Just Friends - 2ª Temporada escrita por Laia


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Hoje só tenho uma coisa pra dizer: capitulo TODOS ODEIAM O EDU u.u
To do mal hahaha'
Mentira, vou fazer minhas notas pq sim... E ai? Como vai a vida povo? Dessa vez eu nem demorei u.u
Mas eu devia estar fazendo meu trabalho de biologia... Que na verdade era pra segunda e eu não fiz ^^ veja como eu sou aplicada - mentira, mas to precisando ser...
Okay, vamos ao que interessa... Edu :)



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A Laura me dispensou de tarde naquele dia, assim que a Manu recebeu alta. Ela não falou mais comigo, não me atendeu e quando eu apareci lá, ela me evitou, dando uma desculpa qualquer para a Laura me dispensar.

Eu não sei a razão de nada disso, só sei que um mês depois de tentar de todas as formas falar com ela, eu me emputeci!

Nossa Eduardo, você é um babaca! Eu sei!

Minha vida tava seguindo normal, até um dia que me deu alguma coisa depois que cheguei do estagio.

Vesti a maldita roupa que usei pra sair com ela, na primeira vez em que saímos com os amigos dela, e sai por ai, saindo e entrando em qualquer lugar que estivesse aberto. Ficava uns vinte minutos e ia embora.

Já devia ser a quinta boate que eu passava quando encontrei a Anne.

Lembro que tava tocando One More Night quando reconheci o volume dos cachos vermelhos.

–Anne?

Ela virou e levou um susto. Acho que era mais vergonha do que outra coisa...

–Eduardo?

–Tudo bem?

–Sim e com você?

–Melhor impossível.

Eu já tava meio bêbado pra falar a verdade... Ela percebeu.

–Ta sozinho?

–Agora não to mais.

Ela sorriu sem graça e cruzou os braços.

–E cadê a Manuela?

–Quem?

–Vocês terminaram?

Eu sabia o que ela queria ouvir. E infelizmente, era a verdade.

–No mesmo instante em que ela nos viu...

–Eu lamento.

Mas eu sabia que ela não lamentava pelo brilho que apareceu em seus olhos incrivelmente marcados de lápis e delineador.

–Não lamente, não perdi muita coisa.

Na verdade, eu tinha sim perdido muita coisa, coisa até demais pra eu suportar talvez. Mas essa era a minha noite de esquecer tudo que tinha acontecido, esquecer que as coisas dela ainda estavam no quarto ao lado e esquecer que não era só no quarto que ela insistia em ficar.

–Você ta bêbado.

–Não o suficiente.

–Nem vai se lembrar dessa conversa amanha...

–Aposta quanto que vou lembrar sim?

–Não preciso apostar, sei que não vai.

–Paga pra ver Anne.

Ela passou a língua pelos lábios vermelhos e inclinou a cabeça, pensando se devia entrar na minha ou não. Aceitar os desafios de uma bêbado pode ser uma extrema burrice, mas as vezes, pode render boas lembranças.

Acredite, em relação a garotas assim, que você joga o papo, elas sempre fazem a mesma coisa.

–Não, obrigada.

Ela tentou sair na multidão de pessoas que dançavam ao nosso redor, mas eu não deixei. Segurei seu cotovelo e a força que fiz ao te puxar foi o suficiente pra ela ficar quase de rosto colado com o meu.

–Não resiste Anne, vai fingir que não queria nada disso desde o inicio?

–Não to negando nada, mas não vou ficar com você nesse estado em que você esta.

–Que estado?

–Bêbado! Não vou ser usada pra você se esquecer dela...

–Mas você até que queria me usar naquele dia não é?

–E você é um garotinho indefeso que não tinha pra onde escapar certo?

–Eu devia escapar?

–Não sei. E eu? Deveria escapar agora de você?

–Não sei, faça o que for achar mais prazeroso para você.

E então ela fez. E bem feito.

Nossa Eduardo, você é um cafajeste!

É, me desculpe, mas naquele momento eu me via nesse direito.

Só sei que fomos parar no meu apartamento. Minha blusa foi jogada longe, junto da camisa dela, que ficou perto da varanda. Os óculos também sumiram depois de um tempo. O short ficou em algum lugar perto do sofá. As unhas dela eram mais longas que as da Manu e machucavam muito mais – machucavam no bom sentido, é claro. Ela sabia bem o que fazia, mas não era confusa e atrapalhada como a Manu – ta, eu sei que é chato comparar, mas isso é normal... Querendo ou não, todos fazemos. Além de que, eu gostava daquela confusão que ela fazia. Deuses, para de pensar nela e foca na Anne!

A Anne era diferente. Brincava comigo da mesma forma em que eu brincava com ela.

Pena que eu só me sentia daquele jeito naquele momento.

No dia seguinte, acordei com uma bela ressaca e sozinho. A campainha tocava freneticamente e a cada barulho minha cabeça parecia explodir.

–Já vou, para de apertar isso, eu já ouvi!

Abri a porta do jeito que estava: de cueca.

–Porra Edu, pensei que tivesse morrido!

–To quase morto... E quase te matando por me acordar. O que ta fazendo aqui?

Sai da porta e fui indo pra cozinha.

–Tem alguém aqui? – ele perguntou fechando a porta desconfiado.

–Não.

–E tinha alguém?

–Ta querendo chegar onde Gus?

–Já olhou suas costas?

–Minhas...?- só então me dei conta do que ele falava. Passei a mão até onde eu alcançava, e senti as marcas - Ah, ta muito feio?

Ele me olhou com um olhar de reprovação.

–Saiu ontem?

–Sim.

–E trouxe ela pra cá? Qual o teu problema?

–Eu tava bêbado!

–Isso lá é desculpa? Você é um idiota, vai se olhar no espelho, tomar um banho e se vestir, temos que sair.

–Sair?

–Esqueceu do que combinamos?

–Ah claro – eu tinha esquecido – o que foi mesmo?

Ele revirou os olhos, puto comigo.

–As vezes eu me pergunto por que sou seu amigo... Vai logo se vestir!

Não perguntei mais nada, só entrei no banheiro e desliguei o chuveiro, abrindo ele em seguida, sentindo a água congelante levar minha ressaca pelo ralo.

Então o restante do dia foi regado a cara feia do Gus, dor de cabeça e o constante pensamento de “puta que pariu, eu fiquei com a Anne!”.


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Notas finais do capítulo

Quem quer dar uns murros no Eduardo? o/
Me digam o que acharam :)
E pra quem gosta de Gus e Laura, tem capitulo deles u.u
Por hoje é isso, vou fazer meu trabalho pq né...
Beeeijos