A luz e a escuridão escrita por Novacullen
Notas iniciais do capítulo
BOA LEITURA!
PV EDWARD
— Bella! – diz a senhora surpresa ao abrir a porta.
— Oi! Vó. - Bella fala timidamente.
— Oh! Minha neta querida que saudades!
A senhora abraça Bella que retribui o abraço meio sem jeito.
— Me perdoe querida, me perdoe pelo o que falei, pelo o que fiz a você, eu só estava sofrendo demais e descontei isso na única pessoa que não merecia.
— Eu entendo vó, foi minha culpa.
— Não foi.
— Claro que foi, meus pais discutiam por minha causa, por isso papai bateu o carro no caminhão.
— Querida o motorista do caminhão dormiu ao volante, foi ele que invadiu a contramão e não seu pai.
— Então não foi por que meus pais estavam discutindo por minha causa.
— Não querida. E mesmo que fosse por isso, não seria sua culpa e sim uma imprudência de seus pais.
— Porque não me disse? Porque me deixou achar que era minha culpa?
— O resultado da pericia saiu tarde demais, tentei te dizer quando saiu, mas você não atendia meus telefonemas. Foi uma fatalidade o que aconteceu, Deus levou seu pai e minha filha, mas me deixou você e sou grata por isso, amo você tanto quanto amo minha filha. Você pode me perdoar?
— Não há nada o que perdoar vó.
— Obrigada querida. Oh! Meu Deus quem é esse belo rapaz? – diz a avó de Bella só agora me notando.
— Vovó Marie esse é Edward meu namorado.
— Prazer em conhecê-lo. –diz estendo a mão, mas eu estava com as malas nas mãos de propósito para evitar o contato, não havia como explicar minha pele fria num calor desses.
— Que falta de educação a minha. Você parado aí com essas malas nas mãos e eu nem ao menos os pedi que entrasse ainda. Vamos entrem, irie acomodar vocês. Vocês ficaram no quarto de Bella lá tem uma cama de casal.
Bella olhou surpresa para a avó.
— Posso ter setenta anos, mas sei que os jovens de hoje em dia vivem o hoje como se não houvesse o amanhã, tenho certeza de que vocês não esperaram pelo casamento.
E as bochechas de Bella ficaram coradas, confirmando as suspeitas da senhora Marie.
— Tudo bem querida, tempos modernos eu posso me acostumar com isso. Venham.
A avó de Bella começa a subir as escadas e Bella segurou o braço dela para ajudar. A senhora Marie sorriu para ela agradecida. E eu subo logo em seguida.
— O quarto está limpo, mas tem de trocar a colcha de cama, já tem alguns dias que as troquei. Eu não sabia que vinham.
— Tudo bem vó, eu as troco.
— Estão naquela gaveta ali. – a senhora Marie apontando para a cômoda.
— Está tudo exatamente como eu deixei. – diz Bella olhando em volta do seu quarto.
— Sempre tive a esperança de que voltasse, queria que soubesse que essa casa nunca deixou de ser sua.
— Obrigada.
— Por nada querida. E ficaram quanto tempo?
— Apenas até domingo de manhã.
— Tão pouco tempo Bella, não podem ficar mais?
— Eu gostaria de poder ficar mais, mas temos aula.
— É claro, ainda é período letivo. Bom, querem algo para comer?
— Obrigada, mas já comemos no avião.
Ainda bem que Bella não está com fome, já vai ser duro comer pelos próximos dias, melhor adiar isso o quanto for possível, só de imaginar o quanto eu vou ter que vomitar por causa disso, já me dá calafrios. Mas o que eu não faço por Bella?
— A casa é de vocês. – a senhora Marie fala olhando principalmente para mim me deixando entender que não sou visita e sim de casa. - Se der fome mais tarde podem atacar a geladeira. Eu vou me recolher agora não tenho mais idade para ficar acordada até tarde.
— Obrigado e boa noite senhora Marie.
— Boa noite! Edward. E Bella, tenha bons sonhos minha doce menina.
E Bella deixou uma lágrima cair.
Vi na mente da senhora Marie que era assim que ela colocava Bella para dormir quando criança.
— Boa noite! Vó. – Bella fala com a voz embargada.
A senhora Marie nos deixou a sós e foi para o quarto dela.
Bella se sentou na cama e começou a chorar.
— Ei está tudo bem. – me sento ao seu lado, a peguei no colo e a abracei. – Porque está chorando?
— De alívio, não foi minha culpa.
— Eu falei a você que era apenas uma fatalidade.
— Sim, e desculpe não ouvi-lo.
— Tudo bem.
— Preciso trocar a colcha.
— Deixa que eu faço isso.
— Ok, eu vou tomar um banho então.
Já era o terceiro dia que estávamos aqui e eles se passaram rapidamente, por que a senhora Marie conseguia ser tão divertida quanto Bella, aliás elas se pareciam muito. É uma pena termos de voltar amanhã, eu iria sentir falta dela.
— Queridos eu trouxe um refresco e bolo para vocês.
A senhora Marie, coloca a bandeja na mesa do terraço.
Quando o coração dela passou a bater erraticamente.
— Essa não! - corro até a senhora Marie e a pego antes que fosse ao chão.
— VÓ.- ouvi o grito desesperado de Bella.
Levo à senhora Marie para dentro e a deitei no sofá.
— Vó. – Bella fala se ajoelhando ao lado dela.
— Não chore querida. – pedi a senhora Marie com a voz fraca. - Chegou minha hora.
— Liga para a emergência Edward. – me pediu Bella de maneira urgente.
— Não precisa Edward. - diz a senhora Marie.
— Não é hora de trazer a teimosia dos Dwyer à tona vovó. – Bella fala irritada com o pedido da avó.
— Eu não estou. Mas eu sinto que meu tempo nesse mundo acabou. Vou me juntar a seu avô e sua mãe e juntos a vigiaremos você lá de cima. Eu amo você querida.
Infelizmente a senhora Marie estava certa a hora dela havia chegado. Eu podia perceber isso, pelos sinais vitais dela, cada vez mais fracos.
— Eu também amo você vó.
— Obrigada por você ter vindo e me dado à oportunidade de ver você antes de partir.
— Vó não me deixa eu só tenho você.
— Não minha querida, você tem Edward, vejo o quanto ele ama você, ele irá protegê-la e fazê-la feliz. Cuide de Bella Edward você tem um tesouro nas mãos.
— Eu sei e eu vou cuidar, eu prometo.
— Sejam felizes queridos. – desejou a senhora Marei fechando os olhos para sempre.
— Não vó. Não me deixa, por favor, VOVÓ.
Peguei Bella no colo me sentando com ela na poltrona a abraçando. Ela chorava tanto que tremia.
— Eu sei que doí meu amor. Mas vai passar.
Foi quando minutos depois ouvi um carro se aproximando, era a minha família.
— Oh! Minha querida.
— Esme? – Bella fala confusa aos vê-los ali, mas estava triste demais para questionar.
— Você tem a gente, também somos sua família.
— Eu sei e obrigada.
Pus Bella sentada no sofá, minha família também queria consola-la. E aproveitei e puxei Alice para um canto.
— Você sabia Alice. – a acusei.
— Sim. Vi isso acontecer quando Bella decidiu visitar a avó.
— Porque não me falou?
— Você não ia consegui disfarçar isso de Bella e acredite foi melhor ela vir sem saber, assim ela aproveitaria realmente cada momento ao lado da avó, se ela viesse sabendo, esses dias não teriam sido tão bons.
— Você está certa desculpe minha reação.
—Tudo bem, eu entendi. Está tudo certo com a funerária eles já estão vindo busca-la. – Alice fala olhando para a avó de Bella no sofá.
Minha mãe sabiamente já havia levado Bella para a cozinha, meu pai ficou responsável por falar com o pessoal da funerária, eles agilizariam o processo a senhora Marie seria enterrada no finalzinho da tarde.
Fui ver como estava Bella.
Depois que a senhora Marie foi levada Bella não quis conversar mais, subiu para o quarto e ficou na cama apenas chorando, fiquei com ela a consolando. Não quis comer nada o dia todo apesar de toda minha insistência, e quando deu o momento de irmos ao funeral se arrumou em silêncio e assim permaneceu durante o trajeto e enquanto ouvia as palavras do padre.
— Eu te amo vovó, você me fará muita falta, mas sei que está mais feliz agora que você deve estar com a mamãe e o vovô. – diz Bella jogando uma rosa branca sobre o caixão.
Como a vida pode fazer um anjo sofrer tanto? Me indaguei indignado ao enxugar as lágrimas de minha Bella.
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ATÉ SÁBADO QUE VEM!