Amor de Pai - RxHr escrita por Verônica Souza


Capítulo 13
Capítulo 13




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/483838/chapter/13

Rony acordou com uma coruja batendo em sua janela. Com apenas um pulo ele abriu a janela e pegou a carta que estava com ela. Abriu rapidamente, devorando as palavras que tinham sido escritas:



“Oi meu amor,

Espero que todos estejam bem. Ontem me aproximei do tal homem e ele é realmente desprezível. Como os Malfoy. Hoje irei almoçar com ele, não posso dizer muita coisa por aqui. Não se preocupe logo eu estarei aí. Estou realmente morrendo de saudades. Diga pra Mia que eu mandei um grande beijo para ela. E não esquece que eu te amo está bem?

Com amor, Hermione.”



Rony largou a carta em cima da mesinha de seu quarto. Olhou para Mia dormindo tranquilamente em sua cama. Queria afastar os pensamentos ruins, como Hermione almoçando com um homem perigoso, e para piorar, como os Malfoy. Com certeza ele estava dando em cima de sua noiva, e Rony não ficava nem um pouco feliz com isso.






–-------------------------------------



Hermione olhava pela janela, observando a linda vista. Ela se lembrou do tempo que morava na França, e como foi difícil ficar longe de Rony. Mas finalmente tudo estava se resolvendo, e eles estavam a poucos passos de serem felizes para sempre. Ela ouviu batidas na porta, e se ajeitou rapidamente. Correu até a porta e a abriu, erguendo as sobrancelhas para o homem em sua frente.

– Bom dia Nicholas. – Ela disse divertida.

– Oi. – Ele disse frio. – É... Harry me pediu para... Ver se você... Estava bem. – Ele olhou para ela de cima em baixo, e Hermione pôde jurar que os olhos dele brilhavam.

– Diga que eu estou bem. – Ela sorriu e ele rapidamente se recompôs, voltando a olhá-la com desprezo.

– Ótimo. E tome cuidado. – Sua voz ficou mais mansa.

– Diga a Harry que eu vou tomar cuidado, ele não precisa se preocupar.

– Harry não me mandou dizer isso, eu estou dizendo. – Ele disse rapidamente, antes de se virar e sair andando pelo corredor. Hermione ficou digerindo aquela estranha cena por uns instantes, antes de fechar a porta e terminar de se arrumar.






–---------------------------------



Hermione chegou até o saguão, e avistou Pierre, que estava próximo dela. Ela andou até a mesa, e ele rapidamente se levantou.

– Está... Magnífica Madeline. – Ele sorriu indo até ela e puxando a cadeira para ela sentar.

– Obrigada. – Ela sorriu e se sentou.

– Fico feliz por estar aqui de novo.

– Eu queria saber mais sobre você... – Ela sorriu. – Sobre sua família... – Ela colocou sua mão por cima da dele.

– Bom... Venho de uma família rica... – Ele disse orgulhoso e Hermione logo imaginou que sua família era apenas de sangues puros.

– E qual é o negócio da família?

– Hum... Acho que está indo rápido demais. – Ele riu e Hermione forçou um sorriso. Olhou para o lado e viu que Harry e Nicholas estavam sentados em uma mesa afastada, olhando atentamente para ela.





–---------------------------



Rony desceu as escadas da Toca e viu Gina sentada na sala, com uma carta na mão.

– Harry te mandou? – Ele perguntou sentando-se ao lado dela.

– Sim. – Ela dobrou a carta. – Não disse muita coisa.

– Hermione também não.

– Pior que nem podemos responder.

– É...

– Acha que eles estão bem?

– Eu espero que sim. – Rony respirou fundo. – Hermione se encontrou com o homem ontem à noite.

– Mesmo? E aí?

– Ela disse que não deu pra descobrir muita coisa, e provavelmente eles estão almoçando agora.

– Hermione é esperta, vai ficar tudo bem.

– Tomara. – Ele forçou um sorriso.






–-------------------------------


– O almoço estava excelente Pierre. – Hermione disse se levantando. – Mas tenho que ir.

– Mas já? – Ele também se levantou.

– Sim... Desculpe. É que tenho que encontrar com uma amiga. – Ela mentiu. Sabia que não ia descobrir mais nada daquele jeito. Ele não poderia saber que ela era uma bruxa, e por isso ele não iria entrar em mais detalhes. Precisava conversar com Harry.

– Então, eu te acompanho até o seu quarto.

– Está bem... – Ela olhou para Harry, e com os olhos, apontou para o andar de cima.

Os dois entraram no elevador, e Hermione sentiu o medo percorrer pelo seu corpo. Tentou ao máximo não parecer desconfortável, e quando as portas se abriram, ela rapidamente saiu do elevador.

– Bom, meu quarto é aqui... – Ela sorriu. – Nos vemos depois.

– Você vai me ligar?

– Sim. – Ela sorriu. – Au Revoir. – Ela se virou e saiu andando, entrando rapidamente no seu quarto e fechando a porta. Não poderia continuar com aquilo. Além de não descobrir nada, ela estava correndo um sério perigo. Ele estava começando a se sentir atraído por ela, e isso era mal. Ela resolveu mandar uma mensagem para Harry, dizendo que queria desistir. Ela tirou o seu colar, e quando estava prestes a enviar a mensagem, ouviu alguém bater em sua porta. Ela colocou o colar na escrivaninha, e foi abrir a porta.

– Pierre? Er... O que foi? Esqueceu alguma coisa? – Ela sorriu nervosa.

– Sim. – Ele pegou sua varinha e apontou para ela. – Você vem comigo Granger.






–--------------------------------


Harry bateu na porta do quarto duas vezes. Ninguém atendeu. Ele olhou para Nicholas, que também não estava entendendo. Eles sabiam que Hermione estaria lá dentro. Harry sentiu seu corpo ficar frio, e tentou bater mais uma vez. Ninguém atendeu. Ele e Nicholas se afastaram. Harry pegou sua varinha e apontou para a porta, que com um barulho de estouro se abriu. Eles entraram correndo no quarto. Estava vazio.

– Como...? – Harry perguntou olhando para os lados.

– Harry! – Nicholas o chamou. – Ele descobriu. – Ele pegou o colar em cima da mesa da escrivaninha. Harry prendeu a respiração. Ele tinha seqüestrado Hermione.








–--------------------------------

Hermione abriu os olhos e olhou em volta. Sua cabeça parecia que ia explodir. Suas vistas ainda estavam embaçadas, ela tentava, mas não se lembrava de nada. Ela se sentou, percebendo que estava em um gramado. Ela olhou em volta e viu que estava em uma espécie de bosque. Levantou-se, procurando sua varinha, e então se lembrou que sua varinha tinha ficado no bolso de sua calça, no quarto do hotel.

– Olha só quem acordou... – Hermione se virou e deu de cara com uma varinha apontada para ela.

– O que está acontecendo? – Ela perguntou brava.

– Quem deveria estar nervoso era eu. Na verdade... Eu estou sim, muito nervoso. Achou que me enganava. – Ele sorriu. – Acha que sou tão idiota a ponto de não reconhecer a brilhante Hermione Granger? Mesmo que esteja mais... Atraente. – Ele sorriu e Hermione fez cara de nojo.

– Onde estamos?

– Estamos prestes a encontrar com... Digamos assim... Minha chefe. – Ele sorriu.

– Sua chefe?

– Sim... Só estou esperando o momento. – Ele olhou pra uma caixa que estava no chão.

– Ah... É a chave de um portal.

– Isso mesmo Granger. Dez pontos para a sabe-tudo de sangue ruim da Grifinória. – Ele riu e Hermione o olhou com raiva.

– Por que temos que ir onde você quer?

– Hum... Veremos. Eu tenho a varinha, posso usar qualquer tipo de feitiço contra você, posso obrigá-la como fiz com todos os outros que ataquei...

– Mas por que eu? Eu não tenho utilidade nenhuma pra você.

– Tem razão... Mas será como uma isca.

– Uma isca pra quem?

– Pro seu namoradinho e seu amigo Potter. Digamos que é um seqüestro.

– Como “digamos”? É um seqüestro seu idiota!

– Uh... Não fique nervosa. – Ele sorriu e passou a mão no rosto dela, que se afastou. – Quem sabe se você se comportar podemos ficar juntos?

– É uma piada não é? – Ela riu. – Rony e Harry nunca irão cair nessa.

– Bom... Se não caírem... Temos um segundo plano... Sua filha se parece muito com você Hermione.

– Não... Toque... Nela. – Respirou fundo, contendo sua raiva.

– Então é melhor torcer para que seu amigo idiota traga o que eu preciso. – Eles olharam para a caixa que estava no chão e se acendeu. – Vamos, está na hora.

– Eu não vou tocar nisso... – Mas antes que ela continuasse, ele a puxou pelo pulso, fazendo com que sua mão encostasse no portal. Logo depois teve a sensação de ser puxada.





–---------------------------------



– Rony... Eu queria te perguntar se... – Gina apareceu na porta do quarto dele, e ele estava se arrumando. – Aonde vai?

– Hermione não me mandou mais cartas hoje.

– Harry também não. O que tem isso?

– E ela prometeu que ia mandar todos os dias. Alguma coisa aconteceu.

– Deixa de ser neurótico Rony, quem tinha que estar assim era eu e não você. E conheço muito bem essas coisas... Eles sempre dizem que irão escrever, mas então ficam focados demais na missão e nem se lembram.

– Hermione é diferente. – Ele pegou sua varinha e colocou no bolso. – Eu preciso pelo menos saber se ela está bem.

– E posso saber como você vai até lá sem ao menos saber onde é?







–----------------------------


Harry andava de um lado para o outro no quarto, tentando entender o que estava acontecendo. Eles sabiam que o plano tinha falhado, e Hermione tinha sido realmente seqüestrada. Mas pra onde eles tinham ido?

– Nada faz sentido... – Harry se sentou cansado na cama.

– Mas tem que fazer sentido Harry! Nós temos que achá-la! Não podemos deixar ela nas mãos daquele maluco. – Pela primeira vez Harry viu Nicholas tão aflito. Ele ergueu os olhos para olhá-lo, e ele corou imediatamente.

– Olha, o que temos que fazer é pensar com clareza... E não deixarmos que isso se espalhe... Principalmente para... – Harry viu a porta se abrindo. Rony estava parado em sua frente com o rosto preocupado. – Rony?

– Onde está Hermione? – Ele olhou pelo quarto.

– Espera... Como... Por que...?

– Kingsley me colocou na chave do portal, e me deu isso. – Ele apontou para uma medalha. – Ela serve como rastreador, parece. Eu rastreei o de Hermione, e vim parar aqui, mas ela não parece que está aqui. – Ele ergueu as sobrancelhas.

– E como você passou pela recepção? – Nicholas perguntou friamente. Rony o encarou por alguns segundos, e Harry se colocou no meio dos dois disfarçadamente.

– Eu apenas entrei... Os trouxas não ligam muito para segurança. Agora querem, por favor, me dizer onde está Hermione? – Ele começava a ficar nervoso.

– Rony, é... Melhor se sentar. – Harry disse calmamente.

– Pra que?

– Sente-se... Deve estar cansado e...

– Eu não vou me sentar Harry! – Ele aumentou o tom de voz. – Se um de vocês dois não me disserem onde Hermione está eu juro que...

– Não... Espera Rony! Eu... Eu vou contar.

– Então me diz. Onde ela está?

– Ela... Ela... – Harry olhou para Nicholas, e respirou fundo tomando coragem. – Ela foi seqüestrada.






–--------------------------

O lugar em que Hermione estava era estranho. Parecia que estava em uma pintura. Havia várias montanhas ao redor, e também pequenos rios passando pelo caminho. Ela viu que Pierre ainda estava com a varinha apontada para ela e revirou os olhos.

– Não desistiu ainda? Eles não virão.

– Lógico que virão. – Ele sorriu. – Anda, vamos pra lá. – Ele apontou para uma caverna no topo da montanha.

– Lá? Mas está longe! Vamos levar dias para chegar até lá!

– E daí? Assim terá mais tempo para os idiotas encontrarem a gente. Vai! – Ele empurrou o ombro dela e Hermione começou a andar.

– Pelo menos posso tirar os meus sapatos? – Ela perguntou olhando para ele.

– Argh... Anda logo com isso. – Ele ainda apontava a varinha para ela.

Hermione tirou suas sandálias, e os dois continuaram a andar. Sem que ele percebesse, ela jogou uma das sandálias no chão.





–----------------------------



– Aham... Seqüestrada. – Rony começou a rir. – Sei... E quais são as chances disso acontecer com mais de quinze aurores trabalhando por aqui?

– Bom... Pensávamos que não existia possibilidade, mas estávamos enganados. – Harry disse sério e o sorriso no rosto de Rony desapareceu. Ele olhou para Nicholas que estava inquieto do outro lado do quarto.

– Só pode estar brincando... – Rony se levantou.

– Rony... Fica calmo... Nós vamos achá-la e... – Harry foi interrompido com um barulho alto de Rony socando o armário.

– Ficar calmo? – Rony perguntou virado para o armário. – Como pode me pedir pra ficar calmo... Se em uma DROGA DE MISSÃO, VOCÊS DEIXARAM QUE A MINHA NOIVA FOSSE SEQUESTRADA POR UM CARA QUE PROVAVELMENTE É UM ASSASSINO? – Rony gritou e se virou para Harry.

– Não é provavelmente... Agora sabemos que ele é o assassino. – Nicholas falou.

– Você não está ajudando Vincent. – Harry se virou bravo para ele. – Rony, eu sei como está se sentindo... Mas tem que se acalmar. Nós vamos arrumar um jeito de achá-la.

– Ah, mas vamos mesmo! Porque se alguma coisa acontecer com ela eu nunca mais vou te perdoar, Potter. Se não fosse você, ela não estaria aqui hoje! – Rony ficou vermelho. – Espero que já tenha um plano.

– Sim... – Harry disse ainda calmo. – Mas você não vai gostar. Não vai gostar nem um pouco.




–-----------------------------



Estava sentado em frente a sua lareira, apenas com seus pensamentos. A casa estava como sempre silenciosa. Ele tomou um gole do seu conhaque e olhou pela janela. Três rapazes iam em direção à sua casa. Ele se levantou curioso, e pôde perceber que conhecia dois deles. Ouviu batidas fortes em sua porta, e antes de abri-la, ele deu uma olhada no espelho, e ergueu sua cabeça. A porta se abriu, e ele encarou os três homens em sua porta, um a um.

– Posso ajudá-los? – Ele perguntou secamente.

– Pode. – Rony tirou sua varinha do bolso e apontou para o rosto dele. – Me diz onde Hermione está Malfoy.







–---------------------------



– Eu estou cansada. – Hermione reclamou.

– Não me interessa. – Ele continuou andando.

– Se não pararmos eu vou reclamar na sua cabeça o tempo inteiro. – Ela olhou para a varinha apontada para o seu rosto. – Aposto que está cansado de ficar segurando isso.

– Cala a boca. – Ele disse nervoso. – Continue andando.

Hermione aproveitou que ele andou um pouco mais a frente, e arrastou o seu pé no chão, apontando a direção que eles iam.







–----------------------------


– Espera. Estão me dizendo que Hermione foi seqüestrada, e acham que a culpa foi minha? – Draco perguntou. – E por quê?

– Ah... Vamos ver. – Rony disse ironicamente. – Você a odiava na época da escola, chamava ela de sangue ruim para todo mundo que quisesse ouvir...– Ele se aproximou dele com raiva. – ISSO É CULPA SUA! PRA QUE DEU AQUELA MALDITA PEDRA PARA A MINHA FILHA?

–Rony... – Harry segurou em seu ombro.

– Espera aí Weasley! – Draco se afastou. – Do que está falando?

– Harry explica pra ele se não eu vou dar um soco no meio da cara desse fuinha. – Rony se afastou com raiva.

– Sabemos que você entregou a pedra da ressurreição para Mia.

– O que? Quem é Mia?

– Qual é Malfoy, para de fazer piadas. Hermione pode estar em perigo.

– Olha aqui Potter, eu nunca fui tão sincero em toda a minha vida. Eu não sei quem é Mia, muito menos tenho a pedra da ressurreição.

– Nós vimos Malfoy! Não tem como negar. – Rony disse.

– Não foi você que pegou a pedra na floresta? – Harry perguntou.

– Não. – Ele respondeu rapidamente. Harry e Nicholas olharam para Rony.

– Eu acho que ele está falando a verdade.

– Mas eu vi Harry! Era ele! Esse maldito está mentindo! – Rony ficou vermelho.

– Para com isso Weasley! Acha que eu colocaria a vida da Hermione em risco? – Ele parou para pensar no que disse, e corou. Rony foi para cima dele e segurou a gola de sua camisa. Harry e Nicholas se aproximaram tentando segurar ele.

– REPETE! – Rony gritou nervoso.

– EU NÃO FIZ NADA WEASLEY! MAS QUE DROGA! SE QUER TANTO SABER, NÃO ENCONTREI A PEDRA DA RESSURREIÇÃO. A última vez que ouvi falar dela foi quando voltei para casa naquele mesmo dia, e meu pai comentou com minha mãe que Scabior tinha visto a pedra na floresta.

– Impossível! Scabior foi para Azkaban no mesmo dia. – Rony falou.

– Foi solto mês passado. – Harry disse desapontado.

– Espera... E se... Foi Scabior que entregou a pedra para Mia? – Nicholas olhou para Harry, que logo entendeu o que o colega quis dizer.

– Poção polissuco.





–-------------------------------


Gina olhava Mia dormindo com a cabeça em seu colo. Sentiu-se ansiosa para a chegada do bebê. Queria logo saber como ele ou ela seria. Se iria parecer com Harry ou com ela. Sonhou isso desde os seus onze anos, se casar com Harry Potter e ter filhos dele. Ela sorriu. Mal sabia que seu sonho se tornaria real.

Ela escutou um barulho vindo do jardim. Olhou pela janela e não viu nada. Talvez fosse seu pai. Ela deixou para lá, quando ouviu mais uma vez o barulho. Assim que ela olhou, viu que a porta estava aberta. Com cuidado para não acordar Mia, ela se levantou, e foi até a porta para fechá-la.

– Pai? – Ela chamou, mas ele não respondeu. – Mãe? – Também ninguém respondeu. Ela desejou que seus irmãos estivessem em casa naquele momento. Sentiu medo. Ela se preparou para voltar ao sofá, e olhou para a mesa. Sua varinha não estava lá. Antes que ela questionasse só teve tempo de gritar, antes de tudo em sua volta ficar escuro.






–--------------------------


– Só pode ser isso! – Harry andava de um lado para o outro. – Mas temos que saber por que ele quis dar a pedra para Mia.

– E talvez... Pierre tenha levado Hermione com ele porque sabia que nós iríamos atrás dela... – Nicholas falou.

– E com a pedra. – Rony terminou. – Precisamos buscá-la agora!

– Mas não sabemos onde Hermione está!

– Eu... Eu acho que sei. – Draco disse olhando para os três.




–-----------------------


Hermione estava deitada apenas na grama. Sentia um pouco de frio, mas a raiva que ela tinha não deixava prestar atenção nisso. Ela pensou se eles realmente iam atrás dela. Não poderiam saber onde ela estava.

Sentiu-se enjoada. Talvez fosse fome. Ela se levantou e olhou para Pierre, que estava atento olhando para ela.

– O que foi? – Ele perguntou bravo.

– Não estou me sentindo bem...

– Não vem com essa!

– Estou... Falando sério. – Ela ficou em pé, e ele também.

– Não sou idiota Granger! – Ele disse bravo. Hermione correu para o lado, e ele correu atrás com a varinha em suas mãos. Ela se inclinou por cima de um arbusto, e começou a vomitar. Ele se virou com cara de nojo.

Ela terminou, e olhou para ele. Queria água, queria comer, queria uma cama quente, e queria sua filha e seu noivo.

– Eu preciso de água. – Ela disse brava.

Ele a olhou com raiva, e foi até o pequeno rio que tinha ali. Ele se abaixou para pegar água, e Hermione aproveitou para correr, como nunca correu em sua vida.






–-----------------------


Os quatro entraram no Ministério e praticamente correram até a sala de Kingsley. Harry bateu três vezes, e a porta se abriu. Kingsley se levantou e foi até eles.

– O que aconteceu? Por que não estão na missão? – Perguntou aflito.

– Deu tudo errado. Hermione foi seqüestrada. – Harry disse.

– O que? Mas como? E o que Malfoy está fazendo aqui?

– Ele sabe como nos ajudar... Mas precisamos da pedra.

– Eu ainda não consegui saber se ela foi realmente alterada...

– Isso não importa mais Senhor. Precisamos dela urgente.

– Sim, claro. – Ele foi até sua mesa e abriu e a gaveta, pegando a pedra. – Vão rápido. Hermione pode estar correndo perigo. – Ele olhou para Rony e os três balançaram a cabeça afirmando. – Gina e Mia... Estão seguras?

– Sim Senhor. Estão na casa dos meus pais. – Rony disse. No mesmo instante ouviram batidas fortes na porta. Ela se abriu, e Arthur apareceu na sala, totalmente pálido.

– Arthur? O que aconteceu? – Kingsley perguntou e os quatro se viraram para ele.

– Gina e Mia... Levaram as duas.







–--------------------------------

Hermione corria o mais rápido que pôde. Não tinha sinal de Pierre atrás dela. Isso a deixou mais aliviada, mas ela não parou de correr. Ainda se sentia enjoada, e estava muito cansada. Sentiu-se fraca, mas a vontade de sair daquele lugar estranho era maior. Ela parou e pegou um graveto, fazendo uma seta apontando para a direção que estava indo. Logo depois, continuou correndo, em direção a montanha.





–-------------------


– Está se sentindo melhor Harry? – Kingsley perguntou lhe entregando um copo de água. Harry respirou fundo, e estava tão pálido quanto Rony e Arthur.

– Estou... Obrigado. – Ele tremia enquanto bebia a água. Rony não estava diferente dele. Só não queria demonstrar isso na frente de seu pai.

– Eu sabia que isso ia acontecer. – Rony disse apreensivo. – Precisamos ir, agora!

Harry concordou e se levantou, tentando se recompor.

– Boa sorte! – Arthur disse para o filho. – Tomem cuidado.

– Pode deixar pai, nós vamos achá-las e tudo isso vai terminar.

Os dois se olharam por um tempo, até que Rony em um impulso abraçou Arthur. Eles ficaram se abraçando por longos segundos. Rony se separou dele, e respirou fundo.

– Vamos. – Ele disse para os outros, e um por um, eles saíram da sala de Kingsley.







–--------------------------


– Tem certeza que confia nele Harry? – Rony perguntou baixo, enquanto Malfoy andava um pouco mais na frente.

– Só nos resta confiar nele... E ele me pareceu estar sendo sincero.

Rony teve que concordar. Naquela altura tudo o que eles poderiam fazer era confiar em Malfoy.

– É aqui... – Ele parou em frente uma caixa.

– E onde eles estão? – Rony olhou em volta.

– Não seja idiota. – Malfoy respondeu arrogante e Rony o olhou com raiva. – Isso é a chave de um portal.

– E pra onde esse portal vai nos levar? – Nicholas perguntou.

– Eu espero que para onde eu esteja imaginando...



–-----------------------


Hermione não agüentava mais correr. Estava se sentindo exausta, e fraca. Os enjôos voltaram, e ela teve que parar, e encostar-se a uma árvore. Ela começou a chorar inevitavelmente. Sentia medo. Medo do que fosse acontecer com ela, e com os outros. Ela desejou que Rony estivesse ali, fechou os olhos e se sentou, não conseguindo mais ficar em pé.









–Onde estamos? – Rony olhou em volta. O lugar parecia calmo, mas totalmente deserto. Ouviam-se apenas o barulho da água.

– Eles devem estar por aqui. – Draco disse.

– Espera! Como você sabe? – Harry perguntou.

– Eu... Já vim aqui uma vez. Com meus pais... Quando Voldemort retornou.

– E o que é exatamente aqui?

– Vocês irão ver. – Ele começou a andar, e os três o seguiram.

– Espera. – Rony falou e os três pararam. Ele correu na frente, e os três foram atrás sem entender. Ele pegou uma sandália e mostrou para eles. – É da Hermione.

– O que isso quer dizer? – Harry perguntou.

Rony não conseguiu responder. Sentiu medo, e rezou para que Hermione estivesse bem.

– Acho que Hermione é esperta o bastante... – Nicholas falou e Rony o olhou sem entender. Ele apontou para o chão, onde tinha um rastro apontado para frente. – Ela deixou sinais.

Rony sorriu aliviado.







– Aqui estão as garotas. – O homem alto segurou Mia e Gina pelo braço e as empurrou para frente. Mia chorava baixo, enquanto Gina a abraçava tentando acalmá-la.

– Ótimo... – A mulher sorriu. Estava no escuro, Gina não conseguiu distinguir quem era. Mas não gostou nada de sua voz. – Logo os outros estarão aqui com a pedra, e nós podemos continuar.

– Posso... Perguntar uma coisa? – O homem perguntou. Não ouve resposta. – Por que precisa das garotas?

– Por que não há nada melhor do que... Vingança. – Ela saiu do escuro e Gina prendeu sua respiração. A mulher começou a rir, e Mia voltou a chorar ainda mais.






–--------------------------


Hermione não agüentava mais. Tentava levantar, mas não conseguia. Sentia fome, sede e tonteiras. Estava praticamente entregue. Pierre ia encontrá-la, e só Deus sabe o que ia fazer com ela. Ela começou a chorar. Queria desesperadamente que Rony estivesse ali para tranqüilizá-la. Ela fechou os olhos pensando nele e em Mia. Eles estavam em uma casa enorme. Mia brincava alegre no jardim, e ela e Rony estavam abraçados. Os três estavam felizes.

Ela ouviu passos. Não quis abrir os olhos... Se tivesse que morrer, preferia que fosse rápido. Ela continuou com os olhos fechados enquanto os passos se aproximavam. Mas então percebeu que eram vários passos. O vento bateu em seus cabelos, e junto com ele, um cheiro que fez o coração de Hermione bater mais rápido. Ela abriu os olhos, e olhou na direção dos passos.







Rony se assustou quando viu Hermione naquele estado. Uma mistura de raiva e medo passou por ele. Ela estava acabada. Estava pálida e com o rosto molhado, provavelmente de tanto chorar. Ele correu o mais rápido que pôde, deixando os outros para trás.

– Hermione! – Ele gritou enquanto se aproximava dela.

– Rony! – Ela se levantou devagar. Sentiu suas pernas ficarem bambas, e antes que pudesse cair no chão, Rony a segurou. Ele a abraçou, enquanto as lágrimas caíam no rosto dela. Rony se segurou para não chorar, e não sabia explicar a sensação de alívio que sentiu por te-la encontrado. Ele a abraçava forte, passando a mão nos cabelos dela, enquanto ela soluçava em seu ombro. – Está tudo bem... Eu estou aqui. – A voz dele estava trêmula.

Harry parou na frente dos dois, tomando fôlego. Os outros fizeram o mesmo.

– Como você está? Ele te machucou? – Rony olhou para ela, e Hermione negou com a cabeça. – Você está pálida Hermione! Precisamos de água e comida para ela!

– Por aqui... – Malfoy seguiu para a direita. Hermione olhou para Rony, e ele a ajudou a andar.

Os cinco seguiram um caminho, e logo encontraram uma árvore, que incrivelmente tinha todos os tipos de frutas. Logo mais, na frente, passava um pequeno rio com a água cristalina.

Rony ajudou Hermione a ir até o rio, e os dois se abaixaram. Ele a ajudou a beber a água, enquanto Nicholas pegava as frutas para ela. Harry olhava em volta, querendo saber que lugar estranho era aquele. Poderia ser um lugar que ele só viu em seus sonhos, se Malfoy estranhamente não soubesse tanto daquele lugar.

Depois de um tempo Rony se levantou com Hermione, e ele a ajudou a se sentar. Nicholas entregou as frutas para Hermione, e ela começou a comer.

– Se sente melhor? – Rony perguntou.

– Sim. – Ela disse devorando uma maçã.

– Onde está Pierre? – Harry perguntou.

– Não sei... Eu fugi dele. Ele estava me obrigando a ir com ele.

– Ir pra onde?

Ela apontou para a montanha que não estava tão longe como antes.

– Ele ia te levar para lá? – Draco perguntou e Hermione afirmou.

– Por quê? O que tem lá? – Rony perguntou.

– Não sei... Não entrei lá. Mas sei que não é coisa boa.

– Por que veio com ele? – Nicholas perguntou para ela.

– Ele estava com uma varinha... A minha ficou no bolso da calça. Ele estava com a varinha apontada para mim o tempo todo.

– Impossível. Não funciona magia aqui. – Malfoy falou rapidamente.

– Então ele estava me enganando?

– Sim.

– Aquele... – Hermione ficou nervosa e jogou a maçã do outro lado.

– Ok... Então façamos o seguinte... Rony, você vai pra casa com Hermione, e nós três vamos até esse tal lugar que Pierre estava levando ela. Vamos procurá-las lá. – Harry disse.

– Procurar? Quem? – Hermione perguntou.

Os quatro se entreolharam. Rony não queria deixá-la ainda mais abalada, mas não poderia mentir para ela.

– Gina e Mia.

– O que? – Hermione se levantou de uma vez, e Rony a segurou.

– Calma Hermione. – Rony falou.

– Calma? Como calma, Ronald? Quem fez isso com elas? – Os olhos de Hermione ficaram vermelhos.

– Achamos que foi Scabior. – Harry respondeu.

– Scabior? Ele não está preso?

– Estava... Foi solto mês passado.

– Não pode ser... Rony... Não pode ser. – Ela olhou para ele.

– Nós vamos encontrá-las Hermione. Eu prometo. – Ele tentou acalmá-la.

– Eu vou com vocês.

– Não! – Os quatro falaram juntos.

– Como não? É a minha filha que está lá.

– Mas você não tem condições... – Rony falou.

– Rony tem razão. Você não pode se arriscar ainda mais. – Nicholas disse e Rony fechou a cara para ele.

– Você não vai. – Rony falou.

– Vou sim! – Ela o encarou.

– Eu já disse que não! Não vou deixar você em perigo de novo.

– Eu não sou uma criança Ronald! Você não pode me dizer o que fazer.

– Não só posso como vou! Olha pra você Hermione! Olha como você está! Acha que eu deixaria você ficar pior ainda?

– Eu vou, e ponto final!

– Olha vocês querem parar de brigar? – Harry aumentou a voz. – Estamos perdendo tempo com isso! Rony deixe Hermione ir. Mas se você se sentir fraca outra vez, você vai voltar imediatamente, entendeu? – Ele olhou para ela.

– Sim. – Ela disse olhando para Rony e saiu andando.

– Se alguma coisa acontecer com ela, eu te mato. – Rony olhou feio para Harry.

– Não é a primeira vez que você me diz isso. – Ele deu de ombros e os quatro começaram a andar. Seria uma longa caminhada.








Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor de Pai - RxHr" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.