Tudo Aconteceu em Um Inverno - Dramione escrita por Grind
Tudo Aconteceu em um Inverno - Dramione / Capítulo 8 - Lua de Mel
POV Draco Malfoy
Eu observava atento enquanto Hermione abria os olhos com dificuldade, incomodada pela luz que invadia o quarto através da janela. Ela se espreguiçou, virou o corpo de lado ficando de frente pra mim encaixando as duas mãos embaixo do rosto, franziu o cenho e abriu os olhos. Dando de contra com o meu olhar, ela se acomodou melhor e sorriu, piscando algumas vezes antes de voltar a olhar pra mim.
– Bom dia - Disse, a voz rouca pelo sono.
– Bom dia - Respondi baixinho ainda com o olhar fixo em seu rosto.
– Você está acordado faz tempo? - Ela se espreguiçou outra vez.
– Não - balancei a cabeça levemente.
– Por que não levantou? Não foi tomar café? As crianças já devem estar acordadas.
– Eu não quis, eu... - Hesitei e suspirei - Não queria deixar você sozinha.
Ela fechou os olhos sorrindo.
– Eu não ia estar sozinha. você ia estar apenas alguns passos de distância.
– Eu sempre estive alguns passos de distância de você - Bufei contrariado - E isso sempre me perturbava.
Ela suspirou enquanto se sentava.
– Não seja tão melodramático, eu estou aqui agora não estou?
Eu abaixei a cabeça e fechei os olhos quando senti sua mão passando com delicadeza em meio aos meus cabelos.
– Você se prende demais ao passado Draco, você me fez me prender demais ao passado, precisamos aprender a deixar isso de lado.
– Se fosse tão fácil quanto falar Herms, eu já estaria feliz.
– Não está feliz agora? - Sua mão se afastou e eu ergui o rosto para olhar em seu rosto. Ela parecia curiosa.
Suspirei enquanto me aproximava e colocava meu rosto perto do seu.
– Eu não poderia estar mais feliz Herms - Eu passei um das mãos em seu rosto e afim de tirar uma mecha de cabelo insistente em cair em seus olhos. - Eu só queria poder ter evitado tudo que aconteceu, todos os momentos por quais passamos. - Eu afundei o rosto em seu pescoço e sua mão voltou aos meus cabelos - Ter evitado todo e qualquer tipo de sofrimento pela qual eu tenha feito você passar.
Ela riu baixinho no meu ouvido.
– O que passou, passou. Deixe de lamentar pelo leite derramado, aúnica coisa que eu quero agora é sossego.
Suspirei outra vez, erguendo melhor o corpo enquanto a abraçava apertado.
(...)
POV Hugo Malfoy
– Cadê a mãe e o pai? - Perguntei, franzindo o cenho quando encontrei Scorpius esparramado no sofá com um livro e Rose sentada na poltrona acordando entre um cochilo e outro.
– No quarto. - Rose respondeu permanecendo com os olhos fechados.
Eu voltei a franzir o cenho visivelmente confuso.
– Eles não acordaram?
– Bom, se acordaram a gente não sabe, nenhum dos dois apareceu pra tomar café da manhã , ou para almoçar. O quarto do pai tá trancado desde da hora que acordamos.
– Trancado?
Scorpius me lançou um sorriso perverso.
– E mamãe não está no quarto dela, aparentemente, ela nem dormiu lá - Rose completou.
– O que estão insinuando?
– Bom, aparentemente o plano do Scorpius deu certo. Nada que uma certa pressão constante nos dois não fizesse tudo entrar nos eixos.
–Três vivas para mim?
– Menos Scorpius.
– E o que fazemos agora? - Cruzei os braços incomodado.
– Esperamos - Rose suspirou.
– Caso eles dessam brigados, basta você ir atrás do pai de novo fazer seja lá o que você tenha feito e se bobiar eles até casam de novo.
– Menos Scorpius.
– Mas vocês não acham que foi muito rápido?
– Por que tanta desconfiança Hugo? - Rose enfim olhou pra mim.
Suspirei.
– Eu conheço nossa mãe, basta um comentário do pai pra ela recuar outra vez.
– Bom se isso acontecer - Scorpius endireitou a postura fechando o livro - Vamos ter que nos envolver e colocar juízo na cabeça dela.
Eu ri.
– Vai por mim, quando a mãe cisma com algo, ela é pior que o pai.
(...)
POV Hermione Granger
Eu coloquei a cabeça sobre o peito de Draco enquanto seus dedos passeavam pelos meus ombros.
– Eu estava precisando disso sabia?
– Disso o quê? - Fechei os olhos enquanto escutava seu coração bater acelerado.
– Desse carinho - Seu tom de voz diminuiu - Essa sensação de..
– Ser amado.
Ele riu.
– Eu estou muito emotivo hoje, a culpa é toda sua.
– Minha culpa? - Eu ri também erguendo a cabeça.
– É claro, você me deu cinco filhos, eu virei uma pessoa extremamente sensível agora, eu sou capaz de chorar a qualquer momento do dia dependo dos fatos.
Fui obrigada a rir outra vez.
– É claro, como se você tivesse criado todos eles sozinho.
– Isso foi uma indireta?
– De forma alguma - Minha voz soou cínica quando voltei a me deitar. Ele ergueu o corpo para olha pra mim.
– Eu ajudei tá sua ingrata? Eu ajudei a criar todos menos os gêmeos no inicio, e eu que fiquei com a guarda da Rose e do Scorpius.
– Grande consolo - Aquilo estava se tornando divertido - Tem duas crianças pequenas esperando la em casa sabia?
– Eu passo lá todo final de semana!
– E os outros seis dias? - Ergui uma sobrancelha escondendo um sorriso, ele estava levando o assunto a sério.
– Espera, foi você quem disse na frente do juiz que preferia que eu ficasse só um dia com eles na semana, e a julgar a sua ' influência' é obvio que ele favoreceu a você.
– Está dizendo que eu burlei as leis pra evitar que você passasse mais tempo com os gêmeos?
– Não coloque palavras na minha boca, mas você entendeu perfeitamente o que eu quis dizer.
Eu comecei a rir.
– Do que está rindo? Não tem nada de engraçado em tudo isso.
– Ah meu Deus, e de que maneira eu poderia te impedir se você passasse no meio da semana ao invés do sábado?
Ele se calou.
– Você sabe que eu sou certinha demais pra armar barraco, e que seria completamente sem sentido já que você é pai deles.
– Por que não disse isso pra mim antes.
– Eu tinha que dizer?
Ele se calou olhando pra mim sem se conformar com as próprias atitudes.
– Ah Draco, logo você que sempre se julga tão ousado? Estava tão preocupado em não manchar seu nome que obedeceu tudinho?
– Então está me dizendo que tudo isso era uma armadilha pra que eu passasse na sua casa enquanto os gêmeos estavam na escola e usasse isso como desculpa pra te ver?
Eu me calei e ele sorriu maleficamente.
– Você me considera tão previsível assim Granger?
Eu senti meu rosto queimar.
– Não coloque palavras na minha boca Malfoy, eu jamais pensei nisso.
Ele se aproximou.
– Ah, mas com toda certeza - Ele mordeu o lábio inferior sem evitar sorrir - Você considerou como uma possibilidade.
– Eu não sei de onde você tira essas ideias loucas - Virei o rosto evitando seu olhar, que parecia me devorar com os olhos.
Ele começou a espalhar beijos pelo meu pescoço de forma suave.
– Sua mentirosa - Sussurrou ao pé do meu ouvido e os pelos da minha nuca se arrepiaram, contente com a reação causada seus beijos foram subindo, espalhando-os pelo meu rosto, queixo, olhos e testa. Para me provocar, leves selinhos no canto da boca, aproximou seu corpo mais do meu, parou e sorriu.
Maneou a cabeça para o lado como se duvidasse de alguma coisa.
– Eu não posso ser tão previsível assim.
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