POV'BELLA

– Como foi sua manhã? - Perguntei curiosa. Edward me olhava atentamente com suas costas encostadas na cadeira.

– Tranquilo.

– O que fez?

– Acordei, respirei, andei um pouco.. Mais alguma pergunta obvia doutora? - Era claro a nossa aproximação mais uma coisa que jamais mudará é essa mania do Edward de ser grosso.

– Me desculpe por perguntar. - Edward sorriu torto concordando com a cabeça.

Olhei para o relógio que marcava 18:30. Nossa como o tempo parrou rápido. Suspirei olhando para Edward que levantou seu olhar para o relógio de parede em cima da mesa.

– Deu a minha hora. - Sorriu levantando. Por impulso levantei junto com ele.

– Amanhã a gente se vê? - Olhei animada para Edward. O mesmo me encarou sério por alguns segundos mas logo dando um meio sorriso.

– Claro! - Falou simpático. Sorri largamente. Porra porque esta sorrindo desta forma? Abaixei meu olhar para as minhas mãos entrelaçadas evitando olha-lo. O que estava pensando? Sorri para meu paciente desta forma.

– Você fica linda com vergonha. - O olhei assustada.

– A..A obrigada! - Falei nervosa. Suas palavras me causavam tontura.

– Imagina. - Sorriu cinicamente. - Até depois doutora. - O mesmo abriu a porta se deparando com os dois seguranças de sempre que o traziam e levavam. Edward foi algemado e saiu. Fechei a porta depressa me jogando no sofá. Fechei os olhos respirando. Mas a minha paz foi interrompida por seguidas batidas na porta. Levantei sem vontade indo abrir a mesma.

– Oi Bells. - Sorri para Jas. - Café hoje? - Serrei os olhos. Droga havia marcado com Jas o nosso café. Não queria cancelar mais uma vez.

– Claro Jas, vou só pegar minha bolsa. - Fui até a mesa peguei minha mochila a jogando nas costas em seguida saindo da sala.

Fomos para um café no centro de NY. Era um lugar calmo com uma música baixa e pouco barulho. Perfeito para a nossa conversa. Sentei e Jasper sentou na minha frente.

– Quer pedir algo? - Perguntou.

– Acho que um café cairia muito bem depois de um dia de trabalho. - Jas sorriu concordando. Fizemos nosso pedido e em minutos os dois cafés chegaram.

– Bom o tema da nossa conversa é claro não é? - Serrei os olhos. - Cullen! - Sorri tímida. - Pensando nisso conversei com um amigo que estuda na universidade onde aconteceu o acidente envolvendo o Edward. - Suspirou. - E esse amigo conhece a irmã de Edward. - Arregalei os olhos. - Liguei para ela e ela concordou vim conversa com você, já que você é quem cuida do Cullen. - Sorri. Era um misto de alegria e medo. Seria ótimo conversar com a irmã de Edward assim saberia mais coisas sobre ele, mais também tinha medo da reação dela ao ouvir tantas perguntas que tenho.

Jas olhou para trás e sinalizou para que uma moça loira e muito bonita levantasse e vinhesse em nossa direção. A mulher deu um meio sorriso ao me ver e retribui com um sorriso amigável. A loira sentou ao lado de Jas me olhando.

– Rose essa é a Bella, Bella essa é a Rose. - Sorri apertando sua mão que estava esticada na minha frente.

– Prazer Rose. - A mesma sorriu timidamente.

– Prazer! - Falou calma.

– Vou.. Vou deixar vocês sozinhas por um tempo para conversarem melhor. Qualquer coisa só chamar. - Jas sorriu e saiu da mesa. Rose o acompanhou com o olhar, quando o mesmo sumiu em um dos corredores da cafeteria Rose voltou a me olhar.

– Bom Rose não quero te assustar com as minhas perguntas, mas preciso muito das respostas já que, bom não sei se você sabe mais seu irmão é bem complicado de se conversar. - Rose sorriu concordando com a cabeça.

– Sei sim. Edward nunca foi de se abrir muito. - Me olhou séria. - Então quais são as perguntas?

– Bom. - Suspirei. - Você estava no local no dia do assassinato da Katerine?

– Sim estava.

– O que você viu? Você sabia que o Edward estava lá?

– Não sabia. A universidade fica a sete quarteirões da minha casa e não costumo dormir lá, mais naquele dia tinha uma festa que sempre tem todo o final do mês. E quando sai de casa Edward estava lendo alguma coisa mais estava no quarto. O chamei para ir mais ele não quis, disse que não gostava dessas festas universitárias. Então do nada uma correria começou e Kate estava no chão em cima de uma posa de sangue já morta. - Concordei com a cabeça sentindo um arrepio subir pela espinha só de imaginar a cena.

– Seja sincera. Você acha que Edward séria capaz de sair escondido de casa invadir o prédio e matar Kate? - Rose sorriu.

– Sinceramente. - A olhei. - Não! Bom Edward nunca foi muito bom em planejamentos e em executamentos dos planejamentos. Ainda acho improvável que ele tenha maliciado tudo isso. - Concordei.

– Mais alguma coisa o fez ser acusado não foi?

– Sim uma ameaça.

– Que tipo de ameça?

– Bom Kate era a típica popular da escola que nós sabemos muito bem que é uma metida que acha que pode humilhar e pisar em todos sem ao menos se importar se esta machucando ou não. - Concordei. - Ela sempre gostou de humilhar Edward pelos problemas dele. O mesmo sempre suportou calado pra evitar mais problemas, mais chegou o dia em que ele não aguentou e acabou ameaçando. Como eu não sei, mais todos escultaram e isso volto contra ele na pior hora. - Então tudo aquilo foi causado por uma ameaça? Que ridículo.

– Mais espera, tem uma coisa que não entendo. - Gesticulei prendendo a atenção da Rose. - O mundo é movido a acusações e provas. As pessoas acusaram o Cullen mais não a provas ou..

– Não existe provas que acusem Edward pela morte da Kate, apenas acusações.

– Mas porque ele esta ali se não foi comprovado nada contra ele?

– Porque os policiais já o conhecem por outros delitos e então não duvidam que ele tenha praticado esse crime, mesmo não tendo provas. Nosso pai tentou deixá-lo em liberdade durante a investigação mais não conseguiu nada. Era duas opções: Ser preso ou internado. - Neguei com a cabeça, era tudo tão confuso, tão sem explicação, todos apontavam para Edward mais a direção ainda era torta.

– Isso... Isso não faz sentido. - Rose concordou.

– Bella.. Como ele esta? - Rose me olhou nervosa. Sorri com a sua preocupação.

– Ele, ele esta ótimo.

– Sério? sem problemas algum? Bella por favor não me esconda nada, a dias não tenho noticias de Edward e isso esta me matando.

– Porque não tem noticias?

– Nosso pai um carrasco em série. Ama Edward mais discretamente sabe? - Concordei dando um sorriso. - E minha mãe esta passando por uma fase complicada. Não aceita o fato do filho esta internado em um lugar para loucos e também sente raiva por Edward ser tão inconsequente ao ponto de ficar nessa situação. Enfim, Carlisle é o único que recebe noticias de Edward e ele evita contá-las para o bem de Esme. - Rose deu um suspiro cansado, foi então que ousei olhar mais fixamente para seu rosto branco. Olheiras fracas nasciam a baixo dos seus olhos azuis. E sua expressão era de cansaço e tristeza. Mas mesmo com todas essas tristes características ainda era um mulher muito bonita de lindos cabelos e um belo sorriso.

– Olha vou te passa meu número. - Abri a mochila pegando um pedaço de papel e uma caneta. - Se precisar saber de algo ou até falar com o seu irmão se eu conseguir claro pode me ligar. - Escrevi o número na folha branca em seguida a entregando. Rose sorriu largamente.

– Meu deus muito obrigada Bella. - Sorri.

– Imagina. Mas se quiser saber agora. Seu irmão é um tanto complicado, não gosta de responder as perguntas, não lida muito bem com julgamentos mais no hospital ele se distrai pelo menos uma hora do dia. Ele fez alguns amigos que o ajudam. Um deles é Jasper. - Apontei para Jasper que mexia no celular sentado no balcão enquanto tomava um copo grande café. Rose sorriu enquanto encarava o loiro que olhava para o celular distraído. - E depois de muita luta, consegui que ele acreditasse um pouco nas minhas boas intenções. E hoje as coisas ficaram bem mais fáceis para mim e para ele. Ele aceito que precisa de ajuda para controlar algumas raivas e esta liberando o que sente bem aos poucos mais é um progresso. - Rose me olhou com os olhos brilhantes.

– Acredite se ele te falou pelo menos como se sente é um progresso gigante. Mas me diga. - Se aproximou um pouco. - Você acha que ele vai sair dali? - Suspirei. Não sabia dizer, não poderia dizer "Sim ele vai sair porque ele é completamente inocente." não sabia de absolutamente nada. Não poderia encher a pobre mulher de esperanças pois não sei o dia de amanhã.

– Não sei Rose, não posso te responder isso mais espero do fundo do coração que o mais prevê possível. - Sorri. Rose me olhou séria por alguns segundos mais logo dando um suspiro calmo e um meio sorriso.

– Fico mais tranquila em saber que existe pessoas como você naquele lugar para cuidar do meu irmão. Isso me tranquiliza. - Sorri agradecida.

– Imagina Rose. Gosto do Cullen e ele é meu paciente, irei ajudá-lo até o momento que ele não precisar mais da minha ajuda. - Gargalhei fazendo Rose me acompanhar na risada.

– Bom Bella já esta na minha hora, ainda tenho aula. - Sorriu. - Eu vou te ligar juro..

– Vou esperar. - Sorri levantando e puxando Rose para um abraço que a mesma retribuiu com animação. Depois se afastou.

– Já vai? - Jas apareceu.

– Sim, ainda tenho aula. - Falou dando de ombros.

– Quer uma carona? - Perguntou;

– Ah obrigada estou com meu carro. - Falou com tristeza.

– Então a carona fica pra próxima. - Sorriu.

– Vou comprar em? - Gargalhamos. - Boa noite gente, até depois.

– Boa noite! - Respondemos juntos. Peguei minha mochila indo até o caixa para pagar meu café.

– Já paguei seu café moça. - Olhei assustada para Jas.

– Droga Jas odeio sair com você pra você sempre pagar a minha parte.

– Dá próxima você paga a minha, certo? - Bati em seu braço.

– Idiota. - Seguimos até o seu carro que estava parado em frente a cafeteria. - É impressão minha ou você ficou afim da Rose? - Jas engoliu seco e me olho assustado.

– Não Bella, não!

– Como não? Você ficava todo bobo olhando pra ele "Então a carona fica pra próxima." - Falei imitando sua voz. Jas gargalhou negando com a cabeça.

– Essa foi a pior imitação que já ouvi.

– Me desculpa por não saber imitar sua bela voz. - Cruzei os braços encostando minhas costas no banco.

– Esta perdoada. - Falou com desdém.

– Quem sabe eu arranjo a Rose para você. - Jas deu um tapinha na minha mão me fazendo rir.

– Você não é louca. - Gargalhei.

Seguimos para o hospital. Ainda tinha que fechar a minha sala e pegar o meu carro.

Andava pelo corredor vazio e o barulho dos meus sapatos fazia eco. Estava distraída olhando para a tela do celular e lendo as mensagens de Jake. O mesmo havia enchido minha caixa de mensagens com "Onde você esta?" "Esta tudo bem?" "Queria abraçar você" e etc, etc, etc.

Levantei meu olhar ao ouvir barulhos fortes de sapatos no corredor. Vi Alice andar lentamente na minha direção. Por impulso parei no meio do corredor a olhando. Alice parecia tão diferente. Seus olhos estavam vermelhos e seus cabelos bagunçados, parecia bêbada.

– Olá Belinha. - Falou com dificuldade. Sua voz estava fraca e rouca e a mesma parecia completamente fora de si.

– Alice você esta bem?

– Cala a boca sua vadia. - A olhei incrédula.

– Você esta bêbada?