Something Wrong - Pernico escrita por Lyra


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Ok... não tenho desculpa nenhuma por não ter postado durante todo esse tempo. A verdade é que já tinha escrito esse capítulo há muito tempo mas não tive coragem nenhuma de postá-lo e.e ME PERDOEM, PLEASE
E espero que gostem do capítulo minha gente lindja :3



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POV NICO

Eu não me lembrava de nada.

Perseus e Dioniso estavam discutindo fervorosamente, para chegar a um acordo: o que deveríamos fazer? Perseus continuava argumentando que tínhamos que andar logo, antes que alguma coisa sem volta acontecesse, enquanto Dioniso rebatia que não teríamos forças para continuar e deveríamos descansar um pouco, e, além disso, os monstros e as respostas viriam até nós, não o contrário. Eu estava em um canto, escorado em uma rocha – e concordava com Dioniso. Ao menos eu não conseguiria caminhar nem mais um passo. O Tártaro parecia sugar todas minhas forças... estava me sufocando. Literalmente sufocando. Repentinamente, não havia mais ar ao meu redor – e eu apaguei.

Então, de repente, uma cena se formou em minha mente, e eu não sabia se estava sonhando ou se tudo aquilo era um delírio, mas vi Valdez.

Eu estava sentado no banco do Acampamento; o mesmo onde Perseus me beijara pela primeira vez. Olhava as colinas ao fundo, quando ouvi uma voz – a voz de Valdez.

Nada poderá te salvar.

– O quê? – perguntei, tentando localizar de onde viera a voz.

Você morrerá. E Perseus não poderá te salvar.

– E-eu não morrerei.

Valdez riu. Você disse isso antes, não? Para Annabeth. Disse que ela não morreria. Promessas e mais promessas... todas em vão...

Levantei-me e olhei desesperado ao meu redor.

– Onde você está? MOSTRE-SE! Seu covarde. SEU COVARDE!

Ele riu novamente. Pois que assim seja.

Logo uma imagem surgiu a minha frente, mas não era Valdez. Perseus sorria para mim, com cortes por todo corpo e com a camisa florida do Sr. D aos farrapos. Nós vencemos!, formavam seus lábios. Então, Valdez apareceu às suas costas com seu sorriso habitual, e fez exatamente o mesmo que fizera com Annabeth – ergueu sua adaga negra, pronto para finca-la nas costas de Percy.

– Não! – eu gritei, o mais alto que pude, tentando correr até ele.

A imagem desapareceu, e a voz voltou a falar – É privilégio de poucos a chance de uma segunda opção, sabe. E estou lhe oferecendo esta oportunidade. Mas, antes de tudo, saiba que, a partir do momento em que você aceita minha oferta... não há volta.

– O que você quer de mim, seu filho da puta?

Ele riu. Calma, gatinho. Eu não mordo... voltando ao assunto, Perseus irá morrer. Meu único Deus e comandante supremo o deseja – mas ele também deseja a você, Nico. Estou lhe oferecendo um acordo: poderei poupar Percy Jackson. E lembre-se que você pode aceitar o acordo quando quiser. Certo: poderei salvar Perseus desde que...

– Fale logo, porra!

... desde que você morra em seu lugar. Você aceita a oferta?

#

Depois disso, o ar começou a ficar rarefeito, e meus pulmões pareciam estar enchendo-se de água. Abri meus olhos, e finalmente voltei à realidade.

Eu estava me afogando... em um rio de fogo. Não importava mais para mim como eu viera parar ali – eu só precisava subir até a margem. Mas parecia impossível... a água me puxava para baixo. E, de repente, eu me lembrei de quando Perseus se afogava. Coloquei-me em seu lugar, porque ele deveria ter sentido exatamente o mesmo que eu. Mas eu não consegui ser tão paciente, e comecei a me debater desesperadamente na água.

Então, algo parecido com algas – se é que aquilo era possível – prendeu meus tornozelos e meu pescoço, e foi me arrastando ainda mais para o fundo. Eu tentava me livrar daquilo, mas era em vão. Eu quase sentia a presença do chão abaixo de mim, e estava ciente de que ele estava cada vez mais próximo.

Mas o inimaginável aconteceu, e eu, de repente, senti o glorioso oxigênio invadindo meus pulmões – e eu caí com toda a força em um chão feito de... aquilo era mármore?

Ajoelhei-me e comecei a tossir, tentando expelir toda a água que eu havia engolido; se é que aquilo era realmente água.

Desvencilhei-me das algas que haviam me prendido e olhei ao redor. Aquilo parecia um santuário, uma igreja católica. Dirigi meu olhei ao teto, e o que eu vi foi... lava? Parecia um aquário, só que ao invés de uma água azul e límpida e peixinhos nadando, era tipo um vulcão.

Na “igreja” havia bancos e um altar, além de um livro em uma espécie de pedestal.

– Ei... aquilo é a Bíblia? – perguntei a mim mesmo.

– Não, meu caro Nico – disse uma voz. Ok, eu não esperava uma resposta.

Comecei a olhar para todo lado, desesperado. De quem era aquela voz?! Não era de Valdez, como em meu sonho. Era uma voz doce, feminina. Então, eu paralisei – uma sensação de déjàvu me acometeu, e eu sabia quem estava falando.

– Bianca?! – chamei.

Uma silhueta apareceu dentre as sombras. Ela estava igual ao que eu vira da última vez. Ela sorriu.

– Eu estava com saudades – uma lágrima escorreu por seu rosto.

– Isso é um sonho? – perguntei aflito.

Ela mordeu o lábio inferior e desviou o olhar.

– O que foi? – questionei.

– É como se fosse, Nico. Mas não estou aqui para falar de sonhos.

– O que está acontecendo? O que você sabe algo que eu não sei?

– É sobre Perseus... ele está prestes a morrer.

#

POV PERCY

Depois de algum tempo de discussão, decidimos descansar.

– Vejam, é a Bela Adormecida – disse Dioniso, olhando para Nico. Ele parecia estar dormindo, escorado em uma pedra. – Ele já aproveitou para descansar antes mesmo de nossa deci...

Dioniso não pôde terminar a frase. Pôs a mão no peito, e depois em seu pescoço, como se alguém o estivesse enforcando. Ele caiu de joelhos, enquanto eu corria para tentar ajuda-lo.

– Senhor D.? – chamei. – Senhor D.!

– Ele não está dormindo... – disse uma voz masculina. Logo depois, um homem de capuz surgiu das sombras, cantarolando baixinho uma música de ninar.

Olhei para ele, já procurando Contracorrente em meu bolso.

– Sua espada não vai me derrotar, Perseus – ele parecia ler meus pensamentos.

– Como assim Nico não está dormindo?! – gritei, sacando Contracorrente apesar do aviso do homem.

Ergueu a cabeça e retirou o capuz: tinha cabelos brancos como a neve, e lábios vermelhos como sangue.

– Não é óbvio? Ouvi falar que você era lerdo, o famoso Perseus, mas não achei que fosse verdade. – ele apontou ao redor. – Isso é o Tártaro, meus amigos. Ele suga suas forças, seus poderes, sua essência. Mas, é claro, ele sempre tem uma ajudinha.

– Quem é você? – gritou Rachel. Virei-me e vi que ela cuidava de Nico, tentando acordá-lo.

Ele riu.

– Meu nome não é importante, não se preocupem. Vocês não me conhecem, de qualquer jeito. Mas, para satisfazer um pouco sua curiosidade, eu sou um deus.

– E qual é o seu poder? Você é o deus do refrigerante e da batata chips? – zombou Patrick. Eu nem havia percebido sua presença até então.

– Este.

O encapuzado, então, ergueu a mão em direção a Patrick. O filho de Hermes começou a se retorcer, e caiu no chão, desacordado, enquanto uma espécie de fumaça saía de seu corpo e ia ao encontro do deus.

– PATRICK! – gritei.

O deus riu novamente.

– Este é o meu poder. Eu, junto com o Tártaro, sugo... hum, como eu disse antes, mesmo? Ah, sugo suas forças, seus poderes e sua essência.

– E você ainda tem tempo para um monólogo ridiculamente sarcástico? – ironizei. – Por que não nos mata logo?

– Oferta tentadora, meu caro, mas eu preciso de vocês vivos. Duas pessoas, na verdade. Matarei o resto depois, para me divertir um pouco.

#

POV NICO

– Há uma nova profecia, Nico... e ela está se cumprindo.

Olhei para minha irmã.

– Que diabo de profecia é esta?!

Ela apontou para o livro no pedestal. Fui até ele, mas estava em branco. Todas as páginas estavam... em branco.

Então, como se houvesse um vento muito forte, as páginas começaram a se folhear sozinhas. Quando aquilo finalmente parou, letras esverdeadas começaram a ser escritas no papel. Uma forte luz vinha delas.

“Cinco filhos em terras ocultas.

O submundo aprisionado

Em um mundo abandonado.

A inteligência celebrará a morte,

E a vidência vencerá o forte.

Apenas uma coisa a fazer:

O sacrifício libertará o dever.”

Ergui a cabeça para ver minha irmã. Quando nossos olhos se encontraram, ela disse:

– Liberte Hades. Conserte as coisas... você saberá o que fazer.

E desapareceu.


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Notas finais do capítulo

Vou responder a todos os reviews com calma e aos poucos, okay? BJAUM!
P.S.: AI DEUSES, OLHA QUANTO REVIEW, ESTOU MORTA, ME SEGURA ROSANA



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