Um Diário Nem Tão Querido escrita por The Reaper


Capítulo 19
Cedendo Ao Diário


Notas iniciais do capítulo

Voltei!!! Olá gente!! Capítulo novo para vocês !!!!
Boa Leitura!!!!



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–Uau! Duas vezes Uau! Quem é aquele gato? – disse Kate olhando fixamente para o Arthur que permaneceu conversando com os amigos como se a nossa presença não fosse importante.

–Ele estava na casa da minha tia ontem – expliquei – o nome dele é Arthur.

–Puxa! Eu preciso visitar a sua tia com mais frequência – disse ela de maneira animada.

Revirei os olhos.

–Não foi você que estava super contente pela volta do seu querido Mike há dois minutos? Agora já está de olho em outro?

–Olhar não tira pedaço não ok? – disse ela dando de ombros.

–Vamos embora, não quero me atrasar – disse, dando uma desculpa para me afastar o mais rápido possível daquele pessoal. Mesmo estando todos na escola, eu não sabia se algum deles iria tentar algo contra mim e se Arthur, o garoto esquisito estava com eles, era bem possível que pertencesse a gangue.

–Vamos falar com o Danny- disse ela pegando o meu braço e caminhando em direção ao grupo – aí aproveitamos para falar com o Arthur.

–Não! – quase gritei puxando meu braço de volta – quer dizer...não eu não estou mais falando com o Arthur.

Ela parou e me olhou de um jeito estranho antes de perguntar.

–O que? Por quê?

–Nós... brigamos – respondi. Bom afinal de contas não era mentira, apesar de não ser bem uma verdade.

–Brigaram quando? Sábado vocês pareciam se dar muito bem. – disse ela estreitando os olhos.

–Foi na segunda. Agora vem – falei puxando ela para longe.

–Você vai me contar tudo isso bem direitinho – disse Kate enquanto andávamos.

–Contanto que seja longe desses caras – retruquei. Dando uma expiada por cima dos ombros para ver se eles ainda nos observavam.

Para a minha surpresa nenhum deles estava lá. Assustada os procurei com os olhos sem sucesso.

–Para onde eles foram? – cochichei para Kate que também tinha se virado.

Foi nesse exato instante que uma mão apertou o meu ombro forçando-me a encarar uma muito pálida Amanda.

–Procurando alguma coisa? – disse ela com cara de poucos amigos.

Meus olhos cresceram uns bons centímetros. Em um segundo estavam eles a uma boa distância de nós e agora nos cercavam por todos os lados.

–Só estávamos indo para sala – respondi, tentando soar calma.

O aperto no meu ombro se intensificou. E ela sorriu.

–É claro que estava. O que me deixa curiosa é o fato de estar sem o seu amiguinho. É perigoso andar por aí sem proteção, não sabia?

–É perigoso ameaçar minhas amigas sabia? – disse Kate irritada – agora que nos deixar ir ou eu vou ter que abrir caminho por essa sua cara de fantasma?

Ela pareceu surpresa com a atitude de Kate e retirou o braço pra o meu alívio.

–Viu isso Artie? A loirinha tem coragem.

Arthur apenas lançou um olhar desdenhoso na direção dela.

–Não me faça perder tempo com suas birrinhas Amanda. Danny, vamos.

Como se fosse um cãozinho treinado Danny o seguiu de cabaça baixa enquanto Amanda o observava.

–Artie! – disse ela chorosa correndo atrás dele – me desculpe docinho foi só uma brincadeira!

Roger ainda estava de pé ao nosso lado, mas se afastou rapidamente quando um carro que eu já conhecia entrou. Não pude deixar de ficar impressionada com a quantidade de hematomas que ele tinha, ou com a palidez do rosto da Amanda certamente, provocada pela perda de sangue.

–Quem era aquela vaca? – perguntou Kate.

–É só uma garota que decidiu implicar comigo – menti.

–Espero que ela fique bem longe – disse ela – Ei! Olha o Vincent ali!

–Anda rápido! – falei apressando o passo – se tivermos sorte escapamos sem ele nos ver.

Saí correndo antes que ela pudesse dizer qualquer coisa e não tivesse outra alternativa a não ser me seguir.

As aulas seguram o seu curso normalmente sem nenhum problema. Como July não viera a escola por causa de uma consulta médica, na hora do intervalo eram apenas Kate e eu lanchando no mesmo lugar de sempre. Ela não havia parado de perguntar sobre o Danny e aquela e a Amanda e por isso eu tive que inventar uma história qualquer que eu tenho certeza que ela não engoliu.

–Você está querendo dizer que essa menina implicou com você só porque você está usando a mesma blusa que ela?

–Pois é – concordei.

–E que o Danny ficou do lado dela?

–Exato.

Ela bebeu um gole do seu suco me olhando de lado.

–Hum...ok.

Um silêncio incômodo se estabeleceu entre nós depois disso. Mas eu não tinha outra escolha. Se eu contasse o que houve naquela noite eu teria que dizer toda a verdade. E a verdade era complicada demais.

Terminamos o nosso lanche em silêncio (eu, é claro sempre evitando os olhares desconfiados da Kate) quando um rapaz alto e bronzeado se sentou ao lado da Kate e a beijou sem nenhuma cerimônia. Mike nunca foi o tipo educado mas aquilo era demais. Eu não sabia o que a Kate via naquela criatura.

Pigarreei alto, mas nenhum dos dois pareceu dar nenhuma importância. Suspirando, me levantei e voltei para a sala de aula.

Imaginei que a aquela altura a sala estaria vazia, mas havia me enganado completamente. Duas pessoas conversavam muito baixo no fundo da sala: Vincent e Nikki estavam sentados muito próximos e pareciam extremamente confortáveis com aquilo.

Os ignorei completamente e me sentei com o me livro de história em mãos. Passaram uns bons minutos e eu não tinha conseguido ler uma linha sequer. Aqueles dois cochichavam e riam o tempo todo, fazendo com que a minha concentração fosse por água abaixo.

E já estava prestes a pedir para a Nikki que parasse de relinchar quando o Eric entrou na sala e sentou-se ao meu lado.

–E aí ruivinha.

–Ah, Oi Eric – disse sem muito entusiasmo.

–Você não parece muito bem. Algum problema?

–Muitos – respondi.

–Nossa, quanta irritação! – disse ele.

–Vai me dizer o que quer ou não?

O habitual sorriso dele sumiu e ele pareceu sem jeito.

–Eu queria conversar... sabe, é... – ele olhou para o fundo e depois para mim de novo – que tal falarmos em outro lugar? Aqui tá meio cheio.

Estava prestes a concordar quando a professora entrou na sala e ele teve que sair. Nikki também saiu, mas não antes de me dar um sorriso irônico.

Vincent continuou sentado lá no fundo sem dizer nada durante todo o tempo. Eu achei esquisito ele não me dizer nenhuma piada ou fazer nenhum comentário durante todo o dia.

********************

Não vi mais a Kate depois do intervalo. Minha mãe veio me buscar e eu resolvi não procurá-la, afinal era bem provável que estivesse muito ocupada matando a saudade do Mike.

–Teve boa aula querida? – disse minha mãe quando entrei no carro.

–Sim – respondi – tia Nat conversou com você?

Ela me olhou arqueando uma sobrancelha.

–Então, você pediu a ela que tentasse me dissuadir não é?

–Claro! Eu tinha que tentar colocar um pouco de juízo na sua cabeça – falei.

–Não funcionou – disse ela sem se agitar – e você ainda vai fazer o exercício do diário.

–Exercício do diário? É assim que você chama?

–Eu sei que vai ser bom para você Sue. E eu não vou ter essa conversa com você de novo. Ainda hoje eu quero que escreva algo.

Cruzei os braços irritada e não disse mais nada até chegarmos em casa, onde eu fui direto para o meu quarto sem almoçar. Tomei um banho e fiquei sentada na cama olhando para o diário.

Depois de um bom debate comigo mesma, peguei a caneta e abri o diário revelando a primeira e intocada página.

–Vamos acabar logo com isso – disse cansada.


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Notas finais do capítulo

E então??? Achei o cap meio fraquinho mas, tudo bem... O capítulo 20 será o fechamento da primeira parte da fic. Postarei muito em breve.
Beijão!!!



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