PV EDWARD

Uma semana depois...

Cheguei à casa de Bella ao anoitecer, mas percebo que ela não está em casa, peguei a chave reserva que ela esconde num dos vasinhos de plantas da entrada e entrei, encontrei sobre a mesa de centro um bilhete e o peguei.

Edward fui apenas pagar algumas contas, mas acredito que volto antes de você voltar da caçada, de qualquer forma achei melhor te avisar.

Bella.

Assim que terminei de ler ouvi Bella estacionar o carro na entrada de casa.

— Está esperando há muito tempo? – diz ao me ver na sala.

— Acabei de chegar na verdade .- lhe dou um selinho.

— Vou fazer o jantar.

— Eu te ajudo.

— Bella não! – digo tirando o saleiro de sua mão - Você já pôs sal no arroz.

— Já?

— Sim.

— E não tem nenhum um minuto que fez isso. Onde está com a cabeça?

— Ah.. eu er... - Bella olha para os lados nervosa- As aulas já acabaram e eu ainda estou decidindo que faculdade fazer. – diz apontando para a pilha de formulários no balcão na cozinha. - E o curso, eu também não consigo me decidir.

— Não precisa ficar assim, ainda tem algum tempo, por que não vai preenchendo os formulários deixando o espaço do curso em branco depois quando decidir o curso você termina de preencher e deixa que eu termino seu jantar, ok?

— Está bem. – diz Bella se sentando à mesa e começando a preencher os formulários.

— E você, já sabe para qual faculdade vai e o que vai cursar? 

— Adivinha?

— Não tenho ideia.

— Farei o mesmo curso e a faculdade que você.

— E se você não gostar da minha escolha? Melhor ter um plano B.

— Bella eu já tenho três diplomas engavetado, com minha eterna aparência de dezoito anos, eu nunca poderei trabalhar depois de me formar, então não faz diferença no que eu me forme. Mas dessa vez a faculdade não será entediante por que eu terei você ao meu lado. – lhe dou uma piscadinha e Bella me deu um sorriso e voltou a preencher os formulários.

Quando terminei o jantar de Bella ouvi um carro estacionar na entrada da casa dela, era a polícia.

— Edward você pode abrir a porta para mim. – pediu Bella, quando bateram na porta.

— Claro.

— Boa noite! Isabella Dwyer Swan se encontra? – perguntou o policial quando eu abri a porta.

— Sim entre e sente-se, por favor.

O que será que esse policial queria com a Bella?

— Bella vem aqui na sala, por favor. Esse policial quer falar com você. 

— Sim o que deseja?- diz Bella sentando no sofá e me sento ao lado dela.

— Você esteve nas lojas dos Newton hoje a tarde, não é?

— Sim, estive por quê?

— Não sei se já sabe, mas Mike Newton foi encontrado morto há umas duas horas atrás quando a mãe dele foi ajuda-lo a fechar a loja.

— Mike morto? – digo surpreso.

— Nossa! Só tem algumas horas que o vi e agora ele está morto. – diz Bella chocada uns segundos depois.

— Como isso aconteceu? – perguntei.

— Estamos investigando.

Mas ao que tudo indica ele morreu exatamente da mesma forma que aqueles dois homens e uma mulher em Port Angeles e do homem em Seattle há duas semanas. Nos corpos dessas vítimas não tem marcas, nenhuma substância no sangue. Legista algum conseguiu chegar a uma conclusão da causa dessas mortes. — ouvi os pensamentos do policial.

Isso é muito estranho.

— Desculpe, mas o senhor está achando que eu matei o Mike? – Bella fala chocada. Eu segurei sua mão para tranquiliza-la. O policial não estava achando isso.

— Estou apenas tentando desvendar o crime e estou colhendo depoimentos de todos que estiveram na loja hoje, apenas isso. Ainda não há ninguém indiciado, todos são inocentes até que provem ao contrário. Vim apenas lhe fazer algumas perguntas.

— Entendo. – Bella fala mais calma.

— Havia duas câmeras de segurança na loja, a da entrada e a de dentro da loja, mas infelizmente a de dentro não estava funcionando no momento, apenas a de fora que registrou todos que entraram na loja. O que você foi fazer lá? Vi nas câmeras de segurança que saiu sem nada da loja.

— Eu fui comprar botas de caminhada, gosto de fazer trilha, mas não havia minha pontuação. Pedi que Mike me avisasse quando chegasse.

— Lembra-se de algo diferente na loja? Ou se Mike parecia estranho?

— Não senhor, me parecia tudo normal.

E o celular do policial tocou.

— Me deem licença um minuto. – pediu o policial indo ir atender a ligação na entrada da casa.

— Trilha?

— Era uma surpresa, eu ia te levar nas piscinas naturais de La Plush, fazendo o mesmo percurso que eu fazia com meu pai.

— Oh! Posso fingir que não sei de nada.

— Obrigada. – diz Bella me dando um sorriso.

Fiquei feliz de vê-la falar do pai sem tristeza. Sinal de que estava superando.

— Chefe mais um morto foi encontrado, próximo ao posto de gasolina há alguns minutos. O legista nos deu uma estimativa da hora da morte e disse que foi poucos minutos antes da de que Mike morreu e o corpo dele está nas mesmas condições de Mike Newton e os outros três corpos de Seattle e o de Port Angeles. – ouvi o homem falar do outro lado da linha falando com o policial.

— As câmeras do posto pegaram alguma coisa?

— Não. Isso foi a alguns metros além do alcance das câmeras.

— Alguma testemunha pelo menos?

— Infelizmente não.

— Droga! Ainda sim mande fazer buscas, quem sabe esse assassino ainda esteja por perto.

— Ok chefe. – diz encerrando a ligação.

— Bom isso é tudo. – o policial fala após voltar a sala.- E senhorita Swan não saia da cidade sem nos comunicar, posso chamá-la para depor oficialmente.

— Claro avisarei se for o caso. 

— Você tem algo a ver com isso? – me perguntou Bella quando o policial foi embora.

— Porque acho que tenho algo com isso? Estou tão surpreso quanto você com relação à morte de Mike.

— Você vivia dizendo que ia mata-lo. E passou a tarde fora então...

— Falei apenas da boca para fora, isso por que ele insistia em dar em cima de você, mesmo sabendo que é minha namorada. Mas daí a mata-lo tem uma longa distância Bella.

— Você sabe que se tivesse feito eu não o julgaria, você já matou pessoas no passado.

— Eu fiz isso por que tive um momento de descontrole em minha sede, mas já faz oito décadas que adquiri o controle e já falei a você que não quero decepcionar minha família nunca mais, não quero ser um monstro de novo.

— Se quiser dizer a verdade não vou condená-lo.

— Bella eu estou dizendo a verd... – mas desisti de continuar de falar, ela estava estranha de novo. Céus! Preciso descobrir o motivo dela se comportar assim ás vezes.

— Desculpe, eu só estou abalada com tudo. E estou falando besteira. Desculpe-me, por favor.

— Tudo bem amor. – a faço se sentar no meu colo ignorando o seu comportamento estranho.

— Outro corpo foi encontrado nas mesmas condições há alguns minutos próximo ao posto de gasolina.

— Como sabe?

— Ouvi o telefonema.

— Ah! E eles têm pistas dessa vez?

— Não, mas os policiais acham que quem quer que tenha feito isso com eles ainda esteja em Forks.

— Ou talvez já tenha ido, Forks é tão pequena que se tivesse alguma pessoa estranha já teriam percebido. – supôs Bella.

— Ou pode ser alguém daqui. – lancei outra suposição.

— Essa cidade sempre foi tão pacata, acha que teria alguém aqui com esse perfil assassino? 

— Não sei, tudo é possível. Vi na mente do policial que ele se lembrou dos casos em Seattle e Port Angeles eles acham que os casos estão interligados, pois as mortes são parecidas.

E Bella me olhou apreensiva. Decide encerrar o assunto, falar de assassinatos não é um assunto agradável.

— Você precisa jantar. - a lembrei  aproveitando para mudar de assunto.

— Essa situação toda me deixou sem fome.

— Coma apenas um pouco. 

— Está bem.

— Preciso ter certeza logo. – Bella fala ao enxugar as louças do jantar enquanto eu lavava.

— Certeza de que?

— Ah ...er... do que fazer na faculdade.

— Isso está mesmo a preocupando, não é?

— Sim.

— Estamos em dezembro ainda, você tem até o final de janeiro de prazo para enviar os formulários. Tenho certeza que até lá você se decide.

— Será?

— Sim, mas acho que precisa relaxar do jeito que está não irá conseguir decidir nada.

— Acho que está certo.

— Como posso ajudar a relaxa-la?

— Tive uma ideia.

— Que seria?

— Me leva para cama que te digo como.

— É para já. – digo entendendo o que ela queria e a levo rapidamente para o quarto.

— Tão pensativa! Não consegui distraí-la o bastante dos formulários? – falei depois de nos amarmos intensamente.

— Seus olhos estão tão escuros! – diz Bella ao olhar para mim.

— Não é possível, eu cacei hoje a tarde.

— Mas estão.

Me levantei e perdi um pouco o equilíbrio, eu parecia fraco constatei o fato surpreso. Me olhei no espelho e meus olhos estavam bastante escuros mesmo, como se não caçasse há bastante tempo.

Mas o que esta acontecendo comigo?

— Está tudo bem Edward?

— Claro. – disfarço, pois não queria preocupá-la.

— Bella irei caçar, mas me sentiria melhor se dormisse lá em casa, eu não quero que fique sozinha.

— Não é necessário.

— Não a quero sozinha não enquanto esse assassino estiver à solta.

— Não acho que isso acontecerá comigo.

— Você não tem como saber disso.

— Tudo bem eu vou.

Arrumamo-nos e Bella pegou algumas coisas que precisaria e fomos para minha casa.

— Estão sabendo de Mike e dos outros assassinatos? – perguntei a minha família quando chegamos.

— Estávamos debatendo isso acabaram de noticiar na TV. – diz papai.

— Estranho, não? – fala Emmet.

E concordei com ele.

— Descartarmos ser um vampiro por que nos corpos não havia marca de mordida. – diz Jasper.

— Os jornais estão considerando um surto de morte de causas naturais. Mas ninguém aqui acreditou nessa tese que estão divulgando. - diz Rosalie.

— Seus olhos estão tão escuros Edward. – comentou Alice.

— Acho que caçar apenas animais pequenos não foi o bastante.

— Pode ser isso. – Alice fala em tom de dúvida.

— Como eu vou caçar Bella dormirá aqui, não a quero sozinha com esse assassino a solta.

— Eu acho exagero.

— Edward tem razão Bella, não deve ficar sozinha e aqui estará protegida. – diz mamãe.

— Vou indo então.

Amanhã meus amigos médicos ficaram de me dar uma resposta sobre o caso de Bella.— papai fala a mim por pensamento, ele não queria preocupar Bella antes da hora.

Eu assenti discretamente a ele.

— Volto amanhã cedo amor. 

— Ok. - diz Bella e lhe dei um selinho e fui caçar, a sede estava beirando o insuportável.