Os Guardiões escrita por Mariane, Amanda Ferreira


Capítulo 25
Segredos compartilhados


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!/Boa tarde!/Boa noite! Amores da nossa vida de escritoras! Como vão?
Capítulo adiantado *o* ~dançando o/ dançando o/~
Espero que curtam e hoje vamos conhecer um pouquinho mais do Daniel



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Eu tinha um sobrenome novo. Me chame de Katherine Hankor Mozart. Uma garota que pega fogo (literalmente), que namorava um lobo negro, que tem um irmão gato, uma nova família e um guardião (delicia) pé no saco.

Sim... Essa agora sou eu.

Fiquei encarando Daniel por um tempo considerável, era impressionante. Eu tinha um irmão. Um pai. Uma família. Eu queria acreditar, mas eu ainda achava isso um sonho.

Foi quando algo peludo pulou em mim me lambendo e me derrubando no chão.

– Ah! – gritei afastando o animal do meu rosto. Sentei me ajeitando e percebi que o que me lambia era um Husky Siberiano mesclado de branco e marrom com olhos azuis-cinzentos. Não deveria ter mais que alguns meses. Logo abri um sorriso e ajeitei-o em meus braços.

– Como você se chama...? - perguntei encarando seu focinho redondo com a língua rosada para fora.

– Sunny. – falou Daniel pegando-a no colo e me ajudando a levantar.

– Poxa Daniel por que você não me contou que tinha um cachorro? – perguntei – Eu amo animais, mas nunca pude ter! Meu pai, digo, Frederick era alérgico.

– Ah, não deu tempo. – respondeu dando de ombros – Eu ia contar, mas ela foi mais rápida.

Nós rimos enquanto ela esperneava no colo dele. Ele a colocou chão e ela correu porta afora.

– Preciso saber de mais alguma coisa?

– Só que eu sou sonâmbulo e costumo a fazer Striper ouvindo Toxic da Britney Spears. – ele riu assim que eu o olhei chocada – Calma Katherine, relaxa era brincadeira.

Sacudi olhando-o abismada.

– Agora que tal você conhecer a casa para esquecer esse meu segredinho? – falou piscando pra mim. Rolei os olhos e sorri

– Ok.

– Então bem vinda ao seu tour particular! - falou.

Saímos do seu quarto onde se encontrava um corredor que havia três portas de cada lado. As da esquerda, uma era o quarto do Daniel e provisoriamente o meu também. Seguido pelo quarto do casal que era particularmente lindo. Ao lado estava uma biblioteca particular enorme.

Assim que entramos me senti como se estivesse nas nuvens. As paredes eram em um tom bege e três prateleiras se seguiam repletas de livros. Não resisti e fui ler os títulos.

Reconheci apenas alguns: Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo, Sonho de uma noite de verão, O morro dos ventos uivantes, O pequeno Príncipe e assim por diante. Mas depois de uns treze títulos eu não reconheci mais nenhum.

Franzindo as sobrancelhas peguei um dos livros na mão e analisei a capa. O titulo era"Contos e Lendas". A capa era de couro preto e as letras cursivas douradas. Virei para o Daniel que me olhava curioso da soleira da porta de braços cruzados.

– Não conheço esses títulos. – falei.

– Porque eles não são livros mundanos. – falou sorrindo vindo na minha direção. – São lendas da nossa cultura.

– Parecem ser legais, eu posso ler?

– Claro, por que não poderia? – perguntou franzindo as sobrancelhas.

Não respondi. Desde pequena havia aprendido a nunca mexer em nada de Frederick e isso incluía a sua biblioteca particular também.

– Quero conhecer mais a casa. – falei devolvendo o livro a prateleira.

– Então vamos.

Depois da biblioteca paramos em frente a uma porta que estava trancada.

– Aqui está em obra. - falou. Percebi que ele contraiu o maxilar. Sem comentar nada, apesar da imensa vontade, passamos para a próxima porta.

– Esse é seu futuro quarto. – falou – Mas como agente não sabia o que você ia querer...

Sorri.

– Estou ansiosa para ver. – falei dando um sorriso para ele.

– Vai poder escolher como quiser agora. - falou dando de ombros.

Assenti contente.

A ultima porta era o banheiro. Adequadamente coberto de pequenos azulejos azuis e brancos.

Assim que ele me mostrou, fomos para o primeiro andar. A sala era bem estilo chalé de inverno. Um sofá de couro preto, uma lareira com algumas fotos em cima, uma mesinha de centro de vidro onde repousava-se um jarro com lírios brancos e uns livros. Um belo lustre que devia ser de cristal brilhava no teto claro, uma TV em um pequeno raque e por fim um tapete felpudo preto. Fiquei encantada.

Aproximei-me da lareira lentamente e olhei as fotos. A primeira era de Valentim e... Madalena sorrindo para a câmera. Eles pareciam descontraídos, felizes... Apaixonados.

– Ela é sua mãe? – perguntei a Daniel ainda olhando para a foto – Madalena.

– Sim, por quê?

– Ela é linda... E tão legal. – falei lembrando-me da forma como ela me tratou quando conheci o Conselho.

– Ela é a melhor. - falou sem medo de esconder o amor pela mãe. Confesso que senti uma pontada de inveja.

– Não sabia que Valentim e ela eram casados. - falei me sentindo uma idiota.

Ele riu.

– Quando chega alguém novo e vai conhecer o Conselho, eles tentam não demostrar afetividade demais, apesar que todos da cidade já sabem. - falou.

Dei de ombros e olhei a segunda foto. Era um casal de crianças, uma menina e um menino. Assim que olhei melhor percebi que era Daniel na foto e a menina era impressionantemente parecida com ele, tirando alguns detalhes. Tipo, ela ter o cabelo mais claro e ruivo e os olhos castanhos. Fora isso, eles eram idênticos.

– Ela.. você... – balbuciei, mas não consegui terminar.

– Ela é a Eliza... – falou e reparei que ele ficou um pouco triste – Ela é... Minha irmã... Nossa irmã – e suspirando pesadamente completou: - Éramos gêmeos fraternos.

Éramos... era... o que aconteceu a ela? Minha mente martelava, por que os pronomes no passado? Será que ela havia... balancei a cabeça afastando o pensamento.

– O quarto é dela, não é? – falei mordendo o interior da minha bochecha. - Aquele que estava...

– Era. – falou se dirigindo lentamente ao sofá.

– Ela não mora mais aqui? – falei preocupada com o quão longe eu havia chegado – O que aconteceu?

– Ela agora é uma Amaldiçoada. – falou e eu franzi a sobrancelha. E com um suspiro ele terminou – Ela foi transformada em lobo.

Que nem o Lucas.

– E por isso ela teve que ir? - me sentei ao seu lado relutante e tive medo de encarar seus olhos.

– Sim, porque quando você se torna um Amaldiçoado você se torna um escravo de...

– Kora. – falei e engoli em seco. Ele me olhou espantado.

Corando decidi que não faria mal contar sobre meus pesadelos com Kira e Kora, afinal Daniel é meu irmão. Resolvi começar desde que eu chegara a Kince Joyce, os sonhos, Nicolas e Maggie, como descobri a verdade sobre Nicolas e como explodi o colégio inteiro, mas em nenhum momento mencionei meu relacionamento com Lucas. Apenas o relatei como amigo ou a possibilidade de Kira ser alguma coisa minha. Fiquei um pouco receosa de tocar nesse assunto, parecia... pessoal demais. Ele não me interrompeu em nenhum momento.

Ele ficou me observando durante um tempo como se estivesse procurando algum sinal de brincadeira ou algo do gênero. Quando não achou, me olhou preocupado.

– Kate você sabe qual é a gravidade desse assunto? – perguntou me encarando – Elas não aparecem assim do nada em sonhos, você não é comum. Você é especial ao ponto de receber a atenção das deusas.

Engoli em seco. Se eu estivesse certa, eu era especial demais ao ponto de ser parente de uma deusa.

– Talvez seja bobagem Daniel....

– Ou não Kate... – falou serio – Você esta me contando toda a verdade?

Assenti mesmo sabendo que não era TODA a verdade.

– Mas Daniel, não comente isso com ninguém, por favor. Você é o primeiro a saber. – implorei e hesitando um pouco ele concordou. – Obrigada! – respondi abraçando-o desesperada por consolo.

– Não precisa ficar preocupada. Sou seu irmão, você pode sempre confiar em mim. – falou intensamente se afastando para me olhar. Seus olhos cintilavam confiança e pela primeira vez, senti como se eu estivesse enfim segura.

Ele me mostrou a cozinha em tons de vermelho e branco com cada detalhe bem pensado como os copos dentro de um dos armários, onde as cores iam de acordo com quem mais bebia suco por ali. Ou as frutas bem cuidadas na fruteira no canto.

Ele tirou leite e ligou o fogão. Só então me lembrei de que estava realmente com fome.

– Vou te mostrar um dos meus dotes na cozinha - falou exibindo um sorriso.

Observei-o durante todo o trajeto e guardei na memoria manias que ele possuía. Como passar a mão pelo cabelo quando estava nervoso, morder o lábio inferior segurando uma risada de algo que eu falava, exibir um sorriso torto que poderia ser muito sedutor quando concordava com algo e estalar os dedos quando fazia algo certo.

Não me dei conta do tempo enquanto ouvia ele contar coisas do tipo: "Meu primeiro beijo foi um desastre, mordi a garota e ela nunca mais falou comigo!"; "Como os biscoitos diets da minha mãe , porque são ótimos. E quando ela pergunta o que houve eu digo que foi o meu pai."

Assim que terminou o cheiro de chocolate encheu todo o ambiente e minha barriga roncou. Ele encheu uma caneca azul e uma vermelha e colocou na minha frente sobre a mesa.

– Vóila! Chocolate quente da melhor qualidade. - sorriu.

O cheiro invadiu meu corpo e estiquei as mãos pegando a caneca vermelha. Ele me entregou uma colher e nos dirigimos a sala, onde a TV foi ligada em alguma novela e ele se sentou com os pés no sofá e me mandou fazer o mesmo.

Elogiei seu chocolate, pois realmente estava bom. Terminei me sentindo satisfeita.

Ficamos conversando por um tempo, no sofá mesmo. Eu estava sentada, enquanto ele estava deitado com a cabeça em meu colo familiarizado rapidamente.

– É tão estranho ter um irmão e não saber nada sobre ele. – falei acariciando seu cabelo.

– Te contei historias horríveis da minha vida. - falou me olhando. - O que quer saber agora?

– Tudo.

– Hum... Fiz dezesseis anos em Maio. Não tenho namorada, porque não tenho muita sorte no amor. Amo desenhar. É meu único talento. - revirei os olhos e ele sorriu. - Manipulo a água desde que me entendo por gente e treino uma menina chamada Julieth. Ela é filha de Elza, uma das anciãs. – falou e pensei imediatamente na mulher arrogante de cabelos negros. – A Sunny é minha preciosidade...

– E você morre de saudade da Eliza. – completei. Ele ficou mudo. Ele não podia contrariar, porque apesar de não conhece-lo direito ele sabia que eu estava certa.

– Todo dia. – admitiu baixinho.

– Vocês eram muito ligados?

– Demais. – falou – Lizy era muito... Hã... Difícil. Ela era complicada de se lidar, tinha um temperamento muito forte e era muito agitada. Mas eu sabia exatamente o que fazer. Mas eu era o único. Só eu conseguia controlar o gênio dela. Eu a amava muito, mesmo. - ele fez uma careta - Eu a amo. Tínhamos uma ligação especial e quando... aconteceu, eu me abalei muito, mas somos obrigados por lei a abandona-la.

– Que horror... – gemi. Não conseguia imaginar alguém abrir mão de quem ama. Principalmente quando este alguém é seu irmão. Ainda mais gêmeo.

– Não podemos contrariar a lei nem a magia. – falou e no mesmo instante pensei em Maggie e Lucas... “Eu nunca vou deixar de ama-lo!”. - Mas... minha mãe está procurando uma forma de trazer ela de volta.

Pensei por um instante como deve ser difícil uma mãe e um pai perder um filho.

– E você Kate. – falou me acordando – Me conte sobre você.

– Mas Dani, minha vida é toda uma mentira...

– Mas isso não desmerece o que você viveu... – falou – Me conte como era sua vida.

Suspirando detalhei como era minha vida... Frederick... Leah... Yve... Leninha... e então me lembrei de que nem me despedi delas. Segurei para não chorar, mas foi em vão.

Imediatamente ele levantou a cabeça do meu colo e me abraçou me consolando.

– Hei, calma. – falou.

– Eu sinto falta delas. – falei soluçando – Eu as amava. E o pior e que eu nem sei o que aconteceu com elas depois da explosão.

Ele se afastou me fitando com preocupação.

– Então vou te fazer uma promessa. - falou devagar. - Quando eu receber uma nova missão para ir procurar um novo guardião lá fora.... Eu juro que vou dar um jeito de te levar comigo. E assim eu vou com você ate as suas amigas e a gente vai ter certeza de que elas estão bem. Okay?

Fiquei muda tentando ver no seu rosto se tinha alguma piada ali, mas ele era pura sinceridade e foi outra coisa que guardei. Era o tipo de pessoa que não fazia esforço para guardar as emoções.

Me senti quase aliviada e estendi os braços imediatamente sendo preenchidos pelos seus.

– Obrigada. - falei engolindo o choro. - De verdade.

– Somos uma família agora. É assim que funciona. - ele passou os dedos limpando minhas lagrimas. - Mas chega de choro. Vamos sair.

– E os seus pais? - perguntei.

– Só chegam mais tarde. Devem estar fazendo as honras ao Heenk por completar uma missão.

– O Nicolas?

– O seu guardião. - ele sorriu ficando de pé e estendendo a mão para mim. - Você o verá mais tarde hoje, não se preocupe.

– Mais tarde onde? - perguntei enquanto ele fechava a porta atrás de si.

– Na festa do lago, maninha.

Caminhos despreocupadamente, ate porque eu não sabia onde ele estava indo. Então de repente ele parou e me olhou com um sorriso travesso.

– Que foi? - perguntei olhando em volta percebendo o olhar de algumas garotas que estavam por perto.

– Tive uma ideia. - falou sorrindo. - Corrida ate o lago.

– Que? - perguntei atônita.

– Quem chegar por ultimo paga um sorvete pro outro. - falou dando de ombros.

– Sorvete? De onde vou tirar dinheiro pra...

– Valendo!

Ele disparou pela rua me deixando para trás. Olhei em volta me sentindo uma besta e corri atrás dele. Afinal se eu me perdesse, o que faria?

Avistei-o ao longe e apresei o passo tentando alcança-lo. Ele olhou para trás e soltou uma gargalhada graciosa correndo como se estivesse numa maratona. Finalmente avistei um brilho esverdeado que indicava que era um lago.

Ele parou com as mãos nos joelhos e gargalhou da minha corrida desengonçada ate ele.

– Você é a pior corredora que eu já vi. - falou entre risos.

– Serio? - falei sem folego.

– Mas vou te dar um desconto, porque sou invencível. - riu. - Eu te pago um sorvete, mas só dessa fez em ruiva.

Revirei os olhos e não segurei o riso, gargalhando junto com ele.

– Dani! - uma voz feminina gritou ao longe.

Olhei a nossa frente onde uma garota corria na nossa direção com um sorriso de orelha a orelha. Quando chegou perto suficiente ela praticamente se jogou em cima do Daniel, abraçando o seu pescoço.

Ele sorriu de um jeito carinhoso e a afastou gentilmente depois de alguns segundos.

– É bom te ver. - ela falou sorrindo.

– Bom te ver também Ju. - Daniel respondeu. - Kate está é a Julieth que te falei.

Ela se virou para mim e me senti ate meio zonza com a sua beleza natural. A pele era clara como porcelana, tinha um corpo estilo modelo com curvas extremamente sexys. Os cabelos batiam pouco abaixo dos ombros com californianas claras sob a raiz preta. Ela tinha um nariz pequeno e uma boca de boneca onde um batom vermelho pintava seus lábios e um delineador destacava os olhos cinzentos como tempestade.

Era simplesmente linda. E lembrava vagamente a tal anciã Elza, sua mãe.

– Ju, essa é a Kate. - Daniel nos apresentou e ela sorriu radiante estendendo a mão para mim.

– É um prazer Katherine. - sua voz era delicada assim como ela inteira parecia.

– Prazer é meu. - sorri segurando sua mão de unhas compridas e azuis.

Ela tinha um estilo próprio de delicadeza. Estava com uma saia preta com pregas, blusa branca sedutora, com um bolero bege por cima e botas de cano curto pretas.

– Fico feliz por você Dani. - falou se dirigindo a ele.

– Eu também. - ele sorriu e quase pude vê-la suspirar.

– Treinamos hoje? - ela perguntou mordendo os lábios parecendo ansiosa.

– Não vai dar Ju. Preciso ficar com a Kate e também tem a festa do lago.

– Tudo bem então. - ela suspirou. - Preciso ir. A Sarah está me esperando.

Ela olhou o chão e depois sorriu para mim.

– Foi um prazer Kate. Ate mais tarde Dani.

Ele assentiu e ela se esticou na ponta dos pés depositando um beijo marcado de vermelho na bochecha dele.

Olhamos ela se afastar e encarei o Daniel com um sorriso.

– Por que diabos não tem uma namorada mesmo? - perguntei.

– Já falei que não tenho sorte...

– Ela suspira a cada gesto seu. - falei rindo. - E é linda.

– A Julieth tem uma paixão não tão secreta por mim, mas eu não a vejo assim. - ele balançou a cabeça.

– Para com isso. - empurrei seu ombro - Vai dizer que ela não é gostosa?

Ele me encarou e eu gargalhei.

– Claro que é. - admitiu. - Mas quem eu quero, não me quer.

Fitei-o e ele deu de ombros pegando minha mão e me arrastando.

– Quem é essa idiota? - perguntei curiosa. - Você é um gato, gostoso. Como assim?

Ele riu e esticou a mão bagunçando meu cabelo.

– As vezes a vida não é como a gente quer.

E eu sabia muito bem disso.


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Notas finais do capítulo

Julieth: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=128494978&.locale=pt-br



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