No capitúlo anterior:

SE PELO MENOS ELE ATENDESSE ESSE PORTÃO IDIOTA! Agora a neblina fina, se tornou uma chuva grossa com direito a trovões, e meu alívio se transformou em raiva, eu tava no meio da rua, batendo na porta da casa de Mateus, IDIOTA!Merda, merda, merda. Desisti, eu vou é ficar gripada, mais por um milagre, a porta foi aberta. Era meu sonho pessoal. Sorri ao vê-lo, eu ansiava em agarrar ele e agarrei mesmo.

 - Mateus, Mateus, Mateus - Sussurrei feliz

- Que foi Alexandra? - Ele perguntou, ele tinha os olhos verdes mais lindos do mundo, isso ele tem. Em vez de responder, eu o beijei no meio de uma trovoada. A melhor chuva da minha vida.

- Você é completamente maluca – Ele sorriu entre os beijos que eu dava no rosto dele, eu ri.

– O que foi que aconteceu?

- Eu terminei com o Pedro. – Sorri, a expressão de Mateus ficou radiante, os cabelos pretos agora estavam completamente molhados e mais pretos que nunca.

– Você fica comigo? – Perguntei

- Mais que tudo no mundo – Ele sorriu e me beijou, meu coração parecia que ia sair do meu peito, inflando cada vez mais.

- Vamos sair dessa chuva? – Mateus riu

 - Claro –Falei

 Entramos na casa dele e a avó dele acabou trazendo uma toalha para gente, sentamos no sofá, já que a avó dele diz que não tem problema. Fiquei secando meu cabelo com a toalha, enquanto Mateus tirava a blusa molhada... Dando-me A melhor visão do mundo. Cara... Que lindo esse ai é o meu namorado? Alguém me abana. Ele sentou do meu lado e ficou me observando, eu não podia de deixar de corar.

- Que foi? – Pergunte

i - Você fica sexy molhada – Ele falou, dei uma tapa pequena no ombro dele

- Cala a boca, homem. Sua avó não tá aqui? – Falei envergonhada olhando a sala enorme Ele riu

– Você é uma figura. Vem cá, eu te ajudo a secar esse cabelão – ele falou tomando o toalha de mim, e esfregou cuidadosamente no meu cabelo.

– E aí, alguma novidade?

Engoli seco – Minha mãe vai casar. – Falei, Mateus ficou estático.

- Sério? E você... -

 É claro que não aceitei né?- Bufei- Aquele homem é um cafajeste, mais eu vou bolar um plano, você vai ver.

 - Mas... Você não acha que o... Gabriel não pode ser bom para sua mãe não? Quer dizer... Eu acho que ela tá feliz com ele. Tirei a toalha da mão dele

 – Você não entende. O cara trai minha mãe direto, e eu acho... Que tá planejando tirar nosso dinheiro – Os olhos de Mateus ficaram estáticos

– Eu tenho que fazer alguma coisa – Bufei

- Pode contar comigo, ok? E ainda mais eu não quero que você acabe presa – Ele riu, eu dei um olhar desaprovador para ele.

- Mudando de assunto. Alguma coisa da lambisgóia loira?

 - Alana?- Eu assenti, eu tinha raiva desse nome ainda

 – Ela anda... Distante de mim.

- Distante como?

- Ela anda em grupinhos de meninas, lança olhares para mim e cochicha – Ele rolou os olhos – Tô morrendo de medo.

 - Você não acha... Que ela tá planejando alguma coisa?

- Pode ser... Mais não importa – Ele me abraçou me colocando no seu colo quente nas sua barriga nua – Eu estou com você – Ele sussurrou no meu ouvido, me provocando um arrepio bom.

 - Eu acho que eu posso me acostumar com isso – Falei

 -Com o quê?

- Com o amor

Eu ri e fechei os olhos, os braços quentes dele me apertaram mais e beijou minha cabeça, sorri feliz. Parecia que nada poderia me atingir ali, nenhum problema ou tristeza, nos braços de Mateus, eu estou segura. Alguém abriu a porta numa trovoada, provocando um susto enorme em nós dois, e saímos logo da nossa posição. Era um casal que abriu a porta, uma mulher alta de cabelos loiros longos com um ar de modelo e homem também alto, cabelos castanhos e olhos também, tinha um ar de presidente. Um casal perfeito, vestiam roupas que deviam custar mais que meu guarda roupa inteiro.

- Mateus, é você? – A mulher fez uma cara de nojo

 – Por que tá sem camisa? Ele se levantou e pegou a blusa jogada num canto

. - É... Que ela tava molhada, resolvi tirar – Ele falou de um jeito... Que não era conhecido para mim, tão... Formal.

- Por que não vestiu outra? – Ela falou de novo, essa mulher me dá medo. Mateus apenas assentiu.

 – Quem é aquela? Mateus olhou para mim, eu me levantei.

 - Eu sou Alexandra, a vizinha daqui – Sorri casualmente, com um pouco de medo de a mulher me matar.

 - Hm... Por que você está aqui? – Ela falou

- E... Eu já tava indo embora – Olhei para Mateus, que megera é essa?

 - É bom mesmo – Ele olhou com reprovação para minha roupa.

 Eu acenei um tchau para Mateus e fui para minha casa. O que rolou ali? Quem pensa que era aquela? Posso dizer que eu to começando a odiar loiras que partam de Mateus? Bufei e entrei em casa, ainda ensopada.

- Alexandra? – minha mãe olhou para mim assustada

-Nada a declarar – Falei ríspida.

E subi para meu quarto para tirar a roupa molhada. Depois de me vestir olhei a janela, que tinha um número de telefone, e depois “Ligue para mim e eu explico”. Hm, peguei meu celular e disquei o numero, foram três toques até Mateus atender.

- Quem. É. Aquela? – Falei

 -É minha tia, era irmã do meu pai. E não falei sobre meus tios? – Ele falou

 -Aqueles que estavam em lua de mel?

- É, apareceram um dia antes. Eu ia te dizer é que... – Ele suspirou– Eu não queria assustar você

- Aquela sua tia me meteu medo – Sussurrei – Ela é sempre assim?

 - É. – Ele confirmou – Ela é meio controladora, antes do muro cair. A minha tia era uma... Coisa. Eu não sai de casa porque ela não deixava, eu só fiquei com Alana, por que minha tia autorizava ela por causa da boa família de Alana, e com ela, eu podia sair de casa.Mas com você...

- Meu deus. Eu vou me matar, Mateus. Me ajuda?

 - ALEX!

 - Não, é que parece que tudo é conspirando contra mim. Primeiro Alana, depois Pedro e agora a tiazona controladora!

 - Talvez a gente esteja lutando com o destino para ficarmos juntos – Ele falou, eu sorri mentalmente com a frase

- Só pode ser – Sussurrei – E agora? - Eu não sei, Alex. O ruim é que minha tia trabalha em casa, só as vezes ela sai.

- Que legal – Falei irônica.

 -Eu vou ter que ir, Alana. Eu te adoro – Sorri, esse homem sabe me conquistar.

- Você sabe, que apesar de tudo. Eu também. – Falei e desliguei o celular, a chuva parou e o sol já estava torrando tudo como antes.

Abri a janela e deixei o sol entrar. Peguei meu caderno de músicas e fiquei rabiscando umas letras na minha cabeça.

 A vida é difícil,

Essa é uma lição que aprendi faz um tempo.

Há todas as dificuldades que você imaginar.

Mais nada que impeça de eu ficar pertinho de você.

Parece que a vida conspira contra a gente,

Colocando mais um obstáculo grande

Para atravessarmos.

Todo mundo diz que não vale a pena,

 Muita gente diz que é perda de tempo,

 Mais mesmo assim fazemos isso.

Só para ficarmos juntos.

 Juntos, somos um só, E ninguém irá nos separar.

Meu querido,

Eu atravesso qualquer rio,

Qualquer muralha,

Qualquer muro que seja,

Só para ficar perto de você.

Terminei e descansei minha caneta analisando a letra, mais meu celular começou a tocar do meu lado. Atendi.

 - Alex? – Sabrina falou.

- Oi, Sabrina. O que foi?

 - Leonardo – Ela choramingou.

- O que foi que aconteceu? – Falei

- O carro que ele estava com o pai dele... Bateu. E foi uma batida em tanto – Ela começou a chorar -

 Onde você está?

 - No hospital.