O herdeiro de Hera escrita por Len Baran, Lah S Conde, Juliana Moreira


Capítulo 13
A caminho da cidade do pecado.


Notas iniciais do capítulo

Computador arrumado, xenti :3 capítulos toda quinta, não esqueçam *---*

Capítulo do señor "cara de galã" aushuash, apelido que a Juliana deu pra ele, espero que gostem



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DAVID

Estamos na van do Acampamento indo para a rodoviária pegar um ônibus para New Jersey e depois para Las Vegas. Sophia parece muito nervosa com a primeira missão, não posso culpa-la, também estou... Ambos estamos tremendo, seguro a mão dela e ela fica com o rosto vermelho, tão linda como sempre, seus cabelos loiros e ondulados contra o vento que sopra pela janela aberta da van.

Amanda Gath é a única animada, não a conheço muito bem, mas parece ser legal, assim como eu ela tem hiperatividade, disseram-me no acampamento que isso é comum para semideuses, meus irmãos me disseram que ajuda a tocar instrumentos musicais, e realmente é muito fácil para mim.

– Você está nervosa, não é? – Pergunto. – Vai ficar tudo bem, vamos voltar sãos e salvos.

– É eu estou um pouco nervosa sim, mas ainda bem que você está aqui comigo... – Ela corou, e acho que eu também, meu rosto começou a formigar, então ela me abraçou.

– É o amoooor! – Amanda cantou e começou a rir.

– Cala a boca, Mandy! – Sophia disse e todos nós rimos até mesmo Argos, o homem com vários olhos deu um leve sorriso no banco do motorista.

Chegamos à rodoviária e nosso ônibus estava atrasado, pois começou a chover e vimos na TV que algumas ruas pelas qual o ônibus passava estavam alagadas, Argos disse que Zeus poderia estar bravo, eu até achei estranho ele dizer alguma coisa, ele nunca fala nada, apenas com o Sr. D e Quíron.

Passamos cerca de uma hora e meia esperando o ônibus, sentados nos bancos da rodoviária, Sophia dormiu com a cabeça escorada em meu ombro, Amanda estava brincando com pecinhas mecânicas e pouco tempo depois um pássaro robótico estava voando por cima das pessoas, mas elas pareciam não notar, como se fosse normal, essa era a famosa Névoa, o que escondia dos mortais o lado mágico do mundo, o lado mitológico, o lado dos deuses.

O ônibus parou, uma marca de água mostrava o quão Zeus estava furioso por sua mulher o trair, a marca batia a 30 centímetros acima dos pneus do ônibus, ou estava muito alagado, ou ondas se formavam na água que cobria as ruas. Parou de chover, então partimos sem mais atrasos, a água estava se dissipando e o transito não estava muito congestionado, chegamos a New Jersey em menos de uma hora, só então lembramos que não tomamos nem café, nas nossas mochilas, Quíron colocou 50 dólares em cada e alguns dracmas de ouro na mochila de Sophia, ele disse que se quiséssemos entrar em contato com o acampamento, deveríamos mandar uma mensagem de Íris, o único problema é que eu não fazia a menor ideia de como fazer isso, só espero que Amanda saiba, já que ela estava há mais tempo lá e nós éramos novatos, ele também disse que os dracmas ficariam na bolsa de Sophia por que ela que estava liderando a missão, tomara que o poder não a sua cabeça e ela me mande lavar os pés dela... Mas ainda bem que ela não é esse tipo de pessoa.

Descemos do ônibus e com sorte paramos em frente a uma lanchonete, sentamos e discutimos o que fazer na missão.

– Então, Sophia, o que devemos fazer primeiro? – Eu e Amanda olhamos pra ela e ela pareceu assustada, não sabia o que fazer.

– Nós... hã... Nós vamos para Las Vegas! Fica a oeste daqui de New Jersey, minha mãe pode estar lá, sabe... Se divertindo nos cassinos. – Disse ela, nervosa.

– Eu não acho que deuses se divirtam em cassinos, exceto o Sr. D, deus das festas, você sabe...

– Mas é nossa melhor aposta. – Disse Amanda. – Porém tem algo que vocês precisam saber, em Las Vegas existe um cassino que ao entrar lá você nunca vai querer sair, nunca. É chamado de “o covil dos comedores de lótus”, eles enganam as pessoas com muita diversão desde os tempos antigos, ouvi relatos de pessoas que ficaram lá durante décadas e ao saírem ainda tinham o mesmo corpo e a mesma idade, dizem que a Flor de lótus entorpece os sentidos e é como droga, você fica viciado nela e não consegue parar de comer, eu não sei o nome do cassino, ninguém no acampamento menciona o nome, pois alguns dos melhores heróis do acampamento passaram por lá e não gostam de relembrar isso, até o próprio Percy Jackson passou por lá em sua primeira missão e quase não conseguiu completa-la, devemos ter cuidado com isso.

– Flor de lótus... – Murmurou Sophia. – É o símbolo de minha mãe, uma flor de lótus apareceu em minha cabeça quando fui reclamada como filha de Hera.

– Sim, mas acho que isso não impediria de você passar pelo mesmo que esses semideuses passaram, você só tem mais três semanas até que o prazo termine, precisamos encontrar sua mãe até lá ou os casamentos de todo o mundo serão arruinados, não terá ninguém para cuidá-los, sua mãe é a deusa dos casamentos, ela que mantém as famílias unidas.

– O.k... Encontraremos minha mãe, salvaremos os casamentos de todo o mundo, tudo bem, mas temos que descobrir que cassino é esse, senão podemos ficar presos lá e perder o pouco tempo que temos.

Amanda não estava mais tão animada agora e sempre que está nervosa começa a montar coisas, gostaria de saber de onde ela tirava tantas pecinhas pra montar seus mini robôs. Depois de comer, pedimos uma informação a balconista sobre onde poderíamos pegar um ônibus para Las Vegas, ela disse que se andássemos alguns metros subindo a avenida encontraríamos um jardim com estatuas que em frente existe um novo ponto de ônibus. Chegamos ao jardim e a placa dizia Empório de jardim da tia Em. Estava totalmente deserto e nas janelas tinham teias de aranha, não quisemos nem entrar, todos parecíamos com medo daquele lugar, sentamos nos bancos do ponto de ônibus e esperamos por 15 minutos até que o primeiro ônibus passasse, subimos e sentamos. Tudo parecia muito normal, até um homem gigante levantar da cadeira e tentar nos acertar com um pedaço de madeira maior que uma poltrona do ônibus, o homem só tinha um olho no meio da testa. Todos os passageiros do ônibus gritaram e desceram quando o motorista parou.

– Ei você, desça do meu ônibus agora! – O motorista gritou. O ciclope acertou o homem com a clava e ele foi jogado pela porta e bateu com as costas numa árvore do outro lado da rua, ainda estava respirando, mas não iria dirigir por um bom tempo.

Puxei meu arco e flecha e acertei-o no braço, na orelha, no peito, na bochecha e nada fazia efeito. Amanda tirou não sei de onde uma marreta com a cabeça flamejante e jogou. Na mosca! Acertou em cheio o olho do ciclope que caiu no chão do ônibus e explodiu em areia dourada. Os passageiros ainda estavam gritando e correndo de um lado pro outro fora do ônibus, alguns choravam sentados na grama, outros apenas estavam parados e perplexos, outros ficaram perguntando como nós nos livramos do gigante, não respondemos, apenas saímos correndo voltando em direção ao empório de jardim, pegamos outro ônibus que passou pelo mesmo local, lá, os passageiros que estavam no ônibus anterior haviam sumido, assim como o nosso ônibus, talvez algum outro motorista foi mandado para dirigir aquele ônibus, mas pelo menos metade das poltronas foram destruídas pelo ciclope.

– De onde você tirou aquela marreta pegando fogo? – Perguntei a Amanda.

– Ah, aquilo? É um cinto de ferramentas encantado que Leo me deu, ele disse que encontrou em uma caverna antes da sua primeira missão, falou que me ajudaria, é do cinto que eu tiro minhas pecinhas quando estou nervosa ou entediada.

– Foi impressionante, nenhuma de minhas flechas fez efeito nele.

– A marreta tem a cabeça feita de bronze celestial, o fogo é uma das habilidades de meu pai, eu sou a segunda meio-sangue que consegue dominá-lo em séculos, o primeiro foi Leo.

– Uau! Isso é muito legal.

– É, talvez sim... Mas alguns semideuses do acampamento nos temem e nos excluem, pois tem medo de sofrerem queimaduras, foi assim com Leo, e é assim comigo, espero que depois dessa missão saibam que eu não sou uma pessoa ruim e não tenham mais medo de mim. Um dia, um dia eu farei algo como meu irmão fez, ele construiu um barco gigante na sua última missão antes de se tornar o instrutor do chalé de Hefesto, na proa havia a cabeça de um dragão de bronze, Festus, foi assim que ele o chamou, disse que Festus perdeu seu corpo na primeira missão de Leo, mas eu tenho fé em meu pai, um dia ele me ajudará a concertar o Festus, com a ajuda de meu pai, meus irmãos e a esfera de Arquimedes que será minha após essa missão.

Fiquei impressionado com a determinação dessa garota, ela é mais nova que eu, mas é mais madura e mais confiante. Sophia estava dormindo agora, ela não disse uma palavra desde que saímos da rodoviária, estou ficando preocupado, talvez esteja pensando no que falar para a mãe quando a encontrarmos. Juro pelos deuses que farei de tudo para ajudar a garota que amo, farei de tudo para que ela seja feliz.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^^ Deixem seus reviews, obrigado, estou muito animado pra fazer essa fic, tomara que vocês estejam tão animados quanto eu pra ler asuhasu :33