Os Guardiões escrita por Mariane, Amanda Ferreira


Capítulo 33
A Escolhida.


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos! Eu de novo! o/ Vivas!!!
Capítulo novo com personagem velho kkkkk zuzu
Escrevemos com todo carinho pra vocês amores e espero que curtam.
Boa leitura! ☺☺

* Querido, não nos matem. Nos perdoem pelos atrasos e demoras para postar.



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***

Minha cabeça explodiu com uma dor latente e junto com a dor, todas as janelas se quebraram. Eu tinha a vaga impressão que todos me observavam, mas eu não conseguia entender o que estava fazendo.

Uma força nova, revigorante, plena... surgiu no meu corpo. A sensação de calafrio me percorreu e ouvi perfeitamente um zumbido nos ouvidos, como se o vento falasse comigo, mas depois de tantas coisas loucas, isso podia ser apenas minha imaginação.

Minha missão negada? Como assim? Eu não poderia mais sair para ver o Lucas ou procurar minhas amigas. Não podia aceitar isso.

Nem me dei conta de que estava gritando, só quando a garganta doeu e eu me calei olhando pra baixo. Meu coração palpitou ao ver que meus pés não tocavam o chão. Me desesperei.

Por fim minha cabeça explodiu e meus joelhos cederam. Bati-os com força no chão frio. Fiquei quieta durante um tempo em posição fetal e reparei que enquanto a dor de cabeça passava o vento também recuava. Assim que a dor passou por completo e curiosamente o vento também, ergui os olhos e me espantei com a bagunça da sala.

Papeis revirados, janelas quebradas, cadeiras caídas, as portas abertas e anciões boquiabertos com cabelos bagunçados.

–Katherine Mozart. – falou Richard pronunciando cada letra do meu nome horrorizado – O que você fez?

– O que-que?

– Como você manipulou o ar? - perguntou Madalena se aproximando de mim e estendendo a mão.

– M-mas eu-eu não-não fiz nada...

– Katherine, você manipulou o ar. - afirmou meu pai também vindo me ajudar a ficar de pé.

– Não, eu manipulo o fogo. – falei confusa.

– Isso é impossível. – falou Elza surpresa. Ela estava agarrada a sua cadeira como se tivesse medo de ser carregada.

– O que? – perguntei começando a ficar estressada.

– Você é bi-dominadora. – falou meu pai com uma falsa calma. – Você dominou o fogo e agora o ar. Isso nunca aconteceu em dois mil anos.

– Você é uma anomalia. – cuspiu Rosalina se ajeitando na cadeira. – Primeiro as tatuagens e agora isso. – ela me olhou com tanto desprezos que ate tremi.

– Rose, por favor, contenha-se. – falou Ivo com um olhar mal-humorado.

– Por favor, nada Ivo! – falou um pouco mais histérica – Essa pirralha é uma aberração da natureza. Ela pode ser muito perigosa!

– O que uma adolescente de 14 anos pode fazer conosco? – perguntou Elza sarcasticamente – Ela é praticamente um bebê.

– Primeiramente eu tenho dezesseis anos. Segundo eu nem sei controlar meus poderes, que risco eu teria a vocês? E terceiro minha família mora aqui, eu nunca os machucaria! – falei sibilando.

– É justamente isso. - falou Richard que agora caminhava de um lado para o outro. - Você não tem controle e pode sim, machucar as pessoas.

– E também agora não sabemos se você controla somente fogo e ar. - falou Madalena com a mão em meu ombro.

– Mas devíamos saber antes mesmo de você ter chegado aqui. - falou Richard fechando a cara e fixando seu olhar no outro lado da sala.

Me virei seguindo seus olhos e encontrei Nicolas. Uma expressão de confusão à raiva transbordava de seu rosto. Os cabelos como um ninho de rato.

– Não importa mais. - falei atraindo a atenção de todos de volta a mim. - Não preciso ficar. Posso ir na missão e não vou ser mais um perigo.

– Você não pode sair sem o consentimento e a autorização do Conselho. – falou Richard me olhando feio. – A barreira a impediria.

– A barreira? Ela não me afeta. – falei arrogante e foi quando vi a reação de todos os presentes que percebi a asneira que eu havia falado.

– A barreira não impede você? - perguntou Madalena mais para si do que para mim.

Então ela trocou um olhar preocupado com meu pai. Durou apenas um segundo, mas parece que foi o suficiente para a decisão.

– Ivo? - perguntou meu pai.

Todos os anciãos pareciam inquietos, ate mesmo Madalena ao meu lado.

Ivo ergueu os olhos e pela primeira vez vi um brilho no olhar castanho. Ele ficou de pé e olhou cada ancião na sala.

– Irmãos, eis aqui a nossa guardiã. - se virou para mim. - Estávamos esperando você Katherine Mozart. A guardiã da profecia.

***

Eliza você é uma idiota! Idiota! Idiota!

Independente do quanto eu repetisse a frase, meu subconsciente persistia em lembrar do toque de Lucas em minha pele, sua boca na minha, o que quase aconteceu. Com um arrepio eu freei.

Ainda em forma de lobo me deitei ao chão. Minha cabeça latejava e eu não conseguia me aquietar. Por fim voltei a correr ate avistar uma pequena cabana. As luzes estavam apagadas e então não vi problemas. Transformei-me novamente em humana. Meu corpo estava completamente nu. As folhas dos arbustos me pinicavam, mas consegui penetrar na casa sem ser ouvida. Parecia que as pessoas que lá moravam não estavam, pois os cômodos estavam vazios demais.

Segui por um corredor estreito e encontrei um quarto todo decorado de tons de rosa e roxo. Supus ser de uma pré-adolescente. Adentrei sorrateiramente por precaução. Abri uma das portas e me deparei com um armário super colorido. Como era o melhor que eu conseguiria separei algumas peças, as menos coloridas. Pareciam caber em mim.

Achei que os donos não se importariam se eu usasse seu banheiro também, afinal, eu já havia invadido sua casa e roubado uma peça de sua roupa. Então... dei de ombros.

Entrei no chuveiro e deixei que minha mente vagasse. Infelizmente foi minha pior ideia. Pois a primeira imagem em minha cabeça foi Lucas me imprensando na parede, me beijando...

Chega Eliza, você vai esquece-lo! Cadê seu feminismo? Você não depende de um babaca pra viver. Você merece coisa melhor que o Lucas.

Com um ultimo suspiro sai do banheiro e me vesti. Uma blusa preta baby look, short jeans com detalhes e um tênis que ficou uns dedos grandes demais.. Quando finalmente ia sair, parei e olhei novamente para o quarto da garota. Seria bom ter algumas roupas reservas. Peguei uma bolsa de... Raposa? E joguei algumas roupas dentro. A fechei com pressa e por fim sai correndo o mais rápido que consegui de volta a floresta.

Passei pelas arvores e girei pronta para pular no ar e cortar caminho, mas algo agarrou meu braço e fui puxada para trás bruscamente. Passei voando pelas arvores e cai batendo as costas numa rocha lisa. Ouvi os estalos da minha coluna e me encolhi deixando escapar um gemido.Maldito seja!

– Uau! Resolveu mudar el estilo?

Ergui os olhos encontrando uma figura pálida com um sorriso debochado.

Estremeci concluindo que tinha quebrado pelo menos duas costelas.

– Dónde está el lobo? - perguntou se curvando na minha direção.

– Por que não vai se queimar no inferno? - sussurrei.

Ele riu e se afastou caminhando lentamente.

– Yo no preciso. - disse arrastando as silabas em espanhol. - Ya tenho el sol.

Forcei as mãos no chão e com dificuldade fiquei de pé.

Ele estava com uma camisa branca e calça jeans surrada. Os cabelos claros quase caindo sobre os olhos. Se não fosse um sugador de vida eu ate diria que era bonito.

– Sai da minha frente ou eu mesma vou tirar você. - falei levando uma das mãos a cintura para tentar parar a dor.

– E cómo pretende hacer isso, Eliza?

Cerrei os punhos. Eu sabia que não conseguiria lutar naquela altura e com aquela dor, então tomei a decisão mais sabia. Me virei e corri.

Podia ouvi-lo me seguindo e foi então que pensei melhor. Desviei da estrada de terra e corri para o sul ainda sentindo a dor nas costelas. Depois de tanto esforço e de ouvir ele ranger atrás de mim, finalmente senti o sol bater em minha pele.

Parei e encarei a floresta. Pude ver uma sombra se deslocar entre as arvores, mas eu sabia que ele não se atreveria vir ate o sol e se queimar.

Suspirei aliviada e olhei para o lado. Minha única reação foi olhar para o chão e ver que já estava no asfalto e então arregalei os olhos e dei no máximo um passo, mas foi em vão.

Um carro cinza me atingiu em cheio e fui arrastada ate finalmente rolar sentindo as costas reclamarem e minha cabeça girar.

Engoli o gosto de sangue na boca e fiquei ali... imóvel.... na estrada.

***

Girei quebrando a estaca de gelo de sua mão. Ela arregalou os olhos no instante em lhe dei uma rasteira perfeita.

Ela caiu batendo as costas no chão e eu sorri presunçoso, mas o que durou pouco. Ela esticou a mão esquerda e quando pensei em pular, senti algo frio se enroscar no meu tornozelo e perdi o equilíbrio caindo de lado.

Senti seus pés nas minhas costas e me encolhi quando suas mãos frias me puxaram e como uma gata, rápida e pratica, ela já estava por cima de mim com os dedos congelados no meu pescoço.

Prendi a respiração ao sentir o frio descer pela minha pele. Ela sorriu.

– Venci!

Fiquei mudo. Perdi as palavras, pois no instante que eu pensava em derrota-la, se fora. Agora com ela tão próxima, eu podia escutar sua respiração acelerada e ate mesmo sentir seu perfume de jasmim. Minha vontade mudou instantaneamente e desci os olhos para seus lábios rosados.

Encarei seus olhos cor de tempestade e vi seu sorriso se desmanchar lentamente ao perceber que minha concentração tinha ido embora.

Ela retirou a mão do meu pescoço e afastou as pernas do meu corpo preparando-se para se levantar. Respirei fundo e segurei seu pulso antes que ela ficasse de pé. A puxei de volta e num movimento rápido ela caiu e as posições já estavam invertidas. Eu havia vencido.

Segurei para o meu peso não cair sobre ela e para não apertar demais seu pescoço. Ela ficou estática e eu sorri.

– Nunca solte seu inimigo sem que a luta tenha acabado. - falei. - E você está errada. Eu venci!

Fiquei de pé e estendi a mão para ajuda-la. Ela me encarou por um segundo e segurou minha mão se erguendo num pulo.

Desci os olhos pelo seu corpo concluindo que ela era muitos centímetros mais baixa do que eu. E ficava ainda mais na sua sapatilha velha, calça jeans rasgada e uma blusa de moletom cinza que mostrava parte da barriga e a cintura fina.

Ela caminhou ate o canto da sala e pegou sua velha mochila preta.

– Eu já vou. - falou puxando o elástico do cabelo e depois prendendo-o novamente. - Preciso fazer umas tarefas que Elza me deixou. - . eu nunca entendi porque Julieth mencionava sua mãe pelo primeiro nome, mas também nunca perguntei o motivo. Parecia pessoal demais...

– Ok! - dei um sorriso torto.

Ela sorriu de volta e deu um passo hesitante na minha direção, mas desistiu. Senti um clima estranho pairar no ar.

– Tchau Dani! - ela se virou, mas meu corpo agiu antes que ela pudesse dar qualquer outro passo.

Ergui a mão e segurei seu pulso. Ela me encarou surpresa.

– Quer sair comigo? - despejei de uma vez sentindo minha garganta inchar depois de eu terminar a frase.

Dois dias antes eu havia chegado à conclusão que lutar por Maggie e ganha-la era tão provável quanto eu ver uma cabra voando. Ela não se interessava, muito pelo contrario ate me desprezava. Então por que eu tentaria?

Finalmente na noite anterior eu cheguei à conclusão que seguiria em frente e a melhor forma de fazer isso era abrindo espaço no coração. E a única que poderia ocupá-lo além de Maggie era Julie. Ela sempre fora mesmo apaixonada por mim, e nas ultimas semanas uma estranha tensão surgiu entre nós e desde aquele beijo acidental ela vem disputando uns sonhos com Maggie.

Afinal Julieth era perfeita do seu jeito. Atenciosa, carismática, leal, e... Linda.

– Tipo, um encontro? - ela resmungou.

Mordi meu lábio inferior e soltei seu pulso lentamente.

– É sim. – respondi preocupado de ter a convidado tarde demais. Passei as mãos pelo cabelo.

Ela me encarou por um segundo considerável.

– Por que isso agora Daniel? - meu nome me atingiu como uma bomba.

Engoli em seco e respirei fundo.

– Eu não sei... - resposta idiota.– Apenas... eu não sei. - mais idiota ainda.

Ela franziu as sobrancelhas e ajeitou a mochila no ombro direito. Olhou para os pés e balançou a mão esquerda onde mantinha sempre as mesmas pulseiras prateadas.

– Você sabe, não é?

– Sei o que?

Mordeu os lábios ao me olhar.

– Todo mundo sabe que eu... - ela levou a unha cor-de-rosa na boca. - Que eu sempre tive uma queda por você.

Soltei o ar espantado com a coragem súbita dela. Sorri assentindo.

– Mas todo mundo também sabe... e eu sei, que seu coração já está ocupado por outra.

– Ju...

– Não vou ser sua segunda opção Daniel.

Perdi a voz e a respiração por um segundo. Senti a mão esfriar trazendo agua aos meus dedos. Eu não tinha pensado nela assim. Segunda opção? Não!

– Eu jamais faria isso com você, Julieth. - falei dando um passo hesitante. - Nunca pensaria assim de você.

Ela cruzou os braços.

– Então o que você quer?

– Tipo... agora?

Deu de ombros.

Mordi a língua, mas não adiantou.

– Beijar você.

Seus olhos se transformaram em bolas e vi suas bochechas ficarem vermelhas. Acho que as minhas também ficaram vermelhas. Ela quase engasgou, mas repôs sua postura e falou quase confiante.

– Então beija.

***

Meu ouvido zuniu. Ouvi passos rápidos se aproximando e logo uma mão tocar meu braço.

– Está ferida? Machuquei você? Consegue falar? Santo Deus! - reconheci como voz masculina.

Tossi sentindo a dor subir e descer. Virei a cabeça na direção da voz e me deparei com um garoto com de cabelos cor de areia, pele clara e olhos grandes e castanhos. Ele os mantinha arregalados e extremamente preocupados.

– Hum me perdoe. – falou com a voz melodiosa – Você estava ai parada e eu não vi... Desculpa!

Levei a mão ao ouvido apertando-o, tentando abafar o zunido. Olhei de volta ao garoto que piscou freneticamente.

– Vou te levar para o hospital....

– Não! - falei de repente. - Estou... bem.

Ele ergueu uma sobrancelha.

Hospital? Pirou? Se eu fosse a um hospital, no mínimo ia ser diagnosticada com alguma nova doença. Como ia explicar o processo de cura? Melhor não.

– Você não me parece bem. - ele falou me analisando.

– Não se preocupe. - apoiei as mãos no asfalto quente. Antes que pudesse levantar ele esticou os braços passando-os pela minha cintura e me colocando de pé.

Se afastou alguns centímetros e ficou me olhando como se eu fosse cair a qualquer momento.

Aprumei o corpo e me dei conta que tinha perdido a droga da mochila de raposa.

– Está tudo bem mesmo? Posso te ajudar com alguma coisa? Por que estava parada no meio da estrada nesse sol? Tem certeza que não quer ir a um hospital?

O encarei me perguntando como ele conseguia fazer tantas perguntas ao mesmo tempo.

– Está tudo certo. Estou bem, viu? - apontei para mim mesma.

Ele desceu os olhos pelo meu corpo depois me encarou com a testa franzida.

Girei o pulso sentindo uma dor latejante.

– Vamos para um hospital. - ele segurou minha mão e me arrastou ate seu carro.

Eu devia ter xingado, mas a maneira como ele me empurrou para dentro do carro, fechou a porta, se curvou sobre mim travando o cinto e me olhando mais uma vez, não deixaram com que minha grosseria saísse.

Ele girou a chave e o carro roncou silenciosamente.

– É... hum... – tentei pensar em algo – Não precisa me levar ao hospital. Está tudo certo.

– Desculpe! Mas precisamos ir. E se você tiver uma confusão depois? E se me denunciar? E se me denunciar e contar que eu não dei atendimento?

Segurei o riso.

– Tudo bem então. - sorri.

Eu nunca havia ido ao centro. Nunca precisei ir. Eu nem sei muito bem onde estávamos quando morava em Ilheias, a não ser pelas poucas informações que meu pai dizia como: “Estamos longe da capital numa cidade chamada Whitghmoree. É um vilarejo em Londres. Mas estamos mais para a área rural do que para o centro. E com os quilos de magia em torno de nós, Ilheias é invisível. Eles acham que onde estamos localiza-se um segundo Grand Canyon.”

Por fim chegamos ao hospital que me parecia luxuoso demais, mas o garoto insistiu e finalmente entrei.

Fui obrigada a fazer exames idiotas e bem... tentar explicar que estava tudo certo. No fim, depois de uma hora e meia sai do hospital. Andei pelo corredor e passei as mãos pelo cabelo, quando virei para sair bati de cabeça com alguém.

– Por Deus! É a segunda vez que te atropelo no mesmo dia. - indagou o garoto. O mesmo que me atropelou com o carro.

Eu ri esfregando a testa.

– Ficou aqui por uma hora e meia? - perguntei surpresa.

– Claro! Se você tivesse dado alguma coisa eu tinha que saber.

O encarei tentando ler sua expressão. Será que era algum truque? Digo... de Kora. Talvez estivesse me testando.

– Qual é seu nome? - perguntei de repente.

– Bruno. - sorriu. - Desculpe!

– Tem que parar de ficar pedindo desculpas... alias, sou Eliza.

Ele abriu um sorriso de verdade e estendeu a mão. Segurei-a com firmeza.

– Então... – falou enquanto saiamos. - Vai me dizer o que estava fazendo parada no meio da estrada? Não me diz que é algum tipo de ritual!

Dei um risada e coloquei o cabelo atrás da orelha.

– Eu fui visitar minha amiga. Ela tem, hum, uma cabana no interior da floresta, mas ela não estava. – falei um pouco rápido – Então decidi vir pro centro.

– A pé? - ele me olhou.

Por Kira! Como faz perguntas, garoto!

– Não. Eu pretendia ser atropela e fazer com que o motorista, que por acaso seria muito gentil, me trouxesse ao centro pois estava preocupado.

Ele parou e me encarou, depois balançou a cabeça dando uma risada.

– É serio Eliza. - foi quase manhoso.

Pensa!

– Ia pegar um ônibus. - menti.

Ele me fitou por um tempo, mas depois deu de ombros.

Voltamos a caminhar ate que paramos perto do seu carro.

– Então... obrigado por não me denunciar. - falou girando as chaves nos dedos.

– Tudo bem. Nem precisava ter me trazido ate aqui. - falei suspirando.

– Claro que precisava. - revirou os olhos. - Mas como posso te recompensar por não me denunciar?

Quase pude ver um sorriso malicioso se formando em seus lábios. Pensei por um segundo e decidi.

– Uma boate. - falei dando um sorriso. - Estou precisando esquecer alguns acontecimentos.


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Notas finais do capítulo

Julieth: http://www.polyvore.com/julieth/set?id=133693482
Eliza: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=134923715&.locale=pt-br



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