Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 23
O Inimigo do Meu Inimigo...É Meu inimigo


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Mais um capítulo pessoal!! Esse não está cheio de grandes novidades confesso. Ele é apenas uma preparação para revelações emocionantes! Pronto decidi, chega de mistério!
Boa Leitura!!!



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–E então? – exigi, com uma sobrancelha arqueada – vão me dizer ou não?

Arthur continuava sentado me encarando com uma expressão serena e completamente irritante.

–Dizer o que? – indagou ele.

O meu restinho de paciência foi embora com o cinismo dele. Esse imbecil estava tentando me fazer de trouxa?

–Está brincando comigo não é? – disse irritada – você disse que ia me contar!

–Não – disse ele balançando a cabeça negativamente – eu disse para você me ouvir.

–E isso não significa que você tenha algo para dizer? – retruquei. Que cretino! Quem esse garoto está pensando que é! Se divertindo desse jeito as minhas custas!

–Tecnicamente sim – explicou ele – mas não significa que eu contarei o que eu sei a respeito da sua tia, e é isso que você quer saber. Não é?

–E... e eu... então o que você quer me dizer? – indaguei confusa.

–Quero te dar uns conselhos - respondeu ele como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

–Conselhos? – perguntei – eu não quero os seus conselhos! E porque você não pode me contar a verdade?

Ele colocou as pernas em cima do sofá e se espreguiçou. E eu que achava o Vincent folgado.

–Porque eu não tenho permissão – foi sua resposta – ordens são ordens no fim das contas.

E só ficava mais confusa.

–Ordens? Ordens de quem? Da minha tia?

– O que você acha? – disse ele – quanto aos meus conselhos, não acho que deveria negá-los tão rapidamente, eles lhe podem ser bem úteis.

Bufei aborrecida. Para o inferno Arthur e seus malditos conselhos! Pensei, mas por fim eu disse outra coisa.

–E que conselhos seriam esses?

Ele se endireitou e me encarou muito sério.

–Não confie no loiro dentuço.

Revirei os olhos. Era esse o conselho? Dizer-me uma coisa que eu já sabia tão bem? Mas então, quando ele falou isso eu me lembrei de uma coisa.

–Você sempre soube sobre o Vincent, não é? Por isso ficou com tanto medo quando ele esteve aqui.

Sim, era isso. Eu me lembro de quando o Vincent se aproximou do Azarado, quero dizer Arthur e ele fugiu desesperado.

Uma fúria desmedida cobriu os olhos cor de jade dele fazendo–me estremecer. Uma corrente atravessou a minha coluna e eu senti uma coisa estranha, como um manto me cobrindo. Eu pisquei espantada.

Foi então que ele falou, pronunciando as palavras bem devagar como se eu tivesse alguma dificuldade para entender.

–Eu não estava com medo. Estava apenas mantendo o meu disfarce. Se eu ficasse mais tempo ali ele ia acabar descobrindo.

Minha boca formou um O e eu não consegui pensar em nada para dizer. Ele continuou falando muito devagar e eu sabia bem que ele estava tentando controlar a sua ira.

–Não se engane Armstrong. Aquele vampiro é muito velho e cem vezes mais esperto que você. Não importa o que você ache, ele estará sempre dois passos a sua frente. Devia tentar se manter o mais distante possível.

Longe possível. Ótimo. Eu tinha a triste sensação de que o mais longe possível não seria o suficiente para me livrar de um certo loiro de olhos azuis e astutos.

–Fácil para você dizer – retruquei – não é como se eu tivesse convidado ele a entrar na minha vida. Eu o quero distante de mim, mas se eu não cooperar e fazer o jogo dele é pior. Para mim.

Ele franziu o cenho.

–Do que você está falando? O que ele quer de você?

Eu fiquei sem palavras. Droga, eu tinha falado mais do que devia. Eu não podia contar a ninguém o pouco que Vincent havia me dito. Além disso, eu tinha minhas dúvidas em relação ao Arthur. Eu não podia confiar em ninguém, e guardar meus segredos para mim era a atitude mais esperta para alguém na minha posição. Eu teria que jogar dos dois lados, de preferência sem que um soubesse da existência do outro. Com um pouco de sorte os dois se matariam e eu viveria feliz para sempre. Eu sei, isso é meio assustador e soa como uma pessoa muito ruim falando mas espera aí! A culpa é toda deles! Garotos e suas mentiras!

–Bom, ele é mal não é? Tenho que bancar a menina boba e procurar não irritá-lo.

Parte da sua fúria dissipou-se com aquele comentário e ele bufou.

–Deve ser uma tarefa dificílima para você. Já que é a coisinha mais irritante que eu já vi.

–Era só isso que você tinha para me dizer? – perguntei, sarcasmo evidente em minha voz. – porque se for, pode ir embora.

Ele franziu o cenho.

–Eu moro aqui, se você não se lembra.

–Mora coisa nenhuma! – bradei. Ele não iria dormir aqui de novo, não mesmo. Já bastava ele ter dormido na minha cama daquela vez.

Eu já estava de pé pronta para usar de força física quando o barulho na escada me assustou e quase eu caí. Logo minha mãe apareceu com uma expressão preocupada no rosto.

–Sue? Está conversando com quem?

Eu olhei para o sofá e Arthur não era mais o Arthur. Seus olhos felinos ainda me encaravam com algo que parecia ser divertimento. Virei me para responder a minha mãe.

–É que o Azarado estava rasgando o sofá, é isso.

Ela revirou os olhos e pegou o gatinho, digo garoto (ah sei lá, isso é confuso demais) e afagou-lhe o pelo.

–Sue, você insiste em chamá-lo assim? Venha bonitinho, vou arranjar um cantinho para você onde não te maltratem.

Fala sério. Até a minha mãe?! O que é isso? Algum tipo de complô para ferrar com a minha vida? Ou me enlouquecer. Porque se for isso eles estão se saindo muito bem.

Minha mãe me largou lá sozinha e foi dormir depois de colocar o Azarado na “caminha” dele. Eu fui para o quarto e tranquei a porta. O diário ainda estava lá exatamente onde eu o havia deixado. Confesso que fiquei tentada a escrever os últimos acontecimentos imaginando que seria terapêutico para mim e aliviaria o meu estresse, mas pensei melhor e desisti. Se Arthur ou pior, Vincent por alguma razão resolvessem bisbilhotar eu estaria ferrada com F maiúsculo.

Por agora eu não devia, não podia confiar em ninguém, nem mesmo na minha tia. Talvez eu devesse ir na casa dela de novo e dessa vez exigir as respostas que eu queria. Eu realmente não acho que ela vá me contar. Vai ficar na evasiva como ela sempre faz quando se sente pressionada. Além disso, depois do que eu ouvi hoje, estou certa que as coisas são muito mais graves do que pareciam.

O que será que ela quis dizer quando falou que eu “não tinha o dom”? O Vincent deve saber. Não consegui convencer o Arthur a me dizer alguma coisa, mas com o Vincent eu posso negociar. É óbvio que ele me quer viva pelo menos por enquanto e se eu jogar pelas regras dele talvez ele acabe cedendo.

Suspirei e tentar me ajeitar na cama da maneira mais confortável possível. Eu sabia que todos esses segredos poderiam ser horríveis. Ainda assim eu queria saber. Eu precisava saber.


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Notas finais do capítulo

Pois é Susan se quiser a verdade vai ter que lutar por ela...Lembrete: No próximo capítulo vamos ter a volta de um certo loirinho que mexe com os corações...sabem de quem eu falo? Hehe
Vou indo começar a escrever o próximo. Estou inspirada!Eu acho;)



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