ Leiam! GOGOGO! Hoje tá FODA.



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Se passou quase duas semanas.
Castiel? Esse daí não ligava pra minha existência. Fazia questão de não olhar na minha cara o tempo todo. Na entrada, ficava com a Debrah. No intervalo, com a Debrah (e claro, o casalzinho Lys e Charlotte!). Na saída, com a Debrah. E detalhe: ele ainda levou ela pra casa todos esses dias. Vê se eu posso com esse tipo de ânsia? É muita coisa melosa pra mim.

Eu tentei ao máximo não notar a ausência do Castiel. Juro que tentei. Quando ele me vinha na mente, no meio da aula, em vez de olhar pra ele eu virava pra trás e perguntava alguma coisa retardada pra Iris. Um dia desses, eu virei pra ela do nada e perguntei se o cachorro dela dançava lepo lepo. HUE.
Acontece que o Castiel mudou demais. Parece que ele morreu pra mim, já que agora é outra pessoa. Ele presta atenção nas aulas; não fica ouvindo músicas enquanto o professor explica; parou de fumar cigarro; parou de usar camiseta de banda; agora aparece com olheiras mais profundas; tá namorando (tipo, Castiel namorando??! Eu nunca imaginaria isso dele, sério); resumindo: Castiel não existe mais. Ele virou um total desconhecido pra mim, e pode parecer pouco tempo mas juro que duas semanas é o suficiente pra ele se tornar outra pessoa. E pra uma amizade acabar.

Mas voltando ao assunto de "juro que tentei esquecer ele", pois é. Tentei. Eu já tava ficando cheia disso tudo. Eu não vou aceitar que uma vadia doadora de orifício anal roube meu melhor amigo! Queridos, estamos falando de Yoko Kurosaki. Eu. Muito prazer!

Eu já estava decidida a ir no apartamento do Castiel à tarde. Mas fiquei mais ansiosa ainda depois que eu recebi um bilhetinho do Lysandre no meio da aula escrito:

Faça alguma coisa.

Quando eu li, eu fiquei meio "hã?! Chapou?" mas quando me virei pra olhar pro Lysandre, ele apontou pro Castiel. Aí eu entendi. Então escrevi:

Como assim fazer alguma coisa? Não é você que sai de casalzinho com ele por aí? Pensei que gostasse.

Então, depois de uns 10 minutos, ele respondeu:

Desde quando o Castiel sairia de casalzinho comigo? Você não tá vendo que ele tá mudando? Você viu as olheiras? Ele tá parecendo um zumbi/cachorro da Debrah, ela manda e ele faz. Eu já tentei conversar com ele mas não dá, ele insiste em dizer que tá bem, que não sente sua falta e que não é a Debrah a causa das olheiras e nem nada. Então eu tô implorando pra você fazer alguma coisa, você é a melhor amiga dele, Yoko!

E aqui estou, na frente da porta do apartamento do Castiel. Eu já vim aqui duas vezes quando a gente ainda era amigo. Ele praticamente mora sozinho já que os pais sempre viajam. Então já imaginem a bagunça que é.
Olhei no relógio, eram 15h23. Bati na porta e esperei, nada. De novo e nada. Olhei no relógio e já tinha se passado cinco minutos.

– Não é possível que ele tenha ido pra casa da Debrah! - murmurei sozinha. Quase dando uma bica na porta. Aí lembrei que o Castiel sempre perdia a chave, então deixava uma extra debaixo do tapete. Ah, moleque esperto!

Levantei a ponta do tapete já rezando pra chave estar lá. E estava, ufa! Destranquei a porta e fui girando a maçaneta devagarzinho like a ninja e...

SOCORRO. E se a Debrah tiver com ele??! PIOR. E se eles estiverem... ECA. Agora que eu tô parando pra imaginar, ia ser muito foda se eles estivessem se comendo e aí eu chegava pra estragar tudo. HUE. Foda-se, vou entrar. Se ela tiver aí, eu falo que vim pegar minha blusa que o Cast roubou há uns 54 anos atrás.

Entrei de vez na sala e fechei a porta.

Nada.

Ninguém.

Talvez o Dragon estivesse no petshop. Ufa, aquele cão me dá medo, sério. Eu fico com o cu na mão quando ele tá com o Castiel.

Fui caminhando devagar até o corredor, talvez ele estivesse dormindo. Ou não estivesse em casa mesmo, mas isso eu só saberia se eu confiscasse todos os cômodos!
Quando passei na frente da porta do banheiro, escutei o chuveiro ligado. Puts. Tá zoando que ele tá tomando banho né?! Socorro. Ai, que vergonha, senhor!

– Castiel? - falei num tom alto, batendo na porta. MEU DEUS, E SE NÃO FOR ELE ALI??!

Ouvi o chuveiro desligar. Chamei de novo.

– Quem tá aí? - ouvi ele falar. Ufa, era o Cast. Vai que era a D... - Debrah? É você?

Tá. Confesso que tava engraçado até a parte em que ele confundiu minha voz com a da vadia.
Bati mais forte na porta.

– Vai logo, Castiel, sai daí que eu preciso falar com você, porra! - falei mais alto. Bufei e voltei pra sala enquanto escutava ele murmurar alguma coisa. Joguei minha bolsa no sofá e, como a cozinha é de frente, fui pra lá caçar alguma coisa.

Abri os armários e tudo o que eu encontrei de comível foi uma caixa de cereal. Ah, que seja. Peguei e depois fui procurar uma tigelinha.
Abri a geladeira à procura do leite e, quando fechei, quase tive um ataque cardíaco.

Castiel aparece atrás da porta da geladeira. De toalha. Na cintura. SENHOR, JÁ PODE ME LEVAR. Castiel do céu, quando foi que você ficou tão gostoso assim? COMO EU SÓ FUI REPARAR AGORA??

– O que você tá fazendo aqui? - perguntou, com uma voz grossa, e puta que pariu, que VOZ! Eu só fiquei olhando pra ele, boquiaberta - E ainda abrindo a geladeira dos outros assim?

Engoli em seco. Percebi que ele estava falando sério. Então eu tinha que ficar mais séria ainda.

– Eu vim conversar com você.

Ele me analisou por um instante, a caixa de leite na minha mão. E juro que pude ler os pensamentos dele, algo como "ou roubar minha comida". ROUBO MESMO, FELADAPUTA, MEU ALMOÇO É PÃO COM OVO E PRA JANTA TEM SALSICHA.

– Pode falar. - murmurou, pegando o leite da minha mão e indo despejar na tigelinha com cereal.

– Você não vai nem se trocar? Eu espero. - falei, me apoiando na bancada, observando as costas dele (lê-se músculos; bunda; cabelo molhado; bunda; músculos e bunda) enquanto ele pegava a tigela e comia o cereal. Desgraçado.

– De qualquer jeito você só tem 10 minutos, então nem preciso. - disse, agora virando-se para me encarar.

– Vai sair? - indaguei. Ele assentiu enquanto mastigava - Debrah? - assentiu de novo - Por que você se envolveu com ela?

Ele terminou de mastigar, engoliu e me olhou com uma cara do tipo "sério que você vai me fazer responder isso?", mas então falou - Ela é interessante.

– Foi o quê? A bunda?

– Ela é interessante. - repetiu, me fuzilando.

– Tão interessante a ponto de deixar sua vida de ponta cabeça? - cruzei os braços.

– Não foi ela.

– Ah, não? Engraçado porque você começou a mudar depois de começar a sair com essa...

– Por que você acha que a Debrah é a culpada de tudo? - indagou, aumentando o tom de voz.

– Porque ela é! - arfei. Ele colocou a tigela na mesa, pegou a caixa de leite e abriu a geladeira, do meu lado, e a guardou - Castiel, você já se olhou no espelho? Já viu essas olheiras? - ele continuou me ignorando. Voltou a pegar a caixa de cereal e foi guardá-la no armário - Por que você se afastou de mim?

Então ele me olhou.

– Por que você acha, Yoko? - falou, como se fosse muito óbvio. E meio que era mesmo.

– Foi por causa do Nathaniel? - dei uma risada sem humor - Quanta ironia, hein Castiel?! Você pode sair com a Debrah mas eu não posso nem triscar no Nathaniel!

– É diferente. - disse, pude ver que ele estava ficando meio impaciente - Você sabe mais do que qualquer um o quanto eu odeio o Nathaniel. E você também sabe que ele já tentou roubar uma namorada minha, quanto mais a minha melhor amiga. Eu não ia te perdoar, Yoko.

MELHOR AMIGA? ESSE DESGRAÇADO ME ESQUECE E AINDA EU QUE TÔ ERRADA. AH, MAS ELE VAI DORMIR COM O COURO QUENTE!

– Que melhor amiga, Castiel?! Você nem olha mais na minha cara só por que agora tá namorando. Qual é o seu problema? Eu é que não deveria te perdoar!

Silêncio. Ele me fitou por uns 10 segundos, apoiado na cadeira com os braços cruzados. E eu fiz o mesmo. Até que ele desviou o olhar pro chão e se desencostou.

– Tempo esgotado. Seus 10 minutos acabaram.

– Ótimo. Minha amizade com você também. - cuspi as palavras.

Fui seca pra ir na direção da sala e dar o fora dali. Eu não podia ficar nem mais um segundo ou então eu ia pensar duas vezes, virar pra ele e implorar pra tudo voltar a ser como era.

Ouvi ele suspirar atrás de mim.

– Yoko... Não faz isso... - falou, meio arrastado. Enquanto isso, eu já estava pegando minha bolsa no sofá e correndo até a porta. Eu precisava sair rápido ou então eu ia desabar ali mesmo - Espera, Yoko, que droga! - ouvi ele dizer. Mas eu já tinha aberto a porta e já estava prestes a sair quando ela fechou com tudo. A centímetros de mim.

– O que você tá fazendo? - murmurei, assim que senti ele atrás de mim, mas minha voz falhou quase que totalmente. Já era. Essa é minha voz de chorona.

– Você não pode ir embora assim - falou, com a voz rouca dele, quase num sussurro.

– Meus 10 minutos acabaram. - falei. Girei a maçaneta mais uma vez e puxei, mas não dava. A mão do Castiel impedindo a porta de abrir estava bem acima da minha cabeça.

Então senti ele apoiar a testa no meu ombro e suspirar fundo - Desculpa.

Ai. Caralho. Meu emocional, ele tá fodido. E confuso.

– Cast... - sussurrei, me virando devagar e levantando a cabeça dele pra me olhar.

– Yoko, era pra você ficar feliz - percebi que o nariz dele tava ficando vermelho. Igual ao meu -. Eu sempre fui uma má influência pra você. Eu tava tentando mudar isso, mas...

– Feliz? - funguei, limpando o nariz vermelho pré-choro - Castiel, cê é o meu melhor amigo, como que eu ia ficar feliz por perder você, idiota?!

Ele sorriu. - Você só sabia reclamar de mim, idiota.

– Melhor amiga serve pra isso. - falei, me segurando pra não começar a sambar ali mesmo. Tipo, PORRA, o Castiel tá voltando a ser o que era ♥

Então ele foi se aproximando até conseguir me envolver em seus braços e me dar um abraço quase apertado. Só não tão apertado porque ele tava só de toalha e...

PUTA MERDA, O CASTIEL TÁ SEM CAMISA.

E ME ABRAÇANDO.

Ai, droga. A mão dele tá na minha nuca. Minha mão tá nas costas dele. SOCORRO. ESSE ABRAÇO TÁ SENSACIONAL. Esse cheiro de xampu, sabonete de neném (Castiel pode parecer badboy mas eu já vi ele usando Johnson baby, repassem), tá me deixando louca. ME AJUDA, SENHOR.

– Você era a culpada e nem sabia - ele falou baixinho no meu ouvido, enquanto ia me soltando.

Nisso, eu também fui me afastando. Mas não falei nada. Acho que fiquei encantada com o cheiro bom do Castiel já que eu tava boquiaberta, que nem uma bobona. Talvez até fiquei fora de si, eu só conseguia olhar pro cabelo úmido dele. Até eu contornar a linha do queixo dele, com o olhar, e parar na boca. Puts. Alguém me belisca? Fodeu a porra toda. Eu não consigo tirar meus olhos dali.
E eu juro que senti a mão dele, não a que estava na minha nuca/pescoço mas a que estava nas minhas costas, escorregar até a minha cintura. E percebi ele chegar mais perto porque eu consegui sentir ele respirar a poucos centímetros da minha boca.
Juro por tudo que eu vi um esboço de um sorriso malicioso se formar na boca dele, e juro que se eu tivesse mais 5 segundos ali, eu não teria resistido. Mas aí o interfone tocou.

Desviei meu olhar pro lado quando eu ouvi o barulho do interfone. Cast levou uns 10 segundos pra perceber que ele tava tocando. Então ele suspirou, como era do lado da porta, ele atendeu. E, de tão perto que eu tava, consegui escutar:

"Oi amor, abre o portão aqui que eu já vou subir".


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Notas finais do capítulo

SANTO PAI AMADO ~ eu já teria pulado no colo dele, sério çsdlfsd, tem que ser muito strong. E aí a porra da Debrah chega pra estragar tudo, como seeeeeeeempre.

QUEM VAI TACAR OVO NO CABELO DELA COMIGO? hm? hm?