Era um dia normal no Ônibus, mais missões complicadas, piadinhas do agente Morto vivo Phill Coulson, o matinal mal humor de May, o curioso (e meio inexplicável) jeito de Fitz­ Simmons completarem as ideias um do outro. Mas tinha uma coisa que Skye parecia não admitir mas não acordar sem: O rosto de Grant Ward.

—Acorde!Temos uma Missão. -­disse Ward batendo na porta do quarto dela. Skye estava meio sem sono, não tinha dormido bem. Ultimamente tinha se dividido em trabalhar nas missões e pesquisar sobre seu passado. Mas tudo a levava a um beco sem saída,a arquivos restritos que ela jamais poderia tocar.

—Tão agradável de manhã… -­Skye respondeu com leve sarcasmo na voz ­Pior que você só ser acordado pela“A Cavalaria”.

Ward engoliu a seco ainda meio desconfortável com a historia dele e da Agente May. Mas não demonstrou emoção alguma na frente de Skye.

Parecia que tudo continuava igual, mas como uma velha freira dizia no orfanato “muita água já passou debaixo da ponte”. Tudo tinha mudado, quase tínhamos perdido o Coulson novamente,desta vez para a Centopeia. Pessoas tinham morrido, perguntas continuavam sem resposta. Tudo que Skye queria era uma família!Qualquer uma!Era de mais pedir isso?

—Skye, não temos os dia todo. ­ele gritou do lado de fora enquanto ela se trocava o mais rápido que podia.­Ande logo! -ele abriu a porta do quarto dela e a pegou colocando a blusa.

—Esta mesmo desesperado para começarmos isso“OS” ! ­ela fechou a porta com a camiseta em cima dos seios.

—Desculpe -­ele disse quase para ele mesmo envergonhado. Nunca tinha visto a Skye como nada alem da aluna mais irritante que ele teve.

Ward nunca admitiu mas era sempre nela que ele pensava antes de dormir, todos os sonhos que teve desde então envolviam ela, assim como todos os seus pesadelos. No mais recente pesadelo que ele teve com Skye, tinha acabado de se encontrar no hotel com a agente May, ela como uma ninja sumiu assim que vestiu sua roupas e ele foi dormir, pelo menos um pouco. Mas o sono não veio fácil, parecia ter algo faltando, o desejo reprimido dele falava mais alto que qualquer soro da verdade. No pesadelo ele corria em um corredor escuro, estava baleado e sangrando e ouvia os gritos de horror de Skye mais e mais alto a cada curva do corredor, as vezes ele parecia estar perto de salvá-la mas então levava outro tiro da escuridão. Até que em um momento ele agarra a mão dela e leva um tiro no peito. Ele nunca sentiu tanta falta de ar na sua vida.

—Vamos para a sala de comando seu pervertido!­ -ela disse com um meio sorriso nos lábios.

Enquanto isso em algum lugar do Brasil…

Ela não era o tipo de pessoa que você gostaria de encontrar na rua. Ela tinha um espirito de gato selvagem, era uma sombra invisível a qualquer sistema, um fantasma imperceptível e o mais importante: ela não era uma das milhares de hackers da Maré Alta, ela era um dos 5 fundadores da Maré Alta ,a mais perigosa e letal. Uma mercenária. L.A.B. era seu codinome, veio de uma família de militares e treinada desde criança, se alistou, mas foi recusada por ter problemas mentais. Esta é a versão oficial, a verdade era pior. Desde a batalha de New York ela tem tentado entrar cada vez mais fundo nos arquivos secretos da S.H.I.E.L.D. Ela quase conseguiu chegar aos maiores bandidos da organização. Mas era arriscado chegar tão perto de ser descoberta. Hoje ela estava tendo uma seria conversa com um Cônsul que mantinha uma rede de tráfico humano. Entendendo como conversa uma tortura em um galpão abandonado.

—Esse é o problema dos estrangeiros, acham que todos os brasileiros adoram samba, jogam futebol, e são pessoas agradáveis! ­-ela disse enfiando uma faca na perna do Cônsul ­ Você acha que eu pareço uma pessoa agradável?Eu não sou uma pessoa agradável!

Ele suplicou para deixá-­lo ir em sua língua.

—Tudo bem agora me diga quem é a pessoa que anda te financiando?

—Larissa, querida, não torture mais o Cônsul, não quando pode ganhar muito mais comigo… ­Uma voz feminina saiu de um canto do galpão.

—Catherine Alexander a maior estelionatária do mundo. O que você quer comigo?

—Meu “empregador” quer que você recupere um item que ele nunca conseguiu recuperar. ­ela sorriu pegando uma foto.

—Antes de me mostrar me diga um preço. Pode ser que eu o “recupere” para você.

—Uma garota, Trabalhava para sua organização. ­ela entregou a foto a L.A.B e limpou a mão no casaco de pele caríssimo que ela tinha.­Me fale um preço que pagaremos o dobro!

—Esta garota? O que tanto querem com ela? Ela foi corrompida pela S.H.I.E.L.D. Não há nada que eu possa fazer. Não sem uma garantia… ­L.A.B escreveu um numero atrás da foto com o sangue do Cônsul.

—Se me deixar ter a liberdade, quando eu entregar sua proposta, colocarei alguns zeros a mais... -e sorriu.

—O que eu tenho que fazer é atrai-­lá para longe da equipe e o resto será fácil.

6:35 Ônibus

—Foram notados pertubações eletromagnéticas próximas a Capital do país. ­Simmons começou a explicar.

—Tudo começou, quando um homem trabalhando em uma galeria de esgoto para repor um canos quebrado se deparou com um objeto estranho que o lançou 50 metros para a frente. E não sobrou muita coisa de seu corpo.-­Fitz completou.

—Desde então a presidente tem pedido para que a S.H.I.E.L.D verificar o problema.

—Outro 0-­8-­4? -­perguntou Skye olhando de um jeito inquisidor para Ward.

—Provavelmente.-­respondeu Coulson.

Seria um longo dia a se discutir e muita coisa a se fazer.

—Decolaremos em dois minutos. ­-a única frase de May durante toda a reunião.

Skye desceu para a cozinha e tomou uma caneca de café bem quente e ligou seu notebook. Skye não sabia, mas provavelmente esse seria o pior dia de sua vida desde que foi pega pela S.H.I.E.L.D, esse poderia ser o dia da morte de quem ela mais amava. Mas ela jamais admitiu que o amava.