A Bela e a Fera escrita por Natfrança


Capítulo 49
Capítulo 49




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— Onde ela está? - Lizzie perguntou para Olliver.

—Ela quem? - Ele perguntou debochado, recebendo um soco  no estomago,  e me encolhi no canto lembrando dos machucados não cicatrizados em seu corpo.

— Qual é meu amor, você me conhece, eu sou muito perseverante. - Ela diz e logo olha para um dos homens armados. - Vá ver nos quartos.

o Homem entra no corredor, e eu tranco a porta do quarto, abro uma das janelas para despistar e subo em cima do guarda-roupa que está no quarto, prendo a respiração e fecho os olhos quando ouço a porta ser arrombada, ouço passos até a janela.

— Acho que ela fugiu. - O homem diz, dirigindo-se até a porta, respiro fundo mas sinto meu coração ficar descompassado ao inesperadamente ser puxada pelos pés, e um grito escapa de minha garganta.

— Você acha mesmo que eu sou burro o bastante?- Ele pergunta me colocando em pé e segurando forte em meu braço.

— Acho. - Digo, recebendo um tapa na cara, em resposta cuspo em seu rosto.

— Encontrei ela. - Diz o em voz alta, limpando o rosto.

— Traga ela aqui. - Lizzie diz.

O homem me arrasta pelo corredor, tentando pensar em alguma coisa, um plano, dessa vez sem agulhas e armas nem coisas afiadas, eu estava totalmente desprotegida. Ao chegar na sala vi Olliver e Brian sentados no sofá sob a mira de uma arma, paro na minha melhor postura após ser empurrada na frente de Lizzie.

— Olá Bella, está diferente, parece abatida. - Afirmou Lizzie cutucando meu ombro machucado, contrai meu corpo em resposta.

— Não esperava te ver de novo Lizzie. - Falei, endireitando o ombro e voltando para minha postura.

— Não esperava me ver? não esperava me ver depois de matar meu noivo? - Ela perguntou incrédula.

— Sim.

— Você achou que eu deixaria tudo para trás? Iria fugir?

— Eu realmente esperava que as coisas não fossem assim. - Falei em deboche, logo sentindo suas mãos em meu rosto, em um tapa forte.

— Hipócrita, sempre achou que era melhor que eu, vocês me jogaram pra fora dessa com um lixo, agora olha só quem é o lixo. 

—Certamente não fui eu que perdi meu noivo. - Respondi.

— Com certeza Bella, mas não é você que assumiu um império de tráfico de armas do dia para a noite.

— O que você quer dizer? -Olliver perguntou de onde estava sentado.

— Olliver querido, eu era a próxima na linha para assumir, pense, sogro morto, noivo morto, sem nenhuma família, assistente direto de Liam preso, fui eu quem assumi, é tudo uma questão de lógica, e você mais que ninguém sabe que esse tipo de legado não se pode recusar, você tentou uma vez, lembra? - Ela disse passando um dos dedos na parte superior de seus lábios, e com olhos altivos, ela estava recordando-se.

— Lembro, terminou com você fingindo-se de morta.

— Exatamente querido.

— O que você vai fazer com a gente? - Brian perguntou.

— A sim, vocês vem comigo,  eu vou levar vocês há um lugar muito bonito, um dos preferidos de Olliver na verdade. - Lizzie afirmou saindo pelas porta, logo seus homens já nos arrastavam para fora do apartamento, após vários lances de escada estávamos na parte traseira do prédio, onde três carros estavam a espera, entramos cada um foi encaminhado para um deles, ao entrar no carro havia um homem no banco traseiro, com um seringa na mão, logo parei.

— A você é tão bonita, não queria ter que te machucar, isso só aconteceram se você colaborar. - Homem falou com a voz calma e sóbria, engolia a saliva nervosa e concordei com a cabeça, permito que me pusessem sentada ao seu lado e logo fechei os olhos, sentido a picada em meu pescoço, em poucos minutos meu corpo pesou e cai em um sono profundo.

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Acordei sendo agitada por um homem magro, que porém carregava uma expressão cruel em seu rosto. 

—Vamos menina, está na hora de acordar.- Ele gritou perto de meu rosto, e eu me forcei a abrir os olhos, estava sentada em uma sala vazia onde podia ver parte da tintura branca da parede saindo deixando a vista parte dos tijolos usados, tijolos vermelhos, como os de casa, foi a primeira coisa que eu pensei.

— Onde estou? - Perguntei tentando dissipar a névoa da minha mente.

— Em um lugar que você conhece. 

Olhei ao redor, mas não consegui reconhecer nada, estava amarrada em uma das colunas da sala, tentei me mexer e senti uma de minhas mãos serem tocadas por outras, respirei fundo, de alguma maneira sabia que era Olliver.

— Olliver? - Perguntei, o homem sorriu.

— Você sabe quando ele está na sala, eu e minha esposa éramos assim, conseguíamos sentir a presença um do outro, mas isso não acontece mais. - Ele comentou, depois de algum tempo ajoelhado olhando-me o homem levantou-se, foi ao fundo da sala e encostou-se na parede, pegou um cigarro e o depositou no meio de seus finos lábios, tirou o isqueiro de da parte traseira de suia calça e o acendeu, após algum tempo concentrado na fumaça que saia de sua boca, ele voltou a me olhar.

—Hey menina, não vai perguntar o que aconteceu com ela?

— Ela? - Perguntei.

— Minha esposa?

— O que aconteceu? - Perguntei, mesmo que em meu interior eu já soubesse a resposta.

— Seu namoradinho a matou.

— Aqueles assassinatos, não foi ele.

— A isso é verdade, ele foi incriminado por Liam. - Ele concordou.

— Então do que você está falando?

— Quando você fabrica e vende armas, as pessoas morrem, ela era médica voluntária, mas eles acharam que ela merecia morrer. - Ele falou e senti o ódio em suas voz, mesmo que sua postura continuasse a mesma, encostada na parede, tragando seu cigarro recentemente aceso.

— Eu não sei o que dizer. - Falei com sinceridade.

— É claro que você não sabe, você ama um assassino, você parece ser tão boa. - Ele falou, pude sentir a verde em suas palavras.

—Não se engane, ela também é uma assassina. -  A voz de Lizzie soou do fundo da sala.

— É uma pena. - O Homem afirmou, balançando sua cabeça em negação.

— O que é uma pena?

— Que você tenha que sofrer também.

Olhei-o sem conseguir desvendar o que ele estava dizendo, apenas fechei os olhos, desta vez não havia maneira de escapar.

— Hey, vocês aí, desamarrem eles, nós vamos dar uma volta. - Lizzie ordenou, e logo haviam três homens perto o bastante de cada um de nós para nos machucar.

Ao sermos colocados em pé, olhei para Ollie, em seu rosto podia-se ainda ver o efeito da medicação do sono, que nos foi dada, mas o olhar para seu pescoço, era visível pelo menos quatro manchas roxas em sua pele,  o que significava que ele lutou contra a agulha de medicamento. 

Ao sermos guiados pela porta logo meus olhos foram atingidos pela luz do dia, ao contrai-lo esperei que me acostumasse com a claridade, quando aconteceu abri meus olhos olhei ao redor, conhecia muito bem aquele, lugar, Olliver também,  é o farol de minha cidade natal, o lugar onde minha mãe morreu.


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