Psychopath escrita por GemmaStew


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Awn como amo quando vocês dão a opinião de vocês sério, isso me deixa tão feliz.. Obrigada a todos que responderam a pergunta que fiz no capítulo passado.
Boa Leitura



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POV'AUTORA

Edward já estava a três meses naquele lugar que cada dia mais o deixava louco. O mesmo já estava acostumado com algumas coisas tipo: Algemas, tratamentos privilegiados para certos pacientes, gritos durante a noite, consultas semanais. Edward já estava conformado com boa parte do que vivia todos os dias ali, mais nada que faça amenizar a situação de esta preso em um lugar horrível como aquele.

Já era a tarde e o sol estava fraco, as sombras em baixo das arvores naquele horário era um descanso para a cabeça de Edward que apenas fechava seus olhos e deitava no banco que havia ali e apenas respirava tranquilamente.

Mais hoje o mesmo resolveu não deitar e tirar seu cochilo da tarde. Ele apenas resolveu observar os pacientes ao seu redor. Outra coisa que não o incomodava mais, os pacientes ao seu redor. Ele não ligava mais para as atitudes absurdas que muitos tinham ali.

POV'EDWARD

A sombra em baixo da enorme arvore era tudo que precisava para descansar a mente. Mais hoje era uma tarde movimentada diferente das anteriores. Metade dos pacientes dos três prédios foram liberados para passear no enorme "quintal" no final de tarde. E o lado B também havia sido liberado que era os prédios onde ficavam as mulheres do hospital. Vários enfermeiros rondavam ali, não tinha cantos tranquilos no quintal hoje. A melhor opção era silenciar e observar.

– Não vai caminhar Cullen? - Seth sentou no banco ao lado olhando para os pacientes que andavam de um lado para o outro. Sorri torto negando com a cabeça.

– Estou tranquilo. - Seth concordou encostando suas costas na arvora que ficava atrás do banco. Seth era um dos inúmeros pacientes ali, só que com um grande diferencial. Ele não era louco, ou inconsequente. Apenas não sabia controlar sua raiva. Seus pais decidiram coloca-lo no hospital quando o viram bater em um adolescente que havia empurrado seu irmão mais novo. A família do adolescente ameaçou denunciar Seth por agressão contra menor. E para evitar a prisão foi para mandado para cá.

– Um dos motivos para odiar este lugar. - Seth gesticulou. - Eles são superficiais, não se preocupam de verdade com nenhum doente. Aposto que aquela senhora ali. - Apontou para uma senhora baixa com um jaleco que segurava no braço de outra senhora. - Esta se controlando para não jogar a paciente morro a baixo. - Sorri.

– São pagos para suportar nossos exageros. - Cruzei os braços observando aquelas senhoras andarem em uma forma de circulo.

– Outra coisa que não entendo. - Revirei os olhos. - Porque diabos estudam tantos anos para virarem isso? Para fazerem isso? Eles perdem a vida deles estudando para cuidar de loucos como nós? - Concordei. Não fazia sentido algum observando por esse lado. - E você Cullen, o que iria estudar se não tivesse aqui? - Suspirei pensando.

– Todos da minha família me fizeram crescer ouvindo que seria médico como meu pai. Mais não levo vocação para isso. - Seth me olhava atento. - Talvez Engenharia Civil. - Seth fez uma careta.

– Matemática. Quando fosse no primeiro dia de aula e me deparasse com aqueles números saia correndo. - Gargalhei.

– Nunca fui ruim em matemática, por um tempo cheguei a ser tutor da matéria.

– Sério?

– Sim, era assim que sustentava o vício de drogas, bebidas e etc. - Seth parou por alguns segundos e suspirou cansado.

– O que as moças estão fofocando? - Mike se aproximou sentando em um banco a nossa frente. Seth por impulso chuto a perna de Mike que fez uma cara de dor, mais logo sorrindo.

– Falando sobre o que seríamos se não tivéssemos presos aqui. - Mike me olhou.

– Não é tarde demais para ser o que queriam ser. - Sorri. Lógico que era tarde. Nossos rostos estavam estampados na mídia em geral. Nossos nomes circulavam na boca e todos, e estávamos proibidos de frequentar diversos locais pelo simples fato de que poluímos qualquer lugar que passávamos, e eramos uma vergonha para a nossa nação.

– Por favor Mike. Nossas vidas estão destruídas. Se sairmos daqui por bom comportamento ou que fomos diagnosticados com nenhum problema não seriamos jamais bem recebidos pelo mundo lá fora. - Seth concordou.

– Estamos fudidos Mike. - Sorri. Mike nos olhou incrédulo. Não sei porque Mike não aceita a realidade, mais ele sempre procura colocar palavras de motivação em nossas cabeças.

– Deixem de ser infantis. Nem tudo esta perdido. - Seth gargalhou virando seu olhar para as suas mãos entrelaçadas.

– Esses dias estava pensando em um modo de fugir daqui.

– O que?

– Sim, fugir daqui. O quintal é enorme, deve haver alguma brecha que possa aperfeiçoar e sair desse inferno.

– Se achar por favor me avise. - Disse irônico. Seth sorriu negando com a cabeça. Era impossível sairmos daqui. Tudo isso estava cercado por guardas, e duvidava que avesse uma brecha mínima que seja.

– Pode deixar que aviso irmão. - Seth socou meu braço em seguida gargalhando.

POV'BELLA

– Muito bem Caire você conseguiu andar sem ter medo dos outros pacientes. - Bati palma alegremente vendo Caire sorrir. Caire era uma mulher de no máximo trinta anos e a mesma evitava sair da sua cela por medo dos outros pacientes. Cuidava de Caire a mais ou menos um ano e meio e esse foi o maior passo que demos.

– O.. Obrigada. - Falou nervosa enquanto andava pelo quintal.

– Imagina Caire você conseguiu sozinha, você é uma mulher corajosa é capaz de muito mas. - A mesma sorriu largamente e me abraçou. Sorri correspondendo. Caire era uma mulher carinhosa, amigável e precisava de atenção.

– Obrigada doutora. - Caire sorriu. A mesma olhou para trás e viu um grupo de mulheres que conversavam e riam. - Minhas amigas. - Falou apontando. Uma delas aceno alegremente.

– Quer ir ficar com elas? - Caire concordou. - Pode ir querida. - Sorri e a mesma andou em passos rápidos até o grupo.

Sorri escondendo minas mãos nos bolsos do jaleco. Respirei fundo sentindo o ar frio invadir meus pulmões. Adorava esse fim de tarde, mesmo o local não sendo lá o melhor, a visão era magnifica. Arvores espalhadas, uma grama verde e bem cortada, bancos de madeiras por todos os lados, mesas onde alguns paciente jogavam baralho. Era um ambiente muito bonito.

Fechei os olhos respirando calmamente.

– Boa tarde doutora. - Senti uma voz forte e rouca bem próximo ao meu ouvido. Pulei assustada. Mas logo respirei ao ver de quem se tratava aquela voz.

– Você quase me matou. - Coloquei a mão no coração e o mesmo sorriu. Edward estava parado de frente a mim com as duas mãos no bolso da calça jeans.

– Desculpa. Não foi minha intensão. - O mesmo se curvou rapidamente em uma forma de desculpa.

– Vou acrescentar mais vinte minutos na sua próxima consulta. - Sorri apontando para ele.

– Eu posso gostar disso. - Falou dando um sorriso malicioso.

– Nem vem Cullen. - Dei um tapa em seu peito e o mesmo gargalho.

– O que faz doutora? - Perguntou parando ao meu lado, cruzando os braços e olhando para a mesma direção em que estava olhando.

– Vendo como Caire reage a "Liberdade". - Edward serrou os olhos procurando entender do que se tratava. - Bom Caire tinha medo da convivência, sempre achou que alguém aqui iria matá-la, abusa-la enfim..

– Ela esta certa. Não tem pessoas confiáveis aqui. - Olhei para ele confusa.

– Você não é confiável?

– Nunca disse que era confiável, nunca disse que não era perigoso, enfim.. - Sorri batendo em seu braço.

– Você não é perigoso. Pode não ser confiável, mais perigoso não é.

– Como sabe?

– Porque sei que não é, agora somos colegas e já defini muitas coisas sobre você.

– Tipo? - Virou me olhando. Poderia assumir o quanto aqueles olhos verdes me deixavam sem ar.

– Bom.. - Pensei. - Você usa uma especie de armadura para assustar as pessoas ao seu redor, você tem medo de relações..

– Mais relaciono com você. - Falou dando um sorrisinho lindo.

– Verdade.. Mas enfim, você é desconfiado, acha que todo mundo quer seu mal, mais não é bem assim. Eu no fundo, bem lá no fundo gosto de você. - Falei com desdem.

– No fundo?

– Sim!

– Bem lá no fundo?

– Sim!

– Sério? - O mesmo se aproximou. Senti meu corpo inteiro vibrar com aquela aproximação. O cheiro maravilhoso dele tomou conta das minhas narinas, foi então que percebi que estava bem próximos. Próximos demais.

– Cullen! Para! - Falei séria, o mesmo ergueu as mãos em sinal de paz e se afastando. Sorri. - Obrigada!

– Imagina doutora. - Sorriu torto.

– Você não presta, sabia? - Edward gargalhou baixo me fazendo rir junto com ele. Desde a nossa última conversa no corredor do prédio três, Cullen e eu havíamos concordado com a paz entre ambos. Aceitamos o fato de termos uma boa convivência. E estava gostando disso. Cullen era um rapaz engraçado, irônico, observador e muito inteligente. Tínhamos ótimas conversas, as vezes até esquecia que precisava consultá-lo. E eu definitivamente o adorava.


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Notas finais do capítulo

Desculpem pelo capítulo pequeno..