– Simmons, o que está havendo? – Perguntava May, já se preparando para o combate.

– Vocês estão sendo cercados! O dispositivo detectou diversas manchas de calor ao redor de todo o templo, e algumas delas vem dos túneis em que vocês estavam minutos atrás. Vocês precisam sair daí, eles estão se movendo rápido. A única saída que não foi bloqueada é a que fica à nordeste, rápido!

– Vamos! Por aqui!

May mostrava o caminho enquanto destruía os obstáculos a sua frente com precisos golpes. Ward vinha logo após ela e fazia a cobertura de Fitz que havia deixado o 0-8-4 para trás. O espaço interno do templo, embora menos úmido, não tornava a saída mais fácil. May já conseguia ver a saída quando todos ouviram os sons pararem bruscamente.

– Simmons? O que aconteceu? Pra onde foram eles? Por que pararam de nos perseguir?

– Eles sumiram... Agente May... O que é tecnicamente...

– Impossível? Eu não diria isso. – Fitz apontava para as marcas deixadas pelas criaturas.

– Complexo – Completou Simmons – Pode ter sido gerado algum portal ou eles conseguiram se camuflar... De qualquer jeito essa tecnologia está muito a frente da nossa.

– E deixa eu adivinhar... Eles levaram o 0-8-4.

– Por que mais eles iriam embora, Ward? Nós não éramos o alvo.

– Era o 0-8-4 – Dizia May enquanto corria de volta para o avião – Simmons, consegue identificar a localização do objeto?

– Não. Sem leitura de calor ou radiação... O 0-8-4 se foi.

–-

– Senhor, precisaremos de mais algum tempo para achar o 0-8-4...

– Agente Ward, pensei que tivesse ouvido minhas instruções claramente...

– Phill, isso é mais sério do que parece. – Interrompia May.

Colson olhava firmemente os dois. Sabia que ambos eram agentes treinados, experientes e não deixariam questões pessoais intervirem no trabalho da equipe, mas sabia também que dificilmente um dos dois admitiria se tivesse. Durante a luta para encontrar a droga que salvaria Skye, Melinda perdeu o controle quando se viu incapaz de salvar a pequena agente com suas próprias mãos. Ward a conhecera um pouco mais e não estava mais tão distante dela. Ele não sabia ao certo o que sentia, só sabia que gostava de conhecê-la e queria desvendar qualquer que fosse o mistério por trás dela.

– Tudo bem. Temos oito horas até eu precisar me reportar à Central. Usem esse tempo para descobrir a localização do objeto.

– Entendido, Senhor. – Confirmava Ward, enquanto Colson se retirava.

– Jemma, conseguiu produzir a versão em 3D do 0-8-4? – Perguntava Fitz, enquanto tirava seus equipamentos da mala de campo.

– Sim, Fitz... Mas só uma pequena parte dele. A parte infiltrada no solo não pôde ser escaneada completamente.

– O que temos então? – Melinda aproximava-se da holomesa.

– Bem, sabemos que o material é asgardiano... Mas não é um bracelete, Fitz. A parte que estava enterrada não possuía uma camada de continuidade no vértice oposto, está mais pra um cinto, ou algo assim...

– Cinto?! Okay... Pode ser meio improvável, mas...

– Fitz... Cadê aquele livro de mitologia nórdica do professor Randolph? – Simmons mostrava-se ofegante ao pronunciar aquelas palavras.

– Ah... Deixa ver... Está numa mochila ao lado da minha cama, volto em um instante!

– Fitz-Simmons... Podem explicar o que estão concluindo? – Perguntava Ward, enquanto via Fitz correndo como se sua vida dependesse daquele livro

– Vocês dois não estão falando do...

– Cinto de Thor! - Gritou fitz com o livro nas mãos – Não pode ser... Como o Megingjord chegou até aqui?? E...

– Onde está o Thor?

Simmons completava ainda sem acreditar na teoria. O que um artefato tão singular e poderoso como este estava fazendo num templo indiano e quem ou o quê o havia levado? E como tiraram o cinto de Thor, primeiramente? Todos os questionamentos possíveis vagavam pelas mentes dos agentes e eles tinham menos de oito horas para resolver esse quebra-cabeça. Ninguém tinha nenhuma pista, nenhum suspeito. Os quatro agentes compenetrados, não notaram a aproximação de um quinto elemento até serem surpreendidos por uma voz familiar.

– E aí, galera? Qual é a boa?

– SKYE??!!