Tudo Aconteceu em Um Inverno - Dramione escrita por Grind


Capítulo 9
Capítulo 8 - Lua de Mel




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Tudo Aconteceu em um Inverno - Dramione / Capítulo 8 - Lua de Mel

POV Draco Malfoy

Eu observava atento enquanto Hermione abria os olhos com dificuldade, incomodada pela luz que invadia o quarto através da janela. Ela se espreguiçou, virou o corpo de lado ficando de frente pra mim encaixando as duas mãos embaixo do rosto, franziu o cenho e abriu os olhos. Dando de contra com o meu olhar, ela se acomodou melhor e sorriu, piscando algumas vezes antes de voltar a olhar pra mim.

– Bom dia - Disse, a voz rouca pelo sono.

– Bom dia - Respondi baixinho ainda com o olhar fixo em seu rosto.

– Você está acordado faz tempo? - Ela se espreguiçou outra vez.

– Não - balancei a cabeça levemente.

– Por que não levantou? Não foi tomar café? As crianças já devem estar acordadas.

– Eu não quis, eu... - Hesitei e suspirei - Não queria deixar você sozinha.

Ela fechou os olhos sorrindo.

– Eu não ia estar sozinha. você ia estar apenas alguns passos de distância.

– Eu sempre estive alguns passos de distância de você - Bufei contrariado - E isso sempre me perturbava.

Ela suspirou enquanto se sentava.

– Não seja tão melodramático, eu estou aqui agora não estou?

Eu abaixei a cabeça e fechei os olhos quando senti sua mão passando com delicadeza em meio aos meus cabelos.

– Você se prende demais ao passado Draco, você me fez me prender demais ao passado, precisamos aprender a deixar isso de lado.

– Se fosse tão fácil quanto falar Herms, eu já estaria feliz.

– Não está feliz agora? - Sua mão se afastou e eu ergui o rosto para olhar em seu rosto. Ela parecia curiosa.

Suspirei enquanto me aproximava e colocava meu rosto perto do seu.

– Eu não poderia estar mais feliz Herms - Eu passei um das mãos em seu rosto e afim de tirar uma mecha de cabelo insistente em cair em seus olhos. - Eu só queria poder ter evitado tudo que aconteceu, todos os momentos por quais passamos. - Eu afundei o rosto em seu pescoço e sua mão voltou aos meus cabelos - Ter evitado todo e qualquer tipo de sofrimento pela qual eu tenha feito você passar.

Ela riu baixinho no meu ouvido.

– O que passou, passou. Deixe de lamentar pelo leite derramado, aúnica coisa que eu quero agora é sossego.

Suspirei outra vez, erguendo melhor o corpo enquanto a abraçava apertado.

(...)

POV Hugo Malfoy

– Cadê a mãe e o pai? - Perguntei, franzindo o cenho quando encontrei Scorpius esparramado no sofá com um livro e Rose sentada na poltrona acordando entre um cochilo e outro.

– No quarto. - Rose respondeu permanecendo com os olhos fechados.

Eu voltei a franzir o cenho visivelmente confuso.

– Eles não acordaram?

– Bom, se acordaram a gente não sabe, nenhum dos dois apareceu pra tomar café da manhã , ou para almoçar. O quarto do pai tá trancado desde da hora que acordamos.

– Trancado?

Scorpius me lançou um sorriso perverso.

– E mamãe não está no quarto dela, aparentemente, ela nem dormiu lá - Rose completou.

– O que estão insinuando?

– Bom, aparentemente o plano do Scorpius deu certo. Nada que uma certa pressão constante nos dois não fizesse tudo entrar nos eixos.

–Três vivas para mim?

– Menos Scorpius.

– E o que fazemos agora? - Cruzei os braços incomodado.

– Esperamos - Rose suspirou.

– Caso eles dessam brigados, basta você ir atrás do pai de novo fazer seja lá o que você tenha feito e se bobiar eles até casam de novo.

– Menos Scorpius.

– Mas vocês não acham que foi muito rápido?

– Por que tanta desconfiança Hugo? - Rose enfim olhou pra mim.

Suspirei.

– Eu conheço nossa mãe, basta um comentário do pai pra ela recuar outra vez.

– Bom se isso acontecer - Scorpius endireitou a postura fechando o livro - Vamos ter que nos envolver e colocar juízo na cabeça dela.

Eu ri.

– Vai por mim, quando a mãe cisma com algo, ela é pior que o pai.

(...)

POV Hermione Granger

Eu coloquei a cabeça sobre o peito de Draco enquanto seus dedos passeavam pelos meus ombros.

– Eu estava precisando disso sabia?

– Disso o quê? - Fechei os olhos enquanto escutava seu coração bater acelerado.

– Desse carinho - Seu tom de voz diminuiu - Essa sensação de..

– Ser amado.

Ele riu.

– Eu estou muito emotivo hoje, a culpa é toda sua.

– Minha culpa? - Eu ri também erguendo a cabeça.

– É claro, você me deu cinco filhos, eu virei uma pessoa extremamente sensível agora, eu sou capaz de chorar a qualquer momento do dia dependo dos fatos.

Fui obrigada a rir outra vez.

– É claro, como se você tivesse criado todos eles sozinho.

– Isso foi uma indireta?

– De forma alguma - Minha voz soou cínica quando voltei a me deitar. Ele ergueu o corpo para olha pra mim.

– Eu ajudei tá sua ingrata? Eu ajudei a criar todos menos os gêmeos no inicio, e eu que fiquei com a guarda da Rose e do Scorpius.

– Grande consolo - Aquilo estava se tornando divertido - Tem duas crianças pequenas esperando la em casa sabia?

– Eu passo lá todo final de semana!

– E os outros seis dias? - Ergui uma sobrancelha escondendo um sorriso, ele estava levando o assunto a sério.

– Espera, foi você quem disse na frente do juiz que preferia que eu ficasse só um dia com eles na semana, e a julgar a sua ' influência' é obvio que ele favoreceu a você.

– Está dizendo que eu burlei as leis pra evitar que você passasse mais tempo com os gêmeos?

– Não coloque palavras na minha boca, mas você entendeu perfeitamente o que eu quis dizer.

Eu comecei a rir.

– Do que está rindo? Não tem nada de engraçado em tudo isso.

– Ah meu Deus, e de que maneira eu poderia te impedir se você passasse no meio da semana ao invés do sábado?

Ele se calou.

– Você sabe que eu sou certinha demais pra armar barraco, e que seria completamente sem sentido já que você é pai deles.

– Por que não disse isso pra mim antes.

– Eu tinha que dizer?

Ele se calou olhando pra mim sem se conformar com as próprias atitudes.

– Ah Draco, logo você que sempre se julga tão ousado? Estava tão preocupado em não manchar seu nome que obedeceu tudinho?

– Então está me dizendo que tudo isso era uma armadilha pra que eu passasse na sua casa enquanto os gêmeos estavam na escola e usasse isso como desculpa pra te ver?

Eu me calei e ele sorriu maleficamente.

– Você me considera tão previsível assim Granger?

Eu senti meu rosto queimar.

– Não coloque palavras na minha boca Malfoy, eu jamais pensei nisso.

Ele se aproximou.

– Ah, mas com toda certeza - Ele mordeu o lábio inferior sem evitar sorrir - Você considerou como uma possibilidade.

– Eu não sei de onde você tira essas ideias loucas - Virei o rosto evitando seu olhar, que parecia me devorar com os olhos.

Ele começou a espalhar beijos pelo meu pescoço de forma suave.

– Sua mentirosa - Sussurrou ao pé do meu ouvido e os pelos da minha nuca se arrepiaram, contente com a reação causada seus beijos foram subindo, espalhando-os pelo meu rosto, queixo, olhos e testa. Para me provocar, leves selinhos no canto da boca, aproximou seu corpo mais do meu, parou e sorriu.

Maneou a cabeça para o lado como se duvidasse de alguma coisa.

– Eu não posso ser tão previsível assim.


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