Pov – Autor

Mandy é uma garota inteligente e observadora. Ela sabe quando tem alguma coisa errada a sua volta. Esse cassino é extremamente suspeito, além do que ela imaginou ter ouvido a voz de seu irmão. O que não faz sentido, já que Leo está a centenas de quilômetros de Las Vegas, em Long Island.

– Hum... – Murmurou Mandy. – Não comam nada aqui.

– Mas estamos com fome... – Gemeu Sophia.

– Esse cassino é muito suspeito, Sophie. – Explicou Mandy. – Pela manhã nós saímos e comemos algo em uma lanchonete ou restaurante, mas esse cassino não é muito confiável para que fiquemos mais de uma noite.

– Aaah. – Sophia fez uma cara triste. – Tudo bem...

Adentraram o hotel/cassino e foi uma das coisas mais belas que os três já haviam visto. Era muito maior por dentro do que aparentava por fora. Um parque de diversões, um espaço de jogos, videogames, mesas de pebolim, pinball e uma fonte enorme na frente da roda gigante. Tinha uma pista de dança e tocava a música Radioactive – Imagine Dragons.

Várias garçonetes de vestidos verdes curtos, muito bonitas com um corpo de modelo andavam por lá com bandejas de refrigerantes, drinks e aqui e ali se viam algumas com uma bandeja cheia de flor de lótus. Nenhum dos três se aventurou a pegar uma.

– Experimentem a nossa flor de lótus. – Ofereceu uma garçonete loira de olhos claros. Incrivelmente parecida com Amber, porém mais alta. – É a nossa especialidade, uma mordida e vocês vão se sentir nas nuvens.

– Não, obrigado. – Disse Mandy puxando os braços de David e Sophia. – Só precisamos de um quarto pra passar a noite.

– Eu posso ajuda-los, meus jovens. – Um homem com uniforme verde e calça preta falou em suas costas. – Se procuram um quarto, me sigam, por favor.

– Tomem cuidado. – Sussurrou Amanda para os outros dois. – Não devemos confiar em ninguém a não ser nós mesmos, entenderam?

– Sim. – Falaram David e Sophia em uníssono.

– Mas vamos logo, eu preciso de uma ducha e uma cama pra deitar. – Choramingou Sophia.

– Você passou a viagem toda dormindo no ombro de David. – Sophia corou.

– Ahn... É diferente...

– Ahan, sei... – Ironizou Mandy.

– Vão demorar muito? – Perguntou o recepcionista do Hotel.

– Não, já acabamos, pode nos mostrar o caminho, por favor? – Falou David.

– Pois bem, sigam-me.

Caminharam uns 50 metros até chegarem à recepção do hotel/cassino. Uma sala separada da área recreativa e depois da área “monetária”, digamos assim, do cassino. Sentaram em algumas poltronas e o homem começou a falar:

– Aceitam uma flor de lótus? – Era de se esperar que ele dissesse isso.

– Não, obrigado. Só precisamos de um quarto. – Repetiu Mandy.

– Oh, sim... Um quarto, ok. Nosso hotel disponibiliza um cartão a algumas pessoas selecionadas ou ganhadores de alguma premiação, e de acordo com minhas anotações, vocês foram premiados ao entrarem no cassino como as trilionésima, trilionésima-primeira e trilionésimas-segundas pessoas que entraram em nosso estabelecimento. Assim, os três recebem um cartão Premium que dá direito a tudo e qualquer coisa no hotel e no cassino de graça. Bebida, comida, estadia e apostas durante um ano inteiro. – Falou ele com um sorriso enorme no rosto.

– Falando em nome dos três, senhor, nós agradecemos, mas não vamos passar mais que duas noites aqui. – Informou Mandy.

– Tudo bem, eu entendo. Mas o cupom serve também se vocês resolverem voltar até que o prazo de um ano termine. Aceite, eu insisto.

– Ok, nós aceitamos. Mas agora o senhor pode nos mostrar nosso quarto, por favor?

– Certo! Aqui estão seus cartões. Para chegarem aos seus quartos, vocês só precisam seguir saindo pela porta a esquerda e entrarem no elevador para o andar de cima, terceira porta a direita.

– Obrigado senhor, obrigado de verdade... – Mandy disse com os olhos já pesados e foram em direção aos seus quartos.

******

Era muito lindo, tinham três camas de solteiro separadas todas por criados mudos, um armário com roupas e toalhas limpas e novas e um frigobar com refrigerantes. Um banheiro espaçoso e uma cozinha com comida na geladeira.

– Uau! – Foi o que Sophia conseguiu dizer antes de “capotar” na cama do meio.

Os três dormiram muito bem, nem ouviam o barulho da música que tocava no volume máximo e por mais difícil de acreditar que seja nenhum teve pesadelos aquela noite. Quando acordaram, ainda estava de noite. Ou eles não dormiram mais de 2 horas ou dormiram até a noite do dia seguinte. Decidiram descer e aproveitar um pouco dos jogos que tinham no andar de baixo. Jogaram nos fliperamas, pinball, pebolim, andaram de montanha russa e roda gigante. Nadaram na piscina com as roupas de banho que haviam no armário do quarto.

– Você deveria experimentar uma dessas flores de lótus. – Disse David atrás de Sophia.

– D- David... Mandy disse que não deveríamos comer nada aqui nesse hotel, não lembra?

– Mandy, Mandy... Bla bla bla. – David estava olhando fixamente para os olhos de Sophia, o rosto da menina completamente vermelho com a proximidade de seus rostos no momento a ponto de se beijarem. Os olhos de David foram mudando de cor, a principio Sophia achava que era devido a claridade do salão de jogos, mas as íris dos olhos do loiro ficaram completamente amarelas e olhos dela começaram a pesar novamente. – Escute minha pequena... Eu não vou deixar que nada de ruim aconteça com você. Coma a flor, nada demais vai acontecer, o gosto é muito bom, eu mesmo já comi várias. Coma Sophia, coma a flor.

Sophia fez um movimento de “sim” com a cabeça e pegou uma flor de lótus de uma bandeja que estava parada ao seu lado na mesa de sinuca. Logo um sentimento de adrenalina misturado com animação tomou conta de seu corpo. Esqueceu-se de tudo o que havia feito antes de dormir e a única coisa que queria nesse momento era se divertir. Piscou e quando abriu os olhos, David não estava mais lá.

*****

– David, você cresceu bastante.

– Sra. Baynes? O que está fazendo aqui?

– Vim ver os meus filhos, é claro. Onde está Sophia?

– Não sei, nos separamos há algum tempo atrás. Mas a senhora deveria estar cuidando dos órfãos e não estar aqui.

– Eu sei, eu sei... Mas Quíron me disse que vocês estariam aqui, criança. Resolvi dar uma passadinha e ver como estavam. – Disse ela simpática e com um sorriso no rosto.

– Você conhece Quíron?

– Ah, ele não lhe contou? Eu sou uma semideusa também, garoto. Filha de Atena.

– Você?! Filha de Atena? Por que nunca nos disse?

– Isso não vem ao caso... Só quero que me faça um favor. Coma a flor, menino. Ela lhe ajudará durante essa missão. Ela vai lhe dar força e coragem nas horas difíceis, é só isso que eu tenho pra lhe dizer, criança. Estou indo agora. – Sra. Baynes pegou uma das flores que estavam numa bandeja segurada por uma das garçonetes e entregou-a para David que a comeu sem questionar. Tudo que o garoto queria era força pra proteger Sophia, nada mais.

*****

– Irmãzinha! – Gritou Leo para Mandy.

– L- Leo?! – Gritou Mandy. – O que está fazendo aqui? Como veio parar aqui?

– Ora, vamos lá. Eu não posso mais dar uma volta pelo mundo em Festus para ver minha irmãzinha favorita?

– Festus? Mas você mesmo disse que ele não sobreviveu.

– Eu disse? – Questionou Leo. – Ah sim! Eu disse, mas eu o consertei especialmente pra você, maninha.

– Você o consertou? Eu achei que não tivesse mais conserto sem a ajuda de nosso pai...

– O que você acha? Que o Leo gostoso pra dedéu não é capaz de consertar um dragão robótico velho?

– Dragão robótico velho? Você nunca falaria isso de Festus, ele é um amigo especial pra você. Você era o único que entendia o que ele falava. Por que está agindo assim?

– Não é nada, maninha. Desculpe. – Disse Leo em um tom sarcástico.

– Ahan... Tudo bem. – Ela correu e o abraçou. – Estou tão feliz de o ver!

– É, eu também.

Claro que Mandy estava desconfiada de seu suposto irmão aparecer ali, em Las Vegas. Mas ela podia jurar ter ouvido sua voz antes de entrarem no Cassino. Isso que ela achava estranho.

– Maninha, eu vim a pedido de Quíron. Ele sabia que vocês chegariam aqui no Cassino Lótus de qualquer maneira se viessem para Las Vegas. Ele me mandou dizer que já faz anos desde que as flores de lótus não fazem mais efeito. Elas não funcionam mais, não entorpecem mais os sentidos humanos. Ele me pediu que dissesse isso a vocês, pra que vocês não tenham medo de comer a flor.

Se Quíron queria nos avisar sobre isso, por que não mandou uma mensagem de Íris? Não seria mais fácil? Pensou Mandy.

– Ok, maninho. Não vou ter medo disso, é algo tão banal, não é?

– Sim, e... Quíron também me disse que Grover falou que havia um semideus aqui no Cassino. Pediu-me que avisasse a vocês, se encontrarem o semideus, enviem uma mensagem de Íris para o acampamento que logo eles mandarão alguém pra leva-lo.

– Certo, vou fazer o possível.

– Ok, irmãzinha. Tenho que ir, coma a flor, você vai se sentir melhor. – “Leo” pegou uma flor de lótus e deu-a para Mandy, seus olhos estavam amarelos. Virou-se e foi embora.

Mandy aceitou a flor receosa, e antes de a por na boca percebeu um brilho em volta de seu corpo. Um brilho lilás e uma voz ao fundo.

– Não tema, criança. Minha benção a protegerá. Eu sou Atena, irmã de Hefesto, sua tia.

– A- Atena? Onde você está?

– Nos seus pensamentos, minha criança. Eu notei a sua inteligência durante a missão da filha de Hera. Notei que você desconfiou ao ver seu irmão, e estava certa em desconfiar. Aquele não é seu irmão, é o MEU irmão, Klonos, o deus das transformações, um monstro criado por meu pai, Zeus, para atrasar a sua missão. Você tem um grande papel a desempenhar nessa missão e no Olimpo também. Coma a flor, nada irá lhe acontecer. Juro pelo Rio Estige.

Mandy comeu a flor, nada aconteceu. Apenas um gosto maravilhoso em sua boca que parecia mudar de acordo com o gosto de suas comidas favoritas. Pizza de calabresa, torta de morango e pão com pasta de amendoim.

– Muito bem, querida. Não esqueça, estou lhe observando sempre, seu pai também. Os deuses não podem interferir diretamente na vida dos meios-sangues, mas podemos dar ajudinhas de vez em quando. Mesmo que não sejam nossos filhos.

– Obrigado... T- tia... – Falou envergonhada.

– Não tem de que... – A voz foi morrendo até que só se ouvia o barulho da sala de jogos.

Mandy correu em busca de seus amigos, esperava que nenhum deles tivesse aceitado comer a Flor de Lótus.

– Esse tal de Klonos deve estar enganando eles para que comam as flores. – Disse para si mesma. – Preciso ajuda-los, mas será que a história do semideus aqui nesse hotel é verdade? Precisamos conferir isso...

Mandy saiu correndo em direção aos fliperamas onde David tinha ido e viu de relance alguma coisa passando muito rápido por trás da fonte que jorrava. Uma menina correndo e roubando os jogadores do cassino sem que ninguém percebesse e só sentisse a rajada de vendo em suas costas, chapéus voando e carteiras sendo arrastadas. Mandy parou e observou a menina que corria feito o vento. Depois, apenas com um simples passo a frente fez a menina parar. Se parecia com ela, mas era pálida e alta, com cabelos pretos e sardas no nariz.

– Quem é você? – Mandy perguntou enfatizando o “quem”.

– Olá. – Disse simpática, como se nada tivesse acontecido. – Me chamo Lucy... Lucy Scold, muito prazer.

– Ahan... Prazer... Mas por que está correndo tão rápido e roubando essas pessoas?

– Eu não sei por que corro tão rápido, mas deve ter alguma coisa a ver com aquele cajado enrolado por duas cobras que apareceu na minha cabeça outro dia. Não sei o que significa, mas foi depois daquilo e isso é FANTÁSTICO! – Falou Lucy ofegante.

– Cajado? Cobras? Um Caduceu? Você é quem estou procurando! Você é uma semideusa! Venha comigo.

– Ah, ok... Tudo bem. – Concordou a menina, aparentemente não era muito inteligente. – Não sei por que, mas você parece legal, então eu te acompanho.

Mandy voltou ao quarto com Lucy e pegou na bolsa de Sophia um dracma de ouro. Foi ao banheiro e encheu uma vasilha com água. Não havia percebido, mas o dia já amanhecera, colocou a vasilha na janela e se formou um pequeno arco-íris com o reflexo do sol. Jogou a moeda e disse:

– Oh deusa Íris aceite minha oferenda. – Jogou a moeda no arco-íris. – Me mostre Quíron, no Acampamento Meio-Sangue.

Uma nuvem se formou em cima da vasilha e mudou de forma até que mostrou Quíron de costas em sua cadeira de rodas e conversando com Sr. D.

–... A safra de morangos está ótima, Sr. D. Houve mais uma briga entre o chalé de Ares e Apolo, mas já receberam as devidas punições...

– Han... Quíron? – Diz Mandy.

– Oh, Srta. Gath! – diz Quíron. – Houve algum problema na missão?

– Até agora, não. Mas isso não vem ao caso, eu encontrei uma semideusa no Cassino Lótus, Lucy Scold. Preciso que você mande alguém busca-la. – diz Mandy, seria.

– Claro Mandy, mandarei Nico, ele conhece melhor o Cassino Lótus. Você sabe de quem ela é filha?

– Tenho quase certeza que Hermes, ela é muito rápida e roubou metade do cassino em menos de três minutos. Agora eu tenho que ir, David e Sophia sumiram, precisamos sair daqui o mais rápido possível, Zeus nos achou. Há um monstro aqui chamado Klonos, mande Nico tomar cuidado, pois o monstro se trans...

A mensagem de Íris se apaga.

Falta de sinal, talvez? Pensou Mandy.

– Certo Lucy, vá para a sala de jogos do Cassino, um garoto vestido de preto estará a sua espera, ele o levara para um acampamento.

– Não faço ideia do que você esta falando, mas gostei de você. – diz Lucy sorrindo e saindo porta afora.

Foi só Mandy sair do quarto que encontrou uma Sophia bem eufórica e um David um tanto... Extravagante. Sophia estava com dois meninos que aparentavam ter mais ou menos dezesseis anos, e ria de cada palavra que eles diziam. David estava vestido como aquele homem, Elvis Presley, e dançava musicas que ela nunca havia escutado na vida. Decidiu tentar acordar Sophia primeiro, pois parecia bem mais lúcida.

– Sophia, Sophia! – disse Mandy, aflita. – Sophia, temos que sair daqui, Zeus nos encontrou ele enviou um monstro pra nos matar, temos que sair logo daqui.

Ela sorriu.

– Relaxa Mandy, esta tudo bem. – disse a menina, rindo.

– Não Sophia, não esta tudo bem! – disse Mandy, pegando Sophia pelos ombros. – Escuta, se não sairmos agora você se machucará ou David. – disse a garota desesperada. – É isso que você quer? Que David se machuque? – questionou Mandy, em uma ultima tentativa desesperada.

– N- não. – respondeu Sophia, de repente, seria.

Mandy respirou, aliviada.

– Ótimo. Vamos atrás de David. – diz Mandy – É só uma questão de tempo até perceberem que estamos acordadas.

******

– Cassino Lótus – Nico diz. – Chegamos Sra. O’ Leary, descanse. – ele diz, acariciando um enorme cachorro.

Ele entra.

– Parece que nada mudou – murmura ele, dando um leve sorriso.

Mas ele não estava lá para relembrar o passado, estava lá em uma missão.

Apesar de fazer anos que não via o Cassino Lótus, Nico sabia exatamente onde estava cada coisa, afinal, passou oitenta anos lá. Não demorou muito para ele encontrar a filha de Hermes. Ela estava jogando bombinhas por todo o salão de jogos. Nico se dirigia ao encontro dela quando algo chamou sua atenção: uma linda menina de pele morena e cabelos pretos com um gorro verde em sua cabeça. Era Bianca, sua irmã... Não pode ser! Bianca morreu há mais de 10 anos! Pensou Nico.

– Oh Nico, que saudades! – Diz Bianca abraçando-o forte mente. – Como você cresceu, Nico. Eu senti tanto a sua falta!

– B- Bianca? – diz ele, corando. Não podia ser. Não havia como ser sua irmã, mas para ele, ela parecia tão real.

– Oh Nico, sou eu sim. – diz ela, abrindo um enorme sorriso. – Você cresceu tanto!

– C-como? Como você voltou? Você estava morta, eu sei que você estava. – diz ele, se sentindo novamente como aquele garotinho de 10 anos, indefeso, quando Percy Jackson disse que sua irmã estava morta.

– Hades não te contou? – pergunta ela, acariciando os cabelos do irmão. – Ele me trouxe de volta, bobinho, estive todo esse tempo aqui esperando você voltar para sermos de novo só eu e você, juntos. Você só precisa comer a flor de lótus, Nico, e tudo ficara bem de novo.

******

– Sophia, você conseguiu achar o David?! – Perguntou Mandy ofegante. Haviam se separado para cobrir uma área maior. Ideia de Mandy.

– Estou aqui. – responde o garoto, com a cara totalmente vermelha. Tentando tirar o gel de seus cabelos com uma toalha.

– Até que você ficou bem de Elvis, David. – diz Sophia, abrindo um largo sorriso.

– Não temos tempo para brincadeira, Sophia. – repreende Mandy. – Klonos ainda está aqui, e não vai descansar até nos matar, e qualquer um que esteja no seu caminho.

– Então, vamos. – disse Sophia.

– Espere precisamos saber se Lucy e Nico estão bem. – disse Mandy.

– Lucy? – perguntaram Sophia e David em uníssono.

– Nico? Nico di Angelo? – pergunta Sophia, confusa. – O que ele esta fazendo aqui?

– Eu encontrei uma semideusa chamada Lucy Scold, e enviei uma mensagem de Íris para Quíron e ele enviou Nico di Angelo para vir busca-la, pois ele já viveu aqui. – responde Mandy. – Mas estou preocupada com eles, Klonos pode ter os encontrado primeiro. – continua ela.

– Nico é um semideus experiente, Mandy, ouvi muitas histórias sobre ele em missões lá no acampamento. Ele sabe se cuidar. – David diz.

– Mas Mandy tem razão, David. Precisamos saber se Nico está bem. – diz Sophia, decidida.

– Tudo bem. – diz David concordando.

– Se eles não partiram, devem estar na sala de jogos. – Mandy informa.

*****

– M-mas Bianca, não podemos comer isso, ela entorpece nossos sentidos, eu preciso terminar minha missão, sinto muito. – diz Nico, afastando as mãos da garota de seus cabelos.

– Aquela é a Lucy? – murmura Sophia para Mandy. – Ela parece bem intima do Nico, eles se conhecem? – Mandy parece tão confusa quanto ela.

– Não, aquela é Lucy – ela diz, apontando para uma garota com cabelos pretos, que estava jogando em dois fliperamas ao mesmo tempo, com uma velocidade indescritível.

– Ele parece estar discutindo com a garota. – diz David.

– Eles se parecem um pouco. – Amanda diz. – Os olhos e os cabelos são os mesmos.

– É Bianca, a sua irmã! Quiron me contou sobre ela – diz Sophia. – Mas ela morreu, há anos.

– Só pode ser Klonos! – diz Mandy. – Temos que avisa-lo.

*****

– I- isso está errado, Bianca. – diz Nico, decidido. – Você está morta e Hades nunca lhe traria de volta sem me avisar. – Não sei o que você é, mas não é minha irmã. – diz Nico, andando em direção a Sophia e os outros.

Em um movimento rápido Klonos rouba a espada de Nico de sua bainha.

– Poderíamos ter ficado juntos, Nico... Poderíamos... – murmura ele, e com um movimento rápido corta a cabeça do filho de Hades.