Diário de Bordo escrita por Lady Bellemare


Capítulo 3
Avatar: The Last Airbender - Sacrifice/Powerless - Zutara 2/2


Notas iniciais do capítulo

Powerless:
Zuko, impossibilitado de agir, agoniza no chão enquanto Katara tem que enfrentar Azula sozinha.

"You held it all (Você aguentou tudo)
And I was by your side (E eu estava ao seu lado)
Powerless" (Impotente)

Powerless - Linkin Park

DISCLAYMER: Avatar: The Last Airbender pertence a seus criadores Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko. A música de Linkin Park pertence a eles e a quem quer mais a quem ela deva pertencer.



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im·po·ten·te

adjetivo de dois gêneros

1. Que não pode, fraco, débil.

Quando a dor finalmente cedeu o suficiente para que ele conseguisse enxergar, realmente ver o que suas pupilas estavam captando, uma nova onda de dor o aterrou, porém desta vez ela não era sobre o seu peito. Era dentro dele.

Seus olhos assistiram, com uma fascinação assustada, raios e chamas azuis sendo lançados para todos os lados, mirando uma figura de pele e cabelo escuros, coberta por azul. Ondas de água voaram pelo ar, gelo se formava e derretia, mas ele não conseguiu tirar os olhos daquela figura.

Seu braço se ergueu quando ele tentou fazer alguma coisa para ajudar. Qualquer coisa.

Porém, um espasmo de dor bloqueou todos os seus pensamentos, tornando o mundo uma massa de cores e sons incoerentes.

Ele tinha que fazer alguma coisa para ajudá-la. Ele devia tanto a ela. Mesmo que vivesse mais mil anos, não conseguiria quitar sua divida. Mas Zuko estava em paz com isso.

Ele só precisava se mover agora.

Mas seu corpo não obedecia, por mais que ele insistisse. Tudo que ganhava com seus esforços eram golpes de dor nos músculos de seu tórax. Ele nunca se sentiu tão impotente.

Era isso que Azula queria, não era? Katara havia o avisado.

"É isso que ela quer! Ela sabe que não pode nos derrotar juntos!"

"Dessa forma ninguém terá que se machucar".

Ele trincou os dentes. Ele fora um tolo por achar que conseguiria impedir Azula sozinho. Impedir que Katara se ferisse. Por causa dele.

De novo.

Distante, ele ouviu a voz de sua irmã. A única coisa que conseguiu assimilar, porém, foi o próprio nome. Tudo estava tão confuso. Tantas dores, tantas cores, tantos sons. Tantos sentimentos.

O repentino silêncio o fez calar seus esforços.

Nenhum som além do fogo crepitando nas construções próximas.

Sua mente começou a desligar, mas ele lutou. Precisava descobrir o que estava acontecendo. Precisava.

Onde estava Katara?

De repente, o som de tosses se espalhou pelo amplo espaço. Seguido pelo tinir de correntes.

Onde estava...?

E então aquelas mãos geladas com que ele já havia se familiarizado apesar do pouco tempo que ficaram em contato, estavam sobre ele. Um brilho anil cobriu seu peito, desta vez suave e tenro, tão diferente do anterior. Quando suas pálpebras se abriram novamente – quando elas haviam se fechado? – ele encontrou um par de íris brilhando de emoção e aguadas. Um leve sorriso de alívio pintavam os lábios logo abaixo.

Zuko... — ela sussurou, a voz tão cheia de significados.

— Obrigado, Katara... — Ele conseguiu dizer, e enquanto agradecia, sabia que era muito mais por ela tê-lo curado. Era por tudo. Havia tanto que ele precisava agradecê-la...

Com delicadeza ela repousou uma mão no meio de suas costas, ajudando-o a ficar sentado. Uma lágrima escapou de um dos olhos dela, marcando seu caminho pela bochecha e parando na ponta do queixo, ameaçando pingar a qualquer momento.

— Eu que deveria ser quem está agradecido. — Ela falou, a voz com picos e baixos por causa do nó de emoções contidas na garganta.

Zuko desejou ardentemente nunca mais ficar tão impotente novamente.


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Notas finais do capítulo

Eu atrasei um pouco. E ainda ficou curtinho. Mas foi o melhor que eu pude fazer nas circunstâncias atuais.
De qualquer forma, espero que tenham gostado.



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