Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 39
Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou de volta e já vou avisando que a partir deste capítulo a fic vai seguir um ritmo frenético. Com lutas, magia, mordidas, rituais esquisitos e, é claro sangue. Novas revelações sobre o nosso vilão e sobre os planos dele para a nossa protagonista.
Boa Leitura!!!



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As palavras do Ciprian me deixaram inquieta durante todo o resto das aulas. Mas com o horário de saída se aproximando, eu comecei a e preocupar com outra coisa.

–Alô? Terra para Susan!

Pisquei os olhos surpresa. Eu já tinha esquecido que July estava ao meu lado.

–Desculpe July, estou preocupada com umas coisas – disse, com sinceridade.

Ela pôs uma mão no meu ombro.

–Eu imagino.

–Como se tudo que ocorreu não fosse o suficiente, Ciprian acha que eu devo beber sangue humano para não acabar morta – desabafei.

Ela estreitou seus pequenos olhos.

–Ele é confiável?

Eu achava que deveria dizer que não, mas ainda assim respondi com firmeza.

–Sim.

–Acho que não devia ir tão rápido confiando no “pequeno príncipe” – Kate apareceu do meu lado falando com desdém – e você tem outros problemas de vida ou morte. Quando sua mãe souber que você simplesmente mandou o senhor Miller se danar e foi reprovada, aí sim você terá problemas.

Revirei os olhos.

–Se a sua intenção é ajudar Kate, está fazendo um péssimo trabalho.

Kate agitou as mãos dramaticamente.

–Não me entenda mal Sue, eu não estou te criticando, pelo contrário eu a congratulo por esse feito incrível que será para sempre lembrado nos anais da história!

–Puxa, obrigada - disse, sarcasmo colorindo minha voz – como você soube disso?

–Está brincando? – ela gritou entusiasmada – todo mundo já está sabendo! Você é a nova estrela do colégio.

Encolhi os ombros nervosa com a notícia. De longe pude ver Ciprian saindo com Vincent ao seu lado conversando discretamente. Os olhos cor de safira me fitaram rapidamente e eu pude ver a sombra de um sorriso se formar enquanto Vincent dizia alguma coisa para o outro vampiro que parecia concordar com o que ele dizia. O nervosismo só aumentou quando eles vieram caminhando em nossa direção.

–Temos que conversar – disse Vincent sem sequer olhar para as meninas que, ao meu lado nos observavam.

Eu concordei e acompanhei dos dois depois de me despedir de minhas amigas. Pude ver Kate fazendo uma careta ao encarar Ciprian que ergueu uma sobrancelha de maneira ameaçadora. É, aqueles dois tinham problemas.

Nos três retornamos para as dependências da escola e eu comecei a me intrigar com aquilo.

–Aonde vamos? – perguntei desconfiada.

–Bater um papo com um amigo – respondeu Vincent misterioso.

Passamos em frente a sala da direção e eu pude ouvir o senhor Miller bradando enquanto a vice-diretora tentava acalmá-lo sem sucesso.

–Eu não quero ver essa menina arrogante nunca mais! Na minha aula ela não entra!

–O que é isso? – disse confusa ao perceber que eles tinham parado em frente a porta.

Vincent e Ciprian trocaram olhares e o vampiro moreno balançou a cabeça sorrindo. Aqueles dois iam aprontar alguma coisa e ia sobrar para mim.

Me virei tentando voltar, mas Vincent segurou o meu braço e abriu a porta invadindo a sala.

–O que é isso? – a vice diretora disse com cara de poucos amigos.

Me encolhi atrás de Vincent, pois o professor Miller já me vira e berrava furioso.

–Quero que alguém tome uma providência contra essa menina já! – e apontava um dedo acusador para mim.

–Calem a boca.

Vincent não tinha gritado, e ainda assim os dois se calaram no mesmo instante parecendo aturdidos com aquela reação.

Ciprian se afastou nos deixando sozinhos. Talvez para vigiar e manter os curiosos afastados.

–Susan – disse Vincent me encarando com um sorriso perturbador – sua segunda lição bebê vampiro: hipnose.

Ele gesticulou para que eu me aproximasse dos dois humanos ali parados, e indecisa passei as mãos suadas pela calça jeans várias vezes.

–Ao que parece você já está desenvolvendo as habilidades de um vampiro mesmo sem transformar-se completamente. Vejamos o quão vampira você é agora.

–Você quer que eu os hipnotize? – perguntei aturdida.

Ele inclinou a cabeça.

–O que você acha?

Comecei a gaguejar.

–Mas...eu, eu ...como eu faço isso? E por quê?

–Apenas diga o que quer que eles façam e eles farão. Você não tem nada em mente que gostariam que eles fizessem?

Minha mente se iluminou na última frase. Então era isso que ele queria.

Um pouco receosa olhei para os dois.

–Diga – disse Vincent, me apressando.

–Vocês vão esquecer o que eu disse mais cedo – sussurrei, tentando controlar minha respiração.

Eles franziram o cenho ao mesmo tempo e o professor Miller cruzou os braços.

–Posso saber que palhaçada é essa?

Vincent começou a rir.

–É, nem tanto assim – ele afirmou mais para si mesmo do que para mim.

O encarei com raiva e ele ergueu as mãos num gesto de auto defesa.

–Eu só constatei o óbvio. A culpa não é minha.

–Já chega! – cortou a vice diretora – saiam já da minha sala!

O vampiro loiro caminhou para ela e falou claramente.

–Você não se lembra que estivemos aqui – e olhou para o professor de história acrescentando – nenhum dos dois. Ouve um erro na avaliação dos trabalhos e o senhor Miller perdeu o trabalho da senhorita Armstrong,mas ele irá reparar o seu erro lhe dando nota máxima e esquecendo a sua atitude deselegante e completamente justificável de hoje. Entendido?

–Entendido – disseram ambos em tom monótono.

–Ótimo – ele se virou – viu? É assim que se hipnotiza alguém.

Eu o fitei incrédula enquanto ele caminhava até a saída.

–Porque me ajudou?

–Não precisa agradecer, entenda apenas como uma proposta de paz. E uma lição, para quando você for transformada. O que será em breve.

Ele não esperou uma resposta e o segui atônita, porém feliz, pois eu tinha um problema a menos.

***************************

Já em casa, depois de uma carona do Vincent,( que por sinal não foi para casa pois, havia dito que tinha umas coisas para resolver com Ciprian) almocei rapidamente e fui direto para o meu quarto. Estava na escada quando minha mãe gritou da cozinha dizendo-me que minha amiga Kate tinha ligado várias vezes e que eu deveria retornar. Disse um “ok” apressado e corri para pegar o celular.

Disquei o número e aguardei, imaginando o tipo de fofoca que Kate me diria quando uma voz que não era da minha amiga atendeu.

–Se quiser que sua amiguinha e a irmã dela vivam, é melhor me vir encontrar – disse Amanda.

Fiquei sem reação por um instante.

–Onde elas estão?

Um riso do outro lado da linha pareceu ser bem conhecido: Mike. Rangi os dentes furiosa.

Venha me encontrar na casa do Danny ao anoitecer.

–Porque não agora? – indaguei. Ainda faltava muito tempo.

–Porque eu quero – foi a resposta incisiva – e é melhor que não chame seus amiguinhos dentuços. Ou elas morrem.

Ela desligou o telefone em seguida, embora eu tenha ficado mais uns bons minutos o segurando o aparelho em choque.

Os bruxos malucos tinham sequestrado a Kate e a Nikki e eu não podia contar com a ajuda de Vincent . Eu teria que buscar outros meios.


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Notas finais do capítulo

Que tal? Quem acha a Kate louquinha levanta a mão! Quem odeia a Amanda tbm!
Acharam a atitude do Vince fofa?
Beijinhos



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