Amor de Maroto escrita por Helena Prett


Capítulo 24
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o meu lindo epílogo, especialmente para vcs, meus queridos leitores!
Espero que gostem!

Atualização: Seguinte, eu estou pensando em escrever uma continuação para a fanfic Amor de Maroto e queria saber se vocês apoiariam a ideia. Eu sinto muita falta da dinâmica de publicar os capítulos e responder comentários de leitores, portanto acabei pensando nessa como a única maneira de suprir minhas necessidades de escritora. O meu principal problema é que escrever uma fic não é um processo da noite para o dia, ele requer muito tempo e paciência, então a minha real pergunta é se vocês teriam curiosidade de ler se eu elaborasse uma continuação. Se o caso for que não exista essa vontade, nem me darei o trabalho de me preocupar. Comentem o que vocês acham!



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Epílogo

— Sirius, eu já disse que é impossível. - Anna repetiu pela milésima vez naquele dia.

— Não, Prett, o que eu estou dizendo é que sempre existem possibilidades e você pode sim estar…

— Não ouse dizer mais nenhuma palavra, Black. - a morena ordenou. - Isso não é uma coisa que se fale apenas por falar. - com essa, finalmente o maroto ficou quieto, sem levantar mais nenhuma hipótese.

Formados e já com vinte anos, o par tinha se casado em uma cerimônia pequena apenas para familiares e amigos muito próximos no ano anterior. Mesmo tendo tardado para registrar a união, os dois basicamente já se tratavam como algo oficial desde que saíram de Hogwarts, época em que o maroto pediu sua mão em casamento. O casal passou a morar junto um ano depois de se formarem, quando arranjaram empregos para se manterem. Mesmo trabalhando, os dois não pararam de estudar; Sirius já era um ótimo auror, enquanto sua esposa, antes comerciante, se empenhou para conquistar a posição de jornalista, sonho de infância que alcançou rapidamente.

Mesmo em tempos sombrios, os dois não pararam suas vidas normais, porém continuavam a ajudar a Ordem da Fênix e compareciam em todas as reuniões, se oferecendo sempre para missões e coisas do gênero. A Ordem tinha crescido significativamente, aumentando assim os que se opunham ao Lorde das Trevas.

— Anna. - Sirius a chamou. - Ei, estamos quase chegando. - avisou-a, a fazendo erguer a cabeça. - Você consegue chegar até lá. Eu sei que consegue. - encorajou-a. - O que você está sentindo?

— Dor de cabeça. Estou tonta e com náusea. Parece que eu corri uma maratona de quarenta quilômetros em dez minutos, mas eu não fiz absolutamente nada o dia inteiro! - conseguiu dizer pausadamente, fechando os olhos eventualmente.

— Vai passar. - garantiu-a. - Você vai melhorar.

Já faziam alguns dias que estes sintomas e mais alguns tinham aparecido na vida de Anna. A morena, de início, tentou ignorá-los, porém os mesmos não fizeram muita questão de deixá-la em paz, a atormentando dia e noite. Farto de vê-la sofrer, Sirius decidiu obrigá-la a ir a um hospital, onde o problema poderia ser detectado. Por mais que a morena reclamasse e se revoltasse, o maroto se preocupava imensamente com ela para deixar isso de lado.

Embora Carol já a tivesse examinado, Anna não revelou a Sirius o que a loira tinha dito, inventando que a amiga deles achava que era um mal estar passageiro e que em alguns dias passaria. O problema foi que após quase uma semana repousando e trabalhando metade de seu horário normal, a morena não conseguiu se recuperar, o que acabou preocupando-o.

— Prin, eu já disse que o que você acha é impossível. - Anna iterou. - Nós já tentamos e não deu certo. Você sabe disso. Eu fui diagnosticada assim antes de saírmos de Hogwarts quando fui fazer um exame de rotina. Eu já te contei inúmeras vezes a história. - relatou. - Não se dê falsas esperanças. Eu não posso te dar isso e eu me sinto péssima por conta dessa minha deficiência.

Fingindo não ter ouvido, Black logo a direciona à sala do médico deles, o doutor Smith, que acompanhava o caso da grifinória desde o diagnóstico. Após contar seus sintomas, a morena foi examinada pelo profissional, que pareceu perplexo ao ver o resultado de um exame recém-feito.

— Senhora Black, - o medibruxo iniciou sua fala, preocupando a morena, que mordeu o lábio inferior. - nós estamos presenciando algo bastante espantoso. - contou.

— Co-como assim? - a morena já estava esperando pelo pior, apertando a mão do marido, que estava tão nervoso e tenso quanto ela.

— A senhora está grávida! - o homem abriu um sorriso, feliz pela paciente.

— Não. Eu não posso estar. É impossível. Eu sou estéril. - alegou. - Meus níveis de hormônios não se mantêm estáveis há mais de quatro anos. Todos os especialistas me dizem isso.

— Sua ocitocina de repente conseguiu se manter por três meses em um nível correto para a fecundação e geração do bebê. É um milagre! - ele explicou, logo prosseguindo. - O mal-estar que a senhora vem sentindo se dá pelo fato de que seu corpo não estava muito preparado e também porque é, como vimos, a primeira vez em anos que seu organismo possibilita de fato isso.

Boquiaberta, Anna não sabia o que dizer. Ela sabia desde seu sexto ano que era incapaz de gerar um filho e que, se quisesse um, teria de optar pela adoção. Porém todas as informações que ela tinha até então se tornaram vagas e irrelevantes.

— Eu vou ser mãe. - sussurrou a morena, ainda incrédula. - Eu vou ser mãe. - comentou com uma voz quase inaudível novamente. - Prin, nós vamos ter uma criança. - suas falas sempre vinham acompanhadas de um sincero sorriso, que vinha de orelha a orelha, que era compartilhado por seu amado marido, que logo se pronunciou diante do assunto:

— Se for menino, quero que se chame Nicholas.

——

Carol tinha que admitir: Remo conseguia a surpreendê-la cada vez mais.

A loira, já com vinte anos, quase vinte e um, agora morava em um pequeno apartamento perto do Beco Diagonal, local perto de seu atual trabalho. Todas as manhãs gostava de passear pela tão famosa rua antes de chegar ao Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos, onde trabalhava há quase dois anos como medibruxa.

Seu apartamento era pequeno, porém aconchegante. Se mudara para lá um ano após sair de sua tão amada Hogwarts, ao perceber que precisava se dedicar mais ao seu futuro, ideia compartilhada por seu namorado, Remo Lupin, que estudava e trabalhava no Ministério da Magia. O casal não tivera mais nenhuma complicação após sair da escola, deixando de lado apenas as ocasiões que discutiam pois Sirius os havia irritado.

Apesar de ter um trabalho exaustivo e exigente, a loira amava o que fazia, sempre sendo apoiada por Remo, que a incentivava a ir o mais longe que podia. Carol, por mais que tentasse, quase nunca conseguia ajudá-lo a manter um emprego por conta de sua incontrolável doença. Isso certamente sempre o chateara, porém nenhum de seus amigos o julgava por isso.

Por conta do emprego, Andrew sempre chegava tarde e esgotada, querendo mais que tudo uma boa noite de sono. Isso apenas não ocorria no seu dia de folga, segunda-feira, momento que descansava para renovar as energias.

— Remo, o que você está fazendo?

No primeiro domingo do mês de fevereiro daquele ano, o maroto decidiu surpreender a namorada com um romântico jantar à velas preparado por ele. A sala de jantar estava escura, a não ser pelos tênues pontos de luz posicionados na mesa e nas prateleiras. Da janela, a luz da lua apenas deixava o ambiente mais íntimo ao atravessar o vidro em um raio prata. O ar cheirava a orégano e coentro, os temperos favoritos da grifinória. A pequena mesa tinha taças, pratos, talheres e guardanapos, acompanhados por uma boa garrafa de vinho que jazia no centro.

— Feche os olhos! - o maroto ordenou urgentemente, não querendo que ela visse tudo. A loira o obedeceu, sendo logo guiada por ele até seu lugar na mesa, onde se sentou com sua ajuda. Rapidamente, Remo serviu a comida quente (risoto com ervas, um dos pratos prediletos da namorada) e colocou um pouco de vinho em cada taça. - Ok, agora pode abrir. - pediu ao se sentar. - Amanhã é sua folga, o que significa que você não precisa acordar cedo e eu posso desfrutar da sua companhia por mais tempo nessa romântica noite de lua minguante. - explicou-se.

— Você não precisava ter tido todo esse trabalho, Remmy. Quer dizer, eu realmente aprecio, porém você sabe que eu não me importo com o entorno quando estou ao seu lado. - disse apaixonadamente Carol, sorrindo.

— Você vale bem mais que isso, amor. E hoje é uma ocasião especial. Precisamos comemorar que Sirius e Anna vão ter um filho! - a loira riu.

— Nós já sabemos que ela está grávida há quase dois dias! Tirando o tempo em que eu descobri da gravidez ao examina-la e ela se recusou a acreditar. - apontou. - E eles nem estão aqui para comemorar conosco!

— Vamos festejar com eles, de novo, amanhã, então hoje é como se fosse um… aquecimento. Afinal, você merece ocasiões especiais também, não?

Por mais que fosse simples, Carol acabou concordando com ele, desistindo de negar. Eram realmente raras as oportunidades que tinham de celebrar naqueles tempos, então qualquer pequena coisa era motivo para festa.

Após comerem o bem preparado jantar, Carol e Remo resolveram se sentar no sofá para conversar melhor sobre os dias que tinham passado.

— Ok, chega de papo. - a loira disse, bebendo mais um gole de vinho. - Apenas conversar não vai fazer seu jantar romântico valer a pena. - após essa fala, Carol se inclinou e o beijou, aproximando-se do namorado.

No segundo seguinte Remo colou seus lábios aos de Carol. Uma das mãos deles envolvia fortemente a cintura da loira e a outra tinha subido sua nuca, afundando os dedos entre os macios cabelos da namorada, que tinham o aroma de seu costumeiro shampoo de pêssego e seu pescoço estava cheirando perfume floral, que quanto mais respirava mais ele se sentia quente e entorpecido. Um arrepio percorreu todo corpo de Carol quando a mão de Remo apertou novamente sua cintura.

— Eu senti muitas saudades de estar assim com você, Remmy. - declarou a loira entre um beijo, se deitando no sofá com ele.

— Pode apostar que eu também. - o maroto correspondeu o beijo, acariciando sua coxa. - Ah, me lembrei de uma coisa importante! - declarou, se afastando um pouco de sua amada.

— E você precisa falar justo agora? - reclamou um pouco, logo se endireitando.

— O que eu tenho pra falar é urgente. - alegou, se sentando propriamente. - Lembra que você me disse que não gostava do seu sobrenome? - a loira assentiu, esperando que ele prosseguisse. - Eu tenho uma solução para esse problema.

— Que seria…?

— Arranje outro! - exclamou, sorrindo.

— Remo, não é tão simples assim. E o fato de eu quase não ir mais para o mundo trouxa já é um alívio. Ninguém aqui acha extraordinário ter o nome Andrew, ser loira e ter olhos claros. E de qualquer maneira eu nem sei qual outro sobrenome ficaria bom com “Carolina”. - explicou, achando aquele assunto estranho.

— “Lupin” creio que ficaria bom. Carolina Andrew Lupin. É, acho que fica ótimo…

— Remo, o que você quer dizer com isso? - a loira indagou ao ver um sorriso suspeito no canto da boca do namorado.

O maroto então a fitou apaixonadamente enquanto de ajoelhava na sua frente e pegava algo em seu bolso.

— Remo…

— Carolina Sofia Andrew, - ele iniciou a fala, abrindo uma caixinha de veludo que continha um belo anel de brilhante. - você aceita se casar comigo?

——

— Tiago? - a ruiva o chamou assim que abriu a porta da casa, a trancando atrás de si. - Cheguei!

— Já estou indo. Me dê um minuto! - pediu-a, falando do andar de cima.

— Tiago? - Lily suspeitou, se preocupando. - Está tudo bem com vocês? - indagou prestes a subir as escadas.

— Pronto! - o charmoso maroto apareceu no topo da escadaria, indo ao encontro de sua amada. - Estava colocando Harry no berço. - explicou-se. - E, antes que você me pergunte, sim, eu o coloquei na posição do jeito que você me ensinou, senhora Potter.

A ruiva riu de seu marido, o dando um selinho, logo voltando para a cozinha junto com o mesmo para preparar o jantar.

— Falei com Carol e Anna hoje. - relatou, abrindo a sacola do mercado. - Não vai me perguntar das novidades?

— Ok, - cedeu, abrindo uma garrafa de suco. - quais são as novas?

— Remo pediu Carolzinha em casamento! - declarou entusiasmada, compartilhando da felicidade da amiga. - Isso é maravilhoso, não?

— Por essa eu não esperava. - admitiu, pegando dois copos. - Quer dizer, eu sei que Aluado ama a Carol, mas ele é sempre tão lento que estava imaginando que Sirius teria de fazê-lo para ele! - o casal riu. - Falando nele, como Anna e Almofadinhas vão?

— Essa é a melhor parte. Lembra que Anna tinha aqueles problemas de saúde e tudo mais desde do sexto ano? - o maroto assentiu, esperando que ela prosseguisse. - Ela passou mal uma ou duas semanas, e, obviamente, Sirius ficou mega preocupado e decidiu levá-la no médico.

— Mas o que ela tem? - Tiago já ficou alerta por conta da melhor amiga. - É algo sério?

— Ela está grávida! - contou por fim, sorrindo. - Eu fiquei tão feliz por ela! Anna sempre achou que nunca poderia ter um filho, mas ocorreu um milagre científico!

Tiago também não podia acreditar. Anotou mentalmente de ir dar os parabéns aos amigos no dia seguinte, assim que voltasse do trabalho.

A vida de Lily e Tiago tinha ficado muito melhor com o passar do tempo. Logo depois de se formarem em Hogwarts, os dois se casaram, oficializando finalmente a união deles. Já ao final dos vinte e um, o casal tivera seu primeiro filho, o belo Harry Tiago Potter, fazendo já um ano e pouco, algo que os contentava cada vez mais. Aurores, os dois não paravam de lutar contra bruxos das Trevas e o próprio Lorde das Trevas, já tendo sobrevivido três vezes de suas mãos. Com a Ordem da Fênix, eles podiam ajudar em missões ou patrulhas, eventos em que auxiliariam em qualquer coisa que aparecesse. Mesmo sendo cautelosos, os dois sempre estavam investigando qualquer acontecimento que parecesse fora do normal nos arredores.

Naquele fim de semana, a maravilhosa notícia do noivado dos melhores amigos os tinham alcançado, acompanhando a não-tão-nova notícia da gravidez de Anna, que, por mais que fosse denotada como impossível, aconteceu. A vinda de uma criança alegrou a todos - tanto os sete, quanto os membros da Ordem - que precisavam de um pouco de felicidade.

— Quer vinho? Para comemorar. - explicou o maroto à esposa, ao ver que ela desaprovava a ideia. - Eu sei que você está amamentando nosso lindo filho, mas é uma ocasião especial! - justificou, já pegando duas taças no armário ao seu lado.

— Não é só por isso, mas você sabe que eu não vou tomar, não adianta insistir. - a ruiva alegou, pegando uma garrafa de suco de uva. - Pronto, agora vai parecer a mesma coisa!

— Ok, dessa vez eu deixo passar, senhora Potter. - provocou-a, dando-lhe um selinho.

Após tomarem uma taça cada de seu respectivo líquido, resolveram ir para o jardim, onde o clima estava mais agradável. No local, lírios cresciam por toda volta - Tiago fez questão de plantá-los especialmente para a esposa, em homenagem a ela - perfumando o entorno do casal, que estava sentado em baixo do belo luar.

— O que está te inquietando tanto, Lily? - indagou o moreno, ao ver que ela não parava de mexer nas mechas ruivas de seu cabelo. - O que eu fiz de errado dessa vez?

— Você não fez nada de errado. - disse, rindo. - Na verdade, fez algo muito bom… - ela resolveu prosseguir ao ver que o maroto não estava entendendo. - Tiago, - sua face então ficou um pouco mais séria, informando que o que ela tinha para falar de fato era importante, o que preocupou o moreno. - Tiago, eu preciso te contar uma coisa.

Antes que o mesmo pudesse esperar por uma resposta, os dois ouviram um barulho dentro da casa, que intuitivamente o casal achava que tinha vindo da entrada da moradia de Godric’s Hollow. Eles eram amigos de todos os vizinhos, mas quem seria aquela hora da noite? Seria Sirius e Anna ou Remo e Carol? Ou alguém da Ordem?

— Tiago, que barulho foi esse? - a ruiva momentaneamente ficou alarmada e amedrontada, segundando fortemente o braço dele, se esquecendo do assunto anterior. - Tiago…


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Notas finais do capítulo

Sobre o final: interpretem da maneira que quiserem, principalmente sobre o que Lily ia falar para Tiago...

Como eu nao quero me desprender de maneira alguma desta fanfic, eu (talvez) poste um cap bonus ou algo do gênero, como as partes que eu mais gostei e tal.
Mais uma vez, me perdoem pela demora!

Atualização: Seguinte, eu estou pensando em escrever uma continuação para a fanfic Amor de Maroto e queria saber se vocês apoiariam a ideia. Eu sinto muita falta da dinâmica de publicar os capítulos e responder comentários de leitores, portanto acabei pensando nessa como a única maneira de suprir minhas necessidades de escritora. O meu principal problema é que escrever uma fic não é um processo da noite para o dia, ele requer muito tempo e paciência, então a minha real pergunta é se vocês teriam curiosidade de ler se eu elaborasse uma continuação. Se o caso for que não exista essa vontade, nem me darei o trabalho de me preocupar. Comentem o que vocês acham!



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