– Agente May!!! Aqui embaixo!! Agente May!!

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May!! May!!

Agente Ward tentava sem sucesso despertá-la do que mais parecia ser um antigo e contínuo pesadelo. Desde que voltaram da “missão Ian Quinn” com Skye entre a vida e a morte, ela estava tendo uma sucessão de sonhos que pareciam ser todos a mesma coisa. Mas como é próprio dela, permanecia calada, aparentemente fria e focada. Mas não naquela manhã.

– Melinda... – Ward repousava os braços tensos sobre a cintura, num movimento nervoso que deixava a jaqueta de couro bem aberta e dava pra sentir seu peito contraindo no mesmo ritmo de sua tensão. – Melinda! – Gritou mais alto dessa vez.

– Ward?! – Levantou-se subitamente a Agente, tentando voltar do sonho que a fizera transpirar durante grande parte da madrugada – Ward?! O que você está fazendo aqui? – Disse ela com espanto, dando sinais de estar recobrando a consciência – Você sabe muito bem que o protocolo...

– May... Aconteceu de novo. Terceira vez essa semana. Acho que já está a hora de reportarmos...

– Eu estou bem – Assegurou Melinda em tom quase ameaçador, dando um passo a frente e encarando firmemente o Agente – Não preciso de uma avaliação psicológica, creio que você está ciente de minhas habilidades em abstrair distrações durante uma missão. – Ela agora se aproximara mais um passo, ficando a poucos centímetros do rosto de Ward - Eu não confundo as coisas.

O agente desviou o olhar dos penetrantes olhos asiáticos e tão escuros como os devaneios em sua mente. Ela o confundia, o desafiava, e a coerência dos pensamentos de Ward pareciam não achar o caminho do cérebro. Ele apenas a assistiu pegar o seu casaco e o vestir com ímpeto enquanto se dirigia à porta até sumir pelos corredores do Bus.

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– Fitz! – Exclamou Simmons com seu tenro e adorável sotaque britânico – Oh Fitz! O que eu falei sobre usar a pistola Boa-Noite com 39% a mais de dendrotoxina? – Gesticulava a bioquímica, suavemente, depois de descruzar os braços em sinal de desaprovação.

– Não podemos arriscar, Jemma. Depois do que aconteceu com Skye, precisamos desenvolver uma arma mais eficiente e precisa do que a pistola Boa-noite. No momento estou fazendo testes com a recepção da dosagem...

– Poderia ser automática – Interrompia Ward que adentrava ao laboratório. – E com o peso correto dessa vez.

– Poderíamos utilizar nanotecnologia – Jemma pareceu animada – Fitz, você desmontou a ultima arma da Centopéia, você poderia construir um dispositivo similar com menores proporções. E poderíamos implantar... – A Bioquímica olhava pra o corpo atlético e firme de Ward procurando um local estratégico – Bem aqui! – E pegando o protótipo da Centopéia, simulou um encaixe na parte inferior do bíceps de Grant. – Assim poderia ficar escondido...

– Ou no caso de tomarem sua arma – Interceptou Fitz, parecendo recordar-se de experiências anteriores – Okay. Vamos lá... Pensa, pensa...

– Pessoal – Ward pronunciava-se pela última vez antes de sair do laboratório em direção aos aposentos de Colson – Sem pressão. Skye ficará bem.

– Sim! Já passamos por coisa pior. O organismo dela estabilizou, os sinais vitais estão fortes... A missão foi quase suicida, - Simmons sorriu com o canto da boca e olhou para Ward que permanecia sério, apoiando-se na porta com uma das mãos – Mas estamos vivos. Skye está viva.

Ward tentou sorrir, mas acabou por simplesmente concordar positivamente com a cabeça.