We Found Love (HIATUS) escrita por Mayy Chan


Capítulo 9
Décimo segundo dia - Parque de diversões


Notas iniciais do capítulo

YAY! GENTE *U*
Não, eu não morri. HERE I AM GATAS.
Pois bem, eu fiz o que vocês pediram. O blog de divulgação/resenhas/dicas pra fanfic está em produção, okay? Mas se eu ver que não vei virar, deixo pra lá mesmo heuhuehue.
Espero que gostem e está meio curtinho porque eu dividi em dois. IEPI! Amanhã ou depois teremos capítulo novo, sweeties.
XOXO, Mayy *u*



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Malena era simplesmente encantadora.

Já havia passado em torno de uma semana que ela estava conosco, mas desde que a compramos Percy não parecia estar muito interessado em manter uma conversa civilizada comigo.

Desconfiava claramente que havia algo de errado entre nós. Se bem me lembro, a sua meta esses últimos dias tinha sido que fossemos ao menos alguma coisa parecida com amigos. Mas é claro que eu tinha feito o meu máximo pra parecer realmente imune a aquele sorriso sedutor e os braços musculosos.

Claramente as brigas entre todos nós, viajantes que realmente queriam estar fazendo tudo menos o que estão no momento, não melhoraram muito, principalmente na parte feminina. É claro que Silena estava fazendo de tudo para que mantivéssemos uma conversa civilizada, mas aquelas festas do pijama não pareciam estar fazendo muitas coisas além de aumentar os nossos conhecimentos sobre filmes de amorzinho e pipoca amanteigada.

Os meninos geralmente ficavam no quarto e iam para a praia em um horário bem diferente do nosso, o que facilitava o fato de eu ainda estar me acostumando com o fato de usar maiô.

Mas hoje todos nós fomos obrigados a sair juntos, porque iam fazer uma limpeza nos quartos do hotel. Como estávamos sem os nossos pais pra meter medo no gerente, tivemos que sair fingindo agrado.

Primeiramente nos sentamos em uma mesa enorme separada especialmente para nós e pedimos o café da manhã. O cardápio era meio que uma visão da personalidade de cada um, e fui notar isso assim que vi Clarice pedir uma porção bem grande de bacon com um pouco de ovos fritos, enquanto Silena pediu uma pequena porção de frutas. Como não me importava muito, acabei preferindo pedir uma porção maior igual a da Beauregard. É claro que tínhamos motivos diferentes: ela queria a perfeição e eu a vida de mais animais.

— Por que não podemos comer almoço no jantar? — perguntou Thalia.

— Seria interessante podermos comer uma porção bem grande de bifes suculentos no café da manhã, mas ia ser uma merda comer torrada com tofu na janta.

— Ninguém gosta de tofu. — retrucou Chris.

Senti-me levemente ofendida, porque graças ao fato de eu ser vegetariana, comer aquela gosma densa com gosto nenhum era uma das consequências. Só que, claramente, eu era a única da mesa e não podia comentar nada sobre isso.

Sinceramente, estava bem animada para podermos ir para o parque de diversões mesmo que FatLouie tivesse que ficar no hotel. Fazia anos que eu não ia para um, e a saudade já estava apertando. Sentia saudade de todas aquelas vezes que eu ia, quando era menor, mas depois daquela noite infeliz tudo desmoronou.

Talvez eu até tivesse a chance de nossos pais irem juntos, mas estava duvidando completamente. Eles eram simplesmente ocupados demais pra se lembrarem que tem filhos, então pagam babás pra isso até eles terem os seus quinze anos. E, bem, eu já tinha dezesseis, quase dezessete.

— Gente, por que ao invés de falarmos de comida não tentamos parecer normais e ficamos felizes com o fato do outro estar existindo? Quer dizer, nem parece que estamos numa viajem pra Miami, com um bando de gente da nossa idade, e estamos aqui parecendo um bando de garotinhos e menininhas de sete anos.

— O que exatamente a “Senhorita Perfeição” está querendo dizer?

Acho que nunca expressara exatamente a minha completa e eterna admiração por Charles, um dos filhos de Hefesto que tinha Leo como irmão pouco mais novo. Ele era provavelmente o único de nós imune aos sorrisos perfeitinhos e vestuário caro de Silena.

Podíamos nos tornar amigos facilmente, mas provavelmente não teríamos muito assunto.

— Nunca assistiram programas como “Gossip Girl” ou “Meninas Minadas”? Tudo que nós temos que fazer é aproveitar essas férias no maior estilo “verão perfeito”. Vamos sair, curtir, encontrar pessoas legais, fingir que não somos criancinhas que os pais nem se dão o trabalho de lembrar que existem.

O silêncio se alastrou na mesa como se fosse quase respeitoso. Silena também era uma pessoa muito corajosa, obviamente. Mas o que mais me impressionava era a facilidade em falar aquilo que todos sabíamos, mas preferíamos fingir que era mentira.

— O que sugere então?

— Obviamente vamos para o parque de diversões, mas e se nos aventurássemos pelo shopping?

— Não vamos te ajudar a fazer compras, princesinha.

— Não é isso e nem hoje. Amanhã podíamos ter um dia diferente no shopping, que não serve só pra comprar. Cinema, lanchonetes, espaços de diversão, as opções são infinitas. Só temos que provar pros nossos pais que, assim como eles não nos dão a mínima, também não ligamos nem um pouco pra o que eles esperam de nós.

Olhamos um para os outros. Sabíamos que ia poder ser divertido, só que era impressionante demais a facilidade que ela tinha de argumentar. Definitivamente estava certa, mas será que éramos suficientemente corajosos?

— Eu topo. — Katie Gardner levantou a mão.

— Duas. — Kaitlin Wipfray, irmã dos Stoll.

— Seis. — Travis falou por todos os seus irmãos, naturalmente influenciado pela opinião da irmãzinha.

De repente era como uma revolução. Todos tínhamos um motivo para aceitar isso, e o fizemos sem muita dificuldade. Definitivamente, se íamos nos ferrar, que fossemos todos juntos.

Depois do café fomos para os nossos quartos onde esperávamos chegar uma hora boa para nos começarmos a nos arrumar sem parecer muito desesperadas.

Obviamente eu fui a anti-penúltima a entrar no banheiro, mas também uma das primeiras a ficar pronta. Meu vestuário era simples: calça skinny, uma bata escrito “I just wanna break your heart” e uma sapatinha qualquer que achei no canto do quarto. Cabelo solto, alguns acessórios, minha bolsa transversal de franjinha, celular, dinheiro e um gloss passado de leve. Claramente não era a melhor designer de visual do mundo, mas pelo menos conseguia sair na rua sem parecer uma piranha ou mesmo uma freira recatada.

Peguei meu gatinho no colo e alisei seu pelo. Como podia amar tanto assim um animal? Como ele podia me dar toda essa força? Como poderia ser tão indispensável para mim? Não conseguia pensar em perdê-lo um dia que já entrava em pânico e começava a chorar. Ele se tornara meu melhor amigo e confidente, e já não podia mais me imaginar sem ele pra dividir a cama comigo.

Assim que todas terminaram de arrumar, beijei FatLouie e descemos juntas as escadas para encontrar os meninos na portaria. Obviamente eles já estavam lá com cara de impacientes, mas todos sabíamos que a culpa era completamente de Silena, que conseguia achar chifre em cabeça de cachorro.

Tivemos que chamar alguns táxis e, infelizmente ou não, o meu era dividido sozinho com Percy porque foi o único que sobrou vazio.

O silencio entre nós era claro, mas não entendia o motivo de estar acontecendo. Não era ele o cara que estava fazendo de tudo pra se tornar o meu melhor amigo e tudo mais?

— Obrigado.

— Hein? — perguntei completamente confusa.

— Eu não sei. Por nada, por tudo, tanto faz. Você me faz feliz assim, sem motivo, mesmo que nem conversemos muito. Você é brilhante, mas mesmo assim não aceita isso, não sei. É simplesmente encantador e eu não posso controlar nada sobre isso.

— Você está me agradecendo por existir?

— Não estou te agradecendo por ser você. Se não existisse, o mundo simplesmente seria cinza e, como não o conheceria de forma diferente, o tédio ia ser normal. Mas, não sei. A forma que você respira, os seus sorrisos que sempre são diferentes, sua força e sei lá mais o que. Tudo faz você e, por mais que não dê a mínima pra elas separadas, fico encantado por elas se sincronizarem das formas mais imperfeitamente perfeitas.

— Isso deveria ser um elogio?

— Quando eu descobrir você será a primeira a saber. Mas até lá eu posso continuar o meu plano de nos tornarmos amigos.

— Claro, por que não? — sorri levemente e depois desviei meu olhar para a janela.

O parque era mais lindo do que eu imaginava. Todos estávamos super animados com os brinquedos, mas nenhum se incomodou muito em se separar do resto do grupo.

Era simplesmente assim, eu me sentia totalmente desconfortável no meio de todo mundo. Queria correr, pular, sentir algo, mas era como se o ar de Miami estivesse me sufocando completamente.

Era horrível simplesmente ter que adicionar aquela cidade para os lugares onde eu obviamente não queria ficar. É, a depressão parece ter me pegado de jeito.

Mas a pior sensação foi aquela que eu vi na frente da barraca do beijo.

Não, Percy não beijava uma menina por troca de caridade. Ele simplesmente engolia Drew Tanaka.


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Notas finais do capítulo

Agora eu tenho que sair, babies. Mas não se preocupem porque logo logo eu volto, beleza?
Espero que tenham gostado e não se esqueçam dos meus reviews, okay?
XOXO, Mayy