Happy Birthday, Molly escrita por Louise


Capítulo 5
Can't Take My Eyes Off You


Notas iniciais do capítulo

Hey, olha eu aqui de novo! Como vão vocês, meus xuxus? Como eu prometi, a segunda parte do post de hoje. Espero que gostem! Bora pro texto :D



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*Dias atuais, madrugada após o desmaio da Molly*

__ O que aconteceu? – Mary estava aflita. O coração palpitante parecia querer sair do peito, tamanha era a preocupação com a amiga. John, que acabara de ter uma conversa com o médico do hospital, voltara do corredor principal com uma cara de desânimo.

__ Ela está bem. Mas não sabemos o quanto ela vai dormir. Não desmaiou, foi drogada. Estão fazendo exames nas amostras de sangue, em algumas horas saem os resultados.

__ Disseram mais alguma coisa?

__ Não. Disseram para voltarmos para casa, mas que alguém fique aqui com ela. Vamos ter que explicar o que aconteceu, ela vai acordar muito confusa.

__ Eu fico – a voz grave do Holmes mais novo brotou na conversa. Sentado em uma das poltronas da sala de espera, não conseguia pensar em outra coisa a não ser como sua noiva estava. Tentou criar hipóteses, teorias para o acontecido. Mas seu cérebro estava cheio de nuvens carregadas de preocupação, enevoando a vista dos fatos. – Pelo menos isso tenho que fazer.

A loira olhou, um pouco tonta pela atitude do amigo. Sherlock nunca foi o mais afeito a pessoas, e era estranho vê-lo tão preocupado com uma mulher. Molly realmente conseguira fisga-lo.

__ Ahn, tudo bem então – respondeu. – O quarto dela é o 122 A, no terceiro andar. Pelo Amor do Anjo, cuide dela. Vamos passar na Baker Street, arrumar tudo, para quando você voltar. Fique tranquilo.

Mary deixou um beijinho na bochecha de Sherlock, e logo ela e o marido rumaram a saída. De mãos dadas e em completo silêncio, trespassaram a porta do hospital. Mary conjecturava. John já a tinha visto assim antes. Com os olhos pouco cerrados e os lábios apertados, ela ficava linda quando pensava. Entraram no carro, fecharam as portas e saíram.

Uma música calma tocava no rádio, alguma balada dos anos 70. O médico tentava concentrar-se no trânsito caótico, mas fazia questão de pensar no amigo, e em o que ele fizera. Sherlock parecia não entender o verdadeiro significado de um pedido de casamento. Quando a aliança apareceu, dentro da caixinha de veludo, Watson achou que era uma piada – de muito mal gosto, mas uma piada. Depois, começou a se perguntar se aquele não era mais um dos planos do detetive para conseguir resolver um de seus casos, como fizera com Janine, durante o caso de Magnussen. Seria impossível saber, até que tudo aquilo se resolvesse.

A música continuava.

You're just too good to be true

Can't take my eyes off of you

You'd be like heaven to touch

I wanna hold you so much

At long last love has arrived

And I thank God I'm alive

You're just too good to be true

Can't take my eyes off of you

__ Você acha que ele realmente vai… - Mary começou, mas as palavras grudaram na garganta. Mal podia pensar na possibilidade, e logo a imagem da ruiva chorando pelo moreno lhe vinha a mente.

__ Casar com ela?

Ela assentiu.

__ Talvez. Ela, de algum modo, é importante para ele. Nunca os vi tão grudados como nos últimos tempos, parecem melhores amigos, trocando segredos, rindo juntos. Eu diria que ele também, assustadoramente, gosta dela – o médico desabafou. – Só não sei se ele realmente sabe que um casamento é algo que foi feito para ser duradouro. E ele se cansa fácil das coisas.

A loira não respondeu.

Pardon the way that I stare,

there's nothing else to compare

The sight of you leaves me weak

there are no words left to speak

But if you feel like I feel,

please let me know that it's real

You're just too good to be true,

Can't take my eyes off of you

__ Sher...lolly. É um bom nome – ela murmurou, baixo o suficiente para que John não entendesse, fazendo uma cara de interrogação. Ela riu. – Sherlolly.

__ O que vem a ser isso?

__ O nome do casal. Sherlock mais Molly, Sherlolly. Nós temos o nosso, acredite, eu procurei. E você tem fãs, acredita?

__ Eu tenho fãs? – ele riu.

__ Claro que sim! Ou você acha que o ajudante do Detetive Consultor mais famoso de toda Londres não teria um fã-clube?

__ Eu, até alguns segundos atrás, achava que não – John foi sincero.

__ Mas você não tem ideia da quantidade de fã-clubes para o seu amiguinho do chapéu engraçado. Sherlock tem mais de centenas.

__ Só espero que elas não sejam histéricas.

__ Elas são contidas, só não passe perto delas na rua, ou elas não vão te largar – a loira fez o marido rir, porém logo tudo voltou a quietude. De dentro do carro, podiam-se ouvir as buzinas do transito confuso, as vozes das pessoas nas calçadas falando, atarefadas, apressadas com suas rotinas, loucas para o fim do período chegar. Era por volta das seis da manhã quando o carro estacionou diante da Baker Street. O casal desceu, rindo de uma piada qualquer e, de mãos dadas, adentrou o apartamento.

A primeira coisa estranha foi o rádio. O rádio da Sra. Hudson, que, há essa hora, deveria estar obrigatoriamente ligado. Era o horário do primeiro noticiário, e ela jamais perdera uma edição sequer. Estranho, muito estranho. “Ela deve ter dormido além da conta hoje, amor” Mary tranquilizou-o. “Todos estamos cansados e assustados com o que aconteceu a Molls. Ela deve simplesmente ter ficado mais um tempinho na cama”.

Mas o segundo problema veio quando a porta do apartamento de Sherlock se abriu. A cena era dantesca. A sala estava uma bagunça. Todos os livros estavam no chão, as lenhas da lareira espalhadas pelo carpete, a mesa estava em pedaços. Uma das janelas estava quebrada para fora, e uma das poltronas estava deitada.

O mais confuso eram os corpos de Irene Adler e Greg Lestrade, estirados no meio da bagunça, as roupas embebidas em sangue, machucados profundos. Sangramentos nas principais artérias. Muita perda de sangue. Foi um diagnóstico rápido, porém preciso de Watson. Mal conseguia tirar os olhos da cena.

Á aquela hora, estavam mortos.


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Notas finais do capítulo

Somente observo o que vão achar dessa parte, nem vou falar nada (haha). Amanhã sai mais ;)

Beijinhos da ruiva,

Amelia.