Vício M(eu) escrita por Menina Sem Tabu


Capítulo 9
Capítulo 8 - Aprecio a sua amnésia.


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora! Gostaria de dizer que vou compensá-los com um capítulo genial, mas sinto que não será isso que vai acontecer. É aquela mesma história: vida lotada, pouco tempo para escrever. Ah, preciso dizer uma coisa! Quero agradecer do fundo do meu coração a cada uma que comentou no capítulo anterior, (em todos os capítulos também, mas no anterior principalmente), senti vontade de favoritar cada um dos comentários! Sério gente, MUITO obrigada, de verdade! E bem, um outro agradecimento bem do fundo da minha alma para a Heart eyes, Isabelle e Ruki! Muito obrigada pelos favoritamentos gente!



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Capítulo 8 – Aprecio a sua amnésia.

–– Sem calcinha e sutiã? –– Emi fala com seus olhos brilhando e surpresos por ver meu corpo nu logo de cara.

–– Acho que esqueci de colocá-los. –– digo envergonhada.

–– Aprecio a sua amnésia. –– ela ronrona e eu sorrio.

Sorrio um sorriso sacana e cheio de desejo. Naquele momento eu a desejava mais do que qualquer outra coisa. Pela primeira vez na vida eu queria ir à luta por aquilo que almejava. E eu fui.

Inclinei meu tronco para frente de modo que alcançasse o zíper de seu vestido. Com toda a sutileza que me era possível ter, retirei-o de seu corpo branco. Me deparei com uma lingerie de renda preta. A transparência fazia seus mamilos endurecidos se destacarem, ao vê-los, os meus também trataram de se por no mesmo estado. Agora era a sua vez de sorrir. Logo após, me fazendo o favor de abrir e jogar para bem longe o seu sutiã.

Seus seios me provocavam clamando por mim.

“Venha Emily, venha.” –– eles sussurravam numa voz roca e sensual.

E eu fui sem hesitar.

Afundei meu rosto no vão nem tão grande assim entre seus seios. A área em que meus lábios pousaram, foi lambida e sugada com todo o meu fervor. Minha língua era minha bússola danificada, eu precisava tatear o território inteiro, para só então saber qual direção eu devia seguir. Minhas coordenadas indicavam o oeste.

Onde o Sol se põe. Onde é autorizado o nascimento de Noite.

Mas Noite é apenas uma criança.

E o seu maior desejo é poder brincar até passar da hora de dormir.

Ah, Noite! Eu definitivamente gosto de ti.

A oeste vou e lá encontro seu seio direito, o qual sugo com toda minha força, envolvo meus braços em suas costas, a trazendo para mais perto de mim, e sinto-a jogando sua cabeça para trás.

Desligo meus lábios de seus seios e volto com minhas mãos deslizando por toda sua pele até alcançar seus braços. Faço-a deitar, e agora quem estava por cima, era eu.

Deposito pequenos beijos ao longo de seu troco, fazendo uma trilha até o que até então, biologicamente, classificava-a como mulher. Faço de meus dedos indicadores ganchos e com eles, retiro sua calcinha transparente e umedecida.

“Mas já?” –– eu penso, e depois acho o fato normal, afinal eu me encontrava no mesmo estágio.

Completamente molhada.

Emi tem um sorriso pregado nos lábios e me olha como se me estudasse. Eu afasto suas pernas e levo minha cabeça até o seu meio.

Meu coração acelera e não sei o que devo fazer. Fico paralisada.

Escuto a risada de minha outra eu.

–– Apenas lamba. –– ela diz, se divertindo com minha inexperiência.

E eu o faço.

Lambo-a rápida e bruscamente. De uma vez só e sem pensar no que estou fazendo.

Ouço o seu gemido e tenho vontade de lambê-la novamente. Novamente. Novamente. Novamente. Novamente. Novamente. Novamente. Novamente.

Levo minha língua até sua abertura e lá a coloco, primeiramente apenas na beirada, mas quanto mais entro, mais ainda quero entrar. Meu desejo é de sugá-la até a sua morte. Até não haver mais nada para ser sugado.

Seus gemidos são como estocadas dentro de mim, eu queria cada vez mais. Eu precisava cada vez mais. Certas dependências são deliciosas.

Minha língua e meus lábios incorporam um movimento de vai e vem ritmizado dentro dela. A cada vez que entrava, aumentava um pouco a velocidade. Eu tentava me controlar, mas estava ansiosa e o sentimento era que se eu não fosse cada vez mais rápido e se não a sentisse gozar comigo dentro dela, eu iria morrer. E com a garra de quem luta pela sua própria vida, eu provoca seu clitóris, o obrigando a me dar o seu orgasmo.

E por fim, ele me obedeceu. Senti que ela estava gozando pelo seus gemidos, seu suor, sua pupila dilatada e por todo o prazer que me invadia simultaneamente. Dei-me por satisfeita e saí de dentro dela, apenas para observá-la.

Meu Deus, como era linda, como me atraía, como eu queria voltar lá para dentro. Mas não tive nem tempo de pensar, em um segundo ela estava montada em cima de mim, massageando meus seios, me excitando um pouco a mais, eu iria explodir.

–– Será que dá para pular para os finalmentes? –– supliquei e ela riu em concordância.

Emi saiu de cima de mim e pediu para eu me ajoelhar em cima da cama, de modo que eu ficasse com as pernas abertas. E como a boa moça que sou, foi o que fiz. Ela se deitou de costas e rastejou seu corpo até ficar com seu rosto exatamente em baixo de minha abertura, grudou suas mãos em meu quadril e me fez sentar em seu rosto.

Meu órgão já pulsava e uma mistura de ansiedade e loucura se formava em meu ventre e desciam para se alojar na entrada de minha vagina. Eu sentia a luxuria impregnada em cada centímetro de minha pele suada.

Senti sua língua me invadindo e no mesmo momento, o líquido já vinha descendo. Emi começava a fazer movimento circulares com sua língua dentro de mim. A cada rodada, um gemido. A cada gemido, uma respiração ofegante. E a cada respiração ofegante, um degrau a menos para o meu orgasmo.

Ela aumentava a intensidade de seus movimentos e junto com eles, meu coração bombeava numa maior velocidade meu sangue, que percorria meu corpo de cabo a rabo, me deixando mais atenta e viva.

O prazer brotava na entrada e me rasgava, excitando cada um de meus músculos até a minha língua, que inquieta, lambia meus próprios lábios. Eu rebolava em cima de seu rosto. Eu e ela, com cada vez mais velocidade, com a atenção focada em apenas uma coisa. Gozar. Ah, como é bom gozar.

A cada segundo que se passava nós entravamos numa maior sintonia, eu podia ver que meus gemidos causavam nela um imenso prazer, pois a medida que lhe entregava um de meus deliciosos sons, ela me dava uma maior e muito mais forte linguada.

Emi me torturou. Me torturou até ela própria não aguentar mais por esperar pelo meu orgasmo. Mas quando o mesmo saiu de mim, saiu completo. Levando consigo qualquer estresse, qualquer decepção ou dúvida.

Meu sexo pulsava querendo mais e ela ainda dentro de mim, continuava me provocando com sua língua. Antes que aquilo começasse novamente.

Nos encaramos por alguns segundos e sinto uma vontade enorme de beijá-la, mas não o faço.

Olho para o lado e vejo Culpa abanando o rabo para mim.

Emi a nota e me dá um sorriso triste com seu batom borrado. Penso que ela vá dizer alguma coisa, no entanto apenas se encolhe em posição fetal e adormece.

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Acordo com Culpa lambendo meu rosto, minha visão embaçada me deixa desnorteada num primeiro momento, mas logo me lembro de tudo o que aconteceu e me desespero pela possibilidade de Emi ter se magoado comigo.

Olho por todo o quarto e não a vejo em lugar nenhum. Culpa late perto da porta de meu banheiro e eu percebo que o chuveiro estava ligado. Dirijo meu corpo nu até ele, e encontro Emi tomando banho.

–– Dormiu bem? –– pergunta com um sorriso simpático, mas ainda assim, sensual. Apenas balanço a cabeça em sentindo afirmativo e ela faz um gesto com suas mãos, me convidando para entrar no chuveiro também.

Da porta, Culpa late para mim, mas eu a ignoro e aceito o convite de Emi.

Tudo acontece de novo.

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Troco poucas palavras com minha mãe durante o café da manhã, na verdade, ela apenas me manda organizar as minhas coisas nesse final de semana, deixando assim, bem claro que sim, nós realmente iríamos nos mudar.

Emi me ajuda a guardar objetos aleatórios em caixas aleatórias, mas não resistimos uma a outra e a cada caixa preenchida, deleitamo-nos.

Assim se sucede sábado inteiro, bem como domingo também. A cada momento sozinhas acontecia de novo. De novo. De novo. E de novo.

Era em qualquer lugar, na cama, no chão, na escrivaninha, escorada no roupeiro, no banho, sentada no balcão da pia do banheiro... Sem contar as algumas caixas esmagadas, por simplesmente não conseguirmos resistir. Culpa acompanhava tudo quietinha e amedrontada num canto escuro de meu quarto.

A noite de domingo chega e só então nada acontece. Meus pensamentos estão muito turbulentos, meu coração palpitava mais e mais a cada segundo. Cada vez mais próximo estava o momento.

Zack e eu de baixo do mesmo teto.

Zack, eu e Emi de baixo do mesmo teto.

Meu peito doía, tentando cada vez mais parecer mais minúsculo. Eu estava apaixonada por um certo leitor de poesias e agora iria morar junto a ele. Minhas expectativas se montavam numa imaginação breve e logo após um segundo de vida, faleciam, assim como minhas esperanças de algum dia poder realizar esse amor.

“Amor”, de tão petulante que sou, me dou o desfrute de usar e sofrer pela palavra que ao menos sei o significado.

Eu e Amor ainda não fomos apresentados de fato, nos conhecemos sim, mas só de vista, nos esbarramos algumas vezes, mas esses encontros casuais nunca haviam sido tão duradouros quanto agora.

E era essa prolongação que me assustava, tinha medo por estar me envolvendo com um quase total desconhecido e o medo se fazia ainda maior, quando eu sabia que esse tal senhor que de desconhecido não tinha absolutamente nada.


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Notas finais do capítulo

Ficaria imensamente agradecida se me contasse tua opinião! :)