Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 32
A Viagem


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal? Curtindo? Espero que gostem desse capítulo.
Boa Leitura!!!



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Quando entrei em casa encontrei a minha mãe sentada com uma expressão indecifrável no rosto. Sentei-me ao lado dela e estiquei as pernas. Eu já imaginava que ela iria querer falar comigo a respeito do meu novo “namorado”.

–Já foram? – mamãe perguntou.

Acenei afirmativamente. Ela suspirou e me encarou por alguns instantes. Eu estava muito desconfortável com aquela situação.

–Namorando com o Vincent? Eu pensei que você não gostasse dele.

Eu evitei o olhar dela enquanto amaldiçoava o Vincent mentalmente. Graças a aquela desculpa idiota eu estava encrencada.

–Bom, pois é né- foi tudo que eu pude dizer.

–Susan eu não quero que pense que não estou feliz por você mas tem que concordar que essa história esta um pouco esquisita. Tem algo que você queira me contar?

Olhei para ela. Minha vontade era de simplesmente dizer tudo. Eu me sentiria bem melhor sem ter que esconder coisas dela. Mas também eu sabia o quanto poderia ser perigoso... se bem que era possível que ela não acreditasse e eu acabasse internada num manicômio. Ter que escrever no diário já estava bom até demais.

–Não, eu estou bem mãe, é sério.

–Sendo assim eu fico feliz por você.

–Obrigada – respondi, sem jeito.

Ela se levantou e caminhou para a cozinha enquanto falava.

–Está com fome? Eu vou preparar algo.

–Não, estou com sono e já vou dormir.Boa Noite.

**********************************************************

Aquele silêncio era muito constrangedor. Vincent dirigia com olhar atento enquanto Ciprian parecia pensativo no banco do carona. Kate se remexia do meu lado o tempo todo incapaz de se manter quieta. Eu não podia culpá-la. Mesmo eu estava a ponto de explodir de curiosidade.

Fiquei surpresa e muito feliz quando ela disse que me acompanharia na viagem. Mesmo sabendo que ela não poderia impedir o que quer que pudesse acontecer, eu me sentia mais confortável sabendo que minha amiga estava sentada ao meu lado durante toda a o tempo. Seria estranho demais viajar apenas com Ciprian e Vincent.

Eu achava que Louise estaria conosco, mas ela não veio o que me deixou muito preocupada já que esse ao era o combinado. Se minha mãe soubesse ela não iria gostar nadinha.

Era uma manhã de sábado. Nós já estávamos na estrada há um bom tempo indo sabe-se Deus para onde.

–Onde estamos indo mesmo? – resolvi arriscar.

–Visitar um amigo – respondeu Vincent distraído.

–Por quê? – Kate resolveu se manifestar.

–Informações – e não disse mais nada.

Informações? Que tipo de informações? Eu esperava que ele não fosse torturar ninguém para consegui-las. Eu já estava meio enjoada naquele dia e não precisava de nenhum cena de filme do Steven Seagal para ajudar.

–Isso é muito chato – disse Kate baixinho para que eu pudesse ouvir – ninguém diz nada?

Eu dei de ombros. O que eu poderia fazer? Mesmo eu não me sentia muito afim de conversar.

–Ei, Vincent –chamou Kate – como você se tornou um vampiro?

Eu pude ver o vampiro loiro olhar pelo espelho com uma expressão curiosa no olhar.

–A qual é! – disse ela – não temos nada para fazer aqui. Você poderia pelo menos nos contar a sua história.

Vincent deu um meio sorriso mas não falou nada.

–E você? - ela falou para Ciprian que arqueou uma sobrancelha – pode nos contar sua história ou vai bancar o misterioso?

Ele a encarou provavelmente incomodado com a falta de modos na minha amiga. Mas respondeu.

–É uma história comum, sem nada de especial – ele falou com desinteresse – não é nada do tipo que você leu em crepúsculo.

Kate pareceu um pouco ofendida.

–Eu não li Crepúsculo!

Ele lhe deu um olhar de quem sabia melhor.

–Meu pai era um príncipe. Quando ele morreu eu fui criado pelo meu tio. Quando me tornei um homem fui transformado. Fim de história.

Eu estava passada.

–Príncipe? – indaguei. E ele que tinha dito que nãotinha nada de especial em sua história – é sério?

Ele sorriu para mim possivelmente divertido com minha reação.

–Ciprian Basarab Tepesh é o meu nome.

Kate arregalou os olhos. Os meus já estavam daquela forma então na era possível que eles crescessem mais. Eu tinha entendido direito?

–Espera aí –eu disse – isso não pode ser verdade. Esse sobrenome não é do...

–Drácula? - completou Kate – o filho do demônio?

Os olhos de Ciprian escureceram imediatamente revelando que ela não gostara nem um pouco do comentário.

–Deve saber que meu tio não aprecia esse tipo de correlações com o nome dele. E é filho do dragão, não filho do demônio.

Kate me olhou com uma expressão “isso é loucura!” no rosto. Eu nem prestei muita atenção. Estava espantada demais em estar com ninguém menos que o sobrinho da figura mais tenebrosa dos contos de terror.

–Ele existe então? Hoje? – perguntei.

–É claro – ele respondeu como se fosse uma coisa muito óbvia – ele é o mestre da nossa linha. Transformou Vincent e eu.

Vincent não dizia nada, seus olhos fixos na estrada.

–E você? – perguntei – também era algum príncipe?

Ele riu como se eu tivesse contado uma piada muito boa.

–Príncipe? Não pequena eu não faço esse tipo. E minha história não tem tanta classe quanto a de meu amigo aqui.

–Conta – pedi, ignorando o “pequena”.

Ele revirou os olhos.

–Vocês são bem insistentes. Talvez numa outra hora. Nós já chegamos.

–Olhei para fora e vi apenas a estrada. Não havia casas ou nada que denotasse a presença de civilização. Só uma grande floresta dos dois lados.

–Chegamos? – disse Kate de cenho franzido – onde?

Vincent desligou o motor e saiu do carro adentrando na floresta. Nós fizemos o mesmo.

–A pessoa a quem vamos visitar tem gostos peculiares. Um deles é de viver só nessa floresta. Não se preocupem estão seguras – explicou Ciprian estendendo a mão para mim.

Aceitei a mão que me era oferecida e com a outra puxei Kate. A floresta era densa e podíamos acabar nos perdendo se não fosse dessa forma. Apenas Vincent ia na frente caminhando com as mãos nos bolsos, seu cabelo cor de ouro bagunçado que teimava em cair sobre seus olhos.

Ele emanava um poder surpreendente. Agora com meus novos sentidos de bruxa eu podia sentir muito melhor.

Como percebendo que eu o observava ele olhou para trás e me encarou.

Eu desviei e continuei andando. Depois de uns poucos minutos estávamos em frente a um casebre que parecia ter saí de algum conto de bruxa. Se bem que eu era uma bruxa e não morava num lugar assim.

–Seja lá quem for que vamos encontrar com certeza precisa de uns amigos - comentou Kate.

Eu já podia imaginar que tipo de pessoa sairia daquela casa. Uma velha toda encurvada e enrugada com dentes podres e roupas velha e rasgadas.

Bem, não foi bem como eu imaginava: a mulher que saíra da casa estava longe de ser como eu havia imaginado. Estava mais para o completo oposto. Era jovem e bela e se aproximou de nós sorrindo e revelando os dentes perfeitos enquanto agarrava Vincent e o beijava: na boca


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Notas finais do capítulo

Que tal? Aguardo seus comentários!
O próximo capítulo será narrado por ninguém menos que Vincent Darin!!! Até a próxima!!!



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