A Filha das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 35
Capitulo Trinta e Cinco


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e se divirtam.



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Lestrange acordou as duas da manhã, aquela hora professora Sinistra estava com alguns alunos da Corvinal, que pediram pra ver o cometa que passaria naquela madrugada e mesmo sendo férias a professora não recusou tal pedido, na Torre de Astronomia.

O corredor do segundo andar estava deserto e a menina andou com todo o cuidado até o gabinete da professora, onde se via uma plaquinha com o nome ‘Aurora Sinistra’, a menina respirou fundo e apontou a varinha pra fechadura.

–Alohomora. –Sussurrou e assim que a porta destrancou respirou aliviada e entrou.

Belinda imaginara que por ser a sala de um professor estaria trancada com magia, mas para sua sorte não estava. Ela correu até a mesa e revirou, deve ter perdido bons 8 minutos ali, o que a preocupava, logo percebeu que o pergaminho não estava em canto algum da mesa e suspirou.

–Calma Lestrange, tem tempo, tem tempo. –Dizia pra si mesma, tentando se acalmar e não abandonar a sala no meio da missão.

Belinda abriu todo pergaminho que encontrava, o que a fez perder mais de meia hora, sendo que a sala era cheia de livros e pergaminhos antigos. A menina já tinha perdido as esperanças e o medo aumentava cada vez mais, o cometa se ainda não houvesse passado, devia estar próximo. Ela abriu o baú que ficava ao lado de uma poltrona e estava semiaberto, olhou alguns pergaminhos e finalmente achou o que procurava.

–Pega. –Comemorou e rapidamente olhou se deixara tudo em ordem.

Lestrange era boa em localizar objetos e retirar sem ser notada, fazia muito isso com os livros de feitiços de Lucius e geralmente os repunha sem ser descoberta. Os gêmeos sempre perguntavam como ela conseguia se salvar de suas confusões e ela ria, mas a verdade é que por ser criada pelos Malfoy acabara aprendendo como sair de determinadas situações perigosas.

Belinda trancou a porta e se afastou, mas quando ia dobrar o corredor, escutou vozes e congelou.

–... realmente muito bonito professora. –Dizia a menina.

–Que bom que gostaram. –Respondeu e os passos aumentaram.

Freddie olhava em volta para toda a parafernália trouxa, seu pai levava muito daquilo pra casa, mas ele não sabia direito o que diabos era um walkman, só sabia que Murilo pedira aquilo exatamente pra tentar atrapalhar, mas pra sua sorte Hermione era uma gênia e lhe explicara um pouco, não que ele tivesse compreendido somente pelo que ela falou, mas sabia que estava atrás de um aparelho pequeno, que tinha uma abertura igual a uma portinha pra colocar uma fita e que tocava musica.

Se passara quase uma hora desde que ele estava ali na sala de Estudos Trouxas mexendo nas coisas da gaveta, quando finalmente encontrou algo que batia com a descrição que Hermione fizera, era preto e meio robusto, com quatro botões cinza e um vermelho na parte de cima, testou todos e um deles fez uma portinha se abrir e revelar uma fita.

–Achei. –Comemorou e logo jogou tudo de volta na gaveta e saiu rapidamente.

Belinda voltou correndo para o corredor e olhou em volta, havia um vão alguns metros depois do gabinete da professora Sinistra onde com muita sorte não seria notada pela professora e por seus alunos.

O grupo parou em frente ao gabinete e conversaram por alguns poucos minutos, finalmente a professora os mandou voltar para seus dormitórios e disse que passaria um trabalho sobre o cometa quando as aulas retornassem.

–Isso foi realmente divertido. –Disse um rapaz.

–Eu achei que ia ser um saco. –Concordou outro.

–E você Ty, o que achou?

–Legal. –Respondeu e Belinda olhou com cuidado para onde os alunos começavam a caminhar, mas um pequeno grupo de cinco pessoas continuava parado próximo à sala.

Belinda queria xingar e os mandar ir embora, mas isso a colocaria em perigo. Taylor estava encostado casualmente na parede, enquanto conversava com os amigos.

–Vamos pra sala antes que o Filch apareça. –Disse uma menina morena que estava com eles.

–Vão indo, acho que vou ver se tem algum Elfo na cozinha, logo vou. —Taylor falou.

–Certeza?

–Tenho.

–Quer companhia? –Perguntou a menina loira.

–Não, valeu Marina.

–Que pena. –Ela fez beicinho.

–Deixa ele em paz, Ma. –Falou a morena e começaram a caminhar lentamente.

–O Ty deve estar interessado na Grifinória com quem tá andando. –Implicou um rapaz negro muito bonito ao lado de Taylor.

–Vão se ferrar e me deixem em paz. –Mandou o rapaz.

Cinco minutos depois Belinda saiu de seu esconderijo e começou a correr para as escadas, mas no meio do caminho alguém lhe segurou e tapou sua boca antes que ela gritasse, Belinda se preparou pra dar uma cotovelada em quem a segurava.

–Fugindo Lestrange? –Era Freddie.

–Filho da puta. –Xingou quando ele a soltou.

O ruivo começou a rir, mas precisou tapar a boca pra não atrair atenção de ninguém pra onde estavam.

–Você conseguiu ficar mais pálida. –Disse ainda abafando a risada.

–Imbecil.

–Tem uma foca se engasgando por aqui? –Belinda e Freddie se sobressaltaram com a voz e Bell precisou tapar a boca com as mãos, pra conter o grito de susto. –Calma, sou só eu.

Lestrange encarou Taylor, que trazia dois bolinhos inteiros na mão e outro pela metade.

–Mas que porra. –Disse ela. –Vocês tão querendo me matar? –Ty sorriu.

–Ainda não.

–Se foder. –Disse ela e Freddie riu.

–Eu vou dormir e se vocês não querem ser pegos pelo Filch é melhor irem pra outro lugar porque ele tava andando lá no primeiro andar. —Informou o ruivo.

–Eu vou com você, meu pobre coração não aguenta mais sustos essa noite. –Os dois rapazes riram. –A gente se fala amanhã, beleza? –Perguntou ela pro moreno, que sorriu tranquilamente e lhe deu uma piscadela.

–Claro. –Belinda sorriu e pegou um bolinho da mão dele. –Isso é meu.

–Era seu. –Sorriu ela e saiu correndo com o ruivo, deixando o moreno sorrindo.

Douglas entrou na estufa e olhou em volta, pra sorte dele já estudara sobre a Losna, só precisava saber onde ela estava, já que a Losna que ficava na parte mais acessível da estufa era escassa e como ele já constatara antes, a parte onde sabia ter uma boa reserva estava trancada e nenhum dos feitiços que conhecia fez a porta ceder. Tayner sabia que as plantas que ficavam naquela parte eram bem guardadas porque serviam para remédios, poções e antídotos, então compreendia bem o motivo de estar melhor protegida.

Professora Sprout era sistemática com a organização de suas ervas, por tanto ele só precisava ter cuidado pra não acordar nenhuma planta e pegar a correta, pois embora a Losna fosse esverdeada e parecida com o alecrim, várias outras tinham a mesma aparência. Ele só precisava se guiar por seus conhecimentos. Depois que descobriu onde estavam as plantas que começavam com a letra L, fora fácil localizar as semelhantes ao alecrim e logo reconheceu a Losna.

Tayner era suficientemente esperto pra saber que já era quase manhã e em poucos minutos os corredores estariam cheios de alunos para o café da manhã, então guardou a Losna em uma sacolinha e colocou no bolso, saiu da estufa e caminhou para uma das janelas de pedra do primeiro andar, menos de cinco minutos depois os corredores começaram a ficar movimentados e ele seguiu para seu quarto.

Marcos acordou cedo e notou que Murilo já não estava mais ali, assim como George. O rapaz se arrumou e correu para o quarto andar, aquele horário os professores estavam todos reunidos no Salão Principal para o café da manhã. Enquanto arrombava a sala da professora Grubbly-Plank, xingava os amigos mentalmente e de vez em quando verbalmente. Coren olhou em volta e percebeu que embora Hagrid desse aulas perigosas e explosivas, sua substituta não ficava muito atrás na estranheza, ela só escondia, o contrario do homem barbudo.

A caixa prateada fora facilmente localizada sobre a mesa cheia de restos de animais distintos, Marcos reconheceu um dente e algumas escamas de dragão, a qual pegou uma avermelhada para Belinda, pois sabia que a amiga iria amar. Havia uma asa de Diabrete da Cornualha, algumas escamas de Dilátex, uma grande pata de acromântula pendurada na parede, entre várias outras coisas.

–Alohomora. –Disse apontando a varinha para a fechadura da caixa prateada e ela se abriu em um barulho.

Marcos sorriu ao ver o chifre de unicórnio, não havia somente um e ele nem parou pra contar. Logo corria para guardar o troféu.

Murilo entrou na sala do sexto andar e foi direto ao armário onde sabia que a professora Bathsheda costumava deixar o pergaminho de runas japonas e riu quando viu estar certo.

–Não poderia ter sido mais fácil. –Disse rindo pra si mesmo e aproveitando pra pegar outro livro que queria ler há algum tempo.

Pucci escondeu o pergaminho por baixo da blusa e saiu da sala, mas foi surpreendido por Filch.

–Seu moleque, o que faz aqui? –Perguntou e Murilo encarou o zelador, que desceu os olhos para o livro que o rapaz trazia. –Seu ladrãozinho, vamos agora pra sala do diretor.

–Mas...

–Cala a boca e vamos. –Mandou o zelador, contente por ter pego alguém. –Finalmente vou mostrar pro diretor os ladrões que vocês, moleques, são.

–Eu só peguei um livro pra ler. –Contestou o rapaz.

Belinda estava com Marcos quando viu a situação, Murilo com um livro em uma mão e Filch o arrastando pelo braço. Os olhares dos três se cruzaram e Pucci indicou o pergaminho no cos da calça, encoberta pela camisa.

–Merda. –Xingaram os dois.

–Distrai o Filch. –Mandou a menina.

Coren saiu correndo e ela foi atrás dele, vendo o momento exato que o rapaz deu de encontro com o zelador.

–Desculpa senhor Filch. –Disse o menino, segurando o homem pelos ombros, o impacto o fez soltar Murilo pela surpresa, tempo suficiente para ele puxar o pergaminho e passar pra Belinda.

–Você, vem comigo também. –Disse Filch pra Marcos.

–O que eu fiz? –Ele arregalou os bonitos olhos.

–Vamos logo.

Belinda sorriu e os viu serem rebocados para a diretoria, rapidamente escondeu o pergaminho e voltou para seu Salão Comunal, indo guardar o pergaminho que Murilo entregou.

George invadiu a sala de Aritmância no sexto andar sem preocupação alguma, ele já constatara que a professora Vector estava na mesa dos professores tomando café. Foi até o armário cheio de livros e em cinco minutos encontrou o que procurava, saiu correndo da sala e evitando lugares com movimento, logo conseguiu chegar até seu quarto e esconder o livro, havia sido mais fácil do que ele imaginara.

Daniel entrou descaradamente na sala do sétimo andar e logo seguiu para a porta no fim da sala, que levava ao quarto da professora de Adivinhação e encontrou sobre uma mesa o que procurava, a pequena bola de cristal repousava no centro da mesa, o rapaz sorriu e a retirou de seu pedestal, logo enfiando no bolso de dentro do casaco e voltando pra sala, quando estava saindo da sala, deu de cara com Sibila.

–O que faz aqui rapaz? –Questionou a professora.

–Bom dia professora Trelawney. –Disse cordialmente. –Eu vim pegar uma bola de cristal, a senhora disse da ultima vez que se precisássemos poderíamos pegar. –Falou seriamente. –E como a minha quebrou, imaginei que não houvesse problemas. –Arregalou os olhos. –Fiz mal?

–Ô! Não, não meu querido. –Tranquilizou. –Não faz mal algum. Já pegou?

–Ainda não, eu entrei e vi que não tinha ninguém, então achei melhor aguardar pra quando a senhora estivesse aqui, pra não ter problemas.

–Imagina meu jovem. –Sorriu ela e pegou a que estava sobre a mesa. –Aqui, pode pegar essa, só não esqueça de devolver.

–Não se preocupe, antes das férias acabarem eu compro uma nova e eu só preciso dessa pra concluir o trabalho que a senhora nos passou, sobre previsões futuras. –Sorriu ele. –Não seria possível fazer sem a bola de cristal. –Indicou o objeto que segurava cuidadosamente nas mãos.

–Faz muito bem, meu jovem. –Sorriu.

–Se a senhora não se importa, vou tomar café da manhã.

–Imagina, eu também já estou indo. –Sorriu e viu o menino franzir a testa. –Eu voltei porque vi um agouro no meio do caminho e precisei dar um tempo para poder voltar e ver se já havia ido.

–Compreendo. –Disse o rapaz descaradamente, mesmo achando tudo aquilo uma idiotice.

Daniel já estava na porta quando de repente ouviu um som estranho, ele virou e notou o olhar vago por trás das lentes.

Ele vai despertar e tudo se perder, vai ter sangue derramado e todos vão achar que eles são culpados... Sangue, muito sangue... –Daniel viu a mulher se engasgar e encara-lo depois. –O que foi?

–Nada professora. –Sorriu forçadamente. –Obrigado pela ajuda.

–Imagina meu querido.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram? Espero que sim. KKkkkkk
Beijos e até o próximo capítulo