Quando eu acordei de manha Annabeth já tinha saído. Provavelmente bem cedo, Antes que qualquer um notasse. Nunca se relatou casos de campistas dormindo em outro chalés, até porque não haviam muitos chalés vazios como o meu. Nós definitivamente não queríamos ser os primeiros. Não gostava nem de imaginar o tipo de punição que Senhor D daria para nós.

Na porta do chalé, estava minha escala de horários. Como um dos campistas mais velhos, eu começara a dar aulas, ao invés de recebe-las. Quiron me escalara para esgrima, Equitação e Canoagem nesse verão. Annabeth também trabalharia, mas ela tinha ficado com Historia, arquitetura, e todas as coisas relacionadas a intelectualidade.

Eu chequei os horários, ainda tinha duas horas livres antes de uma aula de esgrima para o básico. Provavelmente os campistas mais novos, entre onze e treze anos.

Coloquei uma roupa e decidi ir comer alguma coisa.

Mas antes de chegar no refeitório, uma sombra negra cobriu o céu. Eu sabia que nunca tinha tempo feio no acampamento. ( a não ser quando as coisas estavam muito ruins) então, eu instantaneamente procurei por nuvens no céu.

O que eu vi, estava bem longe de ser uma nuvem.

Um imenso dragão ( sim, um dragão) de metal, sobrevoava os chalés. Eu destampei contracorrente e me preparei para o pior.

– Ei Percy! – alguém gritou, de cima do dragão – Guarde essa espada, está assustado Fetus!

Leo. É claro, porque eu não pensei nisso antes? Eu guardei a espada, e Leo aterrissou com seu enorme dragão bem no meio dos chalés. Aquele animal era o maior autômato que eu já tinha encontrado. Leo tinha o construído quando eu estava no acampamento romano, sem memoria ( longa historia) mas ele havia quebrado, e leo tinha o transformado em parte de seu barco de guerra.

Pelo visto, dois anos depois, ele finalmente conseguira concertar. Eu tinha a impressão de que ele passa os dois anos inteirinhos naquele Bucker.

– Eu cosegui! – ele disse sorrindo alegre, a roupa e os cabelos sujos de graxa – Fetus vive novamente!

O dragão soltou fumaça.

– Fetus, porque você não dá uma passadinha no chalé de Hefesto para que meus mirins lubrifiquem você? Vou ficar por aqui um pouco.

O dragão fez uma serie de ruídos, e Leo assentiu. Alem de espanhol, Leo também era craque em maquines. ? -

– Finalmente decidiu fazer algum contato humano? – eu disse. Leo era do tipo que preferia ficar com maquinas a pessoas, e eu me preocupava com ele, do mesmo jeito que eu me preocupava com nico assim que ele perdeu Bianca. Passando mais tempo com fantasmas do que com os vivos.

– é, sabe como é, uma vez a cada dois anos preciso da minha dose social, conquistar umas gatinhas, filhas de Afrodite – ele penteou o cabelo ondulado bagunçado para trás e apontou para as meninas se maquiando na porta do chalé de Afrodite daquele jeito que galãs de novela faziam. Elas reviraram os olhos.

– Isso ae gatinhas, o rei Leo está de volta – ele disse com seu bom humor inabalável. Eles se voltou para mim

– E falando em dose social, um de meus mirins me contou que você vai se casar – ele ergueu as sobrancelhas. Precisei vir de meu Buker até aqui só para confirmar.

– Bom, é verdade – eu disse enfiando as mãos no bolso do casaco.

– E... a noiva é Annabeth?

Eu o fui obrigado a rir, isso fez que um sorriso aparecesse no rosto de Leo.

– Então, o que tem para agora? Faz bastante tempo que eu não faço uma atividade normal de acampamento

– Eu tenho uma aula de esgrima básica agora, se quiser vir... – eu convidei.

– Aula de esgrima? Otimo, por que não.

Chegamos ao anfiteatro, e varias crianças já estavam lá, sentadas, só esperando.

– Ah cara, o professor ainda nem chegou – ele disse.

– Leo, eu sou o professor.

– Ah... agora que você falou, não fazia mesmo muito sentido você ter aulas de esgrima básica.

Eu abri os caixotes de dei equipamento para todos os campistas. Havia um filho de Janos, uma garota de Ares, gêmeos filhos de Hermes, e Leo. Eu arrumei para que um dos filhos de Hermes lutasse com o garoto de Janos, e o outro com a menina de Ares.

– É Leo, parece que somos eu e você – eu disse empunhando contracorrente contra ele.

Leo engoliu seco.

– Ah cara, acabei de lembrar que tenho um trabalho a fazer nas forjas... – ele começou a andar em direção da saída, mas eu o bloqueei com a espada.

– Nada disso – eu disse. Já chega de fugir de alguns hematomas e dores nos músculos Leo.

Leo assentiu, e quando nos preparávamos, Notei Annabeth sentada na arquibancada com um livro. Uma de suas irmãs estava com ela. Uma garota de cerca de 16 anos, cabelos longos, lisos e negros e a pele âmbar brilhava, e os olhos puxados eram da mesma cor dos de Annabeth, cinza tempestuosos. Elas fingiam ler, mas eu conhecia Annabeth muito bem, ela estava de olho em nós.

– Leo, desculpa cara, más não posso pegar leve com você, tenho que fazer bonito para minha garota.

– Ah cara, fala sério. Você já tem Annabeth! Me deixe fazer bonito para aquela linda irmã dela... – ele suplicou.

– Talvez um empate? – sugeri

– Posso lidar com isso.

O problema. Era que forçar um empate com Leo, era a mesma coisa que forçar um empate com Grover brandindo uma espada. Impossível.

O garoto podia ser capaz de construir um navio de guerra, mas era inútil com uma espada. Sua coordenação era de menos um, e seus reflexos, muito lentos. Até as crianças lutavam melhor que ele.

Eu tentei mantes a luta pelo maior tempo, mas por simples impulso, eu bati com a lateram da espada em Leo, e ele caiu no chão.

– Desculpa – eu disse, erguendo a mão e ajudando ele a se levantar.

– Não foi nada cara. – Annabeth e sua irmã davam risinhos na arquibancada- Pelo menos ela me notou.

Annabeth desceu as arquibancadas.

– Meninos, essa aqui é a minha irmã Lyssa. – ela disse. – Leo, ela é fã de engenhocas, e está muito interessada em seu trabalho, porque não a leva para mostrar algumas coisas.

Leo sorriu triunfante e ergueu o braço para ela. – Venha comigo milaide.

Annabeth me examinava com os olhos cinzentos, isso geralmente não era um bom sinal.

– O que? – perguntei.

– Vamos duelar um pouco, cabeça de Alga.

– Pensei que você nunca fosse pedir – eu disse destampando Contacorrente.

Eu vou te dizer duas palavras que descrevem uma luta minha com Annabeth : Dança Letal.

Nós dois nos conhecíamos a muito tempo, e muito bem. E sabíamos exatamente o que o outro faria, então prevíamos os movimentos, e tudo o que podia se ouvir era o som do metal se chocando. Annabeth era uma adversaria a altura. Como filha de Atena, ela sempre tinha uma estratégia, como namorado de Annabeth, eu sabia cada estratégia que ela ia usar.

A luta pareceu se estender por uma eternidade. Eu tinha gotas e suor na testa e Annabeth também. Os campistas, muitos deles, haviam se reunido para assistir a luta, mas ninguém dizia nada, o som das espadas ainda gritava no anfiteatro.

Finalmente, ela tinha a espada na minha barriga, e eu, em seu pescoço. E um empate justo foi declarado. Annabeth e eu tiramos a armadura. Os campistas continuavam nos olhando, esperando algo a mais. Eu sorri e olhei para Annabeth, ela sabia o que eu estava pensando.

Eu a puxei para mais perto e a beijei. Os campistas foram a loucura. Gritavam e assobiavam.

– Vão para um quarto! – eu reconheci a voz de Clarisse no meio da multidão.

Annabeth ergueu a mão, mostrando o dedo do meio, e que fez uma chuva de risadas vir dos campistas. Eu e Annabeth no separamos. Ela se voltou para os campistas.

– Já que estão todos aqui, gostaria de fazer um comunicado – ela disse. – Ontem eu me encontrei com Hera, e ela disse, que faz questão que a festa de casamento minha e de Percy seja realizada no Olimpo.

Varios murmúrios correram.

– Quer dizer que não vai ter festa no acampamento?

– Bem, não – ela disse.

Varios murmúrios de desapontamento correram pela multidão.

– Annabeth, parede ser maldosa – eu sussurrei ao seu ouvido.

– Faça as honras, herói – ela sussurrou de volta.

– Significa, que terá festa no Olimpo, para todos nós! – eu gritei.

A multidão invadiu o anfiteatro, gritando, assobiando, em total extasse. Eles colocaram a mim e a Annabeth nos ombros e carregaram para fora.

Os campistas nunca tinham agido assim, nem quando chegamos depois de ter comprido uma das grandes profecias, e salvo o mundo. Percebi que eles gostavam muito mais de serem convidados para uma festa do que ser salvo do perigo eminente.

Afinal, nós todos éramos em parte, humanos.

Depois de tomar um banho, eu segui para meu quarto, mas não o encontrei vazio como esperava.

Um homem estava sentado na minha cama. Ele usava bermuda, chinelo e camisa havaiana. Seus cabelos eram negros, e seus olhos verdes eram cercados por rugas de expressão. Sua pele era morena, e ele tinha um sorriso caloroso.

– Pai – eu exclamei.

– Percy, meu filho, como você cresceu! - ele disse. Já fazia quase um ano dês da ultima vez que eu vira meu pai.

– Obrigada – eu disse. – A que devo a visita?

– Você não sabe? – ele sorriu. – Percy, Deuses não visitam seus filhos só quando algo horrível esta para acontecer! Ok,tudo bem, para Atena pode ser algo horrível, mas o resto de nos está em festa! Você vai se casar! Estou tçao orgulhoso de você filho, em todos os aspectos.

Eu sorri, um pouco envergonhado. Não era todos os dias que seu pai divino descia do Olimpo para dizer que estava orgulhoso.

– E esse quarto, muito bem decorado, eu não teria feito de outra forma – ele disse tocando uma onda pintada na parede.

Eu gostaria de passar a tarde conversando com ele. Mas é claro, ele não podia. Tinha que voltar para seus deveres, e prometeu que conversaríamos mais no meu casamento.

– Ah, que, a proposito, será em três dias - ele disse. – Hera pediu para avisar. Ela deve estar com Annabeth e as damas de honra, fazendo a prova dos vestidos.

Fechei os olhos e imaginei Annabeth em um vestido de noiva lindo e reluzente. Quando abri de novo, Poseidon já tinha partido.