This Is What Makes Us Girls escrita por Luly


Capítulo 7
Capitulo 7 -A policia só sabe como acabar com a diversão


Notas iniciais do capítulo

Sim, sim , sim... eu demorei mas cheguei! Desculpa mesmo, é q as coisas por aqui estão um pouco apertadas.... Boa leitura!!



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Glimmer

–Você não vai e pronto! –diz minha mãe cruzando os braços.

–Mas é a casa de Ali! –rebato novamente. Estava com tanta raiva que sentia que poderia chorar a qualquer instante. –Você conhece os pais dela!

–Da ultima vez que você saiu voltou para casa do dia seguinte suja de terra e com bafo de álcool! –ela bate seu salto no piso frio da cozinha. –Acha mesmo que vou deixar você sair de novo?

–Mas é a Ali!

–Você foi a festa com Ali, ou não se lembra?

Trinco os dentes.

–Eu odeio você! Minha vida é uma bosta! Você poderia ao menos fazer o favor de me deixar sair com as minhas amigas! –grita com os olhos marejados. –Você faz da minha vida um inferno!

–Faço mesmo! –berra ela em troca. –Você não vai sair hoje! Provavelmente nunca mais sair na sua vida, agora vá já para o seu quarto sem mais reclamações!

–Você... Você é uma idiota! –berro e subo as escadas batendo o pé com força.

Bato a porta para mostrar a ela como minha vida era uma merda e ela era a culpada disso. Me jogo na cama e deixo as lagrimas de puro ódio escorrerem de meus olhos.

Minha mãe nunca me tratava desse jeito! Ela gostava de Ali, e principalmente nunca disse não pra mim. Pelo menos não do jeito que disse hoje.

Pego meu celular e mando uma mensagem para Ali.

“Foi mal, não vai rolar hoje eu dormir na sua casa. Minha mãe ta um saco!”

Ela responde em menos de um minuto depois.

“Que bosta. A Effie também não vai poder vir, porque vai sair com um carinha. Não tem chance mesmo?”

Penso por um minuto e a janela aberta me chama a atenção.

“Acho que posso, mas vai ter que me arranjar roupas descentes.”

“Não vou nem perguntar porque.kk Já to te esperando.”

Pego minha bolsa e enfio apenas meu celular. Tranco a porta do quarto e sigo em direção da janela. Estou no segundo anda e se algo der errado provavelmente vou quebrar a clavícula, ou pior uma unha, mas eu tinha que arriscar.

–Ok, ok. –começo a falar sozinha. –Vai lá Glim, você consegue. Já ficou no topo da pirâmide da torcida. Claro tinha pessoas para te segurar lá em baixo, mas... –olho para o chão que me esperava lá em baixo. Engulo em seco. –Não é muito diferente.

Eu estava enrolando. Eu sei disso. Então eu fecho os olhos e com um gritinho contido e caio no chão e rolo pelo quintal.

A bolsa tinha amortecido a queda, mas. Meu. Celular. Estava. Dentro. Da. Bolsa.

Abro-a tão bruscamente que quase arrebento o zíper, e lá estava meu querido celular com a tela trincada.

–Merda. Merda. Merda. –levanto-me tentando limpar a terra que cobri minhas roupas e ainda xingando tudo e todos mentalmente sigo em direção da casa de Ali.

...

–O que foi que aconteceu com você? –pergunta Ali lentamente ao abrir a porta para mim.

–Eu dei um jeito de sair. –digo meio ríspida ainda brava pelo que aconteceu com meu celular.

–Agora entendi a da roupa decente.

–É. –confirmo.

–Entra logo. –diz me puxando para dentro. –Minha vó esta dormindo, vamos nos divertir essa noite.

Sorrio.

–Espero que com uma roupa diferente dessa. –aponto para a minha blusa rasgada e suja.

Ali ri.

–Vamos logo, isso deve ser um delito a moda.

Subimos para o enorme quarto de Ali, ela me joga varias roupas para que eu escolhesse alguma. Fico feliz por ela não ter mais comentado alguma coisa sobre meu peso ou sobre meu corpo. Era como se aquilo nunca tivesse acontecido. Talvez tivesse sido só coincidência ela nunca tenha nem imaginado que eu tinha bulimia.

Escolho uma blusa vermelha transparente e um shorts curto.

–Hum, bom gosto hein, vadia. –Ali sorri.

–Eu sei né, biscate?

–É melhor irmos, hoje a noite é uma criança.

Descemos em silencio, mesmo sabendo que a vó de Ali era praticamente surda é apenas um asteroide poderia acorda-la agora. Ela pega as chaves de seu Camaro e saímos pela porta da frente rindo.

–Então pra onde vamos exatamente? –pergunto retocando o rímel no espelho do carro.

–Meus amigos conheceram um bar maneiro passando a Costura, é só molhar a mão do segurança e ele deixa agente entrar de boa.

–Por um acaso Kevin é um dos amigos? –sorri maliciosamente.

Kevin estava na faculdade e nós ficávamos de vez enquanto, e já fazia um tempo que eu não o via. Adoraria colocar as novidades em dia.

Ali ri.

–Ah safadinha! Kevin vai estar lá sim. –sorrio. –Só não deixe de se cuidar, não quero um monte de criancinhas loiras bagunçando no meu carro.

Balanço a cabeça.

–Você é maluca. Sabe que eu sempre me cuido!

–Nunca se sabe, né?

...

Eu e Kevin bebíamos em uma mesa. Nós nos beijamos quase o tempo inteiro. Não me lembro quantas dozes eu tinha tomado, mas minha mente já estava enevoada e enrolada. As vezes via Ali com um garoto, os dois se beijavam loucamente e a mão do garoto estava por dentro de sua blusa a maioria das vezes.

–Então é serio? –pergunto. –Confiscaram mesmo sua carteira?

–Confiscaram. Aqueles policiais de merda. –reclama ele. –E daí que eu estava dirigindo bêbado? Quem se importa? Eu não machuquei ninguém.

–São ridículos. Por que as pessoas insistem em se meter nas vidas alheias?

–Você é incrível Glimmer, a maioria das pessoas fala que eu sou louco por falar isso.

–Eles não entendem a gente. –coloco a mão em seu rosto e ele sorri.

–Glimmer! –exclama Ali rindo em nossa direção. –Olha só o que eu consegui!

Ela me mostra o pó branco que agora eu sabia muito bem como usar.

Ali, eu, Kevin, e mais uma garota cheiramos a parada e o resto da noite foi louca.

Quando me dou por mim eu e Ali estávamos dirigindo seu Camaro cantando as musicas que tocavam no radio. Meu cabelo voava para trás com violência.

Qual será que era nossa velocidade agora?

Ali olha para mim balançando a cabeça.

–Eu adoro essa musica.

Rio, e começamos a cantar ainda mais alto.

E de repende vejo uma luz forte amarela e Ali voa em minha direção e eu bato a cabeça no vidro.

...

–Vire-se de perfil, por favor. –pede o policial atrás da câmera.

Seguro a placa com as minhas identificações e me viro, depois faço o mesmo só que para o outro lado.

Havíamos batido o carro e os testes de álcool no sangue tinham dado positivo. Isso era um problema e tanto.

Eu e Ali estávamos sentadas nas cadeiras da delegacia enquanto minha mãe e a vó de Ali conversavam com os policiais. Acho que nunca vou esquecer o olhar que minha mãe me lançou ao entra na delegacia. Não foi raiva, ódio ou amargura. Foi vergonha, decepção e medo.

Eu sou uma idiota. Por que não a obedeci? Eu estaria dormindo tranquila em minha cama e não com um aranhão na sobrancelha e um corte na bochecha. Não quero nem pensar em como vai ser amanha na escola.


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Notas finais do capítulo

Espero q tenham gostado, deixe um comentaria falando oq vc achou... vai lá ;) aush
bjs até o próximo capitulo!



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