S.o.s. escrita por Vespertilio


Capítulo 6
Vigésimo oitavo


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEY MOÇOS, Tudo bem? Comigo também, obrigada



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– Então... – Mike começou um pouco sem graça. Na verdade, ele estava vermelho como um tomate. Tudo o que queria era poder gritar um belo e sonoro: CHUPA OTÁRIO. Mas achei que isso seria o contrário de superação, então apenas segurei a mão de Edward e sorri para meu ex-noivo. – É um prazer conhecê-los Cullens.

– Já conheceu meu noivo, já falou com a vovó Abbie, algo mais meu querido? – Não consegui esconder a irritação na minha voz, o que fez Emett dar umas gargalhadas.

– Na verdade, o motivo principal deu ter vindo aqui foi você.

– Que é? Tá com medo de ser abandonado no altar e veio me pedir umas dicas? – Mike arqueou a sobrancelha e a risada de Emett só aumentou, juntamente com a de algumas outras pessoas da família. – É simples, passo um é superar. Arrume um noivo inteligente, gentil, sexy e gostoso. – Dei de ombros.

Edward olhou para mim as gargalhas. Então eu me dei conta do que tinha falado. Aquilo era o contrário de superação. E, pelos deuses, aquele homem era meu chefe, e eu estava dizendo em alto e bom som, pra todo mundo ouvir, tudo o que eu achava dele. Mas que merda Isabella. A voz da minha consciência, que parecia com meu pai, repreendeu-me. Eu tive de concordar com ela, que merda de boca!

– Na verdade – O tomate na minha frente começou, odiava como ele sempre começava as frases com “na verdade”. – Eu queria te chamar pra ser madrinha do meu casamento.

Engasguei com ar.

Uma rajada de ira me invadiu, e, se eu não tivesse começado uma crise desnecessária de tosse, porque aquilo, como eu já disse, era o contrário de superação, teria avançado para cima dele. E quebrado aquilo que ele chamava de pescoço. Eu? Madrinha? Do casamento do homem, eu acho que era homem, que me abandonou no altar? No way, nem a pau Juvenal.

– Bells? – Indagou, ele, tentando aproximar-se, mas Edward o empurrou com uma só mão.

– Ah Bellinha vai usar seu 28º vestido em um casamento? – A voz de gralha de Ângela ecoou pela sala.

– 28º? – Emett colocou a mão em minha testa, não entendi o porque. – Você já casou, ou tentou casar, 27 vezes, Bellinha? – Arregalou os olhos. – Alerta cunhadinha doente!

– A Bella foi madrinha de alguns casamentos, Emett. – Edward respondeu e então olhou para mim. – Mas eu não sabia que haviam sido tantos.

– Há muita coisa que você não sabe sobre mim, querido. – Não soube muito bem o motivo, mas coloquei uma nota de hostilidade nesta última palavra.

– Adoro mulheres misteriosas. – Piscou para mim, e passou seu braço sobre meus ombros. – E você, Michel...

– Mike!

– Tanto faz! – Emett rosnou.

– Tanto faz – concordei.

– E você, tanto faz, saiba que sim. Isabella irá ao seu casamento. Mas não como sua madrinha. Ela irá como convidada. Ela irá com o marido dela. E você a tratará como Senhora Cullen.

– É, chega dessa viadagem de Bells! – Emett comemorou socando o ar, e eu não pude deixar de rir.

– Não sei se contei para vocês, família. – Continuou Edward, quando todos pararam de rir – Mas vamos nos casar daqui a uma semana.

Uma semana? Opa, alerta vermelho!

– Pensei que vocês não tivessem marcado a data. – Jenn disse com uma expressão de “Oh, não! Estou sem tempo de roubar o noivo da minha irmã”.

– Eu também. – Rosnei para ele.

– Culpa minha! – Meu cunhado levantou as mãos – Eu adiantei o máximo que pude os papéis, e Rose conseguiu encaixa-los, com um padre amigo dela, o mesmo que realizou nosso casamento, para daqui a uma semana. – Sorriu largo – Contei ao Ed hoje pela manhã. Ele adorou.

– Adorei sim.

– Uma semana. – Murmurei, não conseguia falar nada mais.

A situação só estava piorando. Primeiro o demônio me apareceu e me convidou para usar meu vigésimo oitavo vestido de madrinha. Depois o outro, o anjo, que mais parecia vindo das profundezas do inferno, anunciou o nosso casamento. Um casamento que não aconteceria. Porque nós não éramos noivos. Infelizmente.

Após uma enxurrada de parabéns, e o discurso do meu pai de “cuide bem da minha garota”, eu fui para meu quarto. Não conseguia mais encarar aquelas pessoas. A minha família. Eles nunca tinham acreditado em mim, e, quando acreditavam pela primeira vez, era mentira. Será que valia mesmo a pena passar por tudo aquilo? Se no fim, mais cedo ou mais tarde, eles acabariam descobrindo? Mentiras tem perna curta, Isabella. Disse-me a voz do meu pai.

Porque ele? – Escutei uma voz vir do quarto escuro.

Minhas pernas tremeram de medo. E corri para acender a luz, o que só piorou e muito minha situação, porque ao ver Mike deitado em minha cama. Senti-me como as pessoas de filme de terror, que veem seu assassino, sabem que vão morrer e, ainda assim, não conseguem sair correndo. Encostei-me à parede e engoli em seco. Mike desceu da cama e caminhou até mim, ficando muito próximo. Cadê a porra da voz, Isabella? Grita!

– Você me trocou por ele, Bells. – Acariciou meu rosto.

– E por quem você me trocou, Mike? – Cuspi as palavras que estavam engasgadas em minha garganta desde que eu fora deixada no altar.

– Você não quer saber.

– Eu quero.

– Quando eu estava noivo de você, eu saia com a sua irmã. Foi por ela que eu te troquei, pela Jenn. Ela me convenceu de que eu não te amava, e que estava com você por comodismo. Então quando eu te deixei, ela me deixou. Eu viajei por aí, e conheci Taylor. Eu achei que estivesse apaixonado, até te ver com esse aí.

– Minha própria irmã. – Eu respirava com dificuldade, eu sempre soube que Jenn não gostava de mim, mas não pensei que as coisas chegassem a esse ponto. – Vagabunda. – Levantei o olhar diretamente para Mike, ele não me veria chorando. Não por causa de algo que eu já chorara o suficiente. – E quanto a você, seja feliz com a Taylor.

– O Taylor. – Corrigiu-me.

– O? – Indaguei embasbacada. – Mike você é gay? – Gritei e ele pôs a mão em minha boca.

– É uma surpresa para todos no dia do casamento. – Seus olhos estavam saltados. A expressão dele era doentia. – Mas na verdade, Bells. Eu sinto desejo por você. E quero você, quero agora!

Do nada ele estava forçando a boca contra minha. Voltei para meu estado de pânico. Não consegui me mover, não só porque ele me segurava no lugar com força, mas também porque eu simplesmente não sabia o que fazer. A voz me falhava, e apenas lágrimas caiam de meus olhos. O nojo intensificado cada vez que ele forçava a língua contra a minha boca. Fechei os olhos. Eu não seria testemunha daquilo tudo, da minha própria desgraça.

Senti dois braços me envolvendo forte. Um calor imenso me invadiu, e abri os olhos. Não era Mike quem estava lá. Era Edward. Abracei-o mais forte que pude, e enterrei meu rosto em seu pescoço. Seu perfume me invadindo. Sorri involuntariamente, apesar das lágrimas de pânico ainda escorrerem por meu rosto.

– Tudo bem, Isabella. – Ele murmurou, a boca contra o meu cabelo. – Eu já coloquei Mike pra correr daqui, ele não vai mais te fazer mal.

– Obrigada, Edward. – Sussurrei ao mesmo tempo em que envolvi seu rosto com ambas as mãos. – Obrigada.

Então eu esqueci que estava com raiva. Esqueci que nosso relacionamento não passava de uma farsa. Pois ali não parecia, parecia muito real. Eu podia acreditar que ele estava apaixonado por mim, tanto quanto dizia, eu queria acreditar. E acreditei. Reunindo uma coragem que eu não achei que eu tivesse, fiz o que queria fazer desde que vira ele pela primeira vez. Eu beijei Edward Cullen.

O chefe gosto gostoso, o home gentil, o senhor aquecimento global.

E tudo dentro de mim pareceu derreter.


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Notas finais do capítulo

hheeeeeeeeey Mabi, obrigada pela sua recomendação gatosa!
E.... FOI! ASUAHSUAHSUAH Sobre o próximo capítulo: DIGO É NADA! Mas vocês vão me odiar por ele, eu acho MUHAHAHAHAHA. Enfim, enfim, beijos de luz.
Ah! Pra quem gosta de Divergente e/ou 10 things, estou escrevendo uma fic sobre. Deem uma olhada lá.