Por Trás Das Cicatrizes escrita por Apaixonada por palavras


Capítulo 24
Problemas


Notas iniciais do capítulo

Hey,hey,meus queridos...
Então,eu tive dois comentários no capítulo passado.Isso me desanima um pouco.Mas,sabem,eu amo muito essa história,então não vou parar nem ser uma daquelas escritoras que fica pedindo.Já fui assim e é um pouco chato,não?
Então...DIA 24 POR TRÁS DAS CICATRIZES COMPLETA UM ANINHO DE VIDA?
MEREÇO PARABÉNS?
AH,DIA 24 EU POSTO CAPÍTULO COMEMORANDO!!!
ESTOU TÃOOO FELIZ!
É isso...
Estou começando a assistir Gossip Girl e adorando.
Beijinhos



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POV Silena

Eu sempre fui boa com lidar com emoções.Para mim e para outras pessoas eu sempre fui um tipo de psicóloga.Ver pessoas chorarem nunca me assustou.Eu sempre sabia oque dizer e oque fazer.

Mas,quando a pessoa é da sua família,a coisa é um pouco diferente.

Minha prima,minha priminha mais nova,estava chorando deitada no meu colo há quase quinze minutos.Eu sentia meu short jeans já ficando molhado.Minha mão não saia dos seus cabelos.

Minha mãe tem uma família complicada.Bem mais complicada que a parte do meu pai.

Quando minha tia ficou grávida,ficou tão desesperada que quis abortar.Ela já não tinha muito juízo e com uma filha,a menina ficaria largada.Minha avó,pessoa que é completamente contra o aborto,disse que não.Ela cuidava da menina,com uma condição:Minha tia teria que ir embora da nossa cidade.

Não que minha vó fosse insensível ou não se importava com a filha,mas minha tia Carol(esse era o nome dela) só atrapalhava e todos (por mais que seja triste admitir isso) já estavam completamente cansados da presença dela,das encrencas dela,do que ela dizia...estavam cansadas dela.

Minha tia aceitou.

Quando Chris(minha prima,apelido para Christy) nasceu,ela zarpou da cidade sem nem olhar para trás.

Minha avó criou a minha prima e cria até hoje em dia.

Mas,pelo que minha prima me contou,a mãe dela,depois de 13 anos,voltou para a nossa cidade,querendo a guarda de Chris.

Minha avó obviamente disse não.Minha avó que era a mãe de Chris de certo modo.Ela que alimentava,ensinava e pagava tudo para ela.Minha vó não era perfeita,mas faz até hoje o melhor que pode.

Minha tia está exigindo judicialmente a guarda de Chris de volta e,pelo que parece,o pai da minha prima(que ela nunca conheceu) é um advogada bem-sucedido e está a ajudando,pois quer a guarda da filha também.

E minha prima está confusa.

E chorando há vinte minutos no meu colo.

*****

–Sério mesmo?-Katie perguntou com a boca aberta.

–Não,Katie,ela está zuou com a nossa cara nos últimos vinte minutos.Ela inventou toda essa história,sabe?-Travis respondeu,ironizando.

O mandei um olhar feio e Katie deu um belo tapa na nuca do garoto,que gemeu um pouco de dor,mas ignorou.Todos rimos baixinho.Não gargalhamos só porque a situação era séria demais para isso.

–Eu não sei oque fazer para minha prima se sentir melhor.Odeio a ver desse jeito.Me sinto tão inútil-falei para eles.Logo todos voltamos a ficar sérios.

Abaixei a cabeça e fiquei pensando por um tempo.No dia anterior Chris havia conversado comigo e contado a história toda.Falei com minha mãe e ela disse que sabia de tudo e o mais provável era que,infelizmente,minha tia Carol conseguisse a guarda de Chris.

Minha prima estava realmente mal.Passei na área das salas do ano dela naquela manhã e vi olheiras gigantescas em baixo dos seus olhos.Provavelmente ela ficara chorando a noite inteira.

–Eu acho que tenho uma ideia-disse Annabeth.

Levantei minha cabeça rapidamente.

–Qual?

–Sua prima é fã do Translation,não?

Olhei para os meninos,que me olhavam com expectativa.Direcionei meu olhar para Annabeth e sorri maliciosamente,como se estivéssemos bolando um plano secreto.Assenti com a cabeça.

–Bem,o que será que aconteceria se,coincidentalmente,tivessem sobrado alguns ingressos do show dos meninos nesse final de semana?E,coincidentemente,sua prima ganhasse eles e coincidentemente fossem ingressos que permitiam a entrada no camarim?

Minha pele quase se rasgou com o meu sorriso.

Olhei para Charles e para os outros garotos na minha frente,com certa expectativa.O clima entre eu e Charles estava um pouco pesado e eu sentia que ele faria muitas coisas para mudar isso.

–Trago os seis convites para vocês amanhã-disse Chris.

–MEU DEUS,OBRIGADA!-Gritei.

E não,eu não me importava de que todo mundo no refeitório me olhou como se fosse doida.Minha prima iria ficar feliz e isso era tudo oque importava.

Me levantei correndo e fui dar um abraço de urso em cada um deles.Travis recuou um pouco,mas acabou me abraçando.Prolonguei meu abraço em Charles e ele pareceu não se importar.

No ouvido de cada um deles sussurrei um obrigada.

–Pera aí,como assim seis convites?-perguntou Clarisse.

–Um para cada uma de vocês-respondeu Chris.

Ela me olha com um olhar um tanto bravo.Sorrio.

–Você não vai me obrigar a ir no show desse palermas,vai?

–Ah,vou sim,querida.

*****

De:Mim

Para:Christy

Ei,oque você vai fazer este final de semana?

De:Christy

Para:Mim

Me lamentar.Por quê?

De:Mim

Para:Christy

Desmarque tudo que tiver XOXO

*****

Meu pai lia o contrato atentamente enquanto minha mãe me encara.Ela estava me olhando há uns três minutos exatos e já estava ficando um pouco estranho.Mas eu sabia que ela estava só pensando sobre toda a informação que eu havia passado para ela.

–Eu já ouvi falar sobre essa empresa de modelos-disse minha mãe.

Sorri.

–É.E quem sabe eu posso chegar em algum lugar trabalhando lá?

Meu pai tirou os óculos assim que eu disse isso e esfregou as pálpebras,como se estivesse cansado.Por um instante me senti mal por dar mais uma preocupação para ela,mas eu estava tão animada!

–Não sei não,Silena.Isso vai atrapalhar os seus estudos.

–Não vai não,pai,eu juro.

–Como você pode jurar isso?É trabalho,Silena!

–Mas muita gente consegue conciliar trabalho com escola.Mamãe fez isso a vida toda.

Minha mãe levantou um dedo.

–Mamãe fez isso a vida toda porque mamãe era pobre e precisava do dinheiro.Você por acaso está passando fome,Silena?-perguntou-me.

Revirei meus olhos.

–Não,claro que não.Mas,mãe e pai,eu sei que eu consigo fazer isso.Eu posso subir na vida,gente!Posso ser alguém.Posso...não ficar mais na sombra do Charles.

–Isso é sobre aquele garoto,então?-Meu pai levantou uma sobrancelha.

–Não.Mas eu quero ser alguém por mim mesma.Me entendem?

Fez-se um silêncio por um tempo.

–Sim.

–E o que vocês me dizem?-perguntei com expectativa.


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