POV BELLA:

Chegamos ao apartamento do Edward e, rapidamente, corri para a cozinha, mexendo nos armários. Viemos o caminho todo em silêncio, ele não tinha dito nada mas me olhava com curiosidade e isso estava me irritando. Que merda de cara frouxo!

— Pergunte logo, idiota. — Mandei enquanto fazia um sanduíche. Estava de costas para o Cullen mas tinha certeza que ele estava na batente da porta com as pernas e os braços cruzados.

— O que você foi fazer lá? O que você ta fazendo na minha casa? E por quê bateu na minha secretaria? — Ele despejou em cima de mim. Enquanto colocava um pouco de suco no meu copo eu tentava processar o que ele tinha perguntado.

— Já tinha um tempinho que não arranjava um boa briga e aquela boçal me pareceu perfeita para isso. — Disse dando os ombros enquanto mordia meu lanche. — E eu subornei o Jacob para ficar de olho em vocês dois então ele me contou o que estava acontecendo. — Expliquei normalmente e vi Edward abrir a boca e sussurrar um “desgraçado”

— Temos que ter uma conversa agora, Isabella. — Ele disse sério e eu gemi em protesto me virando para ele.

— To com fome. — Reclamei e era verdade. Estava morrendo de fome. Tinha tempo que não comia e a causa disso tinha nome, sobrenome, um sorriso lindo e um endereço : Londres. Ui! Chegava me dar calafrios só de pensar.

— Sinto muito. — Ele disse vindo até mim e pegando as coisas da minha mão, colocando em um prato.

— Idiota! — Gritei e ele riu. Onde aquele babaca tava vendo graça?

— Por quê Irina era perfeita para uma briga? Acho que você não Fez duni-du-ni-te — Ele perguntou idiotamente e eu revirei os olhos. Não era obvio?

— Você não entende? Ela era perfeita para tal ato pois você é só meu, amor. E eu vou matar qualquer uma que ameaçar te tirar de mim. — Eu disse meiga e com a voz apaixonada. Quando “cê” quer muito alguma coisa, se esquece até do orgulho e da dignidade.

— Oi? Não entendi. — Ele disse chegando mais para frente. Revirei os olhos.

— Não se faz de idiota! Você só finge ter problemas mentais! — Eu disse e ele me olhou assustado.

— Isso mesmo! Não é porque eu o amo que terei paciência com você. — Eu disse e dessa vez ele arfou de tão assustado que o bichinho tava mas logo tratou de disfarçar.

— Sinto muito por você mas depois que se é magoado várias vezes pela mesma pessoa nenhum sentimento bom permanece. — Que gay! Suspirei me aproximando dele.

— Edie, esse orgulho destruirá nós dois em pedaços. — Sussurrei com o coração apertado. Estava cansada daquilo tudo. Devagar, fui me aproximando até colar meu corpo no dele, o senti segurar meus cabelos e me puxar meu rosto para o seu. Ele grudou nossas testas mas sem nunca me deixar beijar seus lábios.

— Você quer tirar o que eu tenho de mais precioso. — Ele disse e se afastou. Era desse orgulho que eu falava!

— Okay, sei que errei. Foi por impulso, eu prometo que não tiro elas de você, mas... Eu não quero perde-las sabe? Nem perder vocês. Eu não os imaginava na minha vida e agora é uma dor quase insuportável só de pensar em perder, imagina quando forem para o outro lado do oceano? — Fui sincera e ele ficou alguns segundos me observando desconfiado.

— Te ver próxima a eles era meu maior sonho mas não sei se ainda é... Eu sei da verdade agora, sei como você é. E não te amo mais. — Ele disse e eu não sabia se aquilo era verdade ou não mas doeu. Doeu como nada tinha doido antes. Eu não tinha resposta para aquilo. A única coisa que eu queria era ir embora, dormir e nunca mais voltar. Eu estava perdida.

— Não me faça viver sem você. Você é a única pessoa que faz com que eu me sinta viva. Eu não me importo de brigar com você 24 horas por dia, eu só preciso de você. Por favor, não me deixe. — Implorei entre soluços e só então percebi que chorava e estava sentada no chão. Edward, ao perceber também, caiu de joelho na minha frente, seus olhos lacrimejados, ele colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha em seguida beijou minha bochecha molhada. Agarrei sua blusa possessivamente, enterrando meu rosto em seu peito e inspirando seu cheiro de homem. Era um cheio que eu poderia sentir pelo resto da minha vida. Acho que era a primeira vez que ficávamos sozinhos num mesmo ambiente sem brigar nem sentindo atração sexual.

— Acho que não penso direito quando se trata de você. — Ele disse rindo levemente depois de um tempo. Ri também mas nenhum de nós se afastou. O beijei novamente, ele colocou a mão em minhas coxas, subindo um pouco meu vestido. Passei minhas pernas pela sua cintura, esfregando levemente meu sexo no seu. Ele gemeu me deitando um pouco, fazendo com que eu encosta-se a cabeça na parede, e então começou a distribuir beijos pelo meu pescoço, descendo mais a cada beijo. Gemi agarrando seus cabelos.

— Me perdoa. — Pedi em meio ao gemido já que ele fazia movimentos com a cintura e acariciava minha perna. Ele me olhou com um olhar cheio de desejo.

— Me perdoa. — Pediu também e em seguida, me beijou. Eu não sabia nem o porque dele esta pedindo perdão mas isso realmente importava uma hora dessas?

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POV NARRADOR

A loira gemeu quando senti beijos no seu pescoço, sentiu sua pele se arrepiar e fechou os olhos com a sensação. Puxou a cabeça do homem e o beijou desesperadamente mas antes que o de olhos azuis pudesse avançar, ela se afastou voltando os olhos para o computador.

— O que você ta aprontando? — Ele perguntou acendendo um cigarro de maconha e oferecendo um para ela, que recebeu de ótimo agrado. Riley se sentou na cadeira ao lado, olhando o enorme prédio na tela do computador. Ele apertou os lábios aprovando o lugar e então, virou-se para sua amante esperando uma resposta.

— Se lembra de Isabella? A morena que sempre esta comigo? — Jessica perguntou e o loiro assentiu.

— Um pouco. Já fodi ela algumas vezes. — Deus os ombros, tragando seu cigarro. Jessica fez o mesmo, balançando a cabeça como se lembrasse.

— Então, o gato dela trabalha nessa empresa.

— E o que você quer com ele? Dividir com tua amiga? — Riley perguntou naturalmente. Eles não tinham nenhuma relação amorosa e o mesmo era casado com Victoria - uma moça bondosa que nem imaginava que o amado marido a traia - então não se importava.

— Hoho quero sim! Quero muito. Que mulher não quer? Mas por agora, eu vou apenas me concentrar em dar um empurrãozinho no destino para ajudar minha amiguinha. — Jessica disse com um sorriso malicioso e o olhar focando um nada.